Relatório 71

De 9/10 a 13/10

Temas:

  • CPI das apostas online
  • Aumento da pena para crimes contra a mulher
Realização:
Apoio:
Metodologia

O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:

G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.

G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.

G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.

G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.

G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.

Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.

Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.

É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.

O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.

Síntese dos Principais Resultados

Entre os dias 9/10 a 13/10, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.

Ao longo do período, dois temas foram abordados: i) criação da CPI das apostas online; ii) aumento das penas para casos de feminicídio e crimes cometidos contra a mulher.; .
Ao todo, foram analisadas 103 interações, que totalizaram 4.798 palavras.

Bolsonaristas Convictos Bolsonaristas Moderados Eleitores Flutuantes Lulodescontentes Lulistas Evangélicos
CPI dos jogos e apostas online A maioria do grupo avaliou a proposta com ceticismo, crendo que os reais culpados não seriam investigados e punidos. Alguns aprovaram tal iniciativa. O grupo apoiou a investigação, mas criticou o alto custo da implementação e demonstrou desconfiança sobre a seriedade das preocupações do governo. O grupo apoiou a CPI. Alguns mostraram certo ceticismo quanto a adoção de medidas efetivas após as conclusões das investigações. Os participantes defenderam a CPI para instauração de uma regulamentação mais rígida, fiscalização dos jogos e influenciadores, além de limitação das propagandas enganosas. Houve apoio unânime à investigação, com foco na urgência da regulação e na criação de medidas de prevenção dos prejuízos sociais causados ​​pelas apostas. Os participantes evangélicos defenderam a criação da CPI, para combater os potenciais prejuízos causados às vítimas dos jogos de azar.
Aumento da pena para casos de feminicídio O grupo aprovou Lula pela decisão tomada. Muitos também falaram sobre o desejo para que penas para outros crimes fossem aumentadas. Todos os participantes aprovaram às mudanças sancionadas, concordando com a necessidade de medidas protetivas mais eficazes para as mulheres. O grupo apoiou a mudança na lei, sugerindo ainda outras medidas, como o atendimento e proteção imediatos às mulheres e campanhas de combate ao machismo. Todos celebraram a notícia, aprovando o aumento do tempo de punição. Muitos também mencionaram a necessidade de melhorias no sistema judicial e maior eficácia das medidas protetivas. Unanimemente o grupo apoiou as modificações realizadas, debatendo ainda a necessidade de medidas de combate ao machismo estrutural. Todos os participantes apoiaram as modificações, defendendo o direito das mulheres e sua integridade física e moral.
Pergunta 77
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), aceitou o requerimento de Soraya Thronicke (Podemos-MS) para instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o impacto dos jogos de aposta online, as chamadas bets, no orçamento das famílias, possíveis associações com o crime organizado e com lavagem de dinheiro. A CPI deve oferecer conclusões no prazo de 130 dias, com limite de despesas de R$ 110 mil. O que vocês acham dessa decisão?
Apoiam a necessidade de regulamentação

Os participantes de todos os grupos demonstraram uma visão favorável à CPI das apostas online, destacando a necessidade urgente de intervenção estatal. A regulação do setor foi um tema recorrente nas respostas, com ênfase na necessidade de regras mais rígidas, cobrança de impostos e fiscalização ativa para reduzir os danos sociais.

Muitos participantes expressaram preocupações com os impactos negativos das apostas online na sociedade, especialmente entre pessoas de baixa renda, facilmente iludidas com as promessas de ganho fácil. Os participantes enfatizaram que as apostas estão levando muitas famílias à falência e incentivando um comportamento irresponsável, alimentado pela ilusão de ganhos simples. A presença de influenciadores promovendo esses jogos e a falta de controle sobre as plataformas foram vistas como agravantes que potencializam o problema, alertando para a necessidade urgente de uma regulamentação mais rígida.

"Acho muito importante essa CPI, pois além de afetar gravemente o orçamento das famílias, os jogos de aposta online podem estar envolvidos com lavagem de dinheiro e crime organizado. Além disso, esses jogos têm causado diversos problemas sociais, como o vício incontrolável que leva muitas pessoas à falência. Já li várias notícias trágicas de pessoas que, incapazes de abandonar esse vício, chegaram ao ponto de tirar a própria vida. É urgente que essa questão seja investigada a fundo para que possamos evitar mais tragédias e proteger a sociedade" (G1, 45 anos, padeiro , PB)

"Eu acho super justo até porque esse tipo de jogo tem viciado milhares de pessoas e vemos que tem diversos famosos que estão envolvidos então eu acho que existe essa necessidade justamente por conta de todas essas coisas que vem acontecendo nos últimos meses então eu concordo acho que deve ser feita essa investigação essa CPI e que ela seja a porta se abrindo para descobrirem mais e mais coisas porque eu tenho certeza que existem muitos problemas embaixo do pano que as pessoas não sabem em relação a esse tipo de ação." (G2, 24 anos, técnica em enfermagem , RJ)

"Acho super válido a investigação sobre esses app de apostas, eles estão atingindo várias famílias, isso está viciando várias pessoas. Se for tratado seriamente haverá resultados satisfatórios. Já que envolvem nomes de celebridades e isso pode ser lavagem de dinheiro tbm" (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)

"Também acho bem válido muitas famílias sendo prejudicadas por esses jogos que são só pra tirar lucro em cima da população,enganando as pessoas ,fazendo com que as pessoas percam tudo que tem achando que vai ganhar algo." (G3, 32 anos, vendedor, MG)

"APESAR DE NAO ACOMPANHAR E NAO ENTENDER NADA DE BETS,GOSTEI DA NOTICIA DE INVESTIGAREM A FUNDO ESTE PROBLEMA ESTE CANCER QUE SÃO AS JOGATINAS TIRANDO DINHEIRO DA FAMILIA PARA DAR DINHEIRO E SUSTENTAR O CRIME ORGANIZADO." (G4, 51 anos, professora , RS)

"Muito bom essa CPI, mas acho que deveriam proibir os anúncios com falsas promessas de ganhos fáceis.Principalmente ligadas à paixão do brasileiro que é futebol incentivadas por vários craques que já ganham muito com o esporte e agora ganham mais ainda por induzir o povo a essas bets ex: Neimar e muitos outros. E eles sabem que essas bets só vão dar lucro para os donos e para eles o resto apenas serão os financiadores." (G4, 53 anos, artesã , SP)

"Eu concordo com a decisão e acredito que seja necessário uma regulamentação mais clara e rígida referente aos jogos online, pois vem trazendo inúmeros prejuízos para as pessoas e levando muitas famílias a falência." (G5, 46 anos, vendedora, AL)

"Uuma ótima decisão tendo em vista o impacto que esses jogos estão causando na sociedade, afetando a saúde, o bem estar e a renda de várias famílias. não só isso, mas como a própria decisão diz, estão usando a facilidade desses jogos para cometerem crimes. uma decisão que demorou, mas pelo menos ocorreu." (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)

Céticos em relação à CPI

Mesmo apoiando iniciativas de regulamentação, os participantes dos grupos 1, 2 e 3 (bolsonaristas convictos, bolsonaristas moderados e eleitores flutuantes) evidenciaram um padrão de ceticismo em relação à CPI das apostas online, com a preocupação central de que a investigação possa ser ineficaz ou manipulada para favorecer interesses políticos ou econômicos. Muitos expressaram dúvidas sobre a seriedade do processo e temiam que ele sirva apenas como uma "cortina de fumaça" para mascarar problemas mais graves do governo.

Outro ponto recorrente entre esses participantes foi a frustração com a possibilidade de que uma CPI se torne apenas mais um gasto ineficaz de dinheiro público, sem resultados práticos para a sociedade.

"Se não houver uma cortina, para dizer que fizeram algo, mas no final favorecerem os jogos e tal, sou a favor, pois esse tipo de jogo é totalmente prejudicial para as pessoas, além de ser irritante e desgastante toda hora aparecer isso em redes sociais. Esperar e ver o andamento disso tudo, pois muita coisa pode acontecer 💲💲💲💲 durante a investigação e sentença."" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)

"Acho importante haver esse tipo de CPI. Mas acredito que se tratando deste governo não vai dar em nada. Só gasto de dinheiro público." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)

"Acho importante sim, já passou da hora de alguém tomar uma atitude e investigar essas terríveis Bets mais é preciso ser uma investigação limpa e que realmente mostre resultados e culpe quem realmente merece ser responsabilizado, infelizmente não acredito que será dessa forma vindo do atual governo." (G1, 50 anos, engenheiro, SP)

"Jogos on-line são um tanto recentes no Brasil, carecem de estudo e regulamentação, portanto, se essa CPI efetuar um trabalho realmente sério será bem vindo, no entanto, acredito que será apenas mais um ato circense pra chamar atenção, e formar uma cortina de fumaça sobre os maus feitos do governo, bem como encontrar uma forma de perseguir pessoal de direita, ou vcs acham que existe alguma chance de Felipe Neto ser convocado pra alguma audiência?" (G2, 43 anos, administradora, GO)

"Não vai dar em nada, é quase impossível acabar com todos os sites de apostas. Lembro que muitos anos atrás fecharam o jogo do bicho online, e até hoje existe o jogo aonde você faz sua aposta na rua." (G3, 29 anos, vendedora , GO)

"Se for investigar e tomr uma atitude vai ser maravilhoso, agora se fro só pra fngir que trabalha, melhor deixa como estpa." (G3, 25 anos, contador, RJ)

Pergunta 78
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira (9) um projeto de lei que aumenta a pena para feminicídio e para crimes cometidos contra a mulher. A nova lei prevê que condenados por assassinato contra mulheres motivado por violência doméstica ou discriminação de gênero terá pena mínima de 20 anos, e máxima de 40 anos (antes variava de 12 a 30 anos). A lei também aumenta a pena para violência doméstica, pena mínima de 2 anos e máxima de 5 anos (antes variava de 3 meses a 3 anos). A autora do projeto foi senadora Margareth Buzetti (PSD-MT). O que vocês acham dessa modificação na lei?
Apoiam a decisão

Pela primeira vez nessa pesquisa, os participantes dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e bolsonaristas moderados) aprovaram e elogiaram medidas e decisões tomadas por Lula em seu governo.

A maioria dos participantes demonstrou satisfação com a mudança, apoiando a necessidade de penas mais severas para combater crimes de gênero. Houve também um consenso de que a sanção era um passo positivo, ainda que muitos vissem a medida como insuficiente por si só, expressando a esperança de que a aplicação da lei seja efetiva na prática para realmente coibir a violência contra as mulheres. Além disso, alguns sugeriram que o aumento das penas deveria se estender a outros crimes, como tráfico de drogas e pedofilia, revelando uma preocupação mais ampla com a eficácia do sistema penal.

"A melhor coisa que esse Senhor poderia fazer, sancionar essa lei mostra que ainda há luz no fim do túnel agora poderia aproveitar e aumentar a pena para outros crimes também." (G1, 50 anos, engenheiro, SP)

"Depois de mais de um ano sem ver notícias positivas deste presidente, finalmente vi uma que achei muito boa. Na verdade, acredito que a pena deveria ser ainda maior, pois o tempo estipulado é insuficiente." (G1, 45 anos, padeiro , PB)

"Me parece que o Sr Lule resolveu trabalhar. Pensei que a unica coisa que ele iria fazer de bom era voltar com o horário de verão. Gostei da nova lei, porque já estava na hora de mudar essa lei, que aliás espero que se cumpra de fato. Pois, muitos homens covardes, digo e repito: COVARDES, agridem, e matam mulheres que não têm o direito de se defenderem. Até que enfim esse desgoverno fez alguma coisa boa, parabéns senadora Margareth Buzzeti!" (G1, 64 anos, empresário, PR)

"acho que essa mudança na lei ajuda a melhorar a situação e pode até desmotivar alguns crimes. Mas não acho que isso vai resolver 100%, pq a violência contra a mulher é um problema que vai além das penas, envolve tbm educação e mudanças culturais...." (G2, 43 anos, administradora, GO)

"Eu concordo com essa lei acho que a maioria dos crimes que estão considerados de desgosto para a sociedade tem que ter um exemplo que quem faz ele tem a punição que merece realmente para mostrar de uma vez por toda que esse tipo de crime não se repita pois a consequência é muito mais grave do que pensa acredito até que poderia ser um pouco mais na situação de violência doméstica." (G2, 24 anos, suporte TI, DF)

"Concordo com essa modificação, a pena precisa ser mais dura, porém além disso, mudaria a prisão do agressor desde a primeira denúncia da mulher, pois as medidas protetivas da Lei Maria da Penha, parece não ser de fato efetiva e protetiva, a mulher nao está protegida." (G2, 35 anos, contadora, RS)

Apoiam e gostariam de mais ações

Os participantes dos grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) reconheceram a importância do suporte às penas como um avanço necessário, mas destacaram que isso, por si só, não seria suficiente para resolver o problema. As críticas convergiram para a aplicação falha da lei e a percepção de que, na prática, muitas penas são abreviadas ou não cumpridas integralmente. Também foi enfatizado que o verdadeiro impacto dependeria de medidas preventivas mais eficazes, incluindo suporte imediato e proteção real para as vítimas.

Além disso, as respostas sublinharam que a violência contra a mulher é um problema enraizado na cultura e nas atitudes sociais, mencionando o machismo como uma das causas principais. Foi sugerido que, além das penas mais severas, campanhas educativas amplas seriam permitidas para mudar comportamentos e ensinar às mulheres sinais de abuso sérios desde cedo.

"No meu entendimento não adianta aumentar a pena, claro que precisa punir. Mas a grande diferença vai ser quando a mulher que procurar ajuda for socorrida, amparada e protegida. Pois em muitos casos o agressor volta a cometer o abuso e às vezes até a morte pois esse assunto não é tratado com a devida importância e seriedade. Em alguns casos acredito que deixe o agressor ainda mais enfurecido." (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)

"Eu acho ótimo que se dê mais atenção a esse assunto, pois como as colegas disseram, está cada vez mais recorrente a violência contra a mulher. Acho super certo aumentar a pena, não resolve tudo, mas já é um avanço. Acredito que a violência doméstica e feminicídio ocorra muito por causa do machismo, que está muito enraizado em nossa sociedade. Muitos homens (não generalizando!) vêem a mulher como propriedade deles, e então podem fazer o que quiserem. É muito triste. Precisa mudar a forma como as pessoas pensam" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)

"A MELHOR NOTICIA DOS ULTIMOS TEMPOS EU ACOMPANHEI ESTA NOTICIA E FIQUEI BEM FELIZ COM A DECISÃO DO PRESIDENTE LULA,MAS TEM UM PORÉM NESTA HISTÓRIA,A LEI TEM QUE SER CUMPRIDA E SUPERVISIONADA PARA QUE QUALQUER MULHER BRASILEIRA NÃO SEJA MAIS VITIMA DESTES MONSTROS,PORQUE AINDA É ALTA A TAXA DE FEMINICIDIO,PRINCIPALMENTE AQUI NO MEU ESTADO.ONTEM AINDA VI UMA MULHER QUE FOI CRUELMENTE ASSASSINADA PELO EX MARIDO TINHA MEDIDA PROTETIVA E NÃO RESOLVEU EM NADA,TINHA QUE REVER ESTA QUESTAO DA LEI MARIA DA PENHA PORQUE AO MEU VER É FRACA E NAO FUNCIONA DE NADA" (G4, 51 anos, professora , RS)

"Medida extremamente importante, porém, é preciso fazer as leis serem efetivamente cumpridas, pois nada adianta a mulher denunciar e o agressor não ser preso ou punido." (G4, 37 anos, analista de RH, ES)

"Eu acho uma modificação muito boa, infelizmente nosso país diariamente sofre com o feminicidio, acho extremamente necessário dar uma Justiça maior para as vítimas." (G5, 25 anos, estudante, AL)

"Acho que foi belíssima a observação do presidente, pois o índice de feminicidio vem aumentando a cada dia , precisamos de leis mais severas. Além de ser um crime brutal sempre acompanhado por espaçamentos, também deveria ser mais rápido a proteção e menos traumatizante para a mulher qd for na delegacia prestar uma queixa"" (G5, 38 anos, chefe de RH, BA)

Considerações finais

As respostas à primeira questão revelaram que, embora exista um apoio significativo à CPI das apostas online, há uma profunda desconfiança quanto à sua eficácia e intenções políticas. Os bolsonaristas convictos e moderados utilizaram o tema para atacar o governo. Já os demais participantes reagiram com ceticismo quanto aos resultados palpáveis da CPI. No geral, todos demonstraram preocupação com o impacto social e financeiro negativo das apostas, especialmente para famílias de baixa renda e muitos apontaram que a falta de regulamentação adequada ajuda no crescimento descontrolado desse mercado. Somente os grupos de lulodescontentes e lulistas defenderam que as apostas deveriam ser completamente proibidas.

O segundo tema nos permitiu, pela primeira vez, presenciar bolsonaristas convictos elogiando Lula. De modo unânime todos os grupos aprovaram a adoção de penas mais rígidas como uma tentativa de conter a violência de gênero no Brasil. Porém, nos grupos mais progressistas, a percepção de que a legislação, por si só, não será suficiente para resolver o problema foi bastante debatida, com pedidos de medidas complementares, como campanhas educativas, apoio psicológico e melhorias nas medidas protetivas, vistos como essenciais para alcançar resultados mais duradouros. Para esses, o problema da violência contra a mulher foi avaliado como complexo e multidimensional, exigindo esforços combinados entre resistência das leis, prevenção e acolhimento das vítimas.

Bolsonaristas convictos também manifestaram seu desejo de ver o endurecimento de outras penas criminais. Eles pouco citaram a questão da proteção das mulheres explicitamente, ao passo que os outros grupos, inclusive os bolsonaristas moderados, preferiram enquadrar a questão dessa maneira.

Distribuição da Participação
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Monitor da Extrema Direita

As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.

O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.

O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.

Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.

O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.

Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.

O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.

Equipe MDP

Carolina de Paula – Diretora geral

Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.

João Feres Jr. – Diretor científico

Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).

Francieli Manginelli – Coordenadora de recrutamento

Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.

André Felix – Coordenador de TI

Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.