O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 15 a 21/7, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo da semana, três temas foram abordados: i) atentado sofrido por Donald Trump; ii) obrigatoriedade da imposição de cotas para negros, pardos e mulheres; iii) reações às falas de Lula sobre violência doméstica.
Ao todo, foram analisadas 171 interações, que totalizaram 8.882 palavras.
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
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Atentado contra Trump | Os participantes avaliaram o atentado como uma ação típica da esquerda, que tenta eliminar seu oponentes através da violência. Muitos fizeram comparações com o caso da facada em Bolsonaro. | O grupo ficou dividido entre os que avaliaram o ato como um ataque da esquerda para tirar Trump da disputa e entre os que avaliaram como fruto da polarização e radicalismo político. | O grupo repudiou os atos de violência cometidos, considerando-os fruto da polarização e intolerância às opiniões diversas. Alguns questionaram o ocorrido, achando que foi manipulado. | O grupo avaliou o caso como resultante da polarização política nos EUA e das falhas dos responsáveis pela segurança. Alguns afirmavam crer numa possível manipulação do incidente para benefícios políticos. | Alguns participantes do grupo atribuíram o atentado à polarização política. Outros levantaram suspeitas sobre o mesmo, questionando se ele não teria feito isso para se promover. | Os participantes evangélicos responderam alinhados com as percepções de seus grupos originais. |
Cotas na política | A maioria dos participantes expressou resistência. Para eles, a igualdade de oportunidades deve ser alcançada por mérito e não por medidas afirmativas. Assim, as cotas seriam um tipo de discriminação invertida. | A maioria dos participantes opinou que as cotas e vantagens financeiras baseadas em gênero ou raça não são necessárias, defendendo que todos devem ser tratados de forma igualitária e sem paternalismo. | O grupo mostrou-se favorável às cotas. Houve também consenso sobre a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa, para garantir que as cotas cumpram seu propósito de aumentar a representatividade, sem serem usadas de forma enganosa. | Os participantes manifestaram apoio ao sistema de cotas, destacando que ele pode ser um passo importante em direção à igualdade e ao reconhecimento de grupos historicamente negligenciados. Uma fiscalização mais rigorosa foi defendida. | Muitos participantes destacaram que as cotas são uma ferramenta necessária para garantir oportunidades a grupos historicamente marginalizados, como mulheres e pessoas negras e pardas. Muitos sonhavam com a conquista da igualdade política. | Não houve convergência de opinião entre os participantes evangélicos. |
Falas de Lula | Os participantes expressaram indignação e frustração com a declaração de Lula. Muitos afirmaram que se fosse Bolsonaro quem tivesse feito o comentário, a reação da mídia e do público teria sido mais severa. | Os participantes consideraram a declaração de Lula infeliz, mas alguns foram compreensivos em relação à sua intenção. A principal crítica foi sobre a falta de cuidado nas palavras e a percepção de que ele frequentemente faz declarações impróprias. | Alguns participantes acharam que Lula estava tentando chamar atenção para o problema, mas reconheceram que a abordagem foi inadequada. Outros destacaram que a violência doméstica é uma questão grave e que não caberia nenhuma brincadeira. | O grupo criticou intensamente a falta de postura e responsabilidade de Lula. A sensação geral foi de que o presidente não deveria fazer brincadeiras com um tema tão sério e que sua falta de cuidado estava exacerbando a situação e sendo um fato recorrente. | Houve reconhecimento no grupo de que a violência doméstica é uma questão crítica e deveria ser tratada com mais seriedade, mas também a percepção de que o comentário de Lula não foi intencional e mal interpretado por alguns. | Os participantes evangélicos criticaram as falas de Lula, mas com intensidades diferentes, condizentes a seus grupos e posições políticas. |
Os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) e alguns do grupo 2 (bolsonaristas moderados) afirmaram que o ocorrido era mais um caso de violência política causada pela esquerda. Muitas opiniões convergiram na ideia de que o atentado foi motivado por uma tentativa de impedir Trump de avançar na corrida presidencial, comparando o episódio com o sofrido por Jair Bolsonaro no Brasil. Para esses, o ato foi uma ação planejada pela esquerda, que tenta de todas as formas destruir a direita. Muitos defenderam a ideia de que o atirador era um infiltrado dentro do partido republicano.
"Pelo que acompanhei foi um atentado para tentar parar o candidato Donald Trump. Incrível o que acontece com os candidatos de direita. Sempre acabam sofrendo atentados, assim como aconteceu com Jair Bolsonaro. Mas Trump não pode se acovardar perante esse fato. A luta tem que continuar." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Eu acompanhei sim, esse atentado para mim, com toda certeza partiu de gente da esquerda. O fato de ser do mesmo partido do Trump, creio que pode ter se infiltrado para esse propósito, planejado pela esquerda com toda certeza! Como aconteceu aqui no Brasil com Bolsonaro. A esquerda querendo ganhar eleição com crimes, e trapaças, comprar o povo com migalhas, e o pobre que não tem estudo acredita nesse bando de corrupto. Sempre perseguem a direita, pois com uma eleição honesta, a esquerda perde! Fato!" (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Sim, acompanhei e foi mais ou menos a mesma coisa que aconteceu com o Bolsonaro,sempre.querendo parar o pessoal de direita,não acho que alguém do mesmo partida iria querer ele fora , é mais coisa de esquerda mesmo" (G1, 37 anos, professora de educação infantil , SP)
"O que motivou esse atentado é o ódio que a esquerda tem da direita e o desejo de exterminar pessoas que pensam diferente deles, pois não aceitam perder e como é óbvio que o Trump vai ganhar as eleições eles partem para o modo mais sujo que existe que é eliminar o oponente através do homicídio. O mesmo que aconteceu com o presidente Bolsonaro em 2018. Eu li que nos Estados Unidos tem pessoas que são tão militantes da esquerda Democrata que chegam a se filiar ao partido contrário no caso o Republicanos para votar contrario as decisões do partido." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Quando atravessam o caminho da esquerda, são eliminados. Sempre querendo tirar do caminho quem pensam e tomam atitudes contrárias a deles. Na outra eleição, fraudaram, assim como no Brasil." (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Pode ser que ele seja um da oposição que acha que só vence com violência e que tirando Tramp da jogada o candidato dele fosse eleito, já que Tramp tem toda a possibilidade de ser eleito." (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"Olá! Vi hoje no noticiário esse fato. O motivo é desespero da oposição, é ódio da esquerda isso, acredito que seria o de eliminar ele por ser um forte candidato, mesmo que o atirador seja filiado do partido, é muito fácil disfarçar." (G2, 35 anos, contadora, RS)
Para a maioria dos participantes dos demais grupos, o ato foi percebido como um reflexo da intolerância política que ambientes altamente polarizados promovem. Para esses, o atirador havia agido sozinho, motivado por impulsos ideológicos. A polarização política e o ativismo radical foram apontados como fatores que exacerbam a situação, criando um clima de insegurança e incerteza.
Várias pessoas expressaram a opinião de que a violência na política está se tornando cada vez mais comum e descontrolada, comparando o caso de Trump com outros incidentes semelhantes, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.
"Vi o acontecimento no final de semana, acho que essas questões políticas estão um pouco fora de controle, tá mais claro que é por questões políticas, ele teve muita sorte de sair com vida..." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Eu acompanhei em partes tudo isso acontecido eu continuo acreditando que em período eleitoral as coisas sempre ficam mais fervorosas os ânimos mais exaltados e vemos isso demais no Brasil casos de candidatos que são assassinados ou que sofrem tentativas de assassinato é simplesmente por terem uma opinião divergente eu não sou a favor do posicionamento desse ex-presidente mas eu também acredito e sempre vou debater a favor d o respeito mutuo entre todos, principalmente em momentos na qual devemos ver a liberdade a democracia." (G2, 24 anos, técnica em enfermagem , RJ)
"Eu vi as notícias, acho muito triste que as pessoas queiram cometer crimes por ódio político. Acho também que os políticos tem culpa nisso, por incentivar tantos sentimentos negativos contra quem pensa diferente. Eu não gosto do Trump, mas fico feliz que nada grave tenha acontecido com ele, pois nada se resolve com violência. Fico impressionada como esses atentados ocorrem mesmo com tanta segurança nos locais. A tragédia é saber que uma pessoa inocente faleceu, um homem com família perdeu a vida por causa de loucura política..." (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Vi várias reportagens muito triste ver o que aconteceu como uma pessoa pode ser tão extremista assim, além disso um inocente morreu nada justifica tanto ódio." (G3, 40 anos, auxiliar de classe , SP)
"Vi algumas coisas sobre, acho que o motivo foi o extremismo, não apoio esse tipo de atitude. Isso tb mostra o quanto a segurança foi falha, é um absurdo ver essas coisas acontecendo, parece q está virando algo comum, portanto medidas devem ser tomadas para evitar essas situações." (G4, 27 anos, autônoma, PA)
"Eu acredito que o que motivou este atentado foi justamente o discurso polêmico, excessivo e sempre muito agressivo do ex-presidente Donald Trump. Desde que ele entrou no cenário político até mesmo antes de se eleger presidente no último mandato ele foi um candidato posteriormente um presidente que sempre teve um discurso com o viés muito agressivo e isso somado a todas as coisas que o ex-presidente falou e prometeu tanto na sua candidatura anterior. Eu acredito que o que motivou realmente esse atentado foi o que as pessoas encheram nele, uma resposta aos seus preconceitos e violência interna, mais também tem medo do que ele pode se tornar e muitos querem impedir isso, até mesmo pessoas do próprio partido" (G5, 28 anos, auxiliar administrativa, RS)
A ideia de que o atentado pode ter sido uma estratégia deliberada foi mencionada por alguns participantes dos grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas). Para esses, o incidente pode ter sido uma jogada de marketing para beneficiar a campanha de Trump, que já teria manipulado situações em outros momentos eleitorais.
"Acredito que seja uma jogada de marketing para tentar a eleição mais rápida para o Trump, esses caras são muito loucos e capaz de qualquer coisa para vencer. Se fosse um atentado real, ele não atirava na orelha. Enfim, é algo para se ver depois o que vai se desenvolver sobre isso. Mas continuo apostando que é marketing para o Trump ganhar as eleições" (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)
"Eu vi muitas matérias sobre o suporto atirador uma rapaz recém formado em engenharia, novo com somente 20 anos, que tinha trabalho fixo. Ficou meio confuso pois aparentemente o rapaz não tinha motivo nenhum para o atentado, e foi morto no conforto. Na minha opinião é mais um espécie de marketing assim como foi a facada que o Bolsonaro ganhou." (G3, 29 anos, vendedora , GO)
"Honestamente, tenho que isso pode sim ter sido armado para que o Trump saisse como um coitado e acabe ganhando as eleições, lembrando que lá existem bons atiradores, mais olhando de outra forma acredito tbm que o trump tem uma grande rivalidade com boa parte dos eleitores americanos, e sabemos que algumas pessoas ficam cegas e são capazes de tudo para que um presidente não ganhe, as vezes estao se cegando pelo ódio." (G4, 30 anos, gestão em TI, SP)
"Tenho acompanhado algumas notícias sobre o ocorrido, e é difícil acreditar que uma pessoa com o esquema de segurança naquele nível, não terem percebido o atirador, todos sabem da capacidade dos EUA de criar fatos, mesmo que custe a vida das pessoas. O nível de popularidade de Trump já era altíssimo, agora com o fato acontecido, aumentou ainda mais , e é claro que será eleito como presidente, enfim um circo bem armado." (G4, 25 anos, babá, RS)
"Trump é polêmico e alvo de muitas pessoas, mas o fato do atirador ser filiado ao seu partido acaba deixando indícios de armação." (G5, 26 anos, fisioterapeuta , PE)
"Acompanhei e para falar a verdade achei meio dejavu bem parecido com o Brasil. Por enquanto especulações. Vamos esperar as próximas cenas"" (G5, 38 anos, chefe de RH, BA)
"Foi muito estranho o modo como a CIA reagiu ao tiro e também o foto do Trump tirar foto com os braços erguidos apenas horas depois do suposto atentado. Sabemos o que o Trump já fez para ganhar eleições, inclusive com a ajuda da Rússia e manipulação de dados e informações, por isso, vou aguardar o desdobrando dos fatos para emitir minha opinião com maior exatidão." (G5, 33 anos, tradutor, SP)
Os participantes dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados) posicionaram-se contra a imposição de cotas raciais e de gênero. Para esses, a igualdade deve ser alcançada por mérito individual e não por meio de medidas afirmativas. Os argumentos giraram em torno da ideia de que todos são igualmente capazes e que a meritocracia deveria ser a base para a entrada na política e outros campos, sem distinção de cor, raça ou gênero. Muitos participantes consideraram as cotas uma forma de "discriminação invertida", que acaba por subestimar a capacidade dos indivíduos que são beneficiados por essas políticas. Outros, argumentaram que a concessão de cotas pode ser vista como uma forma de paternalismo que, ao invés de promover a verdadeira igualdade, pode até reforçar divisões e desigualdades.
"Acredito que essas cotas não deviam existir pois todos nós somos iguais. E devemos ser tratados de forma igual independente de ser negro, pardo ou mulher." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Sou totalmente contra. Direitos devem ser iguais para todos. Todos são capazes, todos tem capacidade quando se quer e se dedica a algo. Não gosto de desigualdade entre qualquer tipo de pessoa, não gosto de lamentação de pessoas se vitimizando. Quem quer, corre atrás e mostra que tem direito por sua capacidade própria, não por favorecimento. Vejo isso como um modo de incapacitar pessoas e tbm como jogar uns contra os outros." (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Sou contra a cotas de negros ,seja em concurso ou em cargos públicos...Entendo sobre a questão de racismo ,mas separar eles por cotas já é uma discriminação dizendo que eles não são capazes de fazer ou assumir algo pq são negros , e todos somos capazes de fazer o que quiser diferente de uma pessoa pcd !" (G1, 37 anos, professora de educação infantil , SP)
"Gente, existe cota para brancos nos países da África ou america Central onde a maioria é negro?" (G1, 35 anos, artesã , SC)
"Eu acho que o governo vem nessa pegada nas maiorias das coisas que ofertam , vejo que seja uma marca do governo do PT, mas em caso de política, não sou a favor , por que a maioria que entra nesse ramo , já tem um apoio bem grande do seu partido e também financeiro" (G2, 26 anos, autônomo, DF)
"Eu acredito q o q precisa melhorar não são as cotas, mas sim as condições iguais para todos principalmente na base....se a educação de base fosse igual para todos, não seria necessário ter cotas para negros, pardos e mulheres....." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Eu acho que a condição de ser mulher,negro ou qualquer outro gênero não os tornam nem melhores nem piores do que ninguém,todos são iguais e capazes de igual forma, então não tem por que nenhuma vantagem financeira ou de cotas." (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"Não entendo porque essa separação,isso só estimula mais o racismo no Brasil,acho que os direitos e deveres servem para todos,em pleno século 21,e temos que conviver com esse tipo de noticias." (G2, 26 anos, vendedora , AL)
Os demais participantes, dos grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) posicionaram-se de modo favorável ao cumprimento das cotas, avaliando-as como uma ferramenta necessária para combater o racismo e a discriminação persistentes no Brasil, além de promover uma representação mais justa na política, que reflita a diversidade da sociedade brasileira.
Além disso, houve consenso também sobre a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa para garantir que as cotas cumpram seu propósito de aumentar a representatividade, sem serem usadas de forma enganosa.
Muitos participantes projetaram que, em um cenário ideal, as cotas se tornariam desnecessárias à medida que a igualdade se tornasse uma norma amplamente aceita, eliminando a necessidade de imposições forçadas para garantir a representatividade.
"É triste que isso precise ser obrigatório. Infelizmente as minorias não são tão bem representadas na política, então acredito ser necessário impor essa cota. Mas a política do nosso país tem um câncer gigante chamado corrupção. E já vi reportagens de partidos que colocam pessoa que não tem nenhum interesse político, e eles sabem que essa pessoa dificilmente vai vencer. Eles querem apenas "cumprir" a cota e usar o dinheiro para promover o candidato do interesse deles. Então acaba sendo algo bastante controverso. Então precisaria de muito mais fiscalização pra que o objetivo real dessa medida seja alcançado." (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)
"As cotas é uma maneira de garantir uma participação maior da sociedade. Mas tem que ter efetiva participação e fiscalização dos candidatos inscritos na cota. Porque nas últimas eleições teve partido que cumpriu a cota, mas a candidata não teve nenhum voto, no final da apuração. O candidato eleito do partido quase foi cassado." (G3, 45 anos, professora , MT)
"Adorei essa ideia, pois de fato muitos são negligenciados ali. Penso que pode ser já um passo para se pensar em igualdade. Mesmo sendo por obrigatoriedade. A se ver que o Estados Unidos já teve um presidente negro." (G4, 53 anos, artesã , SP)
"Esse perdão pelas multas desses partidos políticos que não cumpriram o repasse mínimo de recursos às cotas, pois embolsaram o dinheiro usando de forma irregular. Infelizmente na realidade social e política atual preciso concordar com o sistema de cotas mínimas para as candidaturas pois ainda temos uma política muito pouco representativa. Quem sabe num futuro evoluamos para uma política realmente representativa de todas as classes sociais e segmentos sociais e assim não precisemos mais desse sistema de cotas para candidaturas." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
"Eu acredito que a política tem que ser igualitária, infelizmente é muito mais difícil, especialmente para mulheres entrar na política, a maioria dos partidos só dão espaço para atingir a cota mínima e acredito que deve sim existir uma cota para isso, ate para dar mais oportunidades." (G5, 25 anos, estudante, AL)
"Percebemos que a política brasileira é composto majoritariamente por homens brancos que salvo algumas exceções só defendem os interessem da sua própria classe e gênero, mesmo sabendo que deveriam trabalhar para toda a sociedade. Como mulheres, negros e pardos não estão sendo representados pela maioria dos políticos acho justo a obrigatoriedade da imposição das cotas e sou a favor do financiamento específicos para esses candidatos." (G5, 46 anos, vendedora, AL)
Os participantes de todos os grupos expressaram indignação com o comentário. As reações às declarações do presidente Lula refletiram um consenso claro sobre a inapropriação e falta de sensibilidade na abordagem do tema da violência doméstica. Em geral, os participantes dos grupos expressaram profunda preocupação e indignação com a maneira como o presidente lidou com o assunto. A crítica se concentrou na percepção de que Lula tentou fazer uma "brincadeira" com um tema extremamente sério, o que foi amplamente considerado inadequado e desrespeitoso.
Alguns compararam a situação com a administração anterior, sugerindo que a mídia e a opinião pública teriam reagido de maneira mais severa se o presidente fosse Bolsonaro.
"Na minha opinião o atual presidente tentou fazer uma brincadeira que saiu de muito mal gosto, ultimamente as falas do atual presidente tem causado bastante repercussão, principalmente quando observamos o movimento financeiro após algumas falas. A violência contra as mulheres deve ser levada por todos nós como um fato importantíssimo para ser combatido, e esse tipo de falar alimenta uma ideia de que o assunto não é tão importante e urgente e enquanto isso as mulheres sofrem diariamente." (G2, 24 anos, técnica em enfermagem , RJ)
"É realmente uma lástima ver um presidente da república fazer um comentário extremamente machista e que esse comentário é extremamente negativo no ponto de vista de ele ser chefe de estado. No meu ponto vista acredito que se fosse o ex presidente Bolsonaro a mídia nesse momento estaria malhando diversos comentários negativos. Não gostei dessa atitude, mesmo que tenha sido uma fala fora de contexto etc... Para mim fica claro que o Sr. lula não valoriza as mulheres brasileiras." (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)
"Cheguei a achar que fosse fale news. Não é possível alguém brincar com uma coisa dessa, é inadmissível. Violência doméstica não é brincadeira, é um assunto sério e que exige a devida seriedade quando comentada." (G3, 25 anos, contador, RJ)
"Não vi nada sobre o assunto, mas na minha opinião não é uma coisa para conversar em tons de brincadeira, pois muitas mulheres vivem essa realidade e muitas das vezes não são respeitar nem aonde vai para buscar ajuda" (G3, 29 anos, vendedora , GO)
"Achei um absurdo! Acho que o presidente está tendo umas palavras que não são bem vistas e que trazem consequências. E ele como presidente de um grande país como o nosso Brasil deveria pensar e agir em defesa da mulher e não ao contrário. Foi uma fala muito infeliz!" (G4, 49 anos, artesã , CE)
"Totalmente desnecessário a fala dele, ele tenta falar num "tom de brincadeira" mas um presidente precisa ter postura e falar sério, deve manter o respeito sempre com tudo e todos.Quando veio para o sul cometeu o mesmo "erro", quando falou de grêmio e inter no meio de uma catástrofe que estava acontecendo, sem fundamento.." (G4, 25 anos, babá, RS)
"Sim eu vi a entrevista e ouvi ser comentado sobre isso e ouvir outras pessoas repercutirem esse assunto e realmente foi uma gafe e como muitos já sabem o presidente não gosta de discursos feitos ele gosta de fazer os discurso de improviso então ele acaba cometendo algumas gafes e eu acredito que faltou um pouco da orientação da equipe de discurso dele para que essa gafe não acontecesse. E realmente essa fala dele foi problemática e acaba sendo além de ser tirada de contexto acaba sendo usada muitas vezes pela oposição" (G5, 28 anos, auxiliar administrativa, RS)
A crítica do grupo 1 (bolsonaristas convictos) não se limitou apenas à declaração específica, mas também às suas implicações sobre a capacidade do presidente de governar efetivamente. Havia um sentimento generalizado de que as falas de Lula refletiam uma falta de responsabilidade e seriedade, e que isso comprometia sua autoridade e eficiência como líder do país.
Muitos o acusaram de ser compassivo com a violência doméstica, relembrando as acusações sofridas por um de seus filhos para ancorar suas opiniões de que Lula era machista e compactava com a violência contra mulheres.
"Isso só mostra quem realmente é o presidente Lula. Que compactua com a violência contra mulheres, e até tenta justificar o ato." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Eu ouvi sim essa declaração terrível vindo de um representante do povo brasileiro. Se fosse o presidente Bolsonaro a mídia estaria em cima igual urubu na carniça, e as feministas cabeludas estariam fazendo arruaças, esse descondenado é podre, ele não vale o que o meu gato deixa na caixa de areia. Por isso querem calar as redes sociais, porque pessoas de bem tratam logo de espalhar o que ele disse sem dó nem piedade. A mulher já sofre com a violência doméstica e vem esse aí dizer uma coisa dessa!" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Eu não ouvi falar sobre , mas realmente é uma fala muito infeliz do presidente, vai muito ao contrário do que o partido dele tenta passar, eu acho que o Lula não deveria fazer mais discursos , pq raramente fala algo que possa se aproveitar" (G2, 26 anos, autônomo, DF)
"Vindo de alguém que tem um filho acusado de violência contra a esposa, não me surpreendeu está declaração.. vai ter quem diga que foi uma brincadeira tirada de contexto, e pode até ser mesmo, mas pau que bate em Xico tem que bater tbm em Francisco. Afinal tivemos outro presidente a bem pouco tempo, que não podia faser piada de nada, que a imprensa já inventava um crime." (G1, 54 anos, músico, RS)
"Parece que o presidente ou tá ficando gagá ou perdeu a noção do ridículo, ou então tá demonstrando realmente que ele é agressivo, acho que ele não tem mais condições de governar o Brasil, o descondenado faz uma cagada atrás da outra." (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"É um absurdo a fala do Lula sobre as mulheres, ""se for corintiano tudo bem""... Um ex-presidiário como presidente, não esperaria menos. E me pergunto, onde está a globo para detonar, as feministas? Não se pronunciam? Lamentável essa fala dele! Se fosse o Bolsonaro, já seria crime decretado!"" (G1, 64 anos, empresário, PR)
O atentado contra Trump dividiu os grupos de maneira razoavelmente previsível. Os bolsonaristas convictos se aferraram à narrativa de que era uma ação da esquerda estadunidense para eliminar seu oponente nas eleições presidências. Foi o único grupo que comparou o ocorrido ao atentado sofrido por Bolsonaro na campanha da eleição de 2018. Os moderados foram parcialmente contaminados por essa narrativa. Alguns, contudo, atribuíram o ato à polarização política nos EUA. Já os outros três grupos, mais progressistas, interpretaram o atentado como resultado nefasto da polarização política ou como armação dos próprios trompistas para promover o candidato alaranjado.
O tema das cotas para a representação política isolou os bolsonaristas do resto dos participantes. Convictos reafirmaram o discurso meritocrático conservador, aquele que não olha para a circunstância das diferentes partes em competição. Os moderados bateram na mesma tecla, chamando essas políticas de paternalismo e defendendo um suposto tratamento igual. Já entre flutuantes, lulodescontentes e lulistas a defesa de políticas afirmativas para corrigir os enormes desequilíbrios na representação de gênero e raça em nosso país foi praticamente consensual, que mostra a enorme legitimidade que essas medidas de justiça social vêm angariando no Brasil desde que passaram a ser adotadas, no início do século XXI.
A declaração de Lula relativizando a violência doméstica para os corinthianos foram consideradas infelizes pela maioria dos participantes em todos os grupos. Bolsonaristas convictos, como sempre fazem, aproveitaram defender Bolsonaro, dizendo que ele seria muito mais perseguido pela imprensa em situação similar. O resto dos grupos apresentou uma combinação de reações de rejeição e de compreensão pela suposta boa intenção por trás da fala. Somente os lulodescontentes destoaram, não somente criticando veementemente o presidente, mas também acusando-o de frequente reincidência de falas impróprias.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.