Relatório 92

De 26/5 a 1/6

Temas:

  • Imagem de Janja
  • Ataques a Marina Silva
  • Programa Mais Especialistas
Realização:
Apoio:
Metodologia

O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:

G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.

G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.

G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.

G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.

G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.

Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.

Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.

É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.

O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.

Síntese dos Principais Resultados

Entre os dias 26/5 a 1/6, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.

Ao longo do período, três temas foram abordados: i) perpcepções sobre atuação da primeira-dama; ii) ataques sofridos por MArina Silva durante sessão parlamentar; iii) avaliação do programa federal Mais Especialistas.
Ao todo, foram analisadas 143 interações, que totalizaram 6.883 palavras.

Bolsonaristas Convictos Bolsonaristas Moderados Eleitores Flutuantes Lulodescontentes Lulistas Evangélicos
Papel da Primeira-Dama Para o grupo, a primeira-dama não teria legitimidade para se manifestar em eventos oficiais e a postura de Janja foi vista como inadequada e constrangedora. Predominaram críticas duras e com forte juízo moral e político. Os participantes defenderam que a primeira-dama poderia se posicionar, mas deveria fazê-lo com discrição e apenas quando fosse autorizada. O problema central foi o desrespeito ao protocolo. O grupo defendeu que ela poderia se posicionar, desde que com bom senso e no momento certo. Para a maioria, Janja errou porque faltou postura ao quebrar o protocolo do jantar. As opiniões se dividiram entre os que criticaram a falta de decoro de Janja ao descumprir as regras do jantar e os que avaliaram positivamente a iniciativa de debater o tema, sobretudo por sua relevância. Predominou o apoio ao direito da primeira-dama de se posicionar sobre temas sociais importantes, ainda que reconhecendo que o momento foi inadequado. Houve defesa explicita do direito de mulheres participarem ativamente. Não houve consenso. Os conservadores demonstraram uma visão tradicional sobre o papel simbólico da primeira-dama, enquanto os progessistas defenderam uma atuação autônoma.
Ataques à Marina Silva Predominou a crítica à gestão de Marina Silva e houve relativização das ofensas, com muitos participantes justificando a postura dos senadores como 'cobrança legítima'. Parte menor reconheceu o desrespeito, mas ainda assim o vinculou à suposta incompetência da ministra. Houve divisão entre quem condenou o desrespeito e defendeu a reação de Marina, e quem viu o episódio como estratégia de vitimização. A crítica à postura dos senadores apareceu, mas foi diluída por questionamentos sobre a atuação da ministra. A maioria reconheceu a atitude dos senadores como desrespeitosa e machista, legitimando a decisão de Marina de se retirar. Mesmo entre críticos da ministra, prevaleceu a defesa de um tratamento mais respeitoso. Predominaram falas que condenaram a conduta dos senadores e defenderam a ministra, com ênfase no machismo e na desigualdade de gênero. A maioria avaliou que Marina agiu corretamente ao exigir respeito e se retirar de um ambiente hostil. O grupo foi unânime na condenação ao machismo e na defesa de Marina Silva, valorizando sua postura diante da humilhação sofrida. As respostas destacaram o caráter estrutural do desrespeito à mulher na política e pediram responsabilização dos agressores. Os participantes responderam de acordo com seus grupos originais de pertencimento.
Programa Mais Especialistas A maioria apoiou a proposta de reverter as dívidas em atendimentos de saúde, desde que houvesse execução real e sem favorecimentos políticos. Alguns expressaram desconfiança quanto à honestidade do governo. O grupo apresentou ceticismo quanto à gestão de recursos públicos e preferiu que os serviços fossem prestados diretamente pelas redes privadas, com foco na eficácia prática e na transparência do uso dos recursos. Predominou o apoio à proposta como forma de acelerar atendimentos e reduzir filas, além de garantir o recebimento das dívidas existentes. Alguns defenderam o fortalecimento direto do SUS como solução mais estrutural. A maioria apoiou a proposta como alternativa emergencial, mas houve críticas à viabilidade prática, à possível sobrecarga da rede privada e à necessidade de fiscalização rigorosa. Muitos disseram que o fortalecimento do SUS seria uma solução permanente. O grupo considerou a proposta uma excelente solução diante da realidade fiscal, conciliando benefícios à população e às empresas. Muitas falas destacaram que o ideal seria fortalecer o SUS. Os participantes elaboraram suas respostas de acordo com seus grupos originais de participação.
Pergunta 30
Recentemente, durante um jantar de Estado com o presidente chinês Xi Jinping, Janja pediu a palavra para abordar preocupações sobre o TikTok, aplicativo de vídeos curtos controlado pela empresa chinesa ByteDance. Ela mencionou especificamente o caso de uma menina brasileira de 8 anos que faleceu após participar de um desafio viral na plataforma, conhecido como "desafio do desodorante". Janja criticou o TikTok por permitir a disseminação de conteúdos prejudiciais, especialmente para crianças e adolescentes. A situação foi considerada uma quebra de protocolo diplomático, pois não haveria falas no jantar. Parte da imprensa considerou o episódio uma “gafe” da primeira-dama. O que pensam sobre o papel de uma primeira-dama? Ela deve apenas acompanhar o marido e ficar calada ou pode se posicionar também em eventos dessa natureza?
Totalmente inapropriada

As opiniões expressas no grupos 1 (bolsonaristas convictos) revelaram um posicionamento amplamente crítico à atuação da primeira-dama, com discursos marcados por rejeição à sua postura pública e à sua participação em agendas institucionais. A maioria dos participantes considerou que o papel da primeira-dama deveria ser restrito à função simbólica e discreta, enfatizando que qualquer manifestação política ou tentativa de protagonismo seria inadequada. Os comentários evidenciaram percepções negativas relacionadas ao comportamento, à comunicação e à presença pública da figura em questão, frequentemente associadas a uma suposta quebra de protocolo, falta de elegância ou de legitimidade para atuar em espaços de representação oficial.

Houve, ainda, uma forte carga emocional e ideológica nas respostas, com uso recorrente de adjetivos depreciativos e referências a valores morais e políticos para sustentar o argumento de que a atuação da primeira-dama extrapolava os limites esperados. As falas indicaram uma concepção tradicional do papel feminino no espaço político, em que a discrição e o suporte silencioso seriam virtudes desejadas.

Além disso, o conteúdo da fala também foi criticado, com a adoção de posicionamentos contrários à regulamentação das redes sociais.

"Essa mulher é muito sem noção, ela não tinha nem que acompanhar o descondenado onde quer que fosse, porque ela não recebeu um voto sequer para a gente estar bancando essas viagens dela pra ficar se metendo onde não foi chamada. Ela não tem postura de primeira dama, o comportamento dela é horrível, já visto como se comporta com o Macron da França, fazendo o Brasil passar vergonha, vão pensar que aqui ninguém tem educação."" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Nao consigo nem chamar a Janja de primeira dama. Achei errado e desnecessário ela se meter em um assunto que não condiz a ela. Expondo nosso País em todo momento como se aqui fosse TERRA de ninguém."" (G1, 27 anos, microempreendedora , MG)

"Eu penso que ela não é compatível com a função de Primeira, sem falar que ela se posiciona muito mal em relação ao fato ocorrido, o que era pra ser algo simples, ela fez foi constranger, penso eu que ela deveria rever suas atitudes, mas espero mais ainda que em 2026 não continue sua função. Por fim; discordo de sua fala em relação ao momento." (G1, 36 anos, assistente jurídico, BA)

"Essa mulher e totalmente sem noção mesmo,se mete em assuntos que ñ é para ela opnar ela ñ tem nenhuma postura e sem ética diferente da Michele que e fina elegante,ela fala de mais e ainda disse que ninguém e nenhum protocolo vai fazer ela ficar calada,ridicula..." (G1, 57 anos, confeiteira, PE)

"Essa senhora é sem noção, e não é a primeira vez que ela comete gafes. Tudo isso com a desculpa de regulamentar as redes sociais, que todos sabemos que é uma maneira que eles procuram de calar a direita. Se ela se preocupa tanto com as crianças do Brasil pq não se levanta contra o aborto, que mata crianças inocentes." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)

Momento inapropriado

Os participantes dos grupos 2, 3 e parcela do 4 (bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes e lulodescontentes) foram mais ponderados em suas colocações.

A quebra de protocolo foi frequentemente apontada como inadequada, com ênfase na importância de respeitar normas formais e institucionais em eventos diplomáticos. A crítica, nesse caso, centrou-se menos em características pessoais da primeira-dama e mais na inadequação do momento e da forma como se deu sua intervenção. A maioria dos participantes reconheceu que ela poderia se expressar em certas situações, mas consideraram que o episódio em questão não foi o momento apropriado, apontando deselegância, imprudência ou desrespeito ao protocolo.

Embora as falas tenham mantido um tom de reprovação, houve maior reconhecimento da possibilidade de participação da primeira-dama em pautas públicas, desde que feita com discrição e dentro dos limites institucionais. Alguns participantes ponderaram que a intenção por trás da fala poderia ter sido legítima, mas que a forma de execução prejudicou sua recepção.

"Acho que primeira dama é enfeite quando acompanha o marido, nesse caso chefe de estado. Talvez ela tenha as suas atribuições mas essa quebra de protocolo foi realmente vergonhosa." (G2, 43 anos, professora , SP)

"A gente sabe que pra esse tipo de evento tem todo um protocolo pra ser seguido/respeitado, infelizmente ela não soube seguir, achei totalmente deselegante, faltou com respeito pois o cargo dela exige essa postura. Mas eu não acho que ela deva ser proibida de falar, apenas tem que entender o lugar em que pode falar e o que deve apenas participar..." (G2, 43 anos, administradora, GO)

"Ela pode se posicionar sem problemas, mas no momento certo. Se o combinado era um jantar sem falas, então que fosse cumprido o combinado." (G3, 25 anos, contador, RJ)

"A Primeira Dama, deveria ter cumprido o protocolo, e não devia ter pedido a palavra. Esta é uma preocupação de todos os países que têm o TikTok, então ela poderia se manifestar de outras formas junto com entidades sociais ou órgãos governamentais."" (G3, 45 anos, professora , MT)

"Essa é uma pergunta bem difícil,pois sabemos como os chineses são cheios de protocolos e regras. Acho que ela deveria ter esperado uma oportunidade mais oportuna para ter esse tipo de conversa. Apesar de ser um assunto relevante, ela realmente cometeu uma gafe."(G4, 49 anos, artesã , CE)

"No meu ponto de vista como esposa do Presidente da República ela não deve se intrometer em assuntos que ela não pode resolver então deveria ser uma mulher sabia e ficar no canto dela e só se manifestar quando for chamada este é meu ponto de vista" (G4, 53 anos, dona de casa, BA)

"Acho que a atual Primeira dama precisa entender o lugar dela. Quem foi eleito para representar a nação foi o marido dela e por isso ele deve emitir as opiniões principalmente em eventos Internacionais como esse. Se ela quer participar de algo que entenda a situação e procure o melhor momento de falar e principalmente da forma correta." (G4, 32 anos, engenheiro mecânico , BA)

Direito Legítimo

Parte dos participantes do grupo 4 e a maioria do grupo 5 (lulodescontentes e lulistas) adotaram um posicionamento majoritariamente favorável ao direito da primeira-dama de se expressar, com ênfase na legitimidade de sua fala diante da gravidade do tema abordado. Muitos participantes consideraram relevante que ela tenha trazido à tona uma preocupação pública, especialmente relacionada à proteção de crianças e adolescentes. Embora alguns reconhecessem que o momento poderia ter sido mais bem escolhido, o foco principal recaiu sobre o mérito do conteúdo e não sobre a quebra de protocolo em si. Para esses respondentes, a crítica à atuação da primeira-dama muitas vezes desvia a atenção do problema central que ela buscou denunciar.

Houve uma visão mais contemporânea do papel da primeira-dama, rejeitando a ideia de que sua atuação deva se limitar à presença silenciosa ao lado do presidente. As falas sugeriram que a participação ativa da primeira-dama é bem-vinda, desde que acompanhada de preparo e responsabilidade. Além disso, algumas respostas associaram a expectativa de silêncio feminino a papéis de gênero ultrapassados, defendendo que mulheres em posições de destaque devem exercer influência com autonomia.

"Ela não deve ser uma decoração que só serve para acompanhar o presidente, ela deve sim ter um papel mais ativo na politica brasileira, mas sempre respeitando os protocolos pois ela está ali como representante de uma nação, se não pensar nas ações pode trazer problemas pra nação, o mesmo vale para o presidente. Acima de tudo respeitar também os costumes dos outros países aos quais está visitando..." (G4, 36 anos, instrutor de informática , SP)

"Janja está certíssima, ela pode falar. Ela não é dama de companhia, pode sim ter o direito da fala e fez um questionamento real e necessário." (G4, 25 anos, babá, RS)

"Eu concordo demais com a colocação da Janja, já que realmente esses apps estão fazendo o que querem, sem nenhum tipo de controle ou regulação, o que já se provou mais do que necessário. Agora, não é a primeira vez que ela se posiciona em um evento no qual ela não tinha essa liberdade, colocando o Lula em situações constrangedoras! Penso que ela pode e deve se posicionar, contudo, existem situações certas para isso e parece que ela não consegue medir bem quando falar e quando apenas estar presente. Não acho que a primeira dama deva ser apenas decorativa, ainda mais que a Janja tem bastante conhecimento e pode ajudar o Lula em certas situações, mas penso também que ela acaba ultrapassando alguns limites e por isso deixa no ar uma sensação de mal estar!" (G5, 33 anos, tradutor, SP)

"Super bem colocado. Tiktok é uma rede de ódio escancarado. Precisamos de conteúdos relevantes que agreguem no futuro de pais e principalmente dos jovens"" (G5, 26 anos, fisioterapeuta , PE)

"O papel da primeira dama sempre foi acompanhar o marido e ficar calada desde o início dos tempos de política. Porém pra mim um cargo tão importante deveria ter voz ativa sim em todas as decisões cabíveis"" (G5, 37 anos, restauradora, SP)

"é triste que focaram na “gafe” “preguice” “querer se “aparecer”, ao invés de focar em um caso tão sério e delicado. onde ja se viu “quebra de protocolo”, ai pelo amor de deus, me poupe dessa besteirada. quando o ex presidente falava “nao sou coveiro”, n tinha essa gafe. Pra mim, primeira dama deve se posicionar sim, ela caladas reforça o papel conservador de que mulher deve ser submissa e que é inferior ao homem. O tiktok é sim uma rede perigosa para crianças e adolescentes. ha muitos estudos que provam isso."" (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)

Pergunta 31
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foi atacada com declarações consideradas machistas e ofensivas, durante uma audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, à qual ela havia sido chamada para falar da criação de áreas de conservação na região Norte. O senador Plínio Valério (PSDB-AM), ao cumprimentar Marina, afirmou que desejava "separar a mulher da ministra", porque a mulher "merecia respeito" e a ministra, não. Em outro momento tenso, o presidente da comissão, senador Marcos Rogério (PL-RO), cortou o microfone de Marina, a interrompeu diversas vezes e, ao reagir a críticas, disse que a ministra deveria "se pôr no seu lugar". A ministra reagiu, cobrando um pedido de desculpas de Plínio Valério. "Como eu fui convidada como ministra, ou ele me pede desculpas ou eu vou me retirar. Se, como ministra, ele não me respeita, vou me retirar", disse Marina. Diante da recusa do parlamentar em se retratar, ela deixou a sessão. Vocês acompanharam esse caso? O que pensam sobre a postura de Marina e dos Senadores?
Desempenho em pauta, não o gênero

Não houve consenso nos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados) quanto aos ataques sofridos por Marina Silva. A maioria dos participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) expressou opiniões fortes baseadas em percepções consolidadas sobre sua trajetória política, relativizando ou desconsiderando os elementos machistas da interação, justificando as falas dos senadores como críticas legítimas à gestão da ministra. Houve, ainda, uma tendência a responsabilizar Marina pela situação, sugerindo que sua postura teria sido provocativa ou vitimista, o que diluiu a gravidade das ofensas proferidas contra ela.

Apesar disso, também emergiram vozes (mais fortes no grupo 2, bolsonaristas moderados) que reconheceram a inadequação da conduta dos parlamentares e apontaram a existência de um tom desrespeitoso e misógino, apontando que episódios como esse refletem uma cultura de impunidade e machismo ainda presente em espaços de poder. Nessa perspectiva, a saída da ministra da sessão foi interpretada como uma atitude correta diante de um ambiente hostil e ofensivo, com algumas falas exigindo até mesmo punição formal aos senadores envolvidos.

Em consenso, nos dois grupos, o tom predominante nas falas foi de insatisfação com a atuação do Ministério do Meio Ambiente, o que pareceu servir de base para justificar ou amenizar o tratamento ofensivo recebido por Marina Silva.

"Olha eu ñvi a reportagem mas,pelo que está falando no posti ele ñ faltou com respeito com a mulher pois ele deixou bem claro que ele estava falando da incompetência ministra...." (G1, 57 anos, confeiteira, PE)

"Está ministra está no seu terceiro mandato como ministra do meio ambiente.(lula/dilma/lula) em todas as passagens anteriores dela pela pasta, foi considerada incompetente para o cargo, e não está sendo diferente desta vez. Quando o deputado fala que respeita ela como mulher mas não como ministra, fica óbvio que ele está se referindo a incompetência dela no cargo. Quando o presidente da comissão fala para ela se ""se por no seu lugar"" é pq ela não responde às perguntas e passou o tempo todo tumultuando a seção. E fez isso de caso pensado para depois sair como vítima. é só buscar vídeos dela em outras vezes em que foi ministra e teve que dar explicações.. usou dos mesmos artifícios, tumultuou, não respondeu as perguntas, discutiu, e abandonou a tribuna se dizendo discriminada e se vitimizando. além de incompetente e dissimulada está ministra é uma hipócrita, pois está na sua terceira passagem pela pasta a qual ela é ideologicamente ligada, e sua atuação é cada vez pior. Mas quando era oposição ao governo anterior, vivia criticando, acusando de crimes ambientais, fazia discursos no plenario pedindo impeachment do governo por crime ambiental, mas agora que ela é vidraça não quer ser cobrada. E pra não ter que passar vergonha e ser desmoralizado ao vivo pra todo Brasil, ela volta a fazer o que sabe de melhor. Confusão, gritaria e vitimização. Está ai não engana mais ninguém, não teve nada de machismo ou declarações ofensivas, teve sim uma ministra mimizenta e incompetente, sendo convocada para dar explicações, usando de subterfúgios para não ser exposta.""" (G1, 54 anos, músico, RS)

"Uma vergonha nacional, como que em 2025 ainda se desrespeita a mulher. Uma ministra dentro do senado. Deveria se instaurar um inquérito para punir esses "senhores" tão importantes que se consideram acima da lei, do respeito e da cidadania, já que são todos são apenas empregados do governo. Espero que o Presidente tome uma iniciativa." (G2, 43 anos, professora , SP)

"Que falta de respeito, Marina Silva sempre lutando e sendo uma pessoa educada. Eu não concordo com tamanha falta de respeito. Marina fez certo em deixar a sessão, devemos lutar por respeito e nesses momentos nos impor, concordo com ela""" (G2, 24 anos, técnica em enfermagem , RJ)

"Essa senhora não deveria e nem tem capacidade para ser ministra e.eu acho que foi muito conveniente para ela, a situação,pois assim ela pode se retirar e evitar o debate,para o qual ela ela não tem nenhum preparo.""" (G2, 54 anos, aposentado, PB)

"Eu sou uma pessoa bastante educada,e como tal discordo da atitude do senador, não devemos desrespeitar ninguém seja ela importante ou menos importante,o senador poderia exercer o papel dele para cobra-la de fato,pois existem carência graves em sua gestão como ministra.as também não gostei da atitude da ministra,ela.deveria ficar e explicar e dar esclarecimentos sobre os questionamentos." (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)

Ataques às mulheres e à democracia

As respostas dos grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) revelaram um posicionamento majoritariamente crítico em relação à postura dos senadores durante a audiência com Marina Silva, com destaque para a percepção de que houve machismo, desrespeito e abuso de poder institucional. A maioria dos participantes demonstrou indignação com o fato de a ministra ter sido interrompida, silenciada e exposta a falas ofensivas, associando essas atitudes a uma tentativa de deslegitimar sua presença e autoridade política, sobretudo por ser mulher. Houve um consenso de que os parlamentares agiram de forma autoritária ao controlar a fala de Marina, e muitos consideraram que a retirada da ministra da sessão foi uma reação compreensível diante do constrangimento imposto. A figura de Marina Silva foi, nesse contexto, amplamente defendida como símbolo de resistência e firmeza.

Além da crítica direta aos parlamentares, várias falas demonstraram preocupação com os efeitos desse tipo de comportamento sobre a qualidade do debate democrático. A ideia de que ofensas e interrupções deslegitimam a discussão pública apareceu com destaque, reforçando que o problema extrapola o caso específico e expõe um padrão institucionalizado de desrespeito e exclusão.

"Ontem a noite vi quando passou no jornal, fiquei descrente do que vi, o presidente da comissão desligando o microfone, é o mesmo que tapar a boca de alguém. Achei de um desrespeito sem tamanho, se eles não a queriam ouvir, porque convidaram?

E acho que ela acabou ficando numa situação humilhante, pois ela não teve força para se posicionar então precisou se retirar. Foi vergonhoso." (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)

"Eu vi na internet,achei uma falta de respeito com a Marina pois ela é a ministra, e isso incomoda eles por ser uma mulher, e suas atitudes como ministra os incomodam por como dizem eles, ela atrapalha o que eles querem fazer sem estudar os impactos ambientais,os senadores foram desrespeitosos com ela e não houve diálogo sobre a sua opinião." (G3, 41 anos, funcionária pública , GO)

"EU ASSISTI A NOTICIA E NA MINHA OPINIAÓ A MARINA SILVA AGIU CERTO EM DEIXAR A SESSÃO,FOI OFENDIDA A HONRA DA MINISTRA POR UM COMENTARIO INFELIZ E MALDOSO,SE DESRESPEITAM UMA MULHER NA POLITICA E INFLUENTE O QUE NAO FAZEM COM AS MULHERES DA POPULÇAO EM GERAL,PIOR QUE VAI CONTINUAR TUDO IGUAL E O SENHOR POLITICO NAO VAI SER PUNIDO NO RIGOR DA LEI,JA ERA FÃ DA MINISTRA AGORA AUMENTOU MINHA SIMPATIA POR ELA." (G4, 51 anos, professora , RS)

"Acompanhei pelos jornais esse assunto. A atitude dos Senadores que atacaram verbalmente a Ministra Marina Silva foi completamente descabido e desrespeitoso. Esse tipo de ataque deveria ter punição por falta de decoro parlamentar. A Ministra exerceu seu pleno direito de se defender e se retirar de um ambiente onde ela era claramente desrespeitada. Nada justifica falta de respeito sob o pretexto que seja." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)

"É triste demais ver que os homens continuam usando a sua força e poder da sociedade patriarcal e machista para humilhar mulheres que tem pensamentos próprios e defendem as suas posições com argumentos e inteligência. Eu estava acompanhando essa sessão e como sempre a Marina deu uma aula de conhecimento e percepção sobre o meio ambiente, o que irritou esses dois trogloditas, que não sabendo contraargumentar, utilizaram o recurso mais baixo de todos, humilhar a mulher apenas por ser mulher. Eu espero que esse projeto não passe e mais do que isso, a Marina não desista das suas ideias e convicções, pois elas são fundamentais para o futuro do Brasil." (G5, 33 anos, tradutor, SP)

"Este caso evidencia os desafios ainda enfrentados por mulheres em cargos de liderança especialmente em espaços historicamente dominados por homens Atitudes como as dos senadores em questão enfraquecem a democracia pois deslegitimam o debate e reproduzem práticas discriminatórias" (G5, 28 anos, autônoma, MT)

Pergunta 32
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai apresentar, nesta sexta-feira (30), mudanças no programa Mais Especialistas. Comandado pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o programa prevê usar as dívidas de empresas privadas da área da saúde como forma de diminuir a fila de atendimentos e cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS). A União deve oferecer “convênios” com hospitais e outras empresas de saúde que desejem reduzir suas dívidas com a Receita Federal; em troca, as organizações devem ofertar atendimento de saúde na rede privada. O que vocês pensam sobre essa decisão: preferem que esse dinheiro das dividas seja revertido em serviços de saúde ou que ele fosse destinado ao fortalecimento do SUS?
Aprovação da Proposta

Nos cinco grupos houve uma recepção majoritariamente positiva à proposta do governo federal, com destaque para a expectativa de que a medida possa reduzir as longas filas do SUS e ampliar o acesso a serviços especializados de saúde. Os participantes expressaram esperança de que o uso das dívidas das empresas como moeda de troca por atendimentos represente uma solução concreta e prática diante das dificuldades enfrentadas por quem depende exclusivamente da rede pública. A ideia de transformar dívidas em serviços de saúde foi vista como uma solução vantajosa, tanto do ponto de vista da arrecadação quanto da prestação direta de atendimento à população.

A confiança, no entanto, estava condicionada à boa execução da proposta e à transparência na implementação. Foi recorrente a exigência de que haja fiscalização rigorosa dos atendimentos prestados pelas redes privadas, com critérios que garantam qualidade e equidade no acesso, para que a política produza resultados concretos e não aprofunde desigualdades.

"Se esse programa não for só beneficiar os amigos e realmente beneficiar a população. Acho um bom programa. Mas vamos ver como vai funcionar e se realmente vai ter um impacto positivo no SUS.” (G1, 38 anos, assistente administrativo, AM)

"Se for pra diminuir a fila do atendimento que seja revertido em serviços de saúde, uma vez que tenho conhecimento de várias pessoas que estão na fila para ser atendido a mais de anos seja em cirurgia ou exames, pelo menos vai diminuir o sofrimento de quem não pode pagar por um bom plano de saúde.” (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)

“Penso que seja uma ótima ideia, se isso realmente acontecer. Se a grana voltar pro governo, pode não ser repassado e ser desviado. Por isso, a preferência é que sejam feitos esses convênios, já que a maioria das redes privadas tem uma qualidade superior ao público.” (G2, 26 anos, autônomo, DF)

“Se for realmente feito o que foi proposto pelo programa, vai ajudar muitas pessoas que estão esperando uma consulta e exames pelo SUS. Eu prefiro que esse dinheiro fosse investido para o fortalecimento do SUS, que é o sistema de saúde dos brasileiros, que precisa de mais investimento financeiro, mais profissionais e sua valorização como política pública.” (G3, 41 anos, funcionária pública, GO)

“É uma ideia maravilhosa. A população que usa o SUS sabe como é ruim essa espera para ter um atendimento decente. Fazendo dessa forma, tenho certeza que muitas coisas irão melhorar para nós, cidadãos. Espero que realmente isso aconteça o mais rápido possível.” (G4, 53 anos, dona de casa, BA)

“Essa ação vai ser ótima para toda a rede SUS de toda forma. Porque vai diminuir filas e ajudar muita gente que precisa de cuidados urgentes e não consegue vaga. Excelente iniciativa.” (G5, 37 anos, restauradora, SP)

Fortalecimento do SUS

Alguns participantes dos grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) defenderam que os recursos deveriam ser direcionados ao fortalecimento estrutural do SUS, reforçando hospitais, leitos e profissionais, principalmente em regiões onde o colapso da rede pública já se apresenta como realidade cotidiana e ressaltando que apenas investimentos permanentes poderiam garantir um serviço público de saúde de qualidade e sustentável. Ainda assim, mesmo entre os que preferiam o investimento direto no SUS, a proposta foi reconhecida como promissora, desde que acompanhada de fiscalização e compromisso político com a sua execução real.

“Se for realmente feito o que foi proposto pelo programa, vai ajudar muitas pessoas que estão esperando uma consulta e exames pelo SUS. Eu prefiro que esse dinheiro fosse investido para o fortalecimento do SUS, que é o sistema de saúde dos brasileiros, que precisa de mais investimento financeiro, mais profissionais e sua valorização e política pública, mais hospitais, mais clínicas médicas. O SUS precisa de mais políticos dispostos a fazer ele funcionar como nós cidadãos precisamos, sem ter que fazer uma consulta ou um exame particular.” (G3, 41 anos, funcionária pública, GO)

“Não assisti a notícia, mas só invés de injetar dinheiro na saúde privada teria que injetar recursos no SUS. Este sim tá caótico e aqui no sul com as doenças respiratórias o povo tá sofrendo muito, longas esperas, falta leito de UTI, hospitais que não têm o mínimo material de higiene e poucos profissionais que já estão muito sobrecarregados. Então presidente, melhora o SUS...” (G4, 51 anos, professora, RS)

“Olá! Eu preferia que esse dinheiro fosse destinado ao fortalecimento do SUS, mas sabemos que não é simples assim, nem toda empresa está conseguindo arcar com suas despesas, ainda mais com muitos impostos. No momento, a melhor e única opção é que esse dinheiro seja revertido em serviços.” (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)

“Na teoria eu preferia que todas as dívidas fossem pagas e que as empresas não devessem mais nenhum tipo de imposto, para que o SUS pudesse ser fortalecido e os hospitais tivessem mais estrutura para atender a população carente. Só que na prática, sabemos que esse pagamento não será realizado e por isso, é melhor que essas dívidas sejam pagas de outra forma, oferecendo uma alternativa que seja benéfica para o Governo, para as empresas e principalmente para os cidadãos!!” (G5, 33 anos, tradutor, SP)

Considerações finais

Dois temas da semana demonstraram como a posição da mulher na política ainda é bastante fragilizada. No que toca o papel da primeira-dama — mais especificamente, de Janja — houve ampla divergência quanto à legitimidade de sua atuação e ao lugar que a figura da primeira-dama deve ocupar no espaço público. Enquanto os grupos bolsonaristas defenderam um papel estritamente simbólico e discreto — claramente baseados na imagem de Michelle Bolsonaro —, os grupos mais progressistas demonstraram maior abertura à participação ativa da primeira-dama em temas sociais relevantes. Em comum, todos os grupos acreditam que houve quebra de protocolo e que isso representou um erro, evidenciando como a narrativa proposta pela direita dominou a comunicação, sem espaço para as colocações feitas posteriormente pelo governo sobre o evento.

Os ataques sofridos por Marina Silva também refletiram as expectativas sobre o papel da mulher na política e nos espaços de poder. O grupo de bolsonaristas convictos, e parte dos moderados, apresentou falas que relativizaram ou negaram o caráter ofensivo das declarações, reforçando uma leitura centrada na crítica política e na suposta incompetência da gestora. Já entre os demais participantes, houve clara condenação à atitude dos senadores, com destaque para a defesa da ministra e a denúncia do tratamento desigual enfrentado por mulheres em posições de poder.

Por fim, a proposta do novo programa do governo, o “Mais Especialistas”, agradou à grande maioria dos participantes. As análises dos cinco grupos indicaram que, apesar das diferenças de opinião quanto ao modelo ideal de implementação, houve ampla aceitação da proposta como uma tentativa válida de enfrentar um problema crônico do sistema de saúde: a lentidão e a precariedade no acesso a atendimentos especializados pelo SUS. A percepção recorrente entre bolsonaristas e eleitores flutuantes foi de que o dinheiro, quando retorna aos cofres públicos, tende a se perder por má gestão ou corrupção, reforçando a preferência desses por soluções que envolvam a entrega direta de serviços. Os progressistas, mesmo preferindo políticas voltadas ao fortalecimento estrutural do SUS, reconheceram que, na prática, o caminho proposto pelo governo poderia ser mais ágil e eficaz para resolver demandas urgentes — ainda que não fosse uma solução definitiva.

Distribuição da Participação
Leia outros Relatórios do MDP

Infraestrutura e falhas governamentais; Resgate de Juliana Marins; Anulação de Decreto (IOF)

Ataques de Israel; Atuação do governo na economia; Papel social do governo

CLT; Interregatório de Bolsonaro; Audiências de Ministros no Congresso

Política migratória dos EUA; Câmeras corporais nas fardas; Condenação de humorista.

Responsabilidade pela Segurança Pública; Programa SuperAção SP; Anistia a Dilma Rousseff

Número de Deputados Federais; Mídia e INSS; CPI das BETS

Fraude no INSS; Papa Francisco; Viagem de Lula à Rússia

Prisão de Collor; Terapias hormonais em adolescentes; Camisa vermelha da seleção

Bolsa Família como Inclusão Social; Minha Casa, Minha Vida para Moradores de Rua

Ampliação da Isenção para Igrejas; Código Brasileiro de Inclusão

Governadores em Ato pró-Anistia; Percepções sobre os EUA; Percepção sobre Donald Trump

Identidades políticas adversárias; Autoidentificação de grupo; Percepções sobre crimes de abuso sexual

Aumento da Faixa de Isenção do IR.; Condenação de Carla Zambelli.; Bolsonaro Réu por Ataques à Democracia.

Passeata de Bolsonaro por anistia; Licenciamento de Eduardo Bolsonaro; Avaliação do Governo Federal.

Prisão de Braga Netto;Aprovação do do pacote de cortes de gastos;Concessão de benefícios extras

Tarcísio de Freitas e o uso de câmeras;Regulamentação de IA;Declarações de Moro e a Cassação de Caiado.

Isenção do IR; PEC dos Gastos Públicos; Divergências entre Mercado e Governo.

Tentativa de Golpe: informações gerais; Indiciamento de Jair Bolsonaro; Pedido de Anistia

Especial G20: Falas de Janja; Percepeções gerais; Avaliação de pautas

Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.

Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.

Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores

Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer

Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares

CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher

Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados

Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam

Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto

Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane

Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida

Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais

Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas

Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais

ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro

Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal

Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet

Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula

Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista

Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro

Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia

Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar

Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904

Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares

Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News

Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações

Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas

SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente

Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas

Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes

Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura

Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid

Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura

#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres

Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos

Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro

#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró

#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula

Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM

Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa

Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal

Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos

#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana

Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF

#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis

Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto

#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM

Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro

Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro

GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança

Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio

Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar

Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno

Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo

Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS

O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF

Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas

Relatório #19 MED

ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS

Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula

Bolsa família, Laicidade do Estado e MST

Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma

Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola

Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula

Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista

Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro

Julgamento, Cid e políticas sociais

Valores: Marcha, Parada e Aborto

Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro

Monitor da Extrema Direita

Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an

As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.

O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.

O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.

Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.

O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.

Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.

O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.

Equipe MDP

Carolina de Paula – Diretora geral

Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.

João Feres Jr. – Diretor científico

Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).

Francieli Manginelli – Coordenadora de recrutamento

Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.

André Felix – Coordenador de TI

Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.