O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 23 e 29/9, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo da semana, cinco temas foram abordados, pertinentes à nossa pesquisa complementar, vinculada ao questionário "A Cara da Democracia": i) descriminalização das drogas; ii) oferta de ensino religioso nas escolas; iii) adoção do modelo de escolas cívico-militares; iv) realização de aborto no país; v) prisão de mulheres que realizam aborto.
Ao todo, foram analisadas 173 interações, que totalizaram 10.416 palavras.
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
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Descriminalização das drogas | A maioria foi contra, alegando que as drogas destroem famílias e agravam a criminalidade. Muitos apoiavam, inclusive, a necessidade de leis mais severas. | Os participantes adotaram posicionamentos contrários à descriminalização, destacando o risco de aumento no consumo e a sobrecarga no sistema de saúde. | Não houve consenso. Alguns defenderam a descriminalização como forma de reduzir o tráfico, enquanto outros argumentaram que a corrupção e o tráfico persistiriam apesar dela. | A maioria do grupo foi a favor da descriminalização apenas para fins medicinais, mas contra para uso recreativo, temendo aumento do vício e impactos sociais negativos. | A descriminalização para fins medicinais foi amplamente apoiada, mas houve resistência ao uso recreativo, com preocupações sobre aumento da criminalidade. | A maioria dos participantes adotou postura contrária, argumentando que todas as drogas são prejudiciais à saúde e à estrutura familiar das pessoas. |
Ensino religioso nas escolas | O grupo adotou posicionamento favorável ao ensino religioso nas escolas, desde que contemplasse "os ensinamentos corretos", argumentando que ele contribui para a formação ética e moral das crianças. | Houve apoio ao ensino religioso, contanto que ele fosse imparcial e abrangesse diferentes interesses, promovendo o respeito e combatendo a intolerância. | As opiniões ficaram divididas. Os contrários destacaram a dificuldade de respeito à pluralidade religiosa, enquanto os favoráveis defenderam que, se inclusivo, o ensino religioso ajudaria a combater a intolerância. | As opiniões ficaram divididas. Os contrários argumentaram que o ensino religioso fere a laicidade, enquanto os favoráveis apoiaram uma abordagem ampla e inclusiva, envolvendo diversas discussões. | A maioria do grupo foi contrária à proposição, destacando o caráter laico do estado e a falta de respeito à diversidade. Os favoráveis apoiavam o ensino inclusivo de diferentes religiões como parte da cultura e formação ética. | Majoritariamente os participantes defenderam o ensino religioso como uma opção (mas não imposição) dentro das escolas, para que alunos fossem ensinados a partir de valores morais corretos. |
Escolas cívico-militares | A militarização das escolas foi vista como positiva e responsável por promover disciplina, segurança, ensinar amor à pátria e por barrar as ideologias de esquerda. | A maioria do grupo apoiou a militarização, por sua capacidade de trazer ordem e disciplina. Alguns demonstraram preocupações sobre o excesso de rigidez, mas preferiam isso ao ensino de ideologias erradas. | O grupo adotou postura favorável à militarização, apontando que a qualidade do ensino é superior e que a disciplina e valores cívicos são diferenciais positivos desse formato. | Os participantes apoiavam a militarização parcial das escolas, como uma opção dentre outros modelos educacionais. Alguns avaliaram que o ensino era melhor devido a maior rigidez disciplinar. | A maioria do grupo rejeitou a proposição, tecendo críticas pelo impacto negativo sobre a autonomia e liberdade de escolha que o modelo militar causa. Para esses, caberia ao Estado elevar o nível do ensino. | Não houve consenso. Os participantes adotaram posicionamentos mais condizentes aos seus grupos originais de participação. |
Aborto | Unanimemente o grupo adotou postura contrária à legalização do aborto, exceto em casos específicos como estupro ou risco de vida da mãe. | Todos os participantes foram contra a legalização, exceto em situações excepcionais, como gravidez decorrente de violência sexual. | Os participantes foram contrários à legalização na maioria dos casos, reconhecendo exceções em situações de risco ou abuso. | O grupo ficou dividido. Muitos aceitavam o aborto em casos específicos, como abuso ou risco à saúde. Alguns eram favoráveis, cabendo às gestantes essa decisão. | Majoritariamente os participantes foram a favor do aborto somente em casos de violência ou riscos à saúde, tratando como uma questão de saúde pública. Alguns defenderam o direito pleno ao aborto. | Majoritariamente os participantes foram contra a realização do aborto, defendendo a vida da criança como um direito sagrado. Para casos extremos, muitos abriram exceções. |
Prisão de aborteiras | A maioria defendeu a punição para mulheres que abortam, visto como um crime contra a vida; alguns destacaram a importância de punir também os envolvidos, como clínicas e médicos clandestinos. | A maioria foi contra a prisão, argumentando que as mulheres precisam de apoio e assistência; alguns condicionam a punição dependendo das circunstâncias, como a formação do feto. | A maioria do grupo se opôs à prisão, sugerindo assistência e educação como alternativas; alguns defenderam a punição em casos específicos, como repetição de gravidez por descuido. | A maioria adotou posição contrária à prisão, enfatizando a autonomia da mulher sobre o próprio corpo; alguns defenderam a punição, considerando o aborto um crime contra a vida. | A maioria dos participantes foi contrária à criminalização, considerando o aborto uma questão de saúde pública e sugerindo apoio e conscientização; alguns defenderam a punição em casos específicos, como abortos repetidos. | Não houve consenso. Os participantes adotaram posicionamentos mais condizentes aos seus grupos originais de participação. |
A maioria dos participantes (de todos os grupos) adotou posicionamentos contrários à descriminalização. Os participantes, de modo geral, expressaram preocupações sobre o aumento do consumo e o impacto negativo na sociedade. Muitos temiam que a descriminalização pudesse agravar a criminalidade, o vício e a desestruturação familiar, além de influenciar negativamente os jovens.
A incapacidade do governo brasileiro de lidar de forma eficaz com o controle das drogas, em grande parte devido à corrupção e à falta de estrutura também foi um argumento recorrente. Muitos acreditavam que o tráfico continuaria, mesmo com a descriminalização, e que o problema das drogas se agravaria, com mais pessoas sendo expostas ao vício. A visão de que a legalização poderia piorar a saúde pública e a segurança social foi uma preocupação recorrente, refletindo o medo de que a dependência e o caos social aumentassem ao invés de diminuírem.
"Sou contra! Porque as drogas destroem não só o usuário como também a família e toda uma sociedade. O tráfico de drogas ajuda a manter o crime organizado. Tem é que ter leis mais severas para quem vende drogas." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Sou totalmente contra a discriminação, pois já está uma bagunça, jovens fumando maconha a vontade, e aquele cheiro insuportável, e fora as famílias que sofrem com seus filhos, familiares que estão acabando com a vida, por conta das drogas. É muito triste! Tem que ter penalidades mais severas para porte de drogas ilícitas." (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Totalmente contra ,a droga só trás desgraça para a vida das pessoas de quem usa e dos familiares que sofrem com as consequências, principalmente quando a pessoa está na abstinência e passa a roubar e até matar para conseguir dinheiro para comprar mais e satisfazer o seu vício." (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"A questão é polêmica, no meu ver aumentaria o consumo de drogas, pode levar a normalização do uso de drogas entre os jovens e sobrecarregar o sistema de saúde, sem contar o impacto social. Tudo bem, a pessoa com pequenas doses não seria presa e não sobrecarregaria o sistema de justiça, mas .... A que preço!" (G2, 43 anos, professora , SP)
"Eu já fui a favor, hj não mais. Presenciei países que tem a maconha liberada e outras tbm mas o governo regula todo o processo. E, sinceramente aqui devido a corrupção isso não seria uma boa ideia." (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)
"Eu sou contra, porque só vai piorar a situação do vício em drogas. A partir do momento que descriminalizar com certeza vai ter um limite de compra e o tráfico vai continuar do mesmo jeito." (G3, 45 anos, professora , MT)
"Sou contra, pois pra ter o consumo, tem que existir os traficantes, violência, mortes e muitas outras coisas piores. Sou a favor do uso da substância em medicamentos. Pois sei que muitas pessoas que utilizam o cannabis ficam melhores em algumas doenças ."" (G4, 49 anos, artesã , CE)
"Sou contra para uso recreativo. Creio que se liberar o governo além do traficante irá ganhar pois irá cobrar imposto. Mas as famílias não irão ganhar nada ou melhor irão perder pois teremos uma geração com mais acesso liberado as drogas." (G4, 53 anos, artesã , SP)
"Sou contra pois o próprio nome diz já é uma droga." (G5, 41 anos, encanador, MG)
"Sou contra vejo tantas pessoas que acabam ficando desesperado quando fica viciado e acaba cometendo crimes." (G5, 28 anos, autônoma, MT)
Nos grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) alguns participantes demonstraram apoio seletivo à descriminalização, a partir de uma discussão mais detalhada, com muitas opiniões a favor, especialmente em relação ao uso medicinal. Os participantes que apoiaram a descriminalização frequentemente mencionaram os benefícios do uso de substâncias, como o canabidiol, para tratar doenças e síndromes, reconhecendo que a proibição dificultava o acesso a tratamentos eficazes.
Alguns também acreditavam que a descriminalização poderia reduzir a criminalidade e enfraquecer o tráfico de drogas, argumentando que, como o álcool e o tabaco, as drogas regulamentadas poderiam trazer arrecadação ao Estado.
No entanto, mesmo entre esses, houve resistência quanto à liberação plena para uso recreativo, refletindo o receio de que a sociedade não estivesse preparada para lidar com os efeitos de uma legalização ampla.
"Eu sou a favor da discriminação do uso de drogas para as medidas e uso medicinal fora isso eu não sou a favor pois eu não acredito que as drogas favoreçam as pessoas nos vícios de alguma forma" (G2, 24 anos, técnica em enfermagem , RJ)
"Legalizando ou não quem fuma vai fumar de qualquer jeito, só será mais fácil comprar. Gerara concorrência entre os traficantes assim penso eu tornando algo menos prazeroso para quem fuma, pois além do vicio existe todo aquele prazer em fazer algo errado, talvez até acabando as boca de fumo. Fora arrecadação de impostos ao governo, e na questão da saúde muitos hoje precisam do canabidiol para fins medicinais o preço é elevadíssimo e com a legalização teríamos mais acesso." (G3, 36 anos, autônoma, SP)
"Sou a favor por que irá arrecadar impostos e diminuir essa safadeza tanto de quem usa tanto que quem trafica. Sem contar que já existem drogas vendidas e regulamentadas: álcool, cigarros, mas as mais importante seriam para os medicamentos." (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)
"Eu sou a favor em partes, sei que muitos precisam por problemas de saúde como um parente da minha própria família e por ser proibido, é muito mais difícil adiquirir no Brasil, não importa o seu problema ... Acho que se fosse legalizado com certeza a criminalidade diminuiria e com isso o tráfico também." (G4, 27 anos, analista de sistemas , SP)
"Sou a favor, principalmente para uso medicinais, creio que com a discriminação o tráfico irá diminuir, já está mais que na hora de ser descriminalizado mas claro que com limitações para não virar bagunça." (G4, 27 anos, autônoma, PA)
"Já temos várias drogas liberadas, como o alcool e o cigarro, esse é um primeiro ponto que precisa se ressaltado, sendo que diversos estudos já demonstraram que a maconha é muito menos maléfica para o corpo e para a sociedade de forma geral do que o alcool, já que causa afastamentos no trabalho, acidentes de trânsito e violência doméstica. Além disso, já ficou comprovado que a guerra às drogas não é uma política efetiva, pelo contrário, só aumenta o tráfico e a violência nessa que seria uma questão de saúde pública. Por tudo isso, defendendo a descriminalização da maconha para uso recreativo e medicinal, com forte regularização do Estado e controle sobre onde utilizá-la." (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Sou a favor da descriminação da cannabis, principalmente pela ajuda na forma medicinal que ela traz, e sou completamente contra das drogas sintéticas" (G5, 25 anos, estudante, AL)
Os participantes dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e bolsonaristas moderados) adotaram posturas favoráveis ao ensino religioso, argumentando que o ensino sobre religiões poderia auxiliar na formação ética e moral das crianças. Muitas pessoas defenderam que a exposição das crianças às religiões desde cedo seria benéfica para a criação de cidadãos mais conscientes e respeitosos, além de contribuir para a valorização da pátria e dos princípios cristãos.
No entanto, claramente os posicionamentos adotados refletiam o ensino de religiões do cristianismo. Algumas pessoas revelaram ter receio em relação ao conteúdo a ser ensinado, especialmente devido à diversidade de opiniões e à falta de controle sobre como essas informações poderiam ser transmitidas.
"Sou a favor do ensino cristão, mas acho meio complicado porque hoje o satanismo está muito liberado no Brasil, tem inaugurados templos satanistas em algumas cidades e como o ensino religioso tem que ser imparcial com esse governo que está aí com certeza vão incluir essa pauta do diabo." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
" Sou a favor do ensino religioso nas escolas, pois ensinando desde o começo a criança vai ser um cidadão do bem, e como está hoje fica difícil. Eu estudei ensino religioso, o hino antes de entrar na sala de aula, e oração do Pai Nosso todos os dias." (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Sou a favor do ensino religioso nas escolas. Mas da maneira correta sem distorcer a verdade da palavra de Deus." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Sou a favor do ensino religioso nas escolas somente se for nos moldes das escolas Batistas e Adventistas que são exemplos de escolas de qualidade e disciplina" (G1, 50 anos, engenheiro, SP)
"Sou a favor de que nossos filhos sejam ensinados sobre Deus e os valores bíblicos, para que possam ter uma base sólida de princípios desde cedo. Acredito que esses ensinamentos são fundamentais para formar cidadãos com ética e moral, contribuindo para uma sociedade mais justa e equilibrada. " (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"Não sou a favor, por que não sei qual religião que iriam ensinar para meu filho, Graças a Deus em Casa eu e meu esposo já ensina ele tudo sobre Deus, e vamos a igreja, mas na escola eu não saberia o que era ensinado, então eu sou contra. Hoje em dia nao da muito pra se confiar. ( Não sou contra aos ensinamentos de Deus)" (G1, 26 anos, recepcionista , SP)
"sou a favor da matéria ensino religioso pois eu acredito que todas as crianças devam saber a importância da religião e especialmente sobre Deus, a fé é algo que eu valorizo muito e acho que toda criança deve aprender sobre." (G2, 24 anos, técnica em enfermagem , RJ)
"Meu filho estuda em uma escola baseada em princípios cristãos onde o ensino religioso aborda tanto a questão do desenvolvimento espiritual quanto os valores de disciplina e responsabilidade. Sou a favor de q todas as escolas tenham ensino religioso, da educação infantil até o ensino médio, sou cristã e acredito no evangelho de Jesus Cristo. Qd falo em ensino religioso não estou me referindo a uma religião específica . As pessoas ficam receosas por acharem que o ensino religioso se limita a falar de Jesus ou de uma religião específica, mas ele tbm traz temas importantes para o desenvolvimento integral da criança e do adolescente, como respeito, empatia, e a busca por sentido e propósito na vida." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Sou a favor sim acredito que por mais que tenha outros tipos de religiões no mundo, a maioria atualmente do Brasil vem do cristianismo eu acho que quem for de outra religião poderia simplesmente não ver a aula ou ir para outro local." (G2, 24 anos, suporte TI, DF)
Os participantes dos grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) que se posicionaram de modo favorável foram mais inclusivos em suas respostas, avaliando que o ensino deveria ser plural, sob a condição de que apresentasse várias religiões, sem favorecimento de uma em particular. A justificativa principal para esse apoio foi a promoção de valores como respeito, fé e resiliência, além da contribuição para o desenvolvimento moral e ético dos alunos. Para esses participantes, o ensino religioso nas escolas poderia combater a intolerância e a ignorância religiosa, desde que fosse focado em princípios universais e na coexistência de confiança entre diferentes opiniões.
"Sou a favor do ensino religioso, mas de forma básica. Somente mostrando como funciona cada religião, acredito que assim haveria a diminuição da intolerância e da ignorância religiosa." (G3, 25 anos, contador, RJ)
"Eu sou a favor do Ensino Religioso, desde que seja laico sem nome de religião, porque ensina o respeito, a ter fé, ser resiliente, e andar no caminho certo." (G3, 45 anos, professora , MT)
"Sou a favor, mas deveriam ensinar religiões em geral, como funcionam, sobre culturas, origens, filosofias.. Não só sobre o cristianismo. Acho que a educação religiosa nas escolas deveria ser mais valorizada e não ter preconceito com outras religiões."" (G4, 25 anos, babá, RS)
"Não sou contra e nem a favor, acho bem delicado esse assunto e acredito que se for para ter, esse ensino deve explorar todas as religiões e não somente o cristianismo, pois as pessoas não seguem as mesmas religiões.." (G4, 27 anos, autônoma, PA)
"Sou a favor do Ensino Religioso nas Escolas; logicamente não vocacional e sem viés para nenhuma religião; aprender a respeitar e conviver com todas as religiões e religiosidades é saudável e indispensável para a vida em sociedade." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
"Sou a favor, acredito que deve ser estudado todas as religiões e suas origens e particularidades, pois isso também faz parte da cultura e história do povo brasileiro" (G5, 28 anos, auxiliar administrativa, RS)
"Sou a favor sim acho que ajudaria muito as crianças de hoje em dia saber mais sobre religião, seria bom se falasse sobre todas as religiões não só uma como de costume." (G5, 28 anos, autônoma, MT)
Os participantes dos grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) que se posicionaram de modo de modo contrário ao ensino religioso basearam seus argumentos na laicidade do Estado e na pluralidade de religiões e tendências no país, apontando que seria difícil ensinar religião sem gerar algum tipo de doutrina ou preconceito. A questão da liberdade religiosa também foi levantada, com o argumento de que o ensino sobre religião deve ser de escolha individual e familiar, não uma imposição escolar. Houve ainda uma preocupação com a intolerância religiosa, que poderia ser exacerbada caso o ensino se concentrasse em uma única opinião ou fosse mal conduzido.
No grupo 5 (lulistas) houve preocupações sobre o ensino religioso contrapor-se a conceitos científicos, como a teoria da evolução.
"Sou contra, pois cada um tem o direito de seguir a religião que quer. E os pais que já tem uma religião e ensina ao filho a mesma, e chega na escola é ensinado outra religião. Fica complicado, ou fariam diversas escolas com diversas religiões, meio sem sentido né, talvez geraria até discórdias entre as pessoas." (G3, 36 anos, autônoma, SP)
"Eu sou contra o ensino religioso pq tem tanta intolerância religiosa não daria certo. Esse tipo de pensamento prezaria apena as religiões cristãs" (G3, 40 anos, auxiliar de classe , SP)
"Bom o ensino religioso na minha opinião tem que vir de casa, eu acho que deveria ter nas escolas porém eu acho algo delicado pois nem todo mundo tem a mesma religião e acho que não é totalmente respeitoso com todos, pra mim o ensino religioso é só uma forma de tentar empurrar uma religião, e como é nas escolas não tem muito respeito. Então sou contra" (G4, 27 anos, analista de sistemas , SP)
"Sou contra o que se deve ser ensinado é o respeito à todas as religiões credos. Mas nunca se defender uma maneira um pensamento religioso. Cada família tem o seu livre arbítrio para cultuar sua religião. Não compete ao estado esse papel. " (G4, 53 anos, artesã , SP)
" Sou totalmente contra, pois o Brasil é um país laico (ou deveria ser) e esse ensino fere todas as crenças, inclusive aqueles que não creem em nenhum tipo de Deus. Além disso, esse ensino também leva ao criacionismo, o que é uma negação da ciência e da teoria da evolução, a qual, deve ser ensinada em todas as escolas. Agora, nas instituições privadas, cada proprietário ensina como quiser, desde que siga algumas diretrizes básicas, mas no público, deve-se respeitar a laicidade do estado brasileiro." (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"sou contra. o brasil se denomina estado laico, mas de laico não tem nada. no ensino religioso é “estudado” apenas uma religião, não há inclusão nessa matéria e tbm nao vejo como uma necessidade de aprendizado, porque vai até contra a ciência" (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
A maioria dos participantes dos grupos 1, 2 e 3 (bolsonaristas convictos, bolsonaristas moderados e eleitores flutuantes) defendeu o modelo cívico-militar com base na percepção de que ele proporciona maior disciplina, segurança e qualidade no ensino. Alguns participantes dos grupos 4 e 5 (lulodescontentes e lulistas) também demonstraram apoio à ideia.
Muitos acreditavam que essas escolas promovem o respeito entre alunos e professores, além de valorizar o civismo e a ordem, elementos vistos como ausentes nas escolas tradicionais. A militarização foi associada a um ambiente mais controlado, onde os alunos são educados em um ambiente com regras claras, o que, segundo os entrevistados, contribui para uma formação mais ética e responsável.
Muitos participantes fizeram ressalvas quanto a universalidade do modelo, enfatizando que as escolas cívico-militares deveriam continuar como uma opção dentre outras, cabendo aos pais escolher o modelo preferido.
"Sou a favor, porque as escolas militares estão entre as melhores do país, o ensino é de qualidade e impõe disciplina e responsabilidade nas crianças, o país só tem a ganhar com o ensino das escolas militares." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Sou totalmente a favor! Essas escolas são muito melhores que as que o governo "controla". Em questão de segurança, disciplina e educação, muito melhor. Minha filha estuda em colégio cívico-militar e não tiro ela de lá de jeito nenhum. Aprovo totalmente a educação dessas escolas militares e cívico-militares. Acho que deveria aumentar o número dessas escolas." (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Sou a favor, porque escola militar tem regras, e tem que ser seguidas, hoje está uma bagunça generalizada, alunos agredindo professor, colegas, e país com medo de mandarem seus filhos para a escola. É muito triste o que está acontecendo com nossas crianças. Sou a favor de ter guarda nas escolas, para a segurança de alunos e professores. Hino no pátio, é muito lindo de ver, continência a pátria. Ordem e progresso!" (G1, 64 anos, empresário, PR)
"A favor ,as escolas militares não ensinam só as matérias normais de todas as escolas, mas ensinam disciplina, obediência e respeito, não só a eles, professores mas, também aos seus pais e familiares." (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"eu acho que a militarização na escola pública pode trazer mais organização disciplina entendimento sobre regras que hoje não existe na escola pública infelizmente a escola pública tem muitos defeitos principalmente sobre o comportamento das crianças e eu sou a favor sim da militarização pois eu acredito que as crianças vão conseguir ter disciplina." (G2, 24 anos, técnica em enfermagem , RJ)
"Sou a favor da escola cívico militar, pois o ensino é de qualidade ensina disciplina, estimula a querer alcançar uma vida profissional melhor. Mas não acho que todas as escolas devam ser assim, para que os pais possam escolher o tipo de educação escolar seus filhos terão." (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)
"Sou a favor, pois acho que traz uma educação diferente para crianças que muitas vezes já estão indo pra um caminho errado. A militarização ensina valores, regras, respeito, dá um novo olhar para essas crianças" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Sou a favor da militarização parcial, nem todos são obrigados a seguirem as diretrizes militares." (G3, 25 anos, contador, RJ)
"Sou a favor tbm, porém não em todas, acho que tem que ser escolha dos Pais, tem quem goste e tem quem odeie, e está tudo bem, até que os filhos tenham devida responsabilidade sobre si, os pais é que são seu alicerce, por isso acredito que tem SIM que haver essas escolas para aqueles que QUEREM, porém, sou contra que todas as escolas se transformem neste tipo de ensino, e aqui não estou falando sobre certo ou errado, ao meu ver a democracia e isso, todos ter direito a escolha." (G4, 30 anos, gestão em TI, SP)
"Sou a favor , mas que tenha a opção de aceitar ou n. Que não seja obrigatório e única opção" (G5, 27 anos, enfermeira, PE)
A maioria dos participantes do grupo 5 (lulistas) e alguns dos demais grupos posicionaram-se a partir de uma forte oposição ao modelo cívico-militar, com argumentos de que ele não seria adequado para todas as crianças e adolescentes. Esses críticos apontam que a militarização pode limitar o desenvolvimento da autonomia e do senso crítico, criando um ambiente de rigidez excessiva. Houve também preocupações sobre os custos e a eficácia desse modelo, com alguns participantes destacando que ele pode ser elitista e não acessível a todos. A imposição de um modelo militar em todas as escolas foi vista como problemática, com muitos defendendo a liberdade de escolha para pais e alunos, sem que esse sistema seja obrigatório.
"sou contra pois existe dois lados o pós que ensina uma conduta,uma profissão. Contra que as crianças crescem adorando armas ,querendo sempre combater o crime e muitos se perdem." (G5, 38 anos, chefe de RH, BA)
"contra. ninguém deve ser submetido a um ensino que pressiona os jovens. uma escola que é mais rígida é o indicado e nao obrigar crianças e adolescentes a um ensino opressor. quem foi militar sabe como é o tratamento." (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
"A alternativa de militarizar escolas é um atestado da incapacidade do poder público de oferecer um educação pública de qualidade, por isso vê nessa via, uma alternativa para se livrar do "problema"." (G5, 49 anos, bancário , CE)
"Sou contra o ensino militar, pois é um modelo que não desenvolve o ser humano em sua plenitude, cria apenas soldados dentro do ambiente escolar impondo regras que não desenvolvem a autonomia e o senso crítico da criança e do adolescente. E não precisamos ir muito a fundo para saber que o ambiente militar é cheio de abusos, preconceitos e regras que não se podem contestar. Não vejo que a militarização das escolas públicas no Brasil possam resolver as questões de seguranças, bullying e problemas relacionados a ensino aprendizado." (G5, 46 anos, vendedora, AL)
"não sou a favor de escolas militares, muitos pais querem colocar seus filhos em escolas assim para que a escola faça o papel que é deles, acho que esse tipo de escola tem disciplinas bem rígidas e não concordo com os métodos usados por elas." (G4, 27 anos, autônoma, PA)
"Sou contra a militarização das escolas públicas todos têm que ter o direito de optar e não ser imposto afinal vivemos em uma democracia. Afinal para que militarizar quandos os jovens estão na idade de alistamento a maioria é dispensado por contingência.
Agora as mulheres se quiserem podem se alistar. Na minha opinião só deve frequentar esse tipo de escola quem tem vocação.
Sou a favor da liberdade de escolha e não a imposição."" (G4, 53 anos, artesã , SP)
" Sou contra a escola militar. Impor um regime Militar na escola agora está completamente fora da cultura atual. Já existe escolas nesse nicho para aqueles que se interessam." (G2, 43 anos, professora , SP)
As maioria das opiniões apresentadas em todos os grupos sobre a legalização do aborto no Brasil refletiram uma predominância de posturas contrárias à sua liberação. Muitos argumentos basearam-se na crença de que a vida deve ser protegida desde a concepção e que existem métodos contraceptivos eficazes e acessíveis para evitar a gravidez indesejada, apontando a interrupção voluntária da gravidez como um ato irresponsável e, em alguns casos, comparável a um assassinato.
A maior parte dos participantes considerava que o aborto deve ser permitido apenas em situações específicas, como nos casos já contemplados pela legislação atual, envolvendo risco de vida para a mãe ou gravidez decorrente de estupro.
"Sou contra a legalização. Acredito que nos casos que são legais o aborto já é o suficiente." (G1, 35 anos, artesã , SC)
"Sou contra a legalização do aborto, até em casos de estupro. Sou a favor da vida em qualquer situação. Até porque existem vários métodos contraceptivos, só não se previne quem não quer. Se uma mulher não tem condições de criar um baby e não gosta de se prevenir. Que simpledmente não faça sexo. Não é justo um inocente pagar com a vida por causa de uma pessoa irresponsável." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Sou contra o aborto, pois acredito que existem várias formas de prevenção, muitas delas acessíveis a mulheres de todas as classes sociais. Portanto, quando ocorre uma gravidez, geralmente é por alguma falha discutida. Nos casos de estupro, acredito que a mulher deve ter o direito de escolher se quer ou não realizar o aborto. No entanto, minha posição pessoal é contrária ao aborto em qualquer situação." (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"Sou contra o aborto,exceto em caso de estrupo,por que é fruto de uma violência,mas tem que ser feito logo que se descobrir que está grávida" (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"Sou contra a legalização do aborto, acredito que só Deus tem o poder de decidir sobre a vida...(G2, 43 anos, administradora, GO)
"Não sou a favor do aborto. Sou a favor da vida! Até e inclusive em Casos mais drásticos. Pq se a mãe não quiser ficar com a criança, coloque para doação." (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)
"Eu não sou a favor do aborto ,acho que tem alguns casos que podem ter o direito sim como abuso pq imagino o trauma que a pessoa não fica e também de feto sem cérebro." (G3, 40 anos, auxiliar de classe , SP)
"sou a favor em certos casos, exemplo: abusos, ou quando põe a mãe ou o bebê em risco. Fora isso sou totalmente contra, pois existe vários métodos contraceptivo, não quer? É só se precaver." (G4, 27 anos, analista de sistemas , SP)
"Conforme eu já coloquei em questão anteriormente sou contra o aborto. Devemos defender a vida e criar mecanismos de proteção e orientação e estratégias com as estruturas intersetoriais de apoio às mulheres mães desde apoio psicológico até apoio socioeconômico. Também passaria por uma política intersetorial de proteção à vida e atendimento humanizado às vítimas de estrupo. Mas respeito opiniões contrárias." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
"Depende sou contra quando aborta se do.mwrido ,do namorado Maia de wvedade quando.existe uma violência contra uma.mulher e gera uma criança acho que uma mulher deve decidi se que essa criança, pois a violência muitas vezes trás um trauma que jinhuem consegue curar . A criança ia sofrer mesmo não tenho culpa. Eu já.ia querer gerar uma criança de um estrupador,mesmo sabendo.que ela.nao escolheu." (G5, 38 anos, chefe de RH, BA)
"Sou contra a legalização do aborto, pois não é um método a se utilizar para resolver uma gravidez indesejada, sou a favor do aborto em casos de anencefalia, estupro e risco de morte da mãe." (G5, 46 anos, vendedora, AL)
Parte dos participantes dos grupos 4 e 5 (lulodescontentes e lulistas) adotaram postura favorável à realização do aborto em qualquer situação. Houve uma forte defesa do direito de escolha da mulher, enfatizando que ela deve ter o controle sobre seu corpo, especialmente em situações de vulnerabilidade ou incapacidade de criar um filho. A ideia de que a legalização poderia prevenir tragédias relacionadas a procedimentos clandestinos e insegurança à saúde foi recorrente.
"Sou favor e nem por isso significa que eu irei abortar, aborto é questão de saúde pública, afinal, proibir não vai fazer que deixe de existir, além de tudo, a gravidez pode trazer riscos a saúde da mulher, e forçar a gravidez é um tipo de tortura, o que pode ocasionar problemas psicológicos para ela." (G4, 25 anos, babá, RS)
"Sou a favor, visto que já existe milhares de crianças que são abandonadas pelos pais, maltratadas até a morte, isso pra mim tb é uma forma de aborto, sem contar que é questão de saúde publica, onde mesmo não sendo legalizado as pessoas fazem e irão continuar fazendo, só que tudo tem que ser bem pensado, com limites para que não se torne uma bagunça." (G4, 27 anos, autônoma, PA)
"Sou a favor, pelo fato de que não diz respeito ao meu corpo, mais acho que tem que haver um tempo para isso, e tbm leis para que uma mulher nao fique constantemente abortando." (G4, 30 anos, gestão em TI, SP)
"Sou a favor. a legalização do aborto é uma questão de saúde pública, quantas mulheres morrem em uma clínica clandestina para realizar esse procedimento? quantas crianças vivem em situação de vulnerabilidade por terem pais que não possuem condições financeiras e emocional para arcar com essa criança? esses são os tópicos mais “simples” em relação a esse assunto. em uma breve pesquisa sobre esse tema você pode facilmente encontrar crianças que são submetidas a abuso físico e psicológio, a prostituição, a fome etc, por terem pais que não gostaríam de terem tido elas. “ah, mas é só se cuidar”, por mais simples que pareça não se trata somente disso, há lugares que as mulheres nem se quer conhecem anticoncepcional, e é exatamente nesses casos que podemos ver o nível disso tudo." (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
"Sou a favor(isso nao quer dizer que eu faria), mas estudos comprovam que quando é legalizado, alem de ser mais seguro acaba tendo uma baixa, sem falar que, é horrivel ver mulheres, criancas, vitimas de abuso, terem que lutar pelo direito do aborto e ainda serem julgadas por isso, como o caso de uma CRIANÇA, foi chamada de assassina no hospital onde estava realizando o aborto, apos passar anos sendo abusada por um familiar." (G5, 25 anos, estudante, AL)
A maioria dos participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) e alguns participantes dos outros grupos acreditavam que o aborto deveria ser penalizado, especialmente quando ocorre fora dos parâmetros legais estabelecidos, como nos casos em que não há risco à vida da mãe ou situações de estupro. O argumento mais recorrente foi de que o aborto seria equivalente a um crime contra a vida.
Além disso, muitos defenderam que as clínicas clandestinas e os profissionais envolvidos também fossem responsabilizados.
"Eu sou a favor da prisão se a mãe fizer o aborto por que simplesmente não queria a criança, e tem métodos para não engravidar, camisinha, pílula, e diu. Mas tem que ser uma lei específica, bem feita para não ocorrer injustas." (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Sou a favor da prisão de quem aborta sim. É uma vida desde a concepção e a vida de um inocente." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Desde que a interrupção da gravidez seja dentro dos parâmetros estabelecidos por lei, não tem pq ser penalizada. Mas as que abortam pq não se cuidam tem que ser presa sim. Acredito que as clínicas e médicos que executao procedimentos clandestinos é que devem ser punidos com rigor máximo..." (G1, 54 anos, músico, RS)
" Sim, sou a favor, porque é um assassinato e tem que pagar pelo crime." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Dependendo da situação em que a mulher realizou o aborto, acredito que ela deve sim enfrentar punições legais. No entanto, se o aborto ocorreu em caso de estupro, não considero que ela deva ser penalizada." (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"Sou a favor, mais não é só a mulher que tem que pagar, a clinica também precisa responder porque foi conivente com o crime." (G1, 50 anos, engenheiro, SP)
"SOU A FAVOR DA PRISÃO PARA QUEM COMETE ESTE CRIME PORQUE ESTÃO CEIFANDO UMA VIDA INOCENTE,ESTA JUVENTUDE TRANSA MAS DEVEM SABER QUE SE COMETER UM ABORTO VAI TER QUE PAGAR SIM PORQUE É MUITO GOSTOSO E FACIL FAZER SEXO E DEPOIS CHEGAR E FAZER ABORTO E NADA ACONTECE,PUXA VIDA MEU DEUS O MUNDO TA VIRADO E OS VALORES MORAIS FORAM PARAR NO LIXO" (G4, 51 anos, professora , RS)
"Sou a favor sim, pois vejo como assassinato do mesmo jeito. Alias é uma vida, não quer? Entrega pro conselho. Pois pode entregar a criança e essa informação tem até em postos de saúde." (G4, 27 anos, analista de sistemas , SP)
A maioria dos participantes dos grupos 2, 3, 4 e 5 (bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) expressou uma postura contrária à prisão das mulheres que realizam aborto, enfatizando que a punição não resolveria a situação e que a criminalização era uma medida extrema. Muitos entrevistados destacaram que, ao invés de prender, seria mais eficaz oferecer assistência e educação, especialmente educação sexual, para prevenir gestações indesejadas.
"Sou contra a prisão, ninguém conhece a vida delas,nem sabe os problemas psicológicos e financeiros que as pessoas passam,então não vamos julgar para não sermos julgados." (G2, 26 anos, vendedora , AL)
"Sou contra a prisão de mulheres que fazem o aborto. Isso é uma situação extrema e prisão não vai ajudar em nada na situação que pode vir em forma de problemas de saúde. Deveria ter um programa assistencial para mulheres que ficam grávidas e não querem ter o seu bebê." (G2, 43 anos, professora , SP)
"É difícil opinar sobre isso, é um tema delicado, mas sou contra a prisao, pois entendo que nao vai ajudar, o melhor é ter assistência para as mulheres em nao fazer isso e como disse na questao 1 encaminhar para adoção." (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Sou totalmente contra, tem tantas pessoas comentando atos horríveis e ninguém quer prender neh ? ... agora uma mulher que não quer ter o filho por conta de um trauma ou o que seja .... ter que ser presa, é de ficar indignado, pois não podemos nem decidir sobre o nosso corpo." (G3, 36 anos, autônoma, SP)
"Eu sou contra a prisão de mulheres que interrompe a gravidez. Porque tem outras formas de punição no rigor da lei que traria o mesmo efeito como multas com um valor bem alto, serviços comunitários e deixar a ficha suja por um período." (G3, 45 anos, professora , MT)
"Sou contra, a mulher precisa ter o poder de escolha e domínio sobre o próprio corpo, acho extremamente sem sentindo deixar uma criança vir ao mundo e não ter condições de dar o mínimo que ela precisa." (G4, 25 anos, babá, RS)
"Acho que tem crimes mais graves que poderiam prender e eles não prendem acho deveriam ter medidas para a pessoa ser informada sem constrangimento. Acredito que prender nesses casos não é a solução só seriam constrangimento muito maior eu acho que nesses casos a pessoa deveria ser acolhida ensinada deveria passar por medidas socioeducativas onde a pessoa passar por um curso passar por todas as fases onde a pessoa tem que estar envolvida nesse processo e se sentir acolhida não a pessoa ser presa e ser misturada com criminosos e pessoas que cometeram coisas horríveis tem crimes mais sérios no Brasil e não vai" (G5, 28 anos, auxiliar administrativa, RS)
"Sou contra, ninguém prende um homem por nao assumir um filho, tudo acaba caindo em cima das mulheres." (G5, 25 anos, estudante, AL)
O tema da descriminalização das drogas mostra que os bolsonaristas moderados, apesar de frequentemente se diferenciarem dos convictos no que toca a adesão imediata às pautas da extrema-direita, são bastante conservadores. É digno de nota, contudo, a maneira diferente como enquadraram a questão, os conservadores preocupados com a família, enquanto os moderados apontam possível sobrecarga no sistema de saúde. Ambos têm certeza que a descriminalização vai acarretar em aumento de consumo. Os grupos à esquerda do bolsonarismo se dividiram entre contrários e favoráveis. Digno de nota é o fato dos lulodescontentes serem majoritariamente favoráveis à descriminalização somente para uso medicinal, pois também se fosse total, acarretaria aumento do consumo. Os lulistas se postaram de maneira muito similar. Já os evangélicos se mostraram fortemente contrários, pois, segundo sua visão, as drogas prejudicam a saúde e a estrutura familiar.
Em suma, a população brasileira é bastante conservadora no que toca o tema das drogas. Por outro lado, o uso medicinal tem ganhando bastante aceitação em meio aos setores mais progressistas.
Bolsonaristas convictos apoiaram fortemente o ensino religioso nas escolas, pois ele transmite os valores corretos. Os moderados também apoiaram, desde que cultivasse a tolerância e fosse plural. Todos os outros grupos se dividiram entre favoráveis e contrários, com a proporção de contrariedade aumentando à medida que caminhamos para a esquerda do espectro. Interessante notar que os favoráveis repisaram o argumento de que esse ensino deveria ser plural e tolerante, enquanto os contrários afirmaram, quase sempre, o caráter laico do Estado como razão principal. Interessantemente, os evangélicos defenderam ter o ensino religioso como opção, e não obrigação, na escola.
A divisão foi muito similar à obtida nas reações à descriminalização das drogas, com os bolsonaristas convictos aderindo em bloco a uma posição radical e dando razões que são diferentes das utilizadas pelos outros grupos. Nem os evangélicos defenderam com tanto ardor o ensino religioso como necessário para a transmissão de “ensinamentos corretos” aos estudantes.
As respostas à pergunta sobre as escolas cívico-militares surpreendem por sua ampla aceitação entre os grupos. Todos os grupos, com a exceção dos lulistas, apoiaram a implantação desse modelo de ensino por sua suposta disciplina e rigidez. Somente os lulistas criticaram a iniciativa por cercear a autonomia e a liberdade dos estudantes. Os evangélicos não tiveram posição fechada a respeito.
Esse diagnóstico serve como alerta para as pessoas preocupadas com a questão do ensino fundamental e médio em nosso país, pois a imagem da escola pública está tão degradada, que a maioria da população aposta em soluções que claramente vão contra os sistemas pedagógicos hoje em prática no mundo. O assunto deverá ser mais bem explorado pelo MDP nas próximas semanas. Há muitas questões ainda por serem aclaradas. Será que o apoio a esse modelo de educação provém um clamor por mais controle social das classes populares? Estaria ele ligado a questões de segurança pública?
Quanto ao tema do aborto, é sabido que a população brasileira é majoritariamente contrária a sua liberação. A divisão dos grupos se deu na divisa entre flutuantes e lulodescontentes. Os grupos de flutuantes e de bolsonaristas (e de evangélicos) adotaram a mesma fórmula de pergunta: contrários a não ser em casos excepcionais como estupro e risco de vida da mãe. Já lulodescontentes e lulistas se dividiram entre os que partilhavam da opinião dos participantes mais à direita, e aquele que eram favoráveis ao direito da mulher decidir sobre seu próprio corpo.
Por fim, no que toca á prisão de mulheres que abortaram, o assunto mais cruel da lista da semana, as respostas mais uma vez se distribuíram de maneira coerente com a estratificação do espectro ideológico utilizada em nossa pesquisa. Os bolsonaristas convictos foram francamente favoráveis, pois, segundo eles, trata-se de um crime contra a vida. Também se preocupam em punir médicos e facilitadores da prática. Em todos os outros grupos houve maioria que se opôs a essa medida extrema. Por outro lado, em todos os outros grupos houve uma minoria que apoia a punição severa das mulheres, com os participantes tentando tipificar os casos que mereceriam tal tratamento. Os evangélicos não se posicionaram em bloco.
A título de conclusão da série de questões que dizem respeito à orientação dos participantes em relação a valores e políticas públicas, é importante notar como diferentes temas mobilizam diferentemente os grupos e que alguns temas polarizam mais que outros. Na verdade, ao considerarmos os 13 temas pesquisados – coisa que faremos em estudo à parte –, é possível notar padrões de polarização, alguns separando os grupos no meio do espectro ideológico (na altura dos flutuantes), outros isolando bolsonaristas convictos, como o caso da prisão de mulheres que fizeram aborto, outros separando bolsonaristas do resto, outros destacando somente os lulistas, etc. Para muitos temas aqui pesquisados notamos, na verdade, uma polarização branda. Outro dado digno de nota é a maneira como a estratificação do espectro ideológico utilizada em nossa pesquisa funciona em praticamente todas as questões, pois notamos uma gradação das respostas dadas pelos participantes. Isso corrobora a tese de que o posicionamento ideológico é uma proxy eficiente para estimar o comportamento e atitudes dos(as) brasileiros(as).
Tentativa de Golpe: informações gerais; Indiciamento de Jair Bolsonaro; Pedido de Anistia
Especial G20:; Falas de Janja; Percpeções gerais; Avaliação de pautas
Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.