Relatório 85

De 7 a 13/4

Temas:

  • Governadores em Ato pró-Anistia
  • Percepções sobre os EUA
  • Percepção sobre Donald Trump
Realização:
Apoio:
Metodologia

O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:

G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.

G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.

G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.

G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.

G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.

Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.

Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.

É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.

O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.

Síntese dos Principais Resultados

Entre os dias 7 a 13/4, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.

Ao longo do período, três temas foram abordados: i) participação de governadores em ato pró-anistia; ii) percepções a respeitos dos EUA enquanto nação; iii) perceções sobre Donald Trump e novas medidas de taxação.
Ao todo, foram analisadas 162 interações, que totalizaram 7.797 palavras.

Bolsonaristas Convictos Bolsonaristas Moderados Eleitores Flutuantes Lulodescontentes Lulistas Evangélicos
Participação de Governadores em Ato bolsonarista Unanimemente o grupo apoiou a participação dos governadores, enxergando como sinal de força política e união em torno de Bolsonaro, além de um passo importante para conquistar a anistia dos envolvidos no 8 de janeiro. O grupo avaliou a presença dos governadores como uma aliança estratégica, de reforço para a direita e para a causa da anistia. Muitos expressaram desconfiança em relação aos números divulgados de participantes. O grupo criticou duramente a participação dos governadores, considerando uma forma de apoio à impunidade e aos atos antidemocráticos, além de oportunismo político. Para esses participantes, os governadores estariam interessados em ocupar a vaga de Bolsonaro. O grupo todo rejeitou a presença dos governadores, por considerar o ato como irresponsável, inútil e desvinculado das necessidades reais da população, com críticas ao desvio de função e ao desrespeito às instituições. O grupo condenou com veemência a participação dos governadores, apontando hipocrisia, apoio a crimes e ameaça à democracia, além de expressar indignação com o uso político da manifestação. Os participantes deram respostas alinhadas a seus grupos originais de participação.
Percepções sobre os EUA O país foi visto majoritariamente de forma positiva, associado a características de força, ordem e liderança conservadora. Houve idealização do país como modelo político que deveria ser seguido pelo Brasil. A imagem dos EUA foi mais equilibrada, com reconhecimento de sua força econômica e estrutura, mas também críticas à desigualdade, dificuldade de acesso a serviços como saúde e atual postura violenta em relação a imigrantes. No grupo, predominaram visões negativas sobre o país, com críticas ao autoritarismo, arrogância e retrocessos sociais sob a atual presidência. A imagem do país foi associada a medo, exclusão e instabilidade global. A percepção foi majoritariamente crítica, com apontamentos sobre para a arrogância estadunidense. Algumas opiniões reconheceram a situação econômica privilegiada do país, mas sem neutralizar a desaprovação. A visão predominante do grupo foi negativa, com ênfase em desigualdade social, imperialismo e comportamento agressivo. Houve forte rejeição ao atual governo e ao discurso de superioridade dos EUA. Os participantes elaboraram suas respostas de acordo com seus grupos originais de participação.
Trump e relações comerciais Predominou a admiração por Donald Trump, visto como um líder forte, justo e protetor dos interesses de seu país. Muitos defenderam que o Brasil deveria buscar relações comerciais mais pragmáticas e respeitosas com os EUA. As respostas foram mais equilibradas, reconhecendo Trump como um negociador estratégico, mas, muitas vezes, radical. O grupo defendeu que o Brasil evitasse confrontos e buscasse diálogo e acordos comerciais. A imagem de Trump é amplamente negativa, associada a autoritarismo, arrogância e irresponsabilidade. O grupo defendeu que o Brasil se distanciasse dos EUA, reduzindo a dependência econômica e resistindo às imposições. Trump foi retratado como instável, autoritário e despreparado. A maioria defendeu que o Brasil adotasse uma postura neutra e cautelosa, evitando confrontos e buscando novos parceiros comerciais. Os participantes expressaram imagem extremamente negativa de Trump, com críticas à sua instabilidade emocional e ações unilaterais. O grupo defendeu o uso da diplomacia por parte do Brasil e a busca por novos acordos. Os participantes responderam à questão de acordo com seus grupos de pertencimento.
Pergunta 10
Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) participaram de um ato na Avenida Paulista, no centro de São Paulo, na tarde de ontem (dia 6), convocado pelo ex-presidente. A manifestação pedia anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, em Brasília. Segundo estimativa realizada com base em imagens de drones, utilizando metodologia do Cebrap e da ONG More in Common, o ato reuniu cerca de 44,9 mil pessoas. Além de Bolsonaro, estiveram presentes os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); do Paraná, Ratinho Junior (PSD); do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil); e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL). O que vocês pensam sobre a participação de governadores no evento?
Demonstração de força

As opiniões expressas nos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e bolsonaristas moderados) refletiram, majoritariamente, uma visão favorável à participação dos governadores no ato convocado por Jair Bolsonaro. Os participantes enxergaram essa presença como uma demonstração de coesão política e de lealdade em torno do ex-presidente, consolidando sua liderança no campo da direita. Para muitos, a presença das autoridades estaduais teria impacto direto na legitimidade do movimento e na possibilidade de alcançar seus objetivos, como a (anteriormente já defendida) anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.

A manifestação foi percebida como um espaço de afirmação ideológica e de mobilização em torno de pautas que, segundo os participantes, estariam sendo negligenciadas ou reprimidas pelas instituições. Além disso, houve uma percepção recorrente de que o ato teria sido subestimado em termos de adesão popular, o que alimentou críticas à cobertura da mídia.

"A manifestação teve muiito mais que essa estatística aí, e os governadores que apoiaram a manifestação tem muito mais chance de alcançar a vitória nas próximas eleições, porque o povo está de olho e sabe quem de verdade é a favor da democracia."" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"a participação dos governadores alinhados com Bolsonaro demonstra que ele ainda continua sendo o líder maior da direita. Não adianta centrão tentar criar segunda via através de Eduardo leite, se não for Bolsonaro em 2026 para concorrer a presidência, será quem ele indicar. Quanto a anistia, ganhou mais força e mais uma vez a mídia tenta diminuir o tamanho das manifestações da direita." (G1, 54 anos, músico, RS)

"Eu penso que com a participação dos governadores no evento, tem grandes chances de conseguir a anistia para as pessoas que estão sendo punidas injustamente. A união faz a força! E precisamos de apoio para derrotar o Alexandre de Moraes. Além disso, tinha muito mais pessoas do que foi citado." (G1, 64 anos, empresário, PR)

"A participação dos governadores consolida a figura de Bolsonaro como principal figura da direita no país, e agora com apoio dos principais governadores da centro-direita ao seu lado." (G2, 43 anos, administradora, GO)

"A participação dos governadores é importante, pois mostra que apoiam o ex-presidente e apoiam a causa, pois da forma que está sendo conduzido pela nossa justiça é vergonhoso."" (G2, 35 anos, contadora, RS)

"Em primeiro lugar quero dizer e deixar bem claro,o ato da anistia é um bom andamento para de fato dizermos que o nosso país é democrático verdadeiramente. E deixar bem claro que Bolsonaro realmente é um líder,mesmo que para um pequeno número político ele represente o absurdo,os fatos até o momento dizem ao contrário. O nosso país no momento está sofrendo um ataque severo,por ditadores camuflados de democráticos. Eu como um brasileiro já estou com náuseas de tantos absurdos que estou vendo em redes sociais e jornais que não tem viés políticos. Os atos apresentados aqui neste tema 10,vejo que Bolsonaro não está sozinho e que ainda existem muitas pessoas que torcem e acreditam em liberdade de expressão, aquilo que perdemos ao longo desses últimos meses, não temos mais liberdade nesse país,por isso pedimos. Anistiaja"" (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)

Oportunismo ou irresponsabilidade

As opiniões do terceiro grupo refletiram uma postura majoritariamente crítica em relação à participação dos governadores no ato convocado por Jair Bolsonaro. A presença dessas autoridades foi interpretada como uma jogada política oportunista, voltada à autopromoção e ao reforço de alianças eleitorais, mesmo que isso implicasse, na visão dos participantes, o apoio indireto a atos antidemocráticos. Houve forte reprovação moral à manifestação, considerada por muitos como um sinal de conivência com os ataques de 8 de janeiro, e a anistia foi rejeitada com o argumento de que representaria a impunidade para crimes graves contra o Estado democrático.

Além disso, os participantes demonstraram frustração com o que perceberam como uma inversão de prioridades por parte dos governadores, que, segundo eles, deveriam estar focados na gestão pública e na resolução dos problemas de seus respectivos estados. A manifestação foi vista também como um símbolo de desrespeito às instituições, especialmente ao Judiciário, que, segundo os participantes, deveria ter autoridade reforçada diante de tentativas de desestabilização democrática.

"Eu vejo como uma jogada política. Se aproveitam desses eventos para transmitir a própria imagem." (G3, 25 anos, contador, RJ)

"acho completamente absurdo um governante ir em ato de manifestação para que criminosos sejam impunes. Claramente concordam com os ataques de 8/01. Se esse tipo de crime pode ser cometido, o que mais tá liberado? Assustador!!!" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)

"Acho que ao invés de estar em uma manifestação na qual o objetivo é pedir anistia para pessoas que tentaram contra o estado democrático de direito e entre outras coisas, eles deveriam fazer o trabalho deles que é ajudar a população, cadê que eles vão em manifestações que realmente são importantes para o povo? Não vão." (G4, 27 anos, autônoma, PA)

"TUDO UMA PALHAÇADA PERDA DE TEMPO VAO FAZER TRABALHO VOLUNTARIO AJUDAR O PROXIMO FAZER CAMPANHAS PARA DIMINUIR A FOME E A MISÉRIA DO POVO BRASILEIRO,NAO VAI DAR EM NADA ESTA MANIFESTAÇAO RIDICULA E IMBECIL ONDE AS MARIONETES QUE É O POVO ESTAO SENDO MANIPULADOS PELOS POLITICOS CORRUPTOS..." (G4, 51 anos, professora , RS)

"Eu acho que é um tapa na nossa cara, bem dadoooooooo! Aqui eu falo independentemente da orientação política de quem participou, faria a mesma crítica caso fossem governadores de esquerda apoiando anistia para quem tentou dar um golpe e fez uma invasão em Brasília! Isso só demostra como a anistia é algo maior do que imaginamos e por isso a decisão do STF tem tanta importância para fortalecer a democracia brasileira, ainda tão jovem e com tantos percalços! Outro ponto é em relação ao Bolsonaro poder estar fazendo esse tipo de divulgação, já que, querendo ou não, isso atrapalha na investigação, penso assim que deveria ter algum tipo de punição para evitar que esses atos se repitam."" (G5, 33 anos, tradutor, SP)

"Um total absurdo os governantes eleitos com o voto da população se prestar a esse papel de ir defender um ex presidente criminoso e uma total falta de vergonha na cara." (G5, 28 anos, gerente comercial , AM)

Pergunta 11
Na semana passada, conversamos sobre a opinião de vocês em relação aos perfis ideológicos de eleitores no Brasil. Da mesma forma que pessoas e grupos, os países também carregam imagens, valores e modos de vida que, muitas vezes, despertam admiração ou rejeição. Pensando nisso: Como vocês enxergam os Estados Unidos hoje? A imagem que têm é mais positiva, negativa ou envolve sentimentos mistos? Por quê?
Modelo político e moral

As opiniões dos participantes dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e bolsonaristas moderados) revelaram uma visão majoritariamente positiva dos Estados Unidos, associada especialmente à liderança política de direita. As respostas dadas foram condicionadas pela avaliação do país sob a liderança de Donald Trump.

Os participantes enxergaram os EUA como uma potência forte e influente, cuja atuação no cenário internacional teria impacto direto em outros países, inclusive no Brasil. A imagem do país esteve fortemente vinculada à ideia de força econômica e tecnológica, valorização de ideais como autoridade, ordem e defesa de valores tradicionais. Houve também uma percepção idealizada dos Estados Unidos como símbolo de liberdade, prosperidade e resistência a sistemas considerados autoritários.

No entanto, no grupo de bolsonaristas moderados, alguns participantes ponderaram sobre a desigualdade social, o sistema de saúde, o custo de vida elevado e o comportamento considerado fechado em relação a imigrantes e relações internacionais.

"A imagem dos Estados Unidos hoje é de um país forte, que está voltando a ser, como sempre foi, um país de primeiro mundo com uma política forte de governo de direita, que já começou a usar do seu poder e influência para ajudar os países menores que estão sofrendo com a militância de extrema esquerda, tenho certeza que vai ajudar nosso país sair da situação atual. Hoje enxergo os USA, como uma salvação da ditadura judicial que estamos vivendo, acredito que através dele vamos restaurar a nossa liberdade de expressão e a democracia!"" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"A imagem que tenho dos Estados Unidos hoje é a de um país que começa a se reerguer novamente com Donald Trump no poder, um país governado por alguém que defende a família, os bons costumes e os princípios de Deus, pelo que percebi, parece que lá também houve suspeitas de fraude nas urnas na época em que Biden venceu , desde que Trump voltou, só vejo progresso, ale tem se posicionado de forma firme contra sistemas corruptos e está tentando revelar muitas verdades que estavam sendo escondidas, hoje, só vejo notícias positivas sobre esse país de primeiro mundo." (G1, 45 anos, padeiro , PB)

"Eu vejo os Estados Unidos como uma potência mundial, sua moeda é forte, e com o Trump no comando que é de direita, tudo começa a melhorar para nós brasileiros também, que tenho a certeza, que será a única maneira de tirar a esquerda do poder, e nos libertar desse desgoverno com uma militância esquerdista e comunista! Confio no Trump, atual presidente, apesar de muitos questionamentos sobre as falas dele, será nossa salvação! Nosso povo merece ter uma vida digna!" (G1, 64 anos, empresário, PR)

"Eu sempre tive uma imagem fictícia sobre os EUA, achava que era um país super avançado, com muita cultura, dinheiro do etc. Mais tarde na minha vida, mudei a minha opinião. É um país que tem uma população preconceituosa com vários assuntos, não gostam de imigrantes de qualquer país. Tem uma criminalidade altíssima, as pessoas pobres não tem um sistema de saúde, lá tudo é pago, dentista lá, acho que só os super ricos que frequentam. Tem muitas cidades nos subúrbios, difícil morar no centro pois é caríssimo. Isso implica que todo mundo tem que ter um carro. Por outro lado, é fácil de alguém comprar um carro, tem boas escolas e universidades." (G2, 43 anos, professora , SP)

"Não admiro e nem rejeito os EUA, vejo como um país forte e evoluído, com boas empresas e universidades, mas tem suas dificuldades tbm, o custo de vida não deve ser fácil, mas no geral vejo um país bom." (G2, 35 anos, contadora, RS)

"Eu vejo o EUA como uma potência mundial. Eu admiro a forma de governo dos Estados Unidos,o pensamento em ser superior em tudo,isso é algo que me chama bastante atenção. Alguma países seguem esse mesmo padrão, padrão de independência,superioridade e atitude democrática. O estado distribui os benefícios e riquezas para os seus cidadãos,isso é para quem está de fora e de fato notório. A sua Força tecnológica e ibérica também demonstram toda a diferença dos EUA em relação a outros países. E politicamente 1mil vezes na frente, demonstrando lisura em todos os seus aspectos democráticos"" (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)

Arrogância nacional e retrocesso

As opiniões dos demais grupos (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) expressaram predominantemente uma visão negativa dos Estados Unidos, marcada por críticas ao autoritarismo, arrogância e ações políticas recentes, especialmente relacionadas à figura do presidente. A imagem construída foi, em muitos casos, de um país que perdeu qualidades anteriormente reconhecidas, como segurança, estabilidade e justiça, sendo agora percebido como excludente e agressivo, sobretudo em relação a imigrantes. A atuação do governo foi vista como um fator central para a deterioração da imagem do país, sendo associada a posturas ditatoriais, decisões unilaterais, políticas econômicas agressivas e decisões que comprometem a estabilidade internacional.

Ainda que alguns participantes tenham reconhecido a força econômica e a importância internacional dos Estados Unidos, essas qualidades foram frequentemente relativizadas pelo modo como o país impõe sua influência sobre os demais.

"Sempre tive um imagem sobre os EUA de um país arrogante, que ensina seus cidadãos se acharem superiores a qualquer nação ou cidadão. Infelizmente,com o atual governante as imagens e.noticias só deixa cada vez mais uma opinião negativa: autoritarismo, arrogância, se acha auto sustentável, que o mundo não vale nada apenas o EUA é.o centro do universo. Uma coisa muito triste" (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)

"Hoje infelizmente tenho uma imagem bem negativa dos Estados Unidos. O Trump está fazendo coisas horríveis lá, sendo injusto com muita gente que não merece ser tratado como criminoso, destruindo famílias.... Está agindo como ditador, dá medo! E a imagem do país se torna negativa para mim pois foi o povo que o elegeu, já sabendo que ele faria todas essas coisas horríveis. Então isso indica que a maioria da população pensa que nem ele, infelizmente..." (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)

"A imagem que eu tenho dos Estados Unidos é a de uma criança mimada, aquela que tem tudo na mão e quer sempre ser a líder em tudo, quando as coisas não são do jeito que ela quer, ela faz terror psicológico contra os outros, manipulação de sentimentos e se nada funcionar começa a briga física. No passado já foi muito influente em muitos quesitos da politica internacional e da economia, mas atualmente tem outros países que são mais desenvolvidos, só que os Estados Unidos não quer abrir mão da posição, pois são extremamente nacionalistas e acham que são superiores aos outros." (G4, 36 anos, instrutor de informática , SP)

"Sempre achei um exagero a questão das pessoas endeusarem os Estados Unidos. Acho um país muito cheio de preconceitos contra os imigrantes. E agora com Donald Trump como presidente parece que ficou pior. Não tenho bons sentimentos a respeito dos Estados Unidos."" (G4, 49 anos, artesã , CE)

"Fui criada com uma visão “enfeitada” dos EUA, porém desde que me entendi como adulta não me impressiona mais. A verdade foi aparecendo é assim fui formando minha opinião de que é um país egoista, capaz de passar por cima de tudo e de todos para permanecer no controles" (G5, 26 anos, fisioterapeuta , PE)

"Eu sempre tive e acredito que sempre terei a mesma visão sobre os EUA. Hoje tenho vários conhecidos lá inclusive. É um país incrível de se viver. Se trabalha muito, porém se ganha o equivalente ao seu esforço.

O custo de vida é extremamente barato em quase todos os sentidos. Menos moradia e saúde. É um país que deveria servir de exemplo pro Brasil na questão da economia" (G5, 37 anos, restauradora, SP)

Pergunta 12
Nas últimas semanas a economia mundial entrou um período de grande incerteza devido à política de altas tarifas implantadas pelo governo Trump. Qual a imagem que você tem do presidente dos EUA, Donald Trump? Como o Brasil deve se comportar perante esse desafio?
Liderança firme e estretégica

Os participantes dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados) revelaram uma imagem predominantemente positiva de Donald Trump, que foi caracterizado como um líder forte, decidido e voltado para os interesses nacionais dos Estados Unidos. A maioria avaliou que Trump agia com firmeza e autoridade, sendo uma liderança admirada, possuindo perfil empreendedor e estratégico.

Houve consenso entre os participantes do grupo 1 de que suas políticas de tarifação visavam proteger a economia norte-americana, sendo interpretadas como estratégias legítimas diante da reciprocidade exigida no comércio internacional. Muitos participantes compararam a postura de Trump à do presidente brasileiro de maneira desfavorável, destacando a necessidade de o Brasil diversificar suas relações comerciais e também para que Lula "cedesse" às medidas impostas pro Trump.

Entre os participantes do grupo 2 houve certa ambivalência: ao mesmo tempo em que se criticava o tom agressivo de suas medidas, reconhecia-se sua eficácia. Muitos sugeriram que o Brasil deveria buscar o diálogo e a negociação, evitando confrontos e represálias, dada sua dependência econômica em relação ao mercado norte-americano.

"Eu acho a taxação correta porque ele está visando o bem estar da pátria dele, vendo o que é melhor para o país dele. A imagem que tenho do presidente Donald Trump é de um líder mundial, justo e democrático e sempre visando o bem estar do seu país. O Brasil deve parar de fazer politicagem barata e parar de ofender o presidente Donald Trump e suas autoridades constituídas, fechar a boca e trabalhar pelo futuro da nossa nação, porque até agora só está nos levando para o fundo do poço, com taxas e impostos pesados sob nossos ombros, parar de gastar com corrupção e de fazer política com o judiciário!"" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Eu acredito que o presidente Donald Trump sabe muito bem o que está fazendo. O vejo como um líder mundial forte e que não se acovarda perante outros presidentes. Acho que o presidente Lula deve manter boas relações com os Estados Unidos para que juntos possamos crescer. E manter a boca de sua esposa fechada pra que ela não fique falando asneiras dos aliados de Trump. E possamos manter uma relação pacífica com os Estados Unidos." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)

"O presidente Trump é firme nas suas decisões, zela pelo seu país, ele é democrata, de direita, e tenho bons olhos pelo seu mandato! As taxas cobradas são justas para o país, que é uma potência mundial. Quanto ao Brasil, que lute por ter um presidente descondenado, ladrão, e corrupto. Não visa o bem do seu próprio país, e quem sofre as consequências desse desgoverno somos nós brasileiros trabalhadores do bem!"" (G1, 64 anos, empresário, PR)

"A imagem que vejo de Trump é que ele não é político, é empreendedor, pensa para o país EUA para voltar a crescer. Essa medida das tarifas foi ousada, mas penso que o Brasil pode fazer como os outros países, indo negociar para que fique bom pra todos."" (G2, 35 anos, contadora, RS)

"Eu vejo o Trump como um homem de negócios, ele não tem visão de mundo, só vê negócios e assim está tratando os demais países no que se refere as altas tarifas que está aplicando, os Estados Unidos não planta tudo que come, ele está se esquecendo disso, devemos ser parceiros para isso funcionar. O Brasil deve formar um grupo para lidar com as sanções que estão por vir." (G2, 43 anos, professora , SP)

Instabilidade emocional e necessidade de diplomacia moderada

As respostas dos demais grupos (3, 4 e 5 - eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) refletiram uma avaliação fortemente negativa da figura de Donald Trump, destacando traços como autoritarismo, instabilidade emocional, nacionalismo extremo e despreparo para o cargo que ocupa. O presidente norte-americano foi amplamente descrito como alguém impulsivo, egocêntrico e perigoso, cujas ações não apenas desrespeitam a lógica da economia global como também ameaçam a estabilidade internacional. Alguns o associaram a ideias preconceituosas e a uma visão de mundo elitista e excludente, reforçando a percepção de que sua atuação atende a interesses restritos e ideologicamente radicais, sem preocupação com as consequências mais amplas.

Em relação ao papel do Brasil diante dessa conjuntura, a maioria dos participantes defendeu uma postura neutra ou parcial, recomendando que o país evite confrontos diretos e se mantenha focado na resolução de seus próprios problemas internos. Embora algumas respostas tenham reconhecido a necessidade de medidas defensivas — como a aplicação da Lei de Reciprocidade — a ideia mais geral foi de que o Brasil deve agir com prudência e evitar envolvimento em “brigas de gigantes".

Entre os eleitores de Lula, a diplomacia do atual presidente foi vista como o caminho ideal, especialmente por meio da negociação com blocos internacionais, como os BRICS e países europeus. Houve também menções à urgência de novos acordos comerciais para mitigar os impactos das medidas norte-americanas.

"Tenho uma visão pior o possível. Uma pessoa totalmente sem noção. Acha que é dono do.mundo. Os demais países devem se unir e fazer com ele o mesmo. O BR deve trabalhar e fazer o que ele , Trump está fazendo com o nosso país. Vamos ver se eles são realmente auto sustentáveis" (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)

"penso igual às colegas, tenho uma péssima imagem do Trump. Acho que ele é um maluco que se comporta como um ditador! Ele faz o que bem entende, inacreditável. Se acha invencível. O Brasil tem que tentar reduzir ao máximo as relações com os Estados Unidos, diminuir as importações vindas de lá, necessitar cada vez menos deles porque eles não estão nem aí para a gente" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)

"A imagem que eu tenho de Trump é de alguém autoritário onde tudo tem que ser como ele quer, o Brasil deve ser recíproco pois ambos precisam um do outro." (G4, 27 anos, autônoma, PA)

"Tenho uma imagem muito negativa de Trump, pois ele é representante de uma ala extremamente nacionalista e conservadora. Essas atitudes de Trump demonstram uma visão muito errada sobre a economia global. Essas tarifas absurdas vão acabar por gerar prejuízos muito maiores aos Estados Unidos do que os benefícios. O Brasil está adotando uma postura correta de tentar resolver as situações com o diálogo direto. Mas também o Brasil fez o certo de aprovar a Lei de Reciprocidade que pode ser uma alternativa a ser usada em casos mais extremos." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)

"A imagem que eu tenho do Donald Trump é a pior possível: de uma pessoa que acha que está acima do bem e do mal, só porque detém poder e dinheiro. Com isso, pensa que pode fazer tudo o que quiser, ignorando não apenas aspectos éticos e criminais, mas também os seus próprios conselheiros, que já avisaram que se entrar em uma briga com a China, irá perder, já que os Estados Unidos são muito mais dependente da China do que o inverso. Sobre o papel do Brasil nessa confusão toda, penso que deve ser o que o Lula faz de melhor: diplomacia. Assim, reunir os Brics junto com os países europeus para se unirem contra essas barbaridades que o Trump vem fazendo e garantindo com que a economia global não colapse por conta do ego de um homem que é maluco!"" (G5, 33 anos, tradutor, SP)

"A minha visao sobre o presidente Donald Trump sempre foi negativa ele está tomando muitas medidas irrelevante ele não tem capacidade nenhuma de liderar um país só toma atitudes erradas ele faz as coisas sem pensar em ninguém só nele mesmo. Sobre o Brasil o presidente Lula deveria Sim tomar medidas pra garantir que o Brasil não seja afetado"" (G5, 28 anos, autônoma, MT)

Considerações finais

Na semana discutimos dois conteúdos distintos, mas que promoveram divisão similar entre os grupos. As três questões analisadas separaram as opiniões em dois polos: de um lado, os bolsonaristas convictos e moderados; de outro, os eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas.

Em relação ao evento mais recente de apoio à anistia dos condenados de 8 de janeiro — que, desta vez, contou com a presença de alguns governadores —, os dois grupos bolsonaristas manifestaram apoio, e interpretaram a presença dessas lideranças como um endosso à legitimidade da manifestação e uma reafirmação da liderança da direita no país. Em contrapartida, os demais grupos, inclusive os flutuantes, demonstraram repúdio à participação das autoridades, destacando o desvio de função pública, a defesa da impunidade e a ameaça à democracia. As divergências evidenciaram claramente percepções opostas sobre o papel das instituições, a função dos representantes eleitos e os limites da atuação política em um regime democrático.

Da mesma forma, as percepções acerca dos Estados Unidos enquanto nação, bem como sobre seu atual líder, Donald Trump, também se concentraram em lados antagônicos. De modo geral, o julgamento sobre os EUA esteve fortemente condicionado à figura do presidente e às posições ideológicas dos respondentes. Os grupos bolsonaristas, alinhados a valores conservadores, idealizaram o país como exemplo de força, liderança moral e referência política, descrevendo Trump como um líder forte e justo, que atua em defesa do seu povo. Em contraste, os demais grupos expressaram críticas duras aos EUA, demonstrando incômodo com as atuais políticas de exclusão de imigrantes e retrocessos democráticos. O discurso nacionalista e de superioridade dos EUA foi interpretado como sinal de prepotência e ameaça ao equilíbrio global — características que, para esses grupos, são encarnadas na figura de Trump, descrito como instável, impulsivo e perigoso para a ordem internacional.

Houve certo consenso quanto à necessidade de o Brasil adotar uma postura estratégica e cautelosa diante das políticas tarifárias norte-americanas, mas com propostas divergentes de ação. Os bolsonaristas sugeriram que o país deveria buscar o diálogo e a negociação, evitando confrontos e represálias, dada a dependência econômica em relação ao mercado norte-americano. Já os grupos mais progressistas defenderam a via diplomática, porém com ênfase na diversificação de parcerias internacionais e na adoção de medidas de reciprocidade como forma de proteger a soberania econômica brasileira.

As questões da semana de fato evidenciaram polarização, diferentemente de outras semanas em que outras questões ensejaram distribuições variantes de preferências entre os grupos. O mais importante a se notar, contudo, é que a postura bolsonarista foi minoritária, pelo menos no que toca o número de grupos, com os flutuantes se aproximando muito dos outros dois grupos de esquerda. Ou seja, o perfil de respostas dos grupos está muito longe de confirmar a tese de uma polarização calcificada na qual a esquerda está perdendo adeptos. Pelo contrário.

Distribuição da participação
Leia outros Relatórios do MDP

Prisão de Collor; Terapias hormonais em adolescentes; Camisa vermelha da seleção

Bolsa Família como Inclusão Social; Minha Casa, Minha Vida para Moradores de Rua

Ampliação da Isenção para Igrejas; Código Brasileiro de Inclusão

Identidades políticas adversárias; Autoidentificação de grupo; Percepções sobre crimes de abuso sexual

Aumento da Faixa de Isenção do IR.; Condenação de Carla Zambelli.; Bolsonaro Réu por Ataques à Democracia.

Passeata de Bolsonaro por anistia; Licenciamento de Eduardo Bolsonaro; Avaliação do Governo Federal.

Prisão de Braga Netto;Aprovação do do pacote de cortes de gastos;Concessão de benefícios extras

Tarcísio de Freitas e o uso de câmeras;Regulamentação de IA;Declarações de Moro e a Cassação de Caiado.

Isenção do IR; PEC dos Gastos Públicos; Divergências entre Mercado e Governo.

Tentativa de Golpe: informações gerais; Indiciamento de Jair Bolsonaro; Pedido de Anistia

Especial G20: Falas de Janja; Percepeções gerais; Avaliação de pautas

Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.

Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.

Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores

Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer

Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares

CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher

Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados

Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam

Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto

Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane

Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida

Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais

Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas

Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais

ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro

Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal

Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet

Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula

Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista

Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro

Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia

Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar

Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904

Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares

Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News

Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações

Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas

SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente

Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas

Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes

Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura

Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid

Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura

#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres

Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos

Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro

#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró

#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula

Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM

Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa

Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal

Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos

#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana

Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF

#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis

Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto

#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM

Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro

Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro

GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança

Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio

Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar

Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno

Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo

Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS

O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF

Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas

Relatório #19 MED

ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS

Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula

Bolsa família, Laicidade do Estado e MST

Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma

Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola

Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula

Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista

Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro

Julgamento, Cid e políticas sociais

Valores: Marcha, Parada e Aborto

Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro

Monitor da Extrema Direita

Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an

As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.

O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.

O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.

Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.

O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.

Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.

O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.

Equipe MDP

Carolina de Paula – Diretora geral

Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.

João Feres Jr. – Diretor científico

Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).

Francieli Manginelli – Coordenadora de recrutamento

Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.

André Felix – Coordenador de TI

Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.