O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 30/9 a 8/10, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo do período, quatro temas foram abordados: i) influências ideológicas na decisão do voto; ii) força ou rejeição ao Partido dos Trabalhadores (PT); iii) considerações sobre a campanha e expectativas para as próximas; iv) avaliação geral dos resultados das eleições.
Ao todo, foram analisadas 239 interações, que totalizaram 8.593 palavras.
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
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Direita x Esquerda | Unanimemente os participantes consideravam a ideologia política como um fator determinante na escolha de voto, com exclusiva preferência pela direita. | Todos os participantes demonstraram predisposição para a direita, mas considerando também o histórico político dos candidatos. | A maioria não considerava a ideologia política como fator determinante, preferindo avaliar o histórico, as atitudes e as propostas dos candidatos. | A maioria demonstrou preferência por avaliar caráter, histórico pessoal e propostas dos candidatos. Alguns evidenciaram rejeição a candidatos da direita. | A maioria dos participantes disse votar em candidatos com alinhamento ideológico, mas sem nomear esses como de esquerda e com aversão a posições extremas. | Os participantes responderam alinhados com seus grupos originais de pertencimento. |
Petismo x Antipetismo | O grupo demonstrou rejeição generalizada ao PT, devido ao histórico de corrupção e discordância com os valores do partido. | A maioria rejeitava o PT, por sua ideologia e pelas acusações de corrupção do passado. Porém, alguns mostraram-se tolerantes ao partido, caso o candidato despertasse confiança. | Os participantes disseram olhar as propostas e méritos individuais dos candidatos, independente da filiação ao PT. | Não houve consenso. Alguns disseram preferir os candidatos do PT pelos posicionamentos, enquanto outros criticaram a perda de essência do partido. | O grupo demonstrou apoio consistente ao PT, valorizando a defesa dos trabalhadores e dos menos favorecidos. | Os participantes responderam à questão de acordo com seus grupos de participação. |
Campanhas 2024 | A maioria dos entrevistados mostrou ceticismo em relação às campanhas, destacando a repetição das promessas e a falta de candidatos que inspirem confiança. | Houve críticas à superficialidade das campanhas e ao foco nos ataques pessoais. Alguns expressaram esperança em propostas específicas, como saúde e educação. | Os participantes demonstraram insatisfação com as campanhas, descritas como superficiais, barulhentas e ainda pautadas em ataques pessoais. | O grupo expressou dúvidas sobre o cumprimento das promessas feitas e criticou a falta de propostas estruturantes e planos de trabalho concretos. | O sentimento foi de repetição nas propostas, avaliadas como iguais a cada eleição. Alguns criticaram a falta de seriedade e apresentação de propostas viáveis nos debates e campanhas. | Os participantes deram suas respostas em concordância com os demais, refletindo insatisfação com o sistema. |
Resultados das Eleições | A maioria considerou os resultados em suas cidades previsíveis e alinhados com as pesquisas. A decepção ocorreu por conta da derrota de Pablo Marçal. Alguns celebraram a vitória de candidatos apoiados por Bolsonaro. | Os participantes avaliaram o momento como tranquilo e dentro do esperado. Alguns se mostraram surpresos com resultados do legislativo. Outros, mesmo tendo seus candidatos derrotados, desejam sorte "aos adversários". | A maioria avaliou ou os resultados em suas cidades como previsíveis. Alguns se mostraram surpresos com candidatos inexpressivos que foram ao segundo turno, enquanto ouros criticaram a Rede Globo por supostamente favorecer a esquerda. | O grupo avaliou os resultados como dentro do que já era esperado, mas alguns apontaram descontentamento por candidatos reeleitos, falta de renovação política e falta de representatividade feminina, até mesmo no legislativo. | O grupo adotou um tom mais crítico aos resultados, ponderando a falta de interesse político dos cidadãos e usando como exemplos a" vitória" de candidatos que haviam sido bastante criticados por suas gestões, como o prefeito de Porto Alegre. | Os participantes deram suas respostas alinhados com seus grupos de participação. |
Unanimemente os participantes dos grupos 1 e a maioria do grupo 2 (bolsonaristas convictos e moderados, respectivamente) levavam em consideração a ideologia política dos candidatos ao escolher em quem votar. A preferência pela direita foi extremamente destacada, sendo associada a valores tradicionais, como família, religião e princípios conservadores. A ideologia política foi vista como um fator determinante para a decisão de voto, superando outras considerações, como as propostas específicas ou a história pessoal dos candidatos.
Além disso, muitos expressaram uma aversão significativa à esquerda, com uma percepção generalizada de que esses candidatos não cumpriam suas promessas ou agiam em desacordo com os interesses da população.
"Eu levo em consideração se o prefeito é de direita. Só voto em candidatos de direita. Porque são candidatos que mais se aproximam dos meus valores e pensamentos." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Sim levo em consideração por vários fatores .. os projetos e ideologia da esquerda que se diz defensor das pautas identitarias ( racial,feminismo,lgbtvhd4k) são tudo da boca pra fora ...na prática só usa estas pautas como bandeira política.. a esquerda quando oposição acusa os adversários de tudo que é tipo de crimes, mas quando no poder faz exatamente o contrário de tudo que reclama dos outros. As queimadas na Amazônia e as enchentes no RS onde o atual governo não fez nada para ajudar estão ai para comprovar." (G1, 54 anos, músico, RS)
"Eu levo em consideração principalmente se é de direita, porque vai a favor dos meus princípios, e esquerda jamais! Verifico os antecedentes do candidato, e suas propostas para o município, tem que votar certo, porque o prejuízo para o futuro é grande. Vejo pelo desgoverno de hoje. Péssimo! Comunismo jamais!" (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Eu não votaria em nenhum candidato desde vereador até presidente da República q seja de esquerda. Por questão de princípios e valores não faz sentido votar em alguém que governará defendendo valores e princípios que eu abomino..." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Eu levo em consideração se é de direita ou esquerda, e sempre vou considerar de direita pois penso e sigo os mesmos valores ." (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Eu só voto na direita, pois a esquerda tem ideias completamente diferentes das minhas. Sempre pesquiso se esses candidatos algum dia foram de esquerda para me certificar de suas convicções políticas." (G2, 43 anos, professora , SP)
A maioria dos participantes dos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes) não considerava a ideologia política (direita ou esquerda) como fator determinante na escolha de seu voto. Ao invés disso, a avaliação do histórico, das atitudes e das propostas dos candidatos foi considerada muito mais relevante. Houve um foco em aspectos práticos, como o de que o candidato já havia feito em mandatos anteriores e se suas promessas tinham sido cumpridas, além do potencial impacto positivo de suas propostas para a população local. Muitos participantes manifestaram descontentamento com a polarização política entre direita e esquerda, afirmando, inclusive, que preferiam candidatos que não utilizassem essa divisão como principal argumento de campanha.
"Não olho isso não. Vejo o que o candidato já fez, suas propostas e o atitudes" (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)
"Para mim, não levo isso em consideração, não é relevante. Eu avalio pelo que irão fazer. O meu candidato, por exemplo eu estou dando meu voto para o atual, que deu continuidade a muitas coisas que o anterior parou" (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)
"Eu não olho e pra mim se o candidato não tiver preferência de direito ou esquerda tem um ponto positivo, pois na última eleição isso virou um caus, preferência de lados agora é mais importante do que valores.." (G3, 29 anos, vendedora , GO)
"Não levo isso em consideração desde que eles não usem o fato de ser de esquerda (Lula) ou de direita (Bolsonaro) como principal meio para se eleger, nesse caso pra mim é exclusão imediata, pois se pensam assim já deixaram o mais importante de lado, que é o bem estão da população da cidade onde concorrem." (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)
"NÃO LEVO EM CONTA SE É DE DIREITA OU ESQUERDA,MAS LEVO EM CONTA A PESSOA COMO SER HUMANO DE CARÁTER,PORQUE PARTIDO POLITICO NAO ME DIZ NADA DE IMPORTANTE NAO DEFINE O CANDIDATO." (G4, 51 anos, professora , RS)
"Não levo o lado dos partidos, porém vou pelas propostas e pela índole e feitos dos candidatos, vejo seu pós e contras para poder ter uma opinião." (G4, 27 anos, analista de sistemas , SP)
"Hoje em dia o que levo em consideração são as propostas e o caráter. Aqui na minha cidade independente do partido só espero que o futuro prefeito trabalhe para a cidade continuar a se desenvolver."" (G4, 53 anos, artesã , SP)"
As respostas do grupo 5 (lulistas) mostraram que a maioria dos participantes considerava a ideologia política do candidato importante na escolha do voto, preferindo aqueles que estavam alinhados com suas opiniões e valores. Porém, nenhum deles nomeou tais posicionamentos como de esquerda. Alguns expressaram uma aversão a candidatos de posições extremas, dessa vez, nomeando-os como de direita.
"sim. eu procuro candidatos do mesmo lado político que o meu, normalmente candidatos de outros lados possuem opiniões, estratégias e projetos diferentes dos quais eu procuro em um candidato." (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
"Eu levo em consideração sim se o candidato é da mesma linha politica que eu, porque assim ele estará sintonizado com os mesmos projetos que eu acredito que sejam melhores para o desenvolvimento da minha cidade." (G5, 46 anos, vendedora, AL)
"Com toda a certeza levo isso em consideração, não que eu não posso votar em alguém que não siga a minha visão ideológica, mas certamente, os projetos e as minha visão de mundo não serão os mesmos que alguém que tenha uma visão diferente da minha. Dessa forma, acaba sendo quase impossível eu votar em alguém de posição divergente, a não ser que no segundo turno, dois candidatos desse mesmo posicionamento estejam concorrendo." (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Sim, jamais votaria em um partido de direita. Acho que o candidato tem que ter crenças e pensamentos parecidos com os meus e jamais pensarei igual um bolsonarista. Boa tarde" (G5, 27 anos, enfermeira, PE)
"Eu levo em conta não apenas isso, além de de avaliar se são dos extremos(evito votar em qualquer extremo), avalio também oque cada um tem a oferecer" (G5, 25 anos, estudante, AL)
"Sim busco candidatos do mesmo partido que o meu, que estão alinhados ao que penso." (G5, 28 anos, autônoma, MT)
Majoritariamente os participantes dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados) e alguns participantes do grupo 4 (lulodescontentes) disseram não votar em candidatos filiados ao Partido dos Trabalhadores. No entanto, os argumentos divergiram.
Os participantes bolsonaristas expressaram, em sua maioria, uma exclusão clara e consistente ao Partido dos Trabalhadores (PT), com base em suas opiniões em questões como corrupção, desilusão com o partido e críticas à ideologia política associada. Vários participantes manifestaram que não votariam em candidatos do PT, justificando suas opiniões com base em princípios e valores pessoais que consideravam incompatíveis com as ideias do partido. A associação com um passado de corrupção e de políticas que não atenderam suas expectativas contribuiu para esse posicionamento negativo. Mesmo quando reconheciam possíveis boas qualidades em um candidato, a ligação com o PT foi suficiente para que muitos optassem por rejeitá-los, refletindo um ceticismo em relação ao partido como um todo.
No grupo 4 (lulodescontentes) alguns participantes manifestaram decepção com o partido, sentindo que o PT havia perdido sua essência e deixado de representar as necessidades dos trabalhadores e dos mais necessitados. A crítica se estendeu ao assistencialismo praticado pelo partido, visto como uma medida paliativa e não como uma solução de longo prazo.
"Diante do histórico do PT, não votaria em um candidato do partido, e nem em candidato que recebesse apoio. O PT perdeu completamente a credibilidade para mim, devido aos inúmeros escândalos de corrupção que marcaram sua trajetória ao longo dos anos. A confiança do povo é algo que se conquista e, infelizmente, o partido foi responsável por trair essa confiança com atos que prejudicaram o Brasil. Precisamos de renovação, de candidatos comprometidos com a ética e com a verdadeira transformação do país." (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"Jamais votaria. Pelo histórico de corrupção e por geralmente serem militantes. O país precisa de ordem e progresso e não de ideologias." (G1, 35 anos, artesã , SC)
"Não votaria, mais pela imagem que os candidatos passaram no passado, só se realmente as ideias dos candidatos forem muito boas, creio eu que de alguma forma as minhas ideias não se compactuam com a maioria dos candidatos do pt e acredito também que no caso se recebesse apoio seria a mesma ideia." (G2, 24 anos, suporte TI, DF)
"Como sou de direita, nao voto e nao votaria em candidato do PT, a pessoa pode até ser de boa índole mas, se aliando ao PT e a outros partidos que estão coligados ao PT essa pessoa/candidato nao condiz com o que pensa. Entao, pra mim não confio." (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Recordando como foi as administrações passadas do PT no meu município, não tenho vontade de votar nesse partido, mesmo eles levantando a bandeira dos trabalhadores. Eles alteram muitas coisas que já estão dando certo para colocar o que eles entendem que é melhor. Também acho que é uma administração muito assistencialista onde se quer “dar o peixe e não ensinar a pescar.”" (G4, 37 anos, analista de RH, ES)
"Eu não votaria pois estou de saco bem cheio é sempre um pior que o outro, é sempre quem rouba mais, as propostas até pode ser boa a princípio mas nunca é cumprida, então acho que não votaria nem se me pagassem." (G4, 27 anos, analista de sistemas , SP)
"Estou completamente decepcionada com o PT e com a forma que o partido se apresenta hoje. O partido perdeu a essência .Hoje eu não voto no PT e nem em quem recebe apoio do PT. Não consigo enchergar que o PT represente o trabalhador, que sinta as necessidades dos mais necessitados como prega. Respeito quem pensa o contrário mas hoje eu penso assim." (G4, 53 anos, artesã , SP)
A maioria dos participantes dos grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) demonstrou disposição para votar em candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT) ou apoiados pelo partido.
Os participantes dos grupos progressistas refletiram um forte alinhamento ideológico e simpatia pelos valores e propostas que o PT representa. Muitos responderam que votariam no partido por acreditarem que ele é o único que verdadeiramente defende os trabalhadores e as classes menos favorecidas, ressaltando o compromisso histórico do partido com políticas sociais que buscam combater a desigualdade e melhorar as condições de vida dos mais pobres. Para esses participantes, a identidade do PT como defensor dos trabalhadores e da justiça social é uma razão central para manter o apoio constante ao partido.
Os eleitores flutuantes afirmaram que estariam dispostos a votar em um candidato do PT, desde que o perfil, as propostas e o histórico do candidato fossem satisfatórios.
"Votaria sim, pois eu não olho partido e sim as propostas e perfil do candidato" (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)
"Votaria sim. O presidente é deste partido, sendo assim as relações podem ser mais favoráveis, ainda mais se as propostas do candidato forem coniventes com o que eu defendo." (G3, 25 anos, contador, RJ)
"Votaria sim, nao olho partido e sim postura do candidato, histórico e propostas!" (G3, 29 anos, vendedora , GO)
"Com certeza, gosto do PT e acho que é um partido que valoriza os trabalhadores e os mais necessitados, oferecendo oportunidades de estudo e emprego." (G4, 27 anos, autônoma, PA)
"COM CERTEZA VOTARIA EM CANDIDATOS DO PT OU APOIADOS PELO PT PORQUE NAO GOSTO DE SIGLAS DE PARTIDOS E SIM NA HISTORIA DO CANDIDATO E SUAS PROPOSTAS" (G4, 51 anos, professora , RS)
"Sim. Normalmente não voto em candidatos do PT e apoiados pelo PT; mas dependendo das opções de candidatos poderia votar em candidatos do PT. Mas entre PT e um candidato de Direita mais extrema (por exemplo PL) preferiria o PT." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
"Sim votaria ,eu sempre fui do PT sempre,mesmo as vezes não.concordando com atitudes de alguns meu voto será do PT .a única classe que fabore os empregados pq o outro lado só para o empregador" (G5, 38 anos, chefe de RH, BA)
"Votaria sim em candidatos do PT. Por ser a favor dos trabalhadores sempre votei neles. Espero que continue assim e não mude de ideia pelo propósito deles ." (G5, 28 anos, autônoma, MT)
Os cinco grupos deram respostas bastante similares em suas avaliações das campanhas municipais.
As campanhas foram vistas como uma repetição de práticas desgastadas, sem inovação e sem propostas efetivas que mostrassem preocupação genuína com as necessidades da população. Houve uma percepção de que as promessas feitas pelos candidatos eram sempre as mesmas, focando nos temas habituais como saúde, segurança e educação, mas sem detalhamento concreto ou ações que realmente pudessem sair do papel.
Muitos participantes criticaram o tom das campanhas, caracterizadas por ataques pessoais, divulgação de escândalos e disputas partidárias. Além disso, muitos se mostraram descontentes com os "resquícios" das campanhas, pela sujeira da panfletagem, poluição sonora e visual.
"Aqui na minha cidade não tem um candidato que eu diga: esse vale a pena! O parente do atual prefeito foi pego ontem com mais de 1 milhão de reais em notas de 100,00 reais para compra de votos, tá difícil escolher um que preste, estou muito decepcionada" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"As campanhas são como sempre, Um acusando o outro, Não vi nada de interessante além dos debates da televisão. Não consigo pensar em algo que faça isso ficar interessante, Ultimamente não consigo acreditar em políticos." (G1, 26 anos, recepcionista , SP)
"As campanhas propostas em si pouco tem sido destaque. Os candidatos estão mais preocupados em ofender ou atacar um ao outro. Estamos por um fio pra colocar alguém para comandar uma das cidades maiores que existem ,e estão com infantilidade deixando toda a responsabilidade de lado e brincando de política ." (G2, 50 anos, auxiliar , SP)
"Estou achando bastante disputada e bem perigoso pois estão havendo muitas brigas e confusões de ambos os lados. Infelizmente aqui tem muitas brigas políticas e essa época é muito difícil pra todos nós, acredito que deva ter mais respeito entre eles e pensar que a população precisa de recurso e coisas positivas pra cidade." (G2, 24 anos, técnica em enfermagem , RJ)
"Aqui na minha cidade, foi como esperado, um acusando o outro dos crimes já cometidos, sem nenhuma proposta nova." (G3, 45 anos, professora , MT)
"Aqui foi do barulho ,bagunça com papéis e sujeira mais nada de diferente,um atacando o outro ,só baderna ." (G3, 32 anos, vendedor, MG)
"Nada de diferente, passeatas, pessoas com bandeiras e barulho. Acho que no mínimo deveriam cuidar pra não deixar a cidade toda suja de panfletos"" (G3, 29 anos, vendedora , GO)
"Aqui foi muito interessante as campanhas, inclusive a exposição de um candidato a vice prefeito, comprando votos e pedindo fotos para uma eleitora, assim conhecemos quem realmente era a pessoa, e o caráter duvidoso que tem." (G4, 25 anos, babá, RS)
"Na minha cidade não teve nenhuma campanha que se preocupasse em demonstrar algum plano de trabalho e/ou propostas mais estruturantes e efetivas. Uma das chapas - apoiada pelo Prefeito atual e encabeçada pelo atual Vice prefeito - se preocupou em falar do que o Prefeito atual já fez; a outra chapa se preocupou em criticar o que o Prefeito atual não fez. É decepcionante." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
"Não achei nada interessante das propostas, tudo iguais. Falta propostas de investimentos em saúde, educação e segurança."" (G5, 27 anos, enfermeira, PE)
"Eu particularmente acredito que as camapanhas chamam a atenção de pouquissímas pessoas, nós brasileiros, estamos acostumados com as promessas para no final não serem cumpridas. Todos em todas as eleições prometem sempre a mesma coisa, ou é no seu próprio nicho ou relacionado a problemas públicos e todos sabemos que é só pra ganhar a mente do povo. Não há nada que me chame atenção e acredito que nada chamará. A maioria das pessoas ao redor desses candidatos, só estão ali pelo dinheiro da campanha, nem elas acreditam." (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
Os participantes expressaram o desejo por maior transparência e clareza nas campanhas, de modo que fosse possível entender facilmente o que os candidatos pretendiam realizar. Foi ressaltada a necessidade de campanhas mais substanciais, com planos de trabalho claros, dados e estatísticas, e a apresentação de equipes qualificadas para a administração pública.
Além disso, muitos sugeriram que uma abordagem mais próxima, como visitas aos bairros para ouvir diretamente as necessidades dos eleitores, poderia tornar as campanhas mais relevantes, melhorar a conexão entre candidatos e população e tornar o processo mais legítimo.
"O que faria as campanhas ficarem interessante, seria ter bons candidatos, com proposta de governo que realmente tivesse possibilidade de cumprirem. Só prometem, e nada de cumprir o que falaram depois de eleito." (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Penso que pra ficar mais interessante as campanhas, é terem se apresentação na praça pública e assim ter o contato mais direto com o povo." (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Queria que realmente se importassem com a população, a ponto de levar a sério a campanha eleitoral, conversar e ouvir de verdade o que nós precisamos e em cima disso fazer suas propostas" (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)
"Já disse em outra pergunta que os candidatos deveriam ir em bairros ou nomearem alguem de confiança e verem e ouvirem as pessoas do bairro, mas o que vemos é um povo empolgado achando que politico é artista e vão lá e tiram fotos. Mas falar de proposta que é bom nada, o povo tambem não ajuda. Enfim é isso ver e perto qual a necessidade do local e agir." (G3, 36 anos, autônoma, SP)
"Para ficar mais interessante eles deveriam ter propostas e planos mais eficientes voltados a realidade, que poder sair do papel e acontecer de verdade." (G3, 45 anos, professora , MT)
"Acredito que que as campanhas ficariam mais interessantes quando começam a mostrar estatísticas e estudos efetivos sobre esses mesmos temas que são habituais. Mostrar quem é a equipe que vai compor o time de governo e ter nessa equipe pessoas que realmente tenham qualificação para contribuir para o município e não pessoas “amigas” dos candidatos." (G4, 37 anos, analista de RH, ES)
"Para as campanhas ficarem mais interessantes e limpas seria preciso uma punição com a retirada de uma porcentagem do fundo eleitoral que vai para os candidatos e seus partidos que durante a campanha, caluniasse, agredisse tanto verbalmente quanto fisicamente seus adversários. Quem sabe assim tanto candidatos quanto partidos concentrem-se mais nas propostas a apresentar para a população." (G5, 46 anos, vendedora, AL)
A maioria dos participantes, de todos os grupos, avaliou que os resultados em suas cidades foram previsíveis, com os candidatos favoritos ou incumbentes sendo eleitos conforme apontavam as pesquisas. Para esses eleitores, o processo eleitoral foi tranquilo e alinhado com o esperado. Além disso, muitos destacaram que o ambiente foi pacífico, com menos problemas operacionais durante as votações em comparação com eleições anteriores. Houve uma sensação de que, para a maioria, o processo foi rápido, claro e eficiente.
Os cargos de vereadores causaram um pouco de comoção, com observações sobre renovação política em algumas cidades e críticas quanto à falta de representatividade em outras.
Poucos participantes expressaram descontentamento, pela derrota de seus candidatos ou então pela avaliação negativa de casos pontuais, como a ida do prefeito de Porto Alegre para o segundo turno, mesmo após seus erros durante as enchentes enfrentadas no início do ano.
"Pelas pesquisas, estavam certos de quem era o favorito, na minha cidade, nenhuma surpresa." (G1, 35 anos, artesã , SC)
"Aqui em Maringá as eleições foram tranquilas. O candidato que votei e ganhou a eleição disparado. Ele já foi prefeito 2 vezes em outros anos. Os vereadores que ganharam, apenas 3 não aprovo e são reeleitos. A que votei ganhou com 7.531 votos em primeiro lugar e faz um ótimo trabalho por Maringá, sendo assim ganhou uma cadeira na câmara.!" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Na minha cidade foi aquilo que já era previsto, agora com relação aos vereadores tivemos algumas surpresas, por que candidatos que se consideravam eleitos ,perderam e dois que eram azarões ganharam." (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"O resultado foi conforme o esperado para Prefeito. O que mudou foram os vereadores, não ganharam mais os antigos (que estavam lá por anos), uma mudança bem grande." (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Aqui em Curitiba foi pra segundo turno, que eu já esperava. O candidato que ficou em 3o lugar me surpreendeu pois achei que ele iria melhor. Fora isso, nada de novo" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Aqui na minha cidade a disputa foi bem acirrada até o último momento entre os três candidatos que a pesquisa já mostrava .Agora é aguardar o segundo turno pra ver se vai ganhar o atual o pra ver se o outro candidato ganha." (G3, 40 anos, auxiliar de classe , SP)
"NA MINHA OPINIÃO FOI TUDO A MESMICE DE SEMPRE NÃO PERCEBI NADA QUE ME CHAMASSE A ATENÇÃO" (G4, 51 anos, professora , RS)
"Na minha cidade foi uma surpresa pois todos esperam que um dos dois ex prefeitos que disputavam um fosse eleito e não foi isso que aconteceu. Um vereador que estava desputando simplesmente ganhou. E o que me chamou a atenção foi que infelizmente não tivemos nenhuma mulher vereadora." (G4, 53 anos, artesã , SP)
"Foi normal. Eu observei que tiveram muitas cidades onde a disputa foi acirrada, cada voto contava, em São Paulo para o segundo turno a diferença foi bem pequena, houve também uma cidade em MG que houve empate e o desempate foi na idade, teve cidade que teve 1 voto de diferença, mas tambem teve cidades que a diferença do 1 colocado para o segundo era enorme, como Recife e Maceió." (G5, 25 anos, estudante, AL)
"Dentro das eleições aqui na minha cidade nenhuma novidade" (G5, 41 anos, encanador, MG)
"O que me chamou a atenção foi a quantidade de votos que o Marçal recebeu e também o posicionamento dos porto-alegrenses que mesmo tendo feito inúmeras críticas ao atual prefeito devido as últimas enchentes que inundaram Porto Alegre esse mesmo prefeito quase foi reeleito em primeiro turno." (G5, 46 anos, vendedora, AL)
Muitos participantes demonstraram surpresa quanto ao resultado em São Paulo.
Os do grupo 1 (bolsonaristas convictos), manifestaram decepção com o fato de ele não ter avançado para o segundo turno, questionando a transparência do processo e sugerindo que a mídia ou o sistema político influenciaram seu resultado. Por outro lado, os do grupo 5 (lulistas) ficaram satisfeitos com a derrota de Marçal, considerando positiva sua eliminação no primeiro turno. Para esses, o resultado representou um avanço, principalmente em contraste com a figura de outros candidatos ou com os grupos que eles acreditam que Marçal representa.
"Acompanhei também as de São Paulo. Curiosa pra saber quem o Marçal vai apoiar no segundo turno." (G1, 35 anos, artesã , SC)
"Na minha cidade ganhou o que já era esperado, nenhuma surpresa. Agora fora do Rio de Janeiro o que chamou atenção foi o Boulos ficar em 2° muito estranho tudo isso, Marçal é um fenômeno, me gerou dúvida. Outra coisa estranha a quantidade de candidatos do PSD que se elegeram, muito esquisito tudo isso, logo o partido que está travando o Brasil de ir pra frente, as vezes tenho a sensação que o nosso país não tem mais jeito." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"O que me chamou atenção aliás, não foi da minha cidade , e sim a de São Paulo, eu esperava que Marçal fosse para o segundo turno, mas acham que iriam deixar." (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Não gostei dos resultados, por que terá segundo turno e ainda com um da esquerda Não me convence a derrota do Marçal." (G1, 26 anos, recepcionista , SP)
"""Particularmente gostei dos resultados de algumas cidades, principalmente nas capitais onde o PT não conseguiu eleger nenhum prefeito neste primeiro turno. Só fiquei com uma pulga atrás da orelha em relação a SP onde Marçal liderava nas pesquisas e acabou ficando fora do segundo turno.. muinto estranho 🤔 Mas a melhor notícia foi a aposentadoria forçada pelo povo da traíra pepa pig ...🤣🤣🤣🤣🤣🤣"" (G1, 54 anos, músico, RS)
"Em SP eu imaginava que ficaria entre os três, Nunes, boulos e Marçal. Dava para ver a popularidade de Marçal pelas redes sociais, porém por 1% não alcançou o boulos, enfim segundo turno entre Nunes e boulos. O que me chamou a atenção é como sempre a parcialidade da rede Globo, não mostram absolutamente nada dos outros candidatos e enaltecem Boulos na cara larga da TV brasileira, falaram diversas vezes que os votos de tabata iriam em boulos, mas não falaram nenhuma vez os votos de Marçal em quem iria .... eles são declarados esquerdista, mas deveriam ser totalmente imparciais." (G3, 36 anos, autônoma, SP)
"O que mais me deixou feliz nas eleições foi o fato de alguns coletivos que eu conheço e fazem trabalhos incríveis terem conseguido se eleger para as Câmeras Municipais de várias cidades. Além disso, também fiquei feliz que o Marçal não foi para o segundo turno e que o Eduardo Paes conseguiu se reeleger na primeiro! Acho que foram esses os pontos que mais me chamaram a atenção ontem!" (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Achei maravilhoso. Principalmente por Marçal n ter ido para o segundo turno 😀" (G5, 27 anos, enfermeira, PE)
A resposta à pergunta sobre a orientação ideológica do voto é muito reveladora. Os dois grupos bolsonaristas disseram escolher sempre candidatos de direita, mas enquanto os convictos se mostraram puramente ideológicos, os moderados disseram também atentar para o histórico do candidato. Os flutuantes rejeitaram a orientação ideológica como dado importante. Os lulodescontentes também o fizeram, mas alguns manifestarão rejeição por candidatos de direita. Por fim, os lulistas dizem prestar atenção no alinhamento ideológico dos candidatos, mas não mencionaram a esquerda. Também se declararam avessos a posições extremas.
Esse resultado coloca em perspectiva aqueles que creem em uma polarização forte do eleitorado brasileiro. Ao mesmo tempo mostra que, se há polarização ideológica, ela se dá mais à direita que à esquerda, um resultado que espelha o próprio sistema partidário, diga-se de passagem. Isso mostra que o sistema representativo brasileiro é funcional, pelo menos no que toca o acoplamento entre demanda e oferta.
O posicionamento em relação ao PT é outra pergunta que gerou resultados dignos de nota. Os bolsonaristas convictos rejeitaram o partido in toto, associando-o à corrupção e a valores degenerados. A rejeição ao PT também foi majoritária entre os moderados, mas houve alguns que se disseram capazes de votar em candidatos do partido, se este despertasse confiança. Os flutuantes se declaram ser a pertença ao PT irrelevante na escolha de seu voto. Já os lulodescontentes se dividiram entre apoiadores do partido e alguns que o acusaram de perder sua essência. Os lulistas se mostraram fortemente petistas.
Pelos posicionamentos dos grupos, tem-se a impressão de que o antipetismo está se arrefecendo no eleitorado em geral, ao passo que o bolsonarismo convicto constitui um polo antipetista irredutível. Não é mera coincidência que alguns candidatos façam usam e abusam desse sentimento para lhes garantir um patamar mais alto de preferências eleitorais.
Pela primeira vez nos quase dois anos de relatórios semanais, tivemos uma pergunta que suscitou a mesma resposta dos diferentes grupos. Todos reclamaram da qualidade da campanha, de sua superficialidade, previsibilidade, repetição de propostas. No geral, a confiança dos eleitores de que os candidatos cumpram o que prometem se mostrou bastante baixa.
Esse tipo de insatisfação generalizada com a política pode parecer banal, mas ele explica, em parte, o sucesso de candidatos que se lançam como outsiders e que tem comportamento disruptivo, como Pablo Marçal.
No que toca ao resultado das eleições, somente os bolsonaristas convictos expressaram decepção pela derrota de Marçal – é preciso notar que os participantes são recrutados em todo o país e que, portanto, o fato de Marçal ter sido citado por vários deles é sinal da nacionalização da eleição paulistana. Os moderados parecem ter gostado dos resultados, mas outros disseram somente que foram previsíveis. Os flutuantes também consideraram os resultados previsíveis, mas alguns reclamaram que a Globo apoiou os candidatos da esquerda, um dado que mereceria investigação mais aprofundada. Os dois grupos mais a esquerda mostraram maior insatisfação, reclamando da falta de representatividade feminina, de renovação ou mesmo de interesse do eleitorado em punir candidatos que já seu provaram maus gestores.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.