Relatório 87

De 23 a 27/4

Temas:

  • Bolsa Família como Inclusão Social
  • Minha Casa, Minha Vida para Moradores de Rua
Realização:
Apoio:
Metodologia

O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:

G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.

G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.

G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.

G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.

G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.

Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.

Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.

É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.

O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.

Síntese dos Principais Resultados

Entre os dias 23 a 27/4, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.

Ao longo do período, dois temas foram abordados: i) percepções sobre o Bolsa Família enquanto instrumento de inclusão social; ii) ampliação do Minha Casa, Minha Vida para pessoas em situação de rua.
Ao todo, foram analisadas 119 interações, que totalizaram 6.550 palavras.

Bolsonaristas Convictos Bolsonaristas Moderados Eleitores Flutuantes Lulodescontentes Lulistas Evangélicos
Bolsa Família O programa foi considerado necessário para ajudar famílias carentes, mas visto como falsa solução para a pobreza. Muitos participantes acreditavam que gerava dependência e era utilizado com fins políticos. O programa foi reconhecido como importante, mas muitos participantes apontaram a necessidade de maior fiscalização. Houve críticas à suposta acomodação dos beneficiários e defesa de políticas que incentivassem o trabalho e a capacitação. Mesmo reconhecendo sua importância vital para as classes mais pobres, a maioria enxergou o Bolsa Família como um fator de dependência, defendendo que ele tivesse duração limitada e que fosse integrado a ações de qualificação profissional e inserção no mercado de trabalho. O benefício foi considerado essencial para garantir dignidade às famílias em situação de pobreza, mas muitos participantes também apontaram a necessidade de maior fiscalização e atualização dos critérios de acesso e também a promoção de formas de autonomia, para que os contemplados pudessem não mais depender do programa. Os participantes demonstraram forte apoio ao programa como ferramenta de combate à fome e exclusão, mas sustentaram que ele deveria ser acompanhado por ações de capacitação profissional e também um controle mais rigoroso. Os evangélicos formularam suas respostas de acordo com seus grupos de participação, sem fundamentação religiosa ou moral nítida.
Minha Casa, Minha Vida para Moradores de Rua Os participantes apoiaram a iniciativa, mas com forte desconfiança em relação às motivações políticas e à capacidade de execução. Todos defenderam a necessidade de apoio psicológico e fiscalização rigorosa. O grupo avaliou a medida de forma positiva, considerando-a uma forma de resgatar a dignidade dos moradores de rua, mas enfatizaram que seu sucesso dependeria de critérios rigorosos de seleção e de acompanhamento constante. Todos aprovaram a iniciativa e avaliaram como necessária diante do aumento da população de rua, mas ressaltaram a importância do acompanhamento rígido e da proibição de venda ou uso indevido dos imóveis. Os participantes comemoraram e aprovaram a medida, mas destacaram forte preocupação com a execução prática da mesma, prevendo problemas de fiscalização e de continuidade das políticas públicas, para melhores resultados. Todos defenderam o direito à moradia como fundamental, apoiando a proposta, mas demonstraram ceticismo quanto à capacidade do Estado de oferecer suporte psicológico e estrutural suficiente para viabilizar o projeto. Os participantes aprovaram a iniciativa, utilizando argumentos condizentes com seus grupos de origem.
Pergunta 15
O Bolsa Família é um programa de transferência de renda condicionado ao cumprimento de compromissos nas áreas de saúde e educação. Na última semana, declarações do governo federal trouxeram o programa novamente ao debate público, especialmente após o presidente afirmar que “o Brasil não pode ser eternamente pobre, vivendo de Bolsa Família” e anunciar medidas voltadas à autonomia financeira dos beneficiários. O que vocês pensam sobre políticas como o Bolsa Família? Na opinião de vocês, o programa tem contribuído para a inclusão social de pessoas em vulnerabilidade?
Tom ideológico e político

A maioria dos participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) reconheceu que o programa ajudava financeiramente famílias em situação de vulnerabilidade, mas também manifestou a ideia de que ele não promovia, por si só, a autonomia dos beneficiários. O entendimento predominante foi de que o combate à pobreza exigia políticas complementares, especialmente nas áreas de educação, emprego e qualificação profissional, que pudessem criar caminhos reais para a inclusão social sustentável.

Somado a isso, algumas respostas refletiram uma visão crítica em relação ao uso político do programa. Muitos participantes associaram o Bolsa Família à perpetuação de um ciclo de dependência e à manutenção de apoio eleitoral por parte de governos de esquerda. E, em alguns poucos casos, mas com uma narrativa bastante parecida, alguns participantes concluíram que as ações de Lula indicavam o início do fim do programa: ou pelo fato do país estar quebrado financeiramente e não conseguir mais sustentar o benefício ou porque Lula já teria ciência de que perderia a próxima eleição.

"Bom dia! Eu penso que o bolsa família é um programa social que não deveria ser pra vida toda, pois conheço pessoas que tem bolsa família desde que os filhos eram crianças e hoje já são casados com faculdade e os pais ainda recebem o benefício, tem que ser uma ajuda temporária até a pessoa se reerguer e se sustentar sozinho, mas sabemos que não funciona assim é um cabide de votos, fazendo com que a corrupção nunca acabe no país. O sonho do PT é que os pobres fiquem cada vez mais pobres e necessitados dependendo do bolsa família porque desse jeito eles têm assegurado o voto dessas humildes pessoas. O Lula quer acabar com o bolsa família porque ele destruiu o país e aparelhou as instituições públicas e portanto não necessitam mais dos pobres pra votar neles uma vez que as urnas não são confiáveis, é o Brasil descendo ladeira abaixo, triste demais isso!” (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)"

"Boa tarde! Eu acredito que o bolsa família ajuda algumas famílias, mas tem pessoas que não precisam desse benefício, e mesmo assim recebi. O Lula quer que o povo fique cada vez mais ignorante, burro, sem ensino, e assim o PT continua iludindo o pobre. Teria que dar mais oportunidades de trabalho, fazer com que as escolas públicas fossem cada vez melhores. Mas não, isso nem tem como com esse bando de ladrão e comunista no poder! Ele não pode mais pagar a todos o bolsa família, agora vem com esse argumento, burro de quem apoia esse descondenado!” (G1, 64 anos, empresário, PR)"

"Boa noite! Esse benefício na mão de quem realmente precisa ajuda muito, o problema é que brasileiro gosta de dar jeitinho e se aproveitar das oportunidades e muitas vezes quem recebe nem precisa ou se encosta no benefício e nunca mais sai pra trabalhar. Mais ele não deve ser visto como algo permanente e é preciso oferecer trabalho, e cursos profissionalizantes para que as pessoas saiam dessa dependência." (G1, 50 anos, engenheiro, SP)

"Boa tde.. Fiquei surpreso ao ver matérias falando que o Lula quer reduzir o numero de beneficiarios do bolsa familia.. afinal durante quase 2 décadas ele ea esquerda sempre usaram o programa para fins políticos. Mas acompanhando as notícias nacionais e internacionais a respeito do Brasil e sua economia logo entendi o pq Lula está abrindo mão de um dos programas que mais lhe rendeu votos em eleições passadas. Ele sabe que em 2026 não vai se reeleger, pois caso Bolsonaro continue inelegível, o sistema já tem seu candidato favorito. Sendo assim não tem necessidade nenhuma de ficar gastando um dinheiro que ele pode economizar e distribuir para seus amígos e aliados. Já que os cofres do governo estão escassos, alguém vai ter que pagar a conta. e adivinhem quem pagará? Os mesmos que em grande maioria fez o L .. NORDESTE ...Já que segundo pesquisas a maior distribuição de bolsas família esta concentradas naquela região. Lula cumprindo uma parte do que prometeu.. da picanha vão levar só a Pk” (G1, 54 anos, músico, RS)

Necessidade de Promoção de Autonomia

Os participantes dos demais grupos (bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) também reconheciam que o programa cumpria uma função importante no apoio imediato a famílias em situação de vulnerabilidade social, especialmente aquelas impossibilitadas de trabalhar por questões de saúde, idade ou responsabilidades familiares. Contudo, a maioria também avaliou que o programa apresentava falhas significativas de fiscalização e critérios de permanência, permitindo que pessoas fora do perfil de vulnerabilidade continuassem recebendo o benefício. A maioria avaliou que a falta de mecanismos de transição — como capacitação profissional, acesso facilitado ao mercado de trabalho e metas de autonomia — tornava o programa um fator de dependência e desestímulo à inserção produtiva. Para esses, o programa não contribuía para a inclusão dos cidadãos.

Houve consenso também em relação à ideia de que o programa deveria ser mais bem gerido, com um controle mais rigoroso, necessitando de melhorias nos critérios de acesso e na fiscalização, pois muitos relataram a percepção de que pessoas que não se enquadram nas exigências estariam sendo contempladas, enquanto outras que realmente necessitam ficariam de fora.

Mesmo entre os lulistas, que demonstraram maior apoio ao programa, destacando sua relevância no combate à fome e à exclusão social em um país com altos níveis de desigualdade, foi recorrente a demanda por maior rigor na fiscalização e por critérios mais justos de seleção, para garantir que apenas quem realmente necessita seja contemplado.

"No meu ver esse programa tem feito nosso povo ficar cada vez mais preguiçosos,quem tem bolsa família se acomodou em receber aquela esmola,do governo,e não querem mais trabalhar, acho sim que tem pessoas que precisam,mas deveria ser mais bem selecionadas,tem pessoas que não precisam e estão recebendo,como tem pessoas que recebem e trocam por drogas. Por isso acho que capacitar essas pessoas seria o ideal para ajuda-las ." (G2, 54 anos, aposentado, PB)

"O programa Bolsa Família é bem válido, entendo que deve continuar, ajuda sim muitas pessoas/famílias mais vulneráveis, porém entendo que precisa ser bem mais criterioso, pois a grande maioria que recebe é porque não trabalha, encontrou com o programa uma forma de ganhar renda fácil.” (G2, 35 anos, contadora, RS)

"O programa é muito importante para evitar que as famílias de baixíssima renda entrem para a miséria. Em lugares onde de fato não existe trabalho acredito que deva ser contínuo. Mas onde existe a possibilidade de trabalho deveria ser temporário, acompanhado de cursos de qualificação e encaminhamento para empregos. Aqui no Rio as cidades de Maricá e Petrópolis existem vagas de emprego que não são preenchidas pois as pessoas não querem trabalhar para não perder os benefícios, se forem trabalhar não querem que assine a carteira. Conversando com alguns comerciantes eles contaram que as pessoas falam mesmo que não querem trabalhar pra não perder os benefícios, as pessoas não querem crescer, melhorar de vida, preferem ficar vivendo de benefícios. Com isso, não contribuem para a previdência e na velhice continuarão a depender de benefícios do governo. E em contra partida os governantes usam esses benefícios como moeda de troca para se eleger. Mas está chegando um momento que manter esses benefícios está se tornando insustentável, o governo atual já está com problemas para manter o orçamento. Então precisa mudar a maneira como esse programa funciona. Precisamos que os políticos e as pessoas mudem de pensamento e atitude em relação aos programas de transferência de renda, que não são poucos." (G3, 45 anos, turismóloga, RJ)

"Boa tarde, não gosto do programa Bolsa Família, vejo muitas pessoas que se encostam nisso e ao invés de correr atrás do trabalho ficam vivendo de bolsa família. Tem cidades inteiras que a população vive de bolsa família, é completamente absurdo! Realmente medidas focadas em autonomia financeira aos cidadãos é muito mais importante. Oferecer cursos profissionalizantes que vão gerar independência financeira por parte da pessoa e movimentar a economia do país. Não acho que o programa contribua para a inclusão social, pois não está ajudando essas pessoas em situação de vulnerabilidade a sair disso. A educação é o caminho" (G3, 37 anos, médica veterinária, PR)

"O Bolsa família é um programa muito importante para alguns mais nem todos que precisam estão cedo beneficiados pelo programa a maioria das pessoas que conheço não precisam dessa ajuda se deixassem pra quem realmente precisa m acho que falta fiscalização fora isso e uma grande ajuda para quem realmente precisa espero de verdade que não mexam acabem com a dignidade de muitos que sobrevivem dessa ajuda aqueles que realmente precisam ou a população vai entrar numa guerra com o governo" (G4, 53 anos, dona de casa, BA)

“Acho que o bolsa família é de extrema importância, pois se já temos um número muito grande de carentes acredito que sem o beneficio esse número de carentes se multiplicaria." (G4, 27 anos, analista de sistemas, SP)

"Acho sim que tem pessoas que precisa muito da bolsa familia mas tem pessoas que nao precisa e acaba recebendo o auxilio se essas pessoas carente não recebece essa ajuda seria muito ruim pra essas famílias carentes" (G4, 30 anos, gestão em TI, SP)

"Em um país com um nível de desigualdade social como o Brasil, é impossível que não haja algum tipo de programa social para amparar os mais necessitados. É óbvio que em um cenário ideal, esse tipo de programa não deveria existir e que todos pudessem ter as condições de ter uma vida digna sem o auxílio do governo, mas no cenário atual, isso é impossível. Agora, concordo que as famílias não possam ficar dependentes do programa, por isso, é tão importante oferecer ferramentas para que haja uma estruturação e elas possam ter a sua própria renda, gerando assim uma autosuficiência que é importante não apenas para o Governo Federal, mas também para os próprias famílias, que ao mudarem de vida, tem muito mais autonomia e liberdade para conquistarem os seus próprios sonhos." (G5, 33 anos, tradutor, SP)

"Eu sou a favor desse tipo de projeto inclusive tem pessoas da minha família que são beneficiárias eu vejo de perto o quanto é importante. E fácil ser contra essas iniciativas quando não estamos no lugar de pessoas vulneráveis principalmente famílias com crianças atípicas que gastam com absolutamente tudo, medicamentos, terapias, alimentação, transporte.. então esse auxílio é de suma importância . Em contrapartida também acho que falta um interesse do governo em profissionalizar essas famílias para que em algum momento consigam mudar a sua realidade e se tornarem independentes financeiramente falando, hoje em dia existem tantas ferramentas até mesmo online, poderiam fazer plataformas com cursos gratuitos para o público do cad único, ou então oferecer cursos de maneira presencial nos cras." (G5, 28 anos, auxiliar administrativo, AM)

Pergunta 16
O Ministério das Cidades anunciou uma nova diretriz do programa Minha Casa Minha Vida que prevê a destinação gratuita de imóveis a pessoas em situação de rua. A medida estabelece a reserva obrigatória de 3% das unidades habitacionais da modalidade Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) em todas as capitais e cidades com mais de mil pessoas vivendo nas ruas. As ações previstas para garantir a efetividade da medida incluem o acompanhamento pré e pós-ocupação da moradia, com visitas, conversas e apoio direto aos beneficiários; a articulação com políticas públicas de saúde, assistência social, educação e geração de renda; a oferta de orientações sobre direitos, convivência e organização comunitária. Qual a opinião de vocês sobre essa medida? Concordam com a iniciativa? Por quê?
Apoio à medida

De forma quase unânime, em todos os grupos, houve um apoio amplo à medida, com reconhecimento da necessidade urgente de ações voltadas à população em situação de rua. A maioria dos participantes entendeu a destinação de moradias como uma iniciativa fundamental para oferecer dignidade e reverter a precarização vivida por essas pessoas, especialmente após o agravamento do problema durante a pandemia. No entanto, a maioria considerou essencial que a concessão das unidades habitacionais viesse acompanhada de fiscalização rigorosa (para que somente pessoas que se encaixam no perfil fossem contempladas), assistência continuada e políticas de apoio que envolvessem geração de renda, tratamento de dependências e suporte psicológico.

Ao mesmo tempo, surgiram preocupações recorrentes sobre a possibilidade de desvios e uso inadequado dos imóveis, como venda ou aluguel indevidos, o que poderia comprometer o objetivo do programa. Muitos participantes expressaram a necessidade de mecanismos de controle para garantir que o benefício realmente chegasse a quem de fato estivesse em situação de vulnerabilidade. A análise geral refletiu uma visão positiva e esperançosa sobre o potencial da iniciativa, mas também um alerta sobre a complexidade da sua execução e a necessidade de desenhar estratégias robustas para assegurar sua efetividade e justiça social.

"Acho boa a iniciativa mas terá que haver todo um acompanhamento pra essas pessoas em situação de rua. Para que elas possam cuidar do imóvel, e começar uma nova vida. Com direito a educação, saúde, emprego, entre outros. Tomara que não fique só no papel e que esse incentivo não seja desviado e usado de forma ilícita." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)

"É bem viável essa medida pois as pessoas em situação de rua aumentaram muito, devido a vários fatores, seria ótimo fazer uma triagem vê destinar uma casa para familiares que estão enfrentando essa terrível situação. O fato de ter um acompanhamento só vem viabilizar esse projeto, pois muitos não tem renda. Iniciativa louvável." (G2, 43 anos, professora , SP)

"A princípio o programa é necessário para atender o princípio constitucional q todos tem direito à moradia. No entanto se faz necessário um rígido, controle de triagem e acompanhamento, para q não se torne mais um programa que faz com que aproveitadores usurpem o direito de quem precisa." (G2, 43 anos, administradora, GO)

"Eu sou super a favor dessa iniciativa. A quantidade de pessoas em situação de rua aqui em Curitiba aumentou muito desde a pandemia e isso é muito triste. Essas pessoas precisam de muito auxílio público para mudarem os seus destinos, e não podem ser esquecidos pela sociedade." (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)

"É uma ótima diretriz, essa destinação dentro do programa minha casa minha vida. Pois vai beneficiar uma parcela da população que é vulnerável e precisa de atenção e cuidado desde que haja uma fiscalização e acompanhamento rigoroso para que essas famílias permaneçam nas casas e não façam a venda para conseguir dinheiro. Concordo sim com a iniciativa, porque todas as classes sociais tem que ter direito a uma porcentagem no programa habitacional."" (G3, 45 anos, professora , MT)

"A ideia é boa, espero que coloquem em prática mesmo, quem sabe mude realmente a vida dessas pessoas, acredito que apoio psicológico também ajudaria, porque alguns estão nas ruas por causa de drogas." (G4, 25 anos, babá, RS)

"Essa medida segue a mesma ideia do Bolsa Família... No papel a iniciativa é muito boa e agregaria muita qualidade a vida das pessoas que necessitam, só que como não temos fiscalização para os itens que importam no País, muitos desses imóveis vão para mãos de pessoas que não necessitam de verdade, ou pior ainda a depender da localização o tráfico toma o apartamento e coloca as pessoas pra fora sem deixar tirar nem os móveis." (G4, 32 anos, engenheiro mecânico , BA)

"Ela é mais do que justa, apenas cumpre o que está na Constituição de 1988, que todo cidadão deve ter direito a educação, saúde, habitação garantidos pelo estado. O Guilherme Boulos já tinha feito um estudo quando concorreu a prefeitura de São Paulo que ocupando apenas os imóveis irregulares, com pendências de pagamento de impostos e aqueles abandonados, já tiraria 80% das pessoas em situação de rua e o restante os próprios abrigos da prefeitura dariam conta. Já passou da hora da especulação imobiliária ser tratado como algo ruim, tendo taxas mais altas e pagamento maior de impostos para quem tem um imóvel e não faz o seu uso social, seja morando, seja alugando. Assim, essa iniciativa apenas remedeia algo que já deveria ser feito há décadas. A garantia constitucional que todos cidadão brasileiro deve ter um lar para morar, mantendo assim a sua dignidade e honra." (G5, 33 anos, tradutor, SP)

Tom ideológico e político

Novamente no grupo 1 (bolsonaristas convictos) os participantes demonstraram desconfiança quanto às motivações do governo, associando a medida a estratégias eleitorais ou interesses políticos. A crítica à credibilidade do programa esteve frequentemente atrelada à percepção de que poderia haver desvios, favorecimentos e falta de fiscalização adequada. De modo geral, as opiniões do grupo refletiram uma combinação de apoio à ideia de inclusão social com ceticismo em relação à capacidade do poder público de implementá-la de forma eficaz e transparente.

"Em parte concordo com a iniciativa, porém muitos moradores de rua, não tem a condição de manter uma casa, por vários motivos, vícios, depressão, sem falar que alguns até são traficantes, e por aí a fora... Alguns não querem sair da rua, não sei como seria feita essa seletiva, mas o trabalho seria preparar essas pessoas vulneráveis para voltarem ao bem estar, físico e psicológico. Dito isso, acho que o governo não conseguirá fazer isso e trata-se só de média pra chamar a atenção a angariar votos dos pobres, retomar esses votos que o PT perdeu"" (G1, 64 anos, empresário, PR)

"Para mim isso parece mais uma das medidas populistas e eleitoreiras do governo PT.. afinal de contas durante 2 décadas de governo nunca se preocuparam por exemplo com a reforma agrária, visto que até hoje MST continua reinvidicando terras. este projeto me cheira falcatrua. abre margens para que pessoas com influência se beneficiem. sou a favor de iniciativas de ajuda humanitária, mas vindo de quem vem tenho muitas dúvidas quanto ao verdadeiro motivo desta ajuda."" (G1, 54 anos, músico, RS)

"É uma boa medida que vai ajudar as pessoas que estão em situação de rua e vulneráveis, muitas das vezes com família inteira morando nas ruas. Mas tem que ser muito bem fiscalizado para que não se beneficie pessoas ligadas aos partidos de esquerda que estão fechados com o PT e o sistema corrupto que está governando o país. Pode ser também um anúncio só para limpar a barra do Lula que cada dia é um escândalo de corrupção, que não seja uma cortina de fumaça, pena que não dá pra acreditar em tanta boa vontade, o tempo dirá as intenções." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Exatamente. Por isso que acho que não passa de propaganda publicitária deste desgoverno para melhorar imagem. Não era ele que se vangloriava de ter acabado com a miséria no Brasil? Então como ainda existem moradores de rua em pleno 2025? Não acredito que em 4 anos de governo do Bolsonaro todos voltaram a pobreza." (G1, 45 anos, padeiro , PB)

Considerações Finais

Os dois temas analisados nesta semana evidenciaram a existência de uma narrativa consolidada em torno dos programas sociais no Brasil, tanto no que se refere à sua aceitação quanto à reprodução de percepções distorcidas sobre os beneficiários. A esperança depositada nessas políticas públicas convive com o ceticismo sobre a capacidade do Estado brasileiro de garantir sua efetividade e de transformar boas intenções em mudanças estruturais concretas.

A pergunta sobre o Bolsa Família é bastante esclarecedora do estado da opinião pública brasileira no atual momento. O apoio a sua existência e o reconhecimento de suas virtudes são majoritários. Contudo, é também disseminada a opinião de que ele necessita de ajustes, de que seu propósito é por muitos desvirtuado, de que sua administração é leniente, permitindo a entrada de pessoas que “não merecem” no rol de beneficiários.

No caso do Minha Casa, Minha Vida para moradores de rua notamos uma reação parecida, ou seja, uma combinação de notícia boa e de notícia ruim para o Governo. A boa notícia é que o programa obtém a aprovação até dos dois grupos de bolsonaristas, além de todos os demais. Ou seja, o nível médio de aprovação da iniciativa é bastante alto e ele parece ser baseado em um certo espírito de solidariedade que ainda contamina os cidadãos brasileiros, a despeito da normalização de discursos abertamente excludentes e egoístas trazida pela extrema direita. A má notícia é o baixo nível de confiança na administração pública, também manifestada pela maioria, no que toca a execução do programa conforme seus objetivos.

Em síntese, do ponto de vista da administração pública, a boa notícia é que os participantes reconheceram que programas de transferência de renda e de habitação são indispensáveis para atender às necessidades imediatas das camadas mais pobres. Contudo, as críticas mais recorrentes em relação a eles concentraram-se em supostas falhas de implementação: tendência à criação de dependência, risco de desvios e favorecimentos, dificuldade de controle sobre o público-alvo e desafios para assegurar resultados sustentáveis a longo prazo. Mesmo os setores mais progressistas da população parecem partilhar de percepções distorcidas ou bastante conservadoras acerca do Bolsa Família.

Tais achados devem servir de alerta para aqueles responsáveis pela administração pública, particularmente pela comunicação das políticas de governo. O desafio é encontrar maneiras de comunicar os reais propósitos e resultados das políticas públicas, combatendo as campanhas de desinformação ou mesmo a falta de informação qualificada.

Distribuição da Participação
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SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente

Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas

Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes

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Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno

Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo

Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS

O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF

Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas

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Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma

Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola

Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula

Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista

Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro

Julgamento, Cid e políticas sociais

Valores: Marcha, Parada e Aborto

Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro

Monitor da Extrema Direita

Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an

As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.

O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.

O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.

Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.

O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.

Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.

O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.

Equipe MDP

Carolina de Paula – Diretora geral

Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.

João Feres Jr. – Diretor científico

Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).

Francieli Manginelli – Coordenadora de recrutamento

Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.

André Felix – Coordenador de TI

Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.