O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 1 a 7/9, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo do período, três temas foram abordados: i) expectativas para o julgamento de Bolsonaro e demais envolvidos nos atos contra a democracia; ii) opiniões sobre a tentativa de votação de projeto político para anistiar os envolvidos no 8/1; iii) impressões sobre as primeiras sessões do julgamento de Bolsonaro e demais envolvidos.
Ao todo, foram analisadas 177 interações, que totalizaram 6.025 palavras
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
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Expectativas para o julgamento | Predominou a visão de que o julgamento já estava decidido e seria usado como instrumento de perseguição política contra Bolsonaro, com desconfiança sobre a imparcialidade do STF. | Houve dualidade entre a percepção de perseguição política e a expectativa de justiça, com parte defendendo a condenação dos verdadeiros culpados e outra parte acreditando em uma condenação já armada. | As falas expressaram descrença generalizada no sistema judicial, marcado por manipulação, impunidade e “teatro político”, mesmo que houvesse eventual condenação. | Prevaleceu a expectativa de julgamento justo e transparente, com ênfase na punição dos envolvidos como afirmação da democracia e respeito às leis. | Houve defesa firme da condenação e punição exemplar dos réus, vista como reparação pelos crimes cometidos e como lição simbólica para a política brasileira. | Os participantes elaboraram suas respostas de acordo com seus grupos originais de pertencimento. |
Projeto de Anistia | O grupo defendeu a anistia – geral e irrestrita – como forma de reparar injustiças, libertar os presos de 8 de janeiro e tornar Bolsonaro novamente elegível. O julgamento foi visto como perseguição política. | Predominou a percepção de que o julgamento era acelerado, injusto e com resultado pré-determinado, configurando perseguição a Bolsonaro. Ao mesmo tempo, apareceram vozes defendendo que a justiça fosse feita de forma correta, ainda que com descrença no processo. | As falas rejeitaram a anistia, entendendo-a como manobra para livrar Bolsonaro e seus aliados. Houve indignação com a seletividade da articulação e a percepção de que ela servia apenas para manter a impunidade política. | A anistia foi vista como uma manobra para livrar Bolsonaro e seus aliados das consequências legais. Os participantes rejeitaram a proposta, defendendo a punição dos envolvidos como forma de evitar a impunidade. | As opiniões foram contrárias à anistia e associaram-na à tentativa da família Bolsonaro de escapar de responsabilidades. O grupo expressou indignação moral e expectativa de que a justiça fosse cumprida. | Os participantes elaboraram suas respostas de acordo com seus grupos originais de pertencimento. |
Impressões sobre o julgamento | Predominou no grupo a defesa de Bolsonaro, com forte crítica ao STF e à mídia tradicional, acusados de perseguição política. A expectativa era de absolvição ou anistia. | Houve descrença na imparcialidade do processo, com críticas a falhas jurídicas e percepção de julgamento de exceção. Ao mesmo tempo, apareceu certa incerteza sobre o resultado. | O grupo foi marcado pelo ceticismo, acreditando que nada mudaria e que prevaleceria a impunidade. A maioria demonstrou desinteresse em acompanhar o julgamento. | Os participantes demonstraram frustração com a lentidão e inutilidade do processo, interpretado como um “circo”. Apesar disso, apareceu o desejo de punição dos envolvidos. | Unanimemente houve forte rejeição a Bolsonaro e expectativa de condenação. A defesa foi vista como frágil, e a responsabilização como necessária e moralmente indispensável. | Os participantes elaboraram suas respostas de acordo com seus grupos originais de pertencimento. |
Os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) e parcela dos do grupo 2 (bolsonaristas moderados) demonstraram uma percepção já consolidada de que o julgamento não passava de uma farsa política, previamente articulada para garantir a condenação de Bolsonaro e de seus aliados. A noção de perseguição política permeou as falas, sustentada pela crença de que o Supremo já teria definido o resultado antes mesmo da análise das provas. Esse enquadramento reforçou a ideia de seletividade institucional, na qual a justiça atuaria não como instância neutra de resolução de conflitos, mas como braço de um projeto de poder destinado a eliminar adversários políticos. Nessa ótica, a própria legitimidade do STF foi colocada em xeque, sendo interpretada como um tribunal parcial, influenciado por interesses ideológicos e disposto a transformar um processo jurídico em espetáculo midiático.
Paralelamente, a narrativa de injustiça esteve acompanhada por elementos que buscaram reforçar a condição de vítima atribuída ao ex-presidente. As falas evocaram o argumento de que provas não existiriam ou seriam forjadas, e que figuras ligadas à esquerda estariam manipulando o processo para assegurar o desfecho esperado. Esse enquadramento posicionou Bolsonaro como alvo de uma “armação”, e não como réu legítimo, deslocando a responsabilidade de seus atos para um sistema judicial supostamente corrompido e autoritário.
"Infelizmente todos eles já estão condenados, tudo isso é só pra cumprir protocolos." (G1, 50 anos, engenheiro, SP)
"Sabemos que a condenação já está decretada desde quando Bolsonaro deixou de ser presidente. Amanhã será só o início da criação de um circo midiatico, para tentar esconder que na verdade isto é perseguição POLÍTICA." (G1, 54 anos, músico, RS)
"Boa tarde; vai condenar porque eles sabe que é o candidato forte da direita, eles queria isso, espero que eles sejam imparcial, apesar que não confio nessa casa mais, virou palanque político." (G1, 36 anos, assistente jurídico, BA)
"No meu ver, sempre foi uma perseguição contra Bolsonaro e aliados, esse julgamento já está todo armado, esquematizado, será feita justiça com as pessoas erradas e quem deveria realmente ser julgado não está nesta pauta." (G2, 35 anos, contadora, RS)
"A minha expectativa é que Bolsonaro seja absorvido E caso o ex-presidente seja condenado será uma oportunidade para que seja implantada a ditadura da toga,um dos maiores absurdos já visto,no ponto de vista dos direitos humanos." (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)
"Não tenho nenhuma expectativa, os ministros já deixaram claro que vão condenar Bolsonaro, mesmo sem nada que o ligue ao crime que também não existiu, além do depoimento de Mauro Cid que já disse que delatou sob ameaça." (G2, 43 anos, administradora, GO)
Entre a outra parcela do grupo 2 (bolsonaristas moderados) e os participantes do grupo 3 (eleitores flutuantes) predominou a visão de que o julgamento, mesmo que conduzido formalmente, seria apenas uma encenação, um “teatro” para legitimar decisões previamente definidas ou para simular o cumprimento da lei. No entanto, esse olhar cético não foi direcionado a uma defesa direta de Bolsonaro, mas revelou uma leitura mais ampla sobre a fragilidade institucional do país, marcada pela ideia de que processos judiciais no Brasil seriam sempre manipuláveis, negociados ou revertidos em instâncias superiores.
Essa percepção de inoperância da justiça também foi acompanhada por um sentimento de impunidade estrutural. Mesmo quando os participantes admitiam a possibilidade de condenações, prevaleceu o entendimento de que tais decisões dificilmente se transformariam em punições efetivas, já que haveria sempre brechas legais ou acordos políticos capazes de esvaziar as sentenças. O julgamento, assim, foi interpretado não como um marco de responsabilização, mas como mais um episódio de um sistema falho, permeado por interesses e incapaz de assegurar igualdade perante a lei.
"Boa noite, acredito que esse julgamento colocará um fim nessa situação. Não vai ser fácil para os reus mas espero que a verdade vença." (G2, 43 anos, professora , SP)
"Boa noite, por mais que eu não consiga ver eu vou ver a gravação depois eu quero saber o que eles disserem for verdade e com provas, acredito eu que com certeza todos estão bem Aflitos, eu acho que provavelmente ele vai ser preso mesmo, mas eu vou querer saber o porquê se é realmente algo que faz sentido com os documentos apresentados." (G2, 24 anos, suporte TI, DF)
"Boa noite, minha expectativa é que provavelmente o ex presidente e os outros réus sejam condenados , baseado em todas as atitudes que os ministros tenham em relação ao senhor Jair Bolsonaro e também pela rapidez que o caso foi investigado e averiguado." (G2, 26 anos, autônomo, DF)
"Boa tarde, também não acho que vai resultar em cadeia. Isso aí já deve estar tudo combinado antecipadamente, compraram os votos dos ministros e pronto. Não confio" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Em se tratando da nossa justiça, mesmo se o julgamento for justo eles conseguem reverter depois, as minhas expectativas são bem poucas." (G3, 45 anos, professora , MT)
"Expectativas bem baixas de que seja feita justiça da forma correta, acaba sendo um grande teatro. Pois no fim, mesmo que sejam condenados, acabam nem cumprindo a condenação. Infelizmente nesse país é assim." (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)
As opiniões dos grupos 4 e 5 (lulodescontentes e lulistas) expressaram uma confiança maior na capacidade do julgamento de reafirmar a força das instituições e de restaurar a legitimidade democrática. Os participantes projetaram na condenação dos réus um sentido de reparação histórica, entendendo que punir os responsáveis pela tentativa de golpe seria uma resposta necessária à gravidade do ataque às instituições. A expectativa de justiça esteve fortemente associada à defesa do Estado de Direito, sustentada pela crença de que um julgamento justo, transparente e baseado em provas serviria como exemplo de que condutas antidemocráticas não seriam toleradas. Essa confiança na responsabilização foi acompanhada da valorização da clareza, da publicidade do processo e do cumprimento das leis como elementos indispensáveis para o fortalecimento da democracia.
Alé, disso, parte dos discursos ampliou o alcance dessa responsabilização, associando-a não apenas ao episódio específico do golpe, mas a toda a trajetória do bolsonarismo nos últimos anos. A condenação, nesse sentido, foi vista como forma de interromper um ciclo de abusos e de consolidar uma lição simbólica para futuros governantes, delimitando as fronteiras do que é aceitável na esfera política.
"Espero que todos os envolvidos nessa trama antidemocrática sejam condenados e punidos. Os envolvidos nessa tentativa de golpe precisam serem punidos de forma exemplar pois atentaram contra a democracia." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
"Espero que seja um julgamento claro, que as provas que houverem sejam apresentadas para todos os espectadores, espero que não tenha bagunça política e que a justiça seja feita. Justiça essa que seja baseada em fatos e dados, sem partidarismo." (G4, 32 anos, engenheiro mecânico , BA)
"Na minha opinião as leis devem ser cumpridas e se agiu de forma errada tem que arcar com as consequências. A soberania das leis devem ser respeitadas e medidas devem ser tomadas para que seja cumprida a justiça." (G4, 36 anos, instrutor de informática , SP)
"As minhas expectativas é que os reús sejam condenados e que paguem por todos os crimes que cometeram nesses últimos 4 anos, pois não foi só a tentativa de golpe que ocorreu, a Bolsonarismo vem cometando crimes desde que surgiu e se consolidou na política brasileira. Só espero que não tenha nenhum pedido de vista e que todo o julgamento seja rápido, para que possamos respirar aliviado e comemorar a prisão de todos os envolvidos na tentativa de golpe de 2023." (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Minhas expectativas são altas de que a justiça de fato vai ser feita espero que aconteça alguma condenação e que fique de exemplo para os próximos políticos que esse tipo de conduta inadequada e infeliz." (G5, 28 anos, auxiliar administrativo , AM)
"A expectativa total é de que sejam punidos por todos os seus atos conhecidos e até pelos desconhecidos. Porque se estamos indignados com os absurdos que vieram a público, imagina o que ainda tá debaixo do tapete. Precisam ser condenados, precisa se fazer justiça nesse país." (G5, 37 anos, restauradora, SP)
Nos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados), as falas novamente definiram Bolsonaro como alvo de perseguição política e judicial. Nesse enquadramento, a anistia apareceu como recurso legítimo e necessário para reparar distorções, libertar os presos do 8 de janeiro e restituir os direitos políticos do ex-presidente. A expectativa de que ele pudesse voltar a concorrer em 2026 reforçava a ideia de que o processo não passava de um obstáculo temporário, sustentado mais por narrativas do que por evidências.
Ao mesmo tempo, esses grupos associaram a anistia a um sentimento de esperança de reorganização política. Para eles, tratava-se de uma medida capaz de resgatar lideranças e devolver equilíbrio ao jogo democrático, que teria sido corrompido por um sistema judicial manipulado. Ainda que com diferentes graus de ênfase, a maioria concordou que a anistia ampla, geral e irrestrita era a única saída justa diante de um contexto interpretado como de arbitrariedade e injustiça.
"Bom dia! Torço para que essa articulação dê certo. Assim a anistia beneficiaria a todos, tanto o ex presidente Jair Bolsonaro quanto os envolvidos nas manifestações do 8 de janeiro." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Bom dia a todos. Estamos confiantes de que essa articulação dê certo, pois, além de possibilitar a libertação dos injustiçados envolvidos nas manifestações de 8 de janeiro, abrirá caminho para que o nosso ex-presidente possa participar da candidatura presidencial, o que representa o anseio de muitos brasileiros patriotas 🙏" (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"Eu penso que qualquer articulação pra reverter essa barbaridade contra os inocentes que estão presos e os demais que serão condenados é válido, porque livra todos da prisão, depois tratar de tirar essa quadrilha de bandidos corruptos que se apoderou do Brasil, e fazer uma limpeza completa, prendendo todos os comunistas porque na verdade são eles que deram o golpe e estão destruindo o país, concordo com Eduardo Bolsonaro, a anistia tem que ser ""ampla, geral e irrestrita"" com nosso presidente Bolsonaro elegível e eleições limpas sem roubo, como foi em 2022.""" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Esse julgamento está acontecendo de uma forma muito acelerada diferente de outros processos no Brasil que costumam demorar anos. Na minha opinião a sentença já estava pronta antes mesmo do julgamento, a sensação que tenho é bem clara que trata-se de uma perseguição política. Sou totalmente favorável a anistia, pq acredito que todo esse processo foi construído mais em cima de narrativas e achismos do que em provas concretas. Como mencionei nas respostas anteriores, infelizmente não tenho expectativas positivas quanto ao resultado, pois já está claro o rumo que querem dar. O que me preocupa ainda mais é o impacto disso para o nosso país, acredito que nos próximos meses poderemos enfrentar um colapso economico em razao da instabilidade politica e jurídica que esse cenario gera." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Entendo que quando a pessoa está sendo injustiçada ela vai tentar encontrar maneiras, fatos, provas pra mostrar que é inocente, então vejo que essa articulação está voltada pra isso.""" (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Boa noite acredito que eles estão fazendo isso justamente para tentar reverter algo até o julgamento final claro também tem a parte onde eles podem entrar com recursos e eu acho que eles estão correndo contra o tempo justamente para beneficiar o bolsonaro com essa proposta, mas o que acontece é que praticamente tudo que está sendo julgado hoje lá com o bolsonaro e os outros praticamente já tá decidido há muito tempo, não creio que o que eles estão fazendo vai mudar alguma coisa, talvez no futuro com algum recurso pec ou alguma coisa do tipo." (G2, 24 anos, suporte TI, DF)
Nos grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas), a anistia foi amplamente rejeitada e compreendida como uma manobra destinada a livrar Bolsonaro e seus aliados de responsabilidades legais. As falas destacaram a necessidade de punição dos envolvidos, tanto para os executores quanto para os articuladores, como forma de afirmar a justiça e evitar a perpetuação da impunidade no país. A articulação política em defesa da anistia foi vista como exemplo da desconexão da classe política com os interesses sociais, reforçando a percepção de que o Congresso priorizava autoproteção e disputas partidárias em detrimento das necessidades da população.
Apesar dessa cobrança por responsabilização, os grupos também demonstraram profundo ceticismo quanto à capacidade das instituições de promover mudanças estruturais. Muitos participantes expressaram a descrença de que o julgamento resultasse em consequências reais, pois o histórico brasileiro de impunidade e corrupção enfraquecia a confiança na aplicação da lei. Ainda assim, a defesa da condenação surgia como um símbolo indispensável de justiça, mesmo que difícil de alcançar, funcionando como contraponto às manobras políticas em curso e como uma forma de preservar, ao menos em parte, a legitimidade das instituições democráticas.
"Eles estão tentando a todo custo, um meio de livrar todo grupo dos atos que cometeram através da aprovação da anistia. Eu penso que são todos culpados e espero não tenham êxito nesta articulação para aprovar a anistia.""" (G3, 45 anos, professora , MT)
"Boa noite, como os colegas falaram, eles estão fazendo tudo o que podem para se livrar das penas ou reduzi-las. O objetivo de tudo isso é livrar o Bolsonaro, até parece que esses políticos e líderes todos aí estão interessados no que acontece com o povo que fez a quebradeira em 8 de janeiro. Isso é desculpa, querem livrar o Bolsonaro das acusações e pronto" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Para mim essa questão da anistia é um julgamento puramente político. Não vejo nenhuma razão de se discutir qualquer tipo de anistia aos envolvidos desses atos antidemocráticos. Todos os envolvidos nesses atos antidemocráticos precisam serem punidos. Quanto às articulações em prol de uma anistia demonstram que embora enfraquecida a ala da direita mais extremada ainda tem influencia política no Congresso. Essa negociação da anistia irrestrita é uma linha que dificilmente ganhará força no Congresso, pois só interessa aos Bolsonaristas. Já uma anistia não direcionada aos líderes do movimento pode até avançar no Congresso, mas até mesmo essa linha de defesa é de difícil progressão com o atual contexto político-partidário do Congresso Nacional." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
"Essa briga entre os poderes, se é que pode chamar assim, uns querendo dar um jeitinho de livrar a família Bolsonaro e outros querendo aplicar as leis brasileiras como tem que ser feito… Eu acredito que como já foi dito anteriormente as leis devem ser aplicadas e aqueles que cometeram crimes devem pagar por eles, o Congresso deveria se preocupar com outras pautas mais importantes para o país e deixar os juízes fazerem os papéis deles." (G4, 36 anos, instrutor de informática , SP)
"Acho que não passa de mais uma das manobras da família do Bolsonaro para tentar se safar das acusações, espero que não dê certo e que a justiça seja feita de fato." (G5, 28 anos, auxiliar administrativo , AM)
"Bom dia, é ridículo essa anistia, querem a todo custo defederem aquela barbárie que aconteceu no dia 8 de janeiro, sem falar de todo aqueles circos de acampamento em frente aos quartéis, se fosse ao contrário, eles estariam revoltados, pedindo a cabeça de quem participou, mas como foram eles, são gente de bem e de família." (G5, 25 anos, estudante, AL)
"Lamentável esse circo de horror protagonizado pela família do Bolsonaro. Eu espero de verdade que a justiça seja feita e que o dia 8 de janeiro não seja esquecido.""" (G5, 26 anos, fisioterapeuta , PE)
O acompanhamento do julgamento ocorreu majoritariamente pelas redes sociais, independentemente da posição política dos participantes. A televisão e os meios tradicionais apareceram de modo secundário, muitas vezes rejeitados por desconfiança ou vistos como insuficientes para oferecer uma visão completa. A comunicação digital assumiu o papel de principal mediadora do debate, sendo tanto fonte de atualização imediata quanto espaço de reforço de crenças e narrativas já estabelecidas.
Essa centralidade das redes sociais também reforçou a fragmentação das interpretações, pois cada grupo buscou páginas, canais e perfis que confirmassem suas expectativas em relação ao julgamento.
Pelos relatos, os grupos que mais acompanharam de perto foram o grupo 1 e o 5. Entre os bolsonaristas convictos, o acompanhamento foi intenso, concentrado em páginas, perfis e canais de direita no YouTube, Telegram e Instagram. Já os lulistas, mesmo sem acompanhar integralmente, houve grande atenção aos cortes, resumos e trechos das sustentações orais, com forte interesse em ver desdobramentos que levassem à condenação.
"Estou acompanhando sim. Acompanho por diversas páginas de direita no Instagram, pelo YouTube e pelo Telegram. Dou uma passeada pelas páginas de esquerda para averiguar o desespero deles. Pela televisão não acompanho, pq é muita mentira e omissão da verdade. Avalio que a direita está agindo com sabedoria e verdade A esquerda não tem saída, apenas mentiras."" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Estou acompanhando pelas páginas de políticos de direita, porque pela TV aberta, ou seja, a Globo lixo, omite verdades, tenho a convicção de que dará tudo certo, e haverá anistia, e Bolsonaro livre, e elegível para 2026! Vamos na fé!"" (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Boa noite, eu vi alguns cortes não consegui acompanhar na íntegra acabei vendo no Instagram, Facebook.. redes sociais mesmo eu não me aprofundei no planejamento que a defesa teve de fato eu só desejo que não tenham obtido êxito algum e que ele saia de lá condenado." (G5, 28 anos, auxiliar administrativo , AM)
"""Boa noite vi algumas notícias pela Internet Acredito na justiça e espero que ele seja condenado e pague por todos os crimes cometidos"" (G5, 28 anos, autônoma, MT)
"""Bom dia! Não pude acompanhar de perto como gostaria estou acompanhando alguns cortes que vejo nas redes sociais e também no YouTube eu estou torcendo muito por muitas condenações e que não seja feita nenhuma manobra da defesa para tentar safar o Bolsonaro espero que ele pague por tudo oque fez."" (G5, 28 anos, gerente comercial , AM)
Os participantes dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados) demostraram total desconfiança na imparcialidade do julgamento. O processo foi interpretado como um exemplo de perseguição política, em que ministros do STF já estariam previamente decididos a condenar o ex-presidente e seus aliados. O funcionamento da Justiça, nesse caso, foi visto como seletivo e manipulado, com regras alteradas e prazos comprimidos de forma a fragilizar as defesas. A leitura predominante foi a de que não havia espaço para um julgamento justo, mas sim para um processo de exceção.
Essa percepção também se estendeu à eficácia da Justiça como instituição. Os participantes destacaram a ausência de garantias legais e a manipulação de provas como sinais de que o sistema não atuava em conformidade com a Constituição. Assim, a Justiça foi compreendida não como instrumento de resolução legítima de conflitos, mas como um mecanismo politizado, voltado a eliminar adversários ideológicos. A imparcialidade, princípio esperado do Judiciário, foi colocada em dúvida, reforçando a crença de que o desfecho do processo não dependeria da força dos argumentos ou das evidências apresentadas, mas sim da vontade política dos magistrados.
"Boa noite , Eu estou acompanhando pelo YouTube ou pelas redes sociais, a imprensa televisa não divulga nada que seja contra esse sistema podre , e quanto a defesa dos envolvidos nesse falso golpe , eles estão com seus argumentos reais, porém como a gente sabe que não é um julgamento imparcial a gente fica com medo de mesmo com todas as provas que não existiu golpe os presos e o ex presidente Bolsonaro sejam condenados pelo ditador Alexandre de Morais!" (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"Estou acompanhando sim. Acompanho por diversas páginas de direita no Instagram, pelo YouTube e pelo Telegram. Dou uma passeada pelas páginas de esquerda para averiguar o desespero deles. Pela televisão não acompanho, pq é muita mentira e omissão da verdade.
Avalio que a direita está agindo com sabedoria e verdade A esquerda não tem saída, apenas mentiras."" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Estou acompanhando pelas páginas de políticos de direta, porque pela TV aberta, ou seja a Globo lixo, omite verdades, tenho a convicção de qua dará tudo certo, e haverá anistia, e Bolsonaro livre, e elegível para 2026! Vamos na fé!"" (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Não estou acompanhando muito, só vendo algumas postagens via Instagram. Está bem tenso, foi apresentado erros no processo, dados alterados, por isso, vejo que a defesa terá força pra provar que tudo não tem fundamento."" (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Estou acompanhando, tanto pela mídia tradicional quanto pela Internet, percebi, que o prazo para defesa foi muito menor que o normal, que o processo segue um rítimo nunca antes vistos. Percebi por exemplo que as provas contra general Heleno por exemplo foram montadas linha a linha ao longo de uma agenda onde frases estão separadas por dezenas de paginas e assunto que nada tem a ver com os fatos. Percebi que os advogados simplesmente não conhecem todas as provas pois foram entregues a eles poucos dias antes da apresentação da defesa. O que demonstra que o julgamento em sí é um julgamento de exceção pois foram abertas várias exceções que não acontecem em outros julgamentos. Me parece que mesmo que os advogados apresentem todas as provas necessárias, isso não fará diferença porque os ministros já estão decididos a condenar, o que fere por completo a constituição, o estado democrático de direito e o devido processo legal." (G2, 43 anos, administradora, GO)
Entre os grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes), predominou um ceticismo profundo em relação à capacidade da Justiça de produzir resultados efetivos. A expectativa foi de que o julgamento se arrastaria sem consequências práticas, reproduzindo um padrão de impunidade visto como recorrente no Brasil. Muitos participantes interpretaram o processo como um “circo” ou como algo fadado a terminar em “pizza”, reforçando a ideia de que, independentemente das provas ou dos discursos apresentados, nada de concreto seria decidido. Essa percepção indicava uma descrença estrutural na eficácia do sistema judicial, marcada pela frustração diante da lentidão, pela sensação de que provas seriam abafadas e pela desconfiança no compromisso das instituições com a punição dos responsáveis.
Já no grupo 5 (lulismo), o ceticismo assumiu outra forma: a preocupação não estava na inércia ou na impunidade histórica, mas sim no risco de manobras jurídicas que pudessem livrar Bolsonaro e seus aliados. Nesse caso, a desconfiança recaiu sobre a possibilidade de absolvição, não sobre a ausência de resultados. O desejo de condenação foi explícito e associado a uma expectativa de reparação moral e política, em contraste com a visão mais resignada dos grupos 3 e 4. A união entre esses grupos, portanto, pode ser feita a partir da leitura comum de que a Justiça não transmite segurança de imparcialidade nem de efetividade, ainda que partam de perspectivas diferentes: uns esperavam a repetição da impunidade, enquanto outros temiam que brechas processuais revertessem a responsabilização esperada.
"Bom dia.Nao vi. Já não estou acompanhando porque já sei que isso aí não vai dar em nada." (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)
"Estou acompanhando por cima e vai acabar em pizza como sempre acaba . Vão abafar provas suficientes e assim vai como Sempre."" (G3, 39 anos, analista financeiro , SP)
"To achando um circo na verdade, demora mil anos pro julgamento ser feito e mais mil pra concluir, eu não to esperando nada." (G4)
"Eu não estou acompanhado muito pois sei que está palhaçada de julgamento não vai dá em nada ainda vai sair disso tudo tirando onda da nossa cara" (G4, 53 anos, dona de casa, BA)
"Boa noite, eu vi alguns cortes não consegui acompanhar na íntegra acabei vendo no Instagram, Facebook.. redes sociais mesmo eu não me aprofundei no planejamento que a defesa teve de fato eu só desejo que não tenham obtido êxito algum e que ele saia de lá condenado." (G5, 28 anos, auxiliar administrativo , AM)
"""Boa noite vi algumas notícias pela Internet. Acredito na justiça e espero que ele seja condenado e pague por todos os crimes cometidos"" (G5, 28 anos, autônoma, MT)
"Não pude acompanhar de perto como gostaria estou acompanhando alguns cortes que vejo nas redes sociais e também no YouTube eu estou torcendo muito por muitas condenações e que não seja feita nenhuma manobra da defesa para tentar safar o Bolsonaro espero que ele pague por tudo oque fez."" (G5, 28 anos, gerente comercial , AM)
Foram compartilhados 17 vídeos durante a questão 72. Somente o grupo de bolsonaristas convictos recorreu a essa forma de comunicação. As principais fontes dos materiais foram os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Zé Trovão (PL-SC), Marcel Van Hatten (NOVO-RS) e Luciano Zucco (PL-RS), os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Damares Alves (Republicanos-DF) e Magno Malta (PL-ES). Alguns materiais também vieram de Eduardo Tagliaferro.
A maioria dos vídeos visava a minar a legitimidade do julgamento, apresentando-o como produto de uma trama persecutória (STF/TSE, “força-tarefa”, “poder paralelo”), e não de provas concretas. O sentimento expresso nas respostas, associado ao conteúdo veiculado nos grupos, foi o de que Bolsonaro e aliados eram vítimas de um processo fraudulento, conduzido por instituições que agem de modo politicamente enviesado.
Entre os materiais circulados, 8 continham informações falsas ou enganosas, principalmente os de Nikolas Ferreira, Sanderson, Flávio Bolsonaro, Damares Alves, Eduardo Tagliaferro, Caio Coppola, Eduardo Matos e Ana Paula Henkel. As demais falas, como as de Antonio Rueda, Zucco e Monica Bergamo, não traziam fake news, mas posições políticas ou institucionais, também editadas afim de fundamentar a tese de que o julgamento era inconstitucional, mas sem necessariamente conter desinformação.
01 - Nikolas Ferreira (fala em plenário)
Em discurso na Câmara, o deputado Nikolas Ferreira afirmou que Bolsonaro está sendo alvo de perseguição política, comparando a tentativa de assassinato em 2018 com o julgamento no STF. Disse que ministros da Corte seriam parciais e alinhados ao PT, agindo para retirar o ex-presidente da disputa eleitoral. Lançou ainda um desafio a Lula para um debate público e prometeu que, caso chegue à presidência, fará justiça contra o PT.
“Tentaram matar o Bolsonaro pra poder tirá-lo da corrida eleitoral. Agora o Lula através dos seus lacaios no STF tentam fazer o mesmo. / Não existe uma forma melhor de acabar com o seu opositor do que falar que tentou cometer um golpe de Estado. / A sua sorte, Lula, é de que quando eu chegar na presidência vou te mostrar na cadeia você e sua trupe... o PT é o primeiro na minha lista. / Ou eu morro tentando ou eu vou transformar esse Brasil em outra coisa... Gravem as minhas palavras: o PT não vai dominar esse país pra sempre.”
02 - Sanderson (resgate da ex-primeira-dama do Peru)
O deputado Sanderson afirmou ter solicitado à PGR a abertura de investigação sobre o suposto resgate da ex-primeira-dama do Peru pelo governo Lula. Segundo ele, ela teria sido trazida ao Brasil em avião da FAB e estaria sendo custeada com recursos públicos, em prejuízo ao contribuinte. Classificou a ação como criminosa e como violação da soberania peruana. Defendeu que, caso a denúncia se confirme, deve ser instaurado um processo de impeachment contra Lula.
“Encaminhei ao PGR uma solicitação de abertura de investigação pra apurar um resgate feito pelo Governo Federal, pelo governo Lula de uma peruana, ladra, corrupta, ex-primeira dama lá no Peru./ Foi trazida pra cá às expensas de recursos públicos do povo brasileiro, um avião da FAB e está aqui protegida inclusive sendo custeada ela e um filho com dinheiro do contribuinte brasileiro. / Ao nosso ver é um procedimento criminoso feito por Lula utilizando o avião da FAB, inclusive atacando a soberania.”
03 - Flávio Bolsonaro (busca e apreensão com “fraude”)
O senador Flávio Bolsonaro acusou Alexandre de Moraes de ter ordenado busca e apreensão com base apenas em uma matéria jornalística, sem comprovar a autenticidade das informações. Disse que a fundamentação jurídica da decisão teria sido elaborada posteriormente, configurando fraude documental. Também atacou a imprensa, especialmente a CNN, por se recusar a noticiar o caso. Por fim, pediu providências imediatas do Senado e classificou a situação como absurda.
“Há uma matéria jornalística… o ministro Alexandre de Moraes dá ordem somente com base na matéria de jornal, sem saber se aqueles diálogos eram verdadeiros ou não. / O fundamento pra busca e apreensão foi feito depois da busca e apreensão. Então houve uma fraude no documento, é isso? / Todos os processos são físicos e eles só tiram seguindo no momento que ele acha interessante e nas peças que ele acha interessante.”
04 - Damares Alves (provas falsas / julgamento contaminado)
A senadora Damares Alves afirmou, na Comissão de Segurança Pública, que o julgamento sobre os atos de 8 de janeiro estaria “contaminado” por provas falsas. Disse que os documentos apresentados mostrariam que pessoas foram presas injustamente, com base em material forjado por um magistrado, que, segundo ela, deveria ser preso. Defendeu que o ministro Barroso interrompesse imediatamente o processo, ressaltando que se tratava de grave violação de direitos humanos. Criticou a inação do Senado diante das denúncias e classificou a situação como absurda.
“Esse material tem que ser encaminhado hoje pro ministro Barroso e ele de ofício tem que interromper aquele julgamento. Aquele julgamento está contaminado, as provas estão contaminadas. / Pessoas foram acusadas e presas por provas falsas. Provas forjadas por um magistrado. Esse magistrado tinha que ser preso hoje. / O Brasil precisa ver o que nós estamos vendo aqui. Barroso tem que ter acesso imediato e tomar providência. E o Davi Alcolumbre também.”
05 - Eduardo Tagliaferro (canal derrubado / arbitrariedade)
Em vídeo publicado em seu perfil, Eduardo Tagliaferro afirmou que possui provas contra Alexandre de Moraes e que elas já estão sendo entregues às autoridades competentes. Disse que muitos duvidaram de suas denúncias, mas agora estariam comprovadas. Relatou que Moraes teria derrubado o canal do YouTube onde transmitia a audiência no Senado, o que classificou como censura. Ressaltou que a luta entrava em uma fase mais dura, chamando-a de “briga de leão”. Pediu apoio e engajamento de seus seguidores para compartilhar e fortalecer sua causa.
“Para aqueles que duvidaram de mim, acharam que eu não tinha nada: está aí, aí estão as provas. / Vocês viram: Alexandre de Moraes derrubou o canal do YouTube ao qual eu estava transmitindo a audiência no Senado. / Eu peço cada vez mais o apoio de vocês: compartilhem, ajudem no que puderem. Vamos desistir nunca.”
6 - Caio Coppola (comparação Lula x Bolsonaro, crime “que não existiu”)
Em debate na CNN, Caio Coppola comparou os processos de Lula e Bolsonaro. Argumentou que Lula foi condenado em várias instâncias com base em provas robustas, mas teve seus processos anulados pelo STF por questões processuais, sem nunca ter sido absolvido. Já Bolsonaro, segundo ele, estaria sendo perseguido pelo Supremo em julgamento relâmpago, sem direito a recursos, e conduzido por ministros parciais. Afirmou que não há provas de que Bolsonaro tenha ordenado ou participado de atos violentos em 8 de janeiro.
“Antes de ter as suas ações penais anuladas pelo STF, o Lula foi julgado e condenado por unanimidade por dez juízes em três graus de jurisdição. / Já o Bolsonaro perdeu o direito de ser julgado pela justiça comum e está sendo perseguido diretamente pelo STF num julgamento relâmpago. / No caso do Lula havia múltiplos delatores, dezenas de testemunhas, centenas de documentos e bilhões de reais devolvidos aos cofres públicos. / Já o Bolsonaro está sendo julgado por um crime que não existiu. Não há nenhuma prova documental do envolvimento do ex-presidente. / Existe sim comparação entre os dois casos e a diferença escandalosa de tratamento entre Lula da Silva e Jair Bolsonaro.”
7 - Eduardo Matos – The Blacksmith (mensagem de chantagem sem comprovação)
Em vídeo gravado em seu carro, Eduardo Matos, conhecido como The Blacksmith, questionou por que senadores como Davi Alcolumbre e Mota não estariam pautando a anistia ou o impeachment. Para justificar, leu uma suposta mensagem de chantagem que mencionaria processos milionários e até ameaças contra familiares de parlamentares, como forma de pressioná-los a não ceder às demandas de bolsonaristas. Disse que esse tipo de situação revela “rabo preso” e convidou os seguidores a opinarem sobre quem seriam os envolvidos. Porém, ele não apresentou provas que confirmassem a autenticidade da mensagem.
“Olha essa mensagem aqui, tire suas conclusões. Quem foi essa mensagem? Pra quem foi essa mensagem? / Tem aquelas causas milionárias das suas falcatruas e os que querem ver você preso. Só pra lembrar: caso você ceda à pressão dos bolsonaristas, nem anistia e nem impeachment. / O Mota também já foi avisado, já autorizei uma visitinha na casa do pai dele esse ano só pra lembrar ele também. / Aliás, o nome disso é rabo preso. / Agora, de quem foi essa mensagem e pra quem foi essa mensagem? Digita aí o que vocês acham.”
8 - Ana Paula Henkel (teoria conspiratória sobre omissão deliberada no 8 de janeiro)
Em comentário na Revista Oeste, a jornalista Ana Paula Henkel questionou por que o mesmo esquema de segurança reforçado visto atualmente no STF não foi adotado no dia 8 de janeiro de 2023. Mostrou prints e alertas da ABIN, emitidos nos dias 5, 6 e 7, que já previam risco de violência e convocação para invasão de prédios públicos. Ressaltou que, no próprio dia 8, autoridades receberam mensagens indicando problemas iminentes, mas nada foi feito. Interpretou essa omissão como deliberada, afirmando que o objetivo era permitir o vandalismo para sustentar a narrativa de golpe. Concluiu classificando o episódio como parte de um plano para criminalizar Bolsonaro e seus apoiadores.
“Por que não fizeram esse esquema de segurança no oito de janeiro? Eles sabiam, sabiam sim. / Foram vários dias, a ABIN avisando, a Polícia Federal avisando, e nada foi feito. / No fatídico oito de janeiro, às oito e cinquenta e seis da manhã, o general já diz: vamos ter problemas. E no entanto, nada foi feito. / Eles tinham todas as informações e queriam que o vandalismo acontecesse pra empurrar a narrativa do golpe de Estado.”
1 - “Tentaram matar o Bolsonaro pra poder tirá-lo da corrida eleitoral. Agora o Lula através dos seus lacaios no STF tentam fazer o mesmo. / Não existe uma forma melhor de acabar com o seu opositor do que falar que tentou cometer um golpe de Estado. / A sua sorte, Lula, é de que quando eu chegar na presidência vou te mostrar na cadeia você e sua trupe... o PT é o primeiro na minha lista. / Ou eu morro tentando ou eu vou transformar esse Brasil em outra coisa... Gravem as minhas palavras: o PT não vai dominar esse país pra sempre.”
2 - “Encaminhei ao PGR uma solicitação de abertura de investigação pra apurar um resgate feito pelo Governo Federal, pelo governo Lula de uma peruana, ladra, corrupta, ex-primeira dama lá no Peru./ Foi trazida pra cá às expensas de recursos públicos do povo brasileiro, um avião da FAB e está aqui protegida inclusive sendo custeada ela e um filho com dinheiro do contribuinte brasileiro. / Ao nosso ver é um procedimento criminoso feito por Lula utilizando o avião da FAB, inclusive atacando a soberania.”
3 - “Há uma matéria jornalística… o ministro Alexandre de Moraes dá ordem somente com base na matéria de jornal, sem saber se aqueles diálogos eram verdadeiros ou não. / O fundamento pra busca e apreensão foi feito depois da busca e apreensão. Então houve uma fraude no documento, é isso? / Todos os processos são físicos e eles só tiram seguindo no momento que ele acha interessante e nas peças que ele acha interessante.”
4 - “Esse material tem que ser encaminhado hoje pro ministro Barroso e ele de ofício tem que interromper aquele julgamento. Aquele julgamento está contaminado, as provas estão contaminadas. / Pessoas foram acusadas e presas por provas falsas. Provas forjadas por um magistrado. Esse magistrado tinha que ser preso hoje. / O Brasil precisa ver o que nós estamos vendo aqui. Barroso tem que ter acesso imediato e tomar providência. E o Davi Alcolumbre também.”
5 - “Para aqueles que duvidaram de mim, acharam que eu não tinha nada: está aí, aí estão as provas. / Vocês viram: Alexandre de Moraes derrubou o canal do YouTube ao qual eu estava transmitindo a audiência no Senado. / Eu peço cada vez mais o apoio de vocês: compartilhem, ajudem no que puderem. Vamos desistir nunca.”
6 - “Antes de ter as suas ações penais anuladas pelo STF, o Lula foi julgado e condenado por unanimidade por dez juízes em três graus de jurisdição. / Já o Bolsonaro perdeu o direito de ser julgado pela justiça comum e está sendo perseguido diretamente pelo STF num julgamento relâmpago. / No caso do Lula havia múltiplos delatores, dezenas de testemunhas, centenas de documentos e bilhões de reais devolvidos aos cofres públicos. / Já o Bolsonaro está sendo julgado por um crime que não existiu. Não há nenhuma prova documental do envolvimento do ex-presidente. / Existe sim comparação entre os dois casos e a diferença escandalosa de tratamento entre Lula da Silva e Jair Bolsonaro.”
7 - “Olha essa mensagem aqui, tire suas conclusões. Quem foi essa mensagem? Pra quem foi essa mensagem? / Tem aquelas causas milionárias das suas falcatruas e os que querem ver você preso. Só pra lembrar: caso você ceda à pressão dos bolsonaristas, nem anistia e nem impeachment. / O Mota também já foi avisado, já autorizei uma visitinha na casa do pai dele esse ano só pra lembrar ele também. / Aliás, o nome disso é rabo preso. / Agora, de quem foi essa mensagem e pra quem foi essa mensagem? Digita aí o que vocês acham.”
8 - “Por que não fizeram esse esquema de segurança no oito de janeiro? Eles sabiam, sabiam sim. / Foram vários dias, a ABIN avisando, a Polícia Federal avisando, e nada foi feito. / No fatídico oito de janeiro, às oito e cinquenta e seis da manhã, o general já diz: vamos ter problemas. E no entanto, nada foi feito. / Eles tinham todas as informações e queriam que o vandalismo acontecesse pra empurrar a narrativa do golpe de Estado.”
As análises das respostas evidenciaram que o julgamento de Bolsonaro e seus aliados foi interpretado de maneiras distintas, refletindo percepções contrastantes sobre justiça, democracia e instituições.
Em relação às expectativas para o julgamento, entre os bolsonaristas prevaleceram os discursos que enxergavam o processo como uma armação política, marcado por perseguição e seletividade, reforçando a ideia de injustiça e alimentando a narrativa de vitimização do ex-presidente. Houve uma clara sensação de que Bolsonaro já está condenado previamente e que o julgamento em si seria apenas uma encenação. Entre os eleitores flutuantes e lulodescontentes, por mais que houvesse o desejo expresso pela condenação dos réus, predominou o sentimento de descrença estrutural na efetividade do sistema judicial, pois descrevem o julgamento também como mero teatro, incapaz de produzir efeitos concretos. Os membros desses grupos muitas vezes exprimiram a opinião de que, devido a brechas na justiça, Bolsonaro poderia recorrer até conseguir reverter a decisão. Somente entre os lulistas predominaram os posicionamentos de valorização do julgamento como um instrumento de responsabilização, entendendo a punição dos réus como algo viável de ocorrer e fundamental tanto para reparar as violações cometidas quanto para reafirmar a democracia e os limites do exercício do poder político.
A análise das respostas da segunda questão revelou novamente um cenário marcado por fortes percepções de injustiça, seletividade e descrédito nas instituições brasileiras. Em comum, todos os grupos expressaram um olhar de desconfiança e insatisfação com a condução das instâncias de poder, percebidas como afastadas das demandas sociais. No entanto, tal interpretação ocorreu de maneira dúbia. Do lado dos bolsonaristas, emergiram narrativas que colocavam Bolsonaro como vítima de um processo político-jurídico armado, defendendo a anistia como medida corretiva e como possibilidade de restituir seus direitos políticos. De outro, entre os participantes dos demais grupos, apareceram posições que associaram a anistia à impunidade e exigiram a punição dos envolvidos como forma mínima de reafirmação da justiça, ainda que acompanhadas de ceticismo em relação à efetividade do sistema.
A última questão trouxe um fato relevante para a análise: a baixíssima mobilização entre os bolsonaristas convictos. Enquanto na primeira questão da semana, o grupo produziu 56 respostas, incluindo o envio de 17 vídeos, na última pergunta houve apenas 8 respostas e nenhum material compartilhado. Quanto aos discursos, nenhuma narrativa nova foi apresentada. Os bolsonaristas seguiram interpretando o processo como perseguição política, os eleitores flutuantes e lulodescontentes reforçaram seu ceticismo estrutural diante da justiça brasileira e os lulistas mantiveram a expectativa de condenação, associando o julgamento à necessidade de reparação histórica e política.
Outro elemento transversal foi a centralidade das redes sociais, particularmente o Youtube, como principal fonte de informação. Contudo, vários participantes do grupo de bolsonaristas convictos fizeram questão de ressaltar que consultam páginas de direita, ao mesmo tempo que rejeitam mídias de “esquerda”, como a Globo – chamada de Globolixo. O fator “meio de comunicação” parece ter reforçado tanto a seletividade no consumo de conteúdos quanto a fragmentação das interpretações, uma vez que os grupos buscaram confirmar crenças já consolidadas. A multiplicidade de leituras sobre um mesmo julgamento, alimentada por diferentes circuitos informacionais, revelou como o ambiente digital ampliou a circulação de críticas ao Judiciário.
Em síntese, os resultados mostraram que o julgamento funcionou menos como um processo jurídico capaz de convencer e mais como espelho das identidades políticas preexistentes. Para os bolsonaristas, ele reforçou a narrativa de perseguição e legitimou a defesa da anistia; para os lulistas, reafirmou a necessidade de responsabilização e punição exemplar; já flutuantes e lulodescontentes expressaram sobretudo ceticismo estrutural, reafirmando a ideia de que as instituições não produzem justiça efetiva. É importante notar, contudo, que os flutuantes e, mesmo alguns bolsonaristas moderados, são francamente favoráveis à punição daqueles que cometeram atos contra a democracia.
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.
O Instituto Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação Representação e Legitimidade Democrática (INCT ReDem) é um centro de pesquisa sediado no Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), financiado pelo CNPq e pela Fundação Araucária.
Reunindo mais de 50 pesquisadoras(es) de mais de 25 universidades no Brasil e no exterior, o ReDem investiga, a partir de três eixos de pesquisa (Comportamento Político, Instituições Políticas e Elites Políticas) as causas e consequências da crise das democracias representativas, com ênfase no Brasil.
Sua atuação combina metodologias quantitativas e qualitativas, como surveys, experimentos, grupos focais, análise de perfis biográficos e modelagem estatística, produzindo indicadores e ferramentas públicas sobre representação política, qualidade da democracia e comportamento legislativo.
O objetivo central do ReDem é gerar conhecimento científico de alto impacto e produzir recursos técnicos que auxiliem cidadãos, jornalistas, formuladores de políticas e a comunidade acadêmica a compreender, monitorar e aperfeiçoar a representação política democrática no Brasil.
Fiscalização das emendas parlamentares; PEC da blindagem; Megaoperação
Prisão de Hytalo Santos; Saída do país da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto; Áudios de Silas Malafaia
Mudanças na CNH; Vídeo de Felca; Sanções dos EUA ao Mais Médicos.
Manifestações pró-Bolsonaro; Prisão de Bolsonaro; Motim de Deputados Bolsonaristas
Denúncia contra Nikolas Ferreira; Medida de ajuda a refugiados; Imposição de Lei Magnitsky
Revogação dos vistos americanos de ministros do STF; Atitudes de Eduardo Bolsonaro; Alckmin e negociações sobre taxação
Entrevista de Lula; Veto de Lula ao aumento de deputados; Medidas cautelares contra Bolsonaro
Percepção de pobres x ricos; Implanon no SUS; Taxação de Trump
Vídeo sobre Imposto; Substituto de Bolsonaro; Comunicação da Direita e Esquerda
Infraestrutura e falhas governamentais; Resgate de Juliana Marins; Anulação de Decreto (IOF)
Ataques de Israel; Atuação do governo na economia; Papel social do governo
CLT; Interrogatório de Bolsonaro; Audiências de Ministros no Congresso
Política migratória dos EUA; Câmeras corporais nas fardas; Condenação de humorista.
Imagem de Janja; Ataques a Marina Silva; Programa Mais Especialistas
Responsabilidade pela Segurança Pública; Programa SuperAção SP; Anistia a Dilma Rousseff
Número de Deputados Federais; Mídia e INSS; CPI das BETS
Fraude no INSS; Papa Francisco; Viagem de Lula à Rússia
Prisão de Collor; Terapias hormonais em adolescentes; Camisa vermelha da seleção
Bolsa Família como Inclusão Social; Minha Casa, Minha Vida para Moradores de Rua
Ampliação da Isenção para Igrejas; Código Brasileiro de Inclusão
Governadores em Ato pró-Anistia; Percepções sobre os EUA; Percepção sobre Donald Trump
Identidades políticas adversárias; Autoidentificação de grupo; Percepções sobre crimes de abuso sexual
Aumento da Faixa de Isenção do IR.; Condenação de Carla Zambelli.; Bolsonaro Réu por Ataques à Democracia.
Passeata de Bolsonaro por anistia; Licenciamento de Eduardo Bolsonaro; Avaliação do Governo Federal.
Prisão de Braga Netto;Aprovação do do pacote de cortes de gastos;Concessão de benefícios extras
Tarcísio de Freitas e o uso de câmeras;Regulamentação de IA;Declarações de Moro e a Cassação de Caiado.
Isenção do IR; PEC dos Gastos Públicos; Divergências entre Mercado e Governo.
Tentativa de Golpe: informações gerais; Indiciamento de Jair Bolsonaro; Pedido de Anistia
Especial G20: Falas de Janja; Percepeções gerais; Avaliação de pautas
Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an