Relatório 40

De 12/02 a 18/02

Temas:

  • #Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
Realização:
Apoio:
Metodologia

O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:

G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.

G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.

G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.

G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.

G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.

Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.

Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.

É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.

O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.

Síntese dos Principais Resultados

Entre os dias 14 a 18/02 dois grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões do momento. Compõem esses grupos 36 participantes, todos eleitores de Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022, divididos entre bolsonaristas convictos (G1) e bolsonaristas moderados (G2) – o critério de seleção é o apoio aos atos de 8 de janeiro.
Cada grupo foi montado de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, com 18 participantes, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo da semana, dois temas foram abordados: i) a operação da PF sobre a suposta tentativa de golpe para manter o ex-presidente no poder; ii) a fuga de dois detentos de uma penitenciária de segurança máxima.
Ao todo, foram analisadas 86 interações, que totalizaram 3.194 palavras.

Bolsonaristas Convictos Bolsonaristas Moderados
Operação da Polícia Federal O grupo ficou dividido entre os que seguem acreditando na inocência de Bolsonaro, que seria perseguido (pela mídia, STF e governo) e entre os que mostraram-se favoráveis às investigações, para que o caso fosse apurado e os culpados punidos. A maioria dos participantes avaliou o material como "de conteúdo inofensivo", considerando tratar de perseguição ao ex-presidente. Entre os que mostraram-se favoráveis às investigações, ressalvas sobre a necessidade da imparcialidade da PF foram feitas.
Fuga dos detentos A maioria do grupo considerou que houve falhas internas da penitenciária, com pessoas responsáveis cooperando para a fuga. Lula foi criticado por estar sendo omisso no caso e o seu governo acusado de"apoiar bandido". O grupo avaliou que a responsabilidade era dividida entre os administradores da penitenciária, que haviam sido omissos com a segurança do local, e o atual governo, por não cuidar de modo eficiente da segurança pública do país.
Pergunta 10
Na semana passada, a Polícia Federal cumpriu 33 mandados de busca e prisão contra ex-ministros de Jair Bolsonaro (PL) e militares envolvidos na suposta tentativa de golpe para manter o ex-presidente no poder. Um vídeo de uma reunião entre Bolsonaro e seus ministros sobre o que fariam foi divulgado, o texto do potencial golpe também estava no celular de Bolsonaro. Um dos alvos foi o próprio Bolsonaro, que entregou seu passaporte para a PF. O presidente do partido (PL), Valdemar da Costa Neto, foi preso durante a operação porque possuía uma arma ilegal em casa (já foi solto pelo Alexandre de Moraes). Segundo a PF, as investigações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para espalhar a existência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes da realização do pleito, de modo a semear a ideia para a população e legitimar uma intervenção militar. O que vocês acham dessa operação da PF e das evidências apresentadas (texto do potencial golpe, trocas de mensagens e vídeo da reunião)?
Perseguição Política

A maioria dos participantes, de ambos os grupos, considerou o material insuficiente para qualquer tipo de acusação, contestando a legitimidade das evidências apresentadas e alegando ser mais um ato de perseguição política ao ex-presidente.

Alguns não viram no vídeo nenhum tipo de conspiração política, considerando-o apenas uma reunião comum.

O atual governo, o Supremo Tribunal Federal, a mídia e a Polícia Federal foram acusados de agirem em conjunto para tentar inviabilizar a carreira política de Bolsonaro e prendê-lo.

Questionamentos sobre as urnas e a vitória de Lula foram retomados, com alguns participantes afirmando que o verdadeiro golpe teria sido dado pela esquerda nas eleições.

"Acredito que seja perseguição política ao ex presidente Jair Bolsonaro, só vão sossegar quando conseguirem prender ele." (G1, 38 anos, assistente administrativa , AM)

"Foram passados todos os vídeos, apresentados que ele teve presente e nada foi encontrado contra ele. Estão fazendo de tudo para ver se arruma um jeito de acusar o Bolsonaro de alguma coisa. Isso é fato. É óbvio que houve golpe. Todo mundo sabe que houve. O próprio Brasil fala por si. E a gente vê hoje a população revoltada por quê? Porque a maioria, pelo menos mais de 80%, a gente sabe que era Bolsonaro e foi passado pra trás. Houve um golpe, sim, desde quando estava tendo as manifestações. Desde isso, já foi tudo arquitetado pela esquerda. Como eles fariam pra tirar aquele povo de lá? E eles fizeram. Acusaram os inocentes como culpados e os culpados como inocentes."" (G1, 58 anos, empresária , PR)

"O tal vídeo comprometedor vi e não tinha nada demais neste vídeo, nenhuma acusação ou imputação devida de punição. O erro da sociedade atual é acreditar em tudo que é noticiado, não analisar as provas e não procurar saber o que realmente está acontecendo, sabemos que o ex presidente está sofrendo uma perseguição e isso já está mais do que nítido, enquanto o governo atual segue fazendo o que quer e não investigam nada.. Na mídia está mil maravilhas!! Abram seus olhos!!" (G1, 27 anos, professor, AM)

"Engraçado como a todo momento é tentado provar algo que nao existe,criando essas histórias falsas e tmb falsas situações para incriminar o Bolsonaro" (G1, 19 anos, estudante, PA)

"Perseguição infundada, a muito tempo se levanta várias possibilidades de frades das urnas eletrônicas, e o que o Bolsonaro queria era que tivéssemos segurança na Eleição. Porém existe um movimento hoje por parte do governo basicamente afim de prender o Bolsonaro, ou atingir de alguma forma." (G2, 32 anos, auxiliar de escritório , ES)

"Vi o video da reuniao, na integra, e relato o que vi e ouvi: *NADA*. Ou seja, se houve algo, que nao teve, so aqui mesmo no Brasil para acontecer uma orquestracao de golpe, numa reuniao aberta, gravada, com copeiros servindo cafezinho! É o fim da picada! Ja tentaram incriminar o Mito, por vacina, por joias, por Marrieli , por baleia, e o que se ver é essa ansia por vinganca politica. Estamos so nos bastidores vendo onde esse filme vai acabar." (G2, 51 anos, eletrotécnico, RN)

"Acho que há uma enorme diferença entre planejar e executar, planejar algo não é crime no meu ponto de vista. Se teve uma reunião e planejaram algo mas não fizeram não é válido. Eu mesma já planejei muitas coisas na vida e não fiz. O que ocorre é que está acontecendo uma perseguição política em que tudo o que encontram sobre Bolsonaro é crime, ele fazendo ou não" (G2, 37 anos, agente administrativo, RJ)

Favoráveis às investigações

Entre os favoráveis às investigações, houve uma divisão nas percepções.

Alguns validavam as provas apresentadas, defendendo que todos os envolvidos fossem responsabilizados por seus atos, inclusive Bolsonaro.

Outros, no entanto, mesmo favoráveis às investigações, expressaram ressalvas de que essas ocorressem de maneira transparente, com base em evidências sólidas, demonstrando receio de que as apurações dos fatos fossem corrompidas na tentativa de incriminar o ex-presidente.

"Eu acho bacana a ação da polícia federal, e interessante a forma que está sendo conduzido a investigação onde estão sendo visto que tem provas em cima de provas...." (G1, 24 anos, analista de TI, MT)

"Se de fato for identificado que essas informações de Golpe de fato são verdadeiros tem que se punidos os verdadeiros culpados" (G1, 38 anos, administradora, RJ)

"Não posso afirmar 100% se houve ou deixou de haver esses golpes mesmo com tais provas como dito anterior, pois ex presidente desde seu mandato era perseguido e até hoje é sempre havendo hipótese de tais ações ser correlacionados ao seu nome e se houver provas condulente deve se haver justiça para isso"" (G1, 32 anos, líder de produção, SP)

"Toda a operação das polícias é valida ,desde de que sejam colhidas provas potenciais,e quem cometeu delitos,seja ele quem for,devem responder." (G1, 54 anos, funcionário publico, PB)

"Tem que investigar p apurar a vericidade da acusação. Mais sabemos que existe uma perseguição política na questão. Se Lula que foi condenado como ladrão e está no poder…. Já sabemos como funciona essas operações." (G2, 47 anos, professora, AL)

"Bom eu acredito que devemos esperar o desenrolar da história sobre essa operação da Polícia Federal e todas essas evidências apresentadas, precisamos aguardar todo esse desenrolar sobre essas investigações e o processo de legal da investigação, para poder se chegar a conclusões mais sólidas. É importante que todos os investigados tenham o direito de se defender perante a justiça e que seja feita a justiça de forma transparente ou imparcial." (G2, 27 anos, vendedora autônoma, RO)

"A lei é pra todos cada um faz sua parte a justiça puna quem extrapolou as 4 linhas não tem como consertar já que foi tudo gravado e exposto, eu ainda não tive acesso aos vídeos vazados das reuniões mas se realmente existem provas concretas contra Bolsonaro, que responda pelo seus atos, a atitude mais correta e planejada esperar as decisões dos juízes, e de preferência de forma mais justa e transparente possível." (G2, 27 anos, analista de sistemas , PA)

"Acredito que, deve haver uma investigação.. até o momento parece ser mais uma perseguição política, contudo, esperamos por uma investigação para que a justiça seja feita!" (G2, 21 anos, enfermeira , GO)

Pergunta 11
Dois presos escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, na quarta-feira (14). Esta é a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, desde sua criação em 2006. A PF abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do caso. Os dois homens são ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar, que também está preso na unidade federal de Mossoró. Vocês ficaram sabendo desse caso? De quem deve ser a responsabilidade por esse caso?
Responsabilidade dos Agentes Penitenciários

A maioria dos participantes, de ambos os grupos, avaliou que a responsabilidade era da penitenciária e defenderam a necessidade de investigações para identificar possíveis colaboradores internos, que teriam facilitado a fuga dos prisioneiros.

"Não fiquei sabendo não. Mas se eles conseguiram escapar de uma penitenciária cheia de seguranças policiais armados foi porque alguém de lá de dentro ajudou apoiou e deu o que ele precisavam Para a fuga. Porque do jeito que a penitenciária é para eles fugirem assim Foi Alguém de dentro que ajudou" (G1, 21 anos, babá, BA)

"Não fiquei sabendo, no entanto, é de responsabilidade da penitenciária abrir investigações para saber quem está ligado à fuga, já que uma fuga sem ajuda externa não deveria ser possível, sendo assim a penitenciária não tem segurança apropriada." (G1, 24 anos, do lar, GO)

"Devem ser tomadas as medidas cabíveis. Responsabilizar as pessoas que ajudaram nessa fuga. Mas enquanto essas situações acontecem, o atual presidente está viajando com sua esposa. Esbanjando dinheiro público." (G1, 38 anos, assistente administrativa , AM)

"sim estou a par porque vejo as noticias todos os dias , oque acontece é que quem manda nos pesidios e nas ruas são as facções tipo cv, pcc ,e o governo parece que até gosta porque o flavio dino sobe no morro para conversar sem segurança sabese la com quem" (G1, 63 anos, autônomo, DF)

"Sim eu fiquei sabendo sobre o caso. E a responsabilidade ao meu ver cair tanto sobre a administração da penitenciária, quanto ao governo federal, deve ser feito maus investigações sobre isso, precisa investigar essa fuga melhor e ver melhor porque aconteceu isso, principalmente se houve negligência na falha de segurança, e capturar os fugitivos, e melhorar a segurança do presídio, antes que os criminosos façam algo pior." (G2, 27 anos, vendedora autônoma, RO)

"Tem que haver uma investigação,mas alguém deve ter ajudado eles escaparem porque que eles estavam numa cela que nem era a deles e as câmeras de segurança? Acho que foi tudo feito de caso pensando para ajudar os fugitivos." (G2, 33 anos, desempregado , MA)

"Acompanhei o caso ontem e achei super interessante o método utilizado para tal fuga. É importante salientar que no minimo deve haver uma punição para os envolvidos, pois é nítido que houve facilitação. No entanto, sabemos que não haverá se quer uma investigação quem dirá punição visto que até o momento não há indícios de pessoas ligadas ao ex-presidente Bolsonaro "envolvidas". Infelizmente, em nosso país temos dois pesos e duas medidas baseadas na democracia relativa." (G2, 35 anos, estudante de pós-graduação , SE)

Responsabilidade do Governo Federal

Muitos usaram a oportunidade para criticar a política de segurança pública da atual gestão, acusando Lula de defender bandidos, ser associado a facções e neglicenciar essa pasta, o que motivaria criminosos a agirem, sabendo da potencial impunidade.

Alguns também citaram o fato do presidente estar viajando e não ter se preocupado com a questão.

"Muito do que o Brasil vive hj se dá pelo modelo de governança atual, não há um combate ao crime organizado, o que se vê é que, por leis mesmo como: Ex - os presos ganhando mais do que um trabalhador! Um país quebrado onde a Lei Rouanet arranca bilhões do país, vejo um país afundando em dívidas que fizeram pra embolsar outro país.. mas o que mais intriga é o fato de um presidente esse ano mesmo apoiar pequenos delitos, isso sim é rumo ao fundo do poço. Pequenos acontecimentos como estes pode se dá por parcerias com o PCC e FACÇÕES. Nunca se sabe né!!🤡🫨"" (G1, 27 anos, professor, AM)

"Hoje temos um ex presidiário Governando o Brasil me admiro ainda ter fugido só dois pq o presidente não parece estar preocupado com os acontecimentos.Brasil se afunda cada vez mais vai ficando mais fraco e a os poderosos são os criminosos 🤦🏾‍♀️ infelizmente." (G1, 48 anos, modelista, SC)

"Complementando, o presidente Lula, não está muito preocupado com a nossa segurança, que aliás até protege bandido, são coitados que roubam celular, merecem uma segunda chance. Indignada!!" (G1, 58 anos, empresária , PR)

"Os 02 criminosos que fugiram foram condenados a 80 anos de prisão. A responsabilidade como sempre é toda do governo federal. Tem que tomar providências, descobrir cúmplices, funcionários corruptos e demais terceiros que contribuíram com a fuga desses criminosos.

Torço veemente que esses fugitivos sejam capturados e quem mais contribuiu com a fuga seja detido, julgado na forma da lei." (G2, 44 anos, radialista, DF)

"Fiquei sabendo sim. Para mim o responsável é o Ministério da justiça. Isso aconteceu porque o governo só se preocupa com fofoqueiros ao invés de zelar pela segurança do país. Inadmissível. É assim que começa. Daqui a pouco vira pandemia de fugitivos. E o bonitão só viaja." (G2, 37 anos, agente administrativo, RJ)

"Problemas da Segurança na gestão de Lula tem sido frequentes, graves e preocupantes. A incompetência do atual governo coloca o Brasil em uma grave crise de segurança pública. A violência explode nas ruas e, como se não bastasse, agora ficou fácil fugir dos presídios federais." (G2, 27 anos, analista de sistemas , PA)

Considerações finais

A semana demonstrou como a imagem de Bolsonaro segue majoritariamente preservada em relação a seus seguidores. Ambos os grupos abordaram a questão da perseguição política sofrida, avaliando que as acusações são infundadas e motivadas por interesses partidários, para anular a vida política do ex-presidente.

Mesmo entre os que defendem as investigações, o ceticismo em relação à imparcialidade das operações, com alguns participantes questionando a legitimidade das evidências apresentadas, é um sentimento presente, que reforça o coro da perseguição política e tentativa de incriminar Bolsonaro sob qualquer hipótese.

Ao analisar as respostas dos dois grupos com base na religião evangélica, não houve evidências de uma correlação entre as opiniões expressas e a afiliação religiosa. As respostas refletiram mais as visões políticas e ideológicas dos participantes, de acordo com seus grupos de pertencimento, do que suas crenças religiosas específicas.

Novamente Lula foi criticado, por sua agenda internacional, avaliada apenas como viagens de luxo com Janja e por sua falta de protagonismo em políticas para segurança pública, reforçando as falácias de que seu governo defende bandido, mediante um fato inédito dentro da história das penitenciárias de segurança máxima.

É notório que o presidente ainda não conseguiu estabelecer, com propriedade, sua agenda política, entre seus opositores.

Distribuição da Participação
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#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula

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Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa

Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal

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Monitor da Extrema Direita

Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an

As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.

O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.

O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.

Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.

O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.

Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.

O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.

Equipe MDP

Carolina de Paula – Diretora geral

Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.

João Feres Jr. – Diretor científico

Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).

Francieli Manginelli – Coordenadora de recrutamento

Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.

André Felix – Coordenador de TI

Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.