Relatório 08

05 a 08/06

Temas:

  • Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
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Metodologia

O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:

G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.

G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.

G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.

G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.

G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.

Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.

Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.

É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.

O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.

Síntese dos Principais Resultados

Entre os dias 05 a 08/06, dois grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões do momento. Compõem esses grupos 36 participantes, todos eleitores de Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022, divididos entre bolsonaristas convictos (G1) e bolsonaristas moderados (G2) – o critério de seleção é o apoio aos atos de 8 de janeiro.
Cada grupo foi composto de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Dois temas foram explorados ao longo dessa semana: i) a indicação de Cristiano Zanin à vaga do STF ; ii) especulações sobre o potencial substituto de Jair Bolsonaro.
Ao todos, foram analisadas 95 interações, que totalizaram 2951 palavras.

G1 (Bolsonaristas Convictos) G2 (Bolsonaristas Moderados)
Indicação de Cristiano Zanin A indicação foi avaliada pelo grupo como uma jogada de Lula, sobretudo para aparelhar as instituições a seu favor (e instaurar uma ditadura) e para encobrir os casos de corrupção praticados no atual governo, considerando que Zanin já foi advogado de Lula e do PT. O grupo avaliou o caso como uma prática recorrente em todos os governos, criticando a mesma e falando em concursos ou votação para escolha do novo Ministro. Lula foi acusado de estar realizando manobras políticas para favorecimento pessoal.
Potencial substituto de Bolsonaro O grupo ficou dividido entre Michele Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, como nomes para substituir Bolsonaro, argumentando que ambos dariam continuidade aos grandes feitos do ex-presidente. Michele seria sinônimo de manter os princípios morais conservadores e Tarcísio de manter as realizações. Majoritariamente o grupo avaliou Nikolas Ferreira como o nome mais forte para substituir Bolsonaro, considerando sua atuação como deputado federal e visibilidade nas redes sociais. Tarcísio de Freitas foi o segundo mais citado.
Pergunta 22
Dia 01/06, Lula indicou o advogado Cristiano Zanin ao STF, para ocupar o lugar de Ricardo Lewandowski, que se aposentou em 11 de abril. O que vocês acham dessa indicação?
Considerações Iniciais

Unanimamente os participantes criticaram a escolha de Cristiano Zanin.

A maioria argumentou tratar-se de uma escolha política com interesses particulares pela parte de Lula e do PT, prevendo que o potencial futuro ministro agiria em prol de interesses particulares do presidente, "acobertando" os crimes cometidos pela atual gestão.

O ato também foi avaliado (pelos bolsonaristas convictos, do grupo 1) como uma manobra de aparelhamento das instituições, com o PT dominando todos os setores e rumando para a instauração de uma ditadura no país.

Alguns participantes fundamentaram suas respostas com dados acerca das relações pretéritas entre Zanin, Lula e o PT.

"Uma verdadeira jogada de mestre, haja vista que o escritório de Zanin já prestava "serviços" ao PT! Sim, foram R$ 1,7 Milhões!!! Todos são farinha do mesmo saco, verdadeiros corruptos!" (G1, 42 anos, técnica administrativa, PA)

"Isso deixa bem claro os interesses desse ditador que está no poder, quer se perpetuar no poder a qualquer custo, e não mede esforços para aparelhar todas as esferas do governo, recebeu de braços abertos e com tapete vermelho o ditador cruel e sanguinário da Venezuela, indicar o próprio advogado é um tapa na cara dos brasileiros não tem um pingo de escrúpulos, estamos lascados e caminhando a passos largos pra se tornar a próxima Venezuela" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"É triste, para começar falando. Pelo que eu fiquei sabendo, sabe-se que esse Zanin recebeu 2,9 milhões do PT, sem chance de uma pessoa dessa ser um juiz imparcial, essa indicação é uma grave ofensa ao princípio da moralidade!" (G1, 39 anos, cabeleleira, PE)

"Isso só mostra o quanto ele está e é mal intencionado! Ele quer ter o controle de todas as instituições nacionais, quer ter subordinados que continuem o defendendo e protegendo, independente do que ele faça e todo mundo aqui sabe do que essa corja maldita é capaz de fazer! É vergonhoso!" (G1, 39 anos, contadora, BA)

"Triste que o Brasil está nas mãos desse ditador, comunista. Que Deus nos guarde do que está por vir. Vamos orar pelo Brasil" (G1, 47 anos, secretária, MG)

"Como advogado sem sombra de dúvidas, fez uma manobra sensacional. E tudo indica que venha ajudar ainda mais o (companheiro)." (G2, 38 anos, gerente de imobiliária , SP)

"Dos 11 ministros que compõem o STF, 7 foram indicados pelo PT, ou seja, Lula está pensando nisso como uma manobra política para futuros casos contra o seu governo. Lembram de todas as anulações dos casos envolvendo o PT que tiveram no Supremo neh! Pra mim todos eles não tem imparcialidade perante a lei." (G2, 26 anos, administrador , GO)

A favor da meritocracia

O grupo 2 (bolsonaristas moderados) defendeu mais incisivamente a meritocracia, avaliando que o cargo deveria ser preenchido a partir de concursos e qualificação profissional, para que a pessoa mais preparada e potencialmente "neutra" assumisse a vaga. As criticas foram feitas de modo generalizante, tratando a atual nomeação como a repetição de um fato que também já ocorreu em outros governos.

Lula foi censurado pois em sua campanha criticou Bolsonaro por escolher amigos próximos a cargos, e "agora estar fazendo a mesma coisa".

Poucos participantes mencionaram que a indicação ainda será apreciada pelo Senado Federal.

"Se o senado aprovar esse homem para o STF, a Constituição Brasileira já não servirá para garantir mais nada do que está escrito na própria, estamos vendo que já não é de agora que o STF tem se tornado duvidoso, pessoal e totalmente “parcial” a muito tempo e infelizmente a democracia nesse país tem se concretizado como uma piada, indicar o "amigo e advogado pessoal" para um cargo vitalício sem ter mestrado ou doutorado ou se quer um artigo científico de relevância é uma vergonha" (G1, 39 anos, cabeleileira, PE)

"O réu indicar seu advogado para vaga na mais alta corte do judiciário não é ilegal. Sinceramente é imoral. Esse tipo de cargo não deve ser uma indicação pessoal. Nesse caso tá quase como que um nepotismo. Gente, pelo amor de Deus, cargo para o STF deveria ter critérios para indicações, para que haja imparcialidade durante o exercício do mesmo. Não faz o menor sentido que o corpo de ministros do STF seja formado por meio de "INDICAÇÃO" política. Apenas os melhores "juristas" do país deveriam, por mérito técnico e experiência demonstrada, disputar a vaga por meio de Concurso público extremamente rigoroso e fortemente fiscalizado para se evitarem fraudes ou qualquer interferência política." (G1, 39 anos, dona de salão de beleza, BA)

"Sou super contra cargo de tanta importância indicada por presidente era pra ser através de concurso, tanto o sr zanin ,quanto qualquer outro, porque outros presidentes já fizeram isso também" (G2, 53 anos, fiscal, CE)

"Não concordo, vejo de forma beneficente ao presidente. Deveria haver uma votação ou passar por um concurso e não indicação do presidente ou qualquer outro político." (G2, 24 anos, promotora de eventos , DF)

"Presidente está fazendo O que criticou durante a campanha, não tenho nem palavras para descrever o que eu sinto quando vejo esse tipo de coisa,a quadrilha tá ficando completa, é o cúmulo do absurdo." (G2, 39 anos, administradora, BA)

"Não concordo pq eu nao acho certo indicar alguém próximo pq a pessoa nao vai ser imparcial, e ele discordou tanto disso no governo anterior e está fazendo o mesmo." (G2, 31 anos, contadora, BA)

"Sempre fui totalmente contra indicação. A pessoa pode ser capaz , mas indicação é muito na cara a manipulação e troca de interesse pra manter no poder e ter controle da situação a favor" (G2, 43 anos, agente de turismo , GO)

Pergunta 23
Bolsonaro sofre o risco de ter seu direitos políticos cassados. Caso isso ocorra, quem vocês acham que poderá substituí-lo?
Nomes Citados

Entre os nomes cogitados para substituir Jair Bolsonaro na oposição ao atual governo e tornar-se candidato(a) em 2026, Tarcísio de Freitas foi o mais citado, seguido por Michele Bolsonaro e Nikolas Ferreira.

Houve muita comoção acerca do tema, com afirmações sobre nenhum deles, por melhores que fossem, estarem a altura de Bolsonaro e ter capacidade de realizar os grandes feitos do ex-presidente.

Tarcísio de Freitas

O atual governador de São Paulo foi o nome mais citado, sendo avaliado por sua competência, postura e suposto apoio midiático. Uma parceria com Michele Bolsonaro foi bastante mencionada, como sinônimo de sucesso e continuidade dos feitos do ex-presidente.

"Creio que possa ser o Tarcísio de Freitas com grande chance de ter a Michelle Bolsonaro como vice!" (G2, 24 anos, eletrotécnico , GO)

"Eu votaria no Tarcísio para Presidente. E falo com muita certeza, não é somente nós eleitores de Bolsonaro que apoiaríamos Tarcísio, tenho percebido que toda a grande mídia está fazendo uma campanha velada a favor do governador de São Paulo e pode dar certo se o atual governo não apresentar bons resultados econômicos." (G1, 39 anos, dona de salão de beleza, BA)

"Caso isso ocorra, acho que Tarcísio de Freitas poderá substituí-lo, mas vai ser difícil chegar a altura de Bolsonaro!" (G1, 40 anos, pedagoga, RS)

"Eu acho que o Tarcísio de Freitas tomaria a posse no lugar dele,mas fazer o que Jair bolsonario fez acho difícil ... ele chegar até onde Jair bolsonario chegou" (G1, 44 anos, técnico de informática, SP)

"Eu apoio Tarcísio, tem meu respeito pois já demonstrou ser um grande político, Além de honesto e comprometido, sem falar que ele é mais sério do que nosso antigo presidente, ele fala só o que é necessário e faz o trabalho dele sem alardes. O Tarcísio merece candidatar e vencer em 2026. E Se houver uma chapa Tarcisio - Zema ou Tarcisio - Michele, ninguém segura." (G1, 39 anos, cabeleleira, PE)

Michele Bolsonaro

Michele Bolsonaro foi citada como a pessoa que seguiria mais fielmente os princípios partilhados por Bolsonaro, inclusive tendo o mesmo a seu lado. Seus feitos como primeira dama foram rememorados de modo genérico, mas como argumentos de sua capacidade e fundamentos comprobatórios para as grandes realizações que ela poderia concretizar.

A ex primeira-dama também foi citada algumas vezes como potencial vice-candidata, para compor uma chapa forte com outros nomes.

" Bom eu gostaria que a Michelle Bolsoaro fosse a nova presidente do Brasil, mas acho que devem apoiar o Tarcísio de Freitas." (G1, 47 anos, secretária, MG)

"Michele Bolsonaro, poderia substituir o marido! A mesma teve um trabalho muito forte quando foi primeira dama...e não teve agravantes pela sua conduta íntegra!" (G1, 42 anos, técnica administrativa, PA)

"Querem a todo custo tirar isso para ele não eleger .. muitos se falam que a ex primeira Dama Michele talvez se candidataria , acho que seria ótimo eu com ctz votaria nela ." (G1, 33 anos, assistente administrativa , SP)

"Eu acho que a melhor opção seria a Michele Bolsonaro, pois além dela ser mto bem vista no partido, tem um forte apelo eleitoral por ser mulher, por ser mulher do Presidente, pelo trabalho que exerceu durante os anos do governo Bolsonaro, por tudo que passou após as eleições de 2022!!! Eu acho que ela tem muita força e muita competência e acredito que, de certa forma, sendo assim, o Presidente poderia continuar no poder através dela!" (G1, 39 anos, contadora, BA)

"Eu acho que a Michele bolsonario devia assumir ni lugar dele porque ela daria continuidade da onde ele parou porque ela já tá bem por dentro do assunto." (G1, 26 anos, especialista em TI, PR)

"Eu acho que nenhum outro vai ter a coragem, paciência, resiliência que o presidente Bolsonaro teve durante esses 4 anos que teve no poder, ele apanhou muito e resistiu, pena que o sistema podre ganhou na fraude! Eu acho a Michele uma ótima opção, mas não sei se ela resistiria a pressão do sistema!" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

Nikolas Ferreira

O atual deputado federal foi lembrado com maior intensidade entre os participantes do grupo 2 (bolsonaristas moderados) e citado por seu perfil similar ao de Bolsonaro, por agir de modo a desrespeitar protocolos e estar sempre movimentando as redes sociais com seus questionamentos.

"Bom quem sempre tá movimentado as redes sociais e sempre vejo comentários que seria um bom substituto para Bolsonaro ,caso o mesmo tenha seus direitos políticos cassados é o jovem Nikolas Ferreira. Na minha opinião vejo que ainda é cedo , ainda tem muitas articulações políticas a serem feitas, nem sempre querer é poder." (G2, 34 anos, técnica de enfermagem , AP)

"Acredito que o Nikolas Ferreira será o mais cotado para substituí-lo, ele luta né pela moral, mas algum de seus filhos também tem grande potencial para disputar uma futura eleição." (G2, 26 anos, administrador , GO)

"Também acredito que pela forma como estão encaminhando, poderá ser o Nicolas Ferreira" (G2, 31 anos, contadora, BA)

"O Nikolas é o mais indicado, ele bate de frente, fala as coisas, luta contra essas ideologias, ele é o Bolsonaro da vez, que fala as coisas que tem que ser faladas" (G1, 25 anos, estudante, ES)

"Eu tbm vou de Nicolas, garoto audaciosos e que luta pelo bem do país" (G2, 38 anos, gerente de imobiliária , SP)

Considerações finais

A semana foi mais curta, porém com acontecimentos significativos para a análise dos comportamentos dos seguidores de Bolsonaro.

Os convictos mais uma vez responderam movidos por um antipetismo radical, ao passo que os moderados, ainda que também tenham rejeitado a indicação de Zanin, atribuíram o “problema” a uma prática já consolidada, ou seja, a um vício da política. Houve também no grupo de moderados quem acusasse Lula de favorecimento pessoal.

Se é possível generalizar, enquanto os convictos são fortemente antipetistas, os moderados tendem a esposar posições antipolítica mais gerais, inclusive criticando Bolsonaro a partir delas. É provável que essa posição esteja alicerçada no Lavajatismo, dado que iremos testar no próximo relatório.

Tarcísio surge como o único nome de consenso nos dois grupos. Alguns participantes entendem que ele está atualmente recebendo apoio inclusive da grande mídia. Para além disso, os convictos optam pela defesa dos valores conservadores, ao escolherem Michelle, e os moderados pelo comportamento vitriólico de Nikolas Ferreira. É digno de nota o fato de uma figura política tão associada a comportamentos radicais apareça no grupo de moderados. As razões por trás das menções ao deputado mineiro devem ser investigadas em relatórios futuros.

As declarações de que Bolsonaro seria insubstituível apontam para o problema de transmissão do carisma, já tematizado pela sociologia política e tão recorrente em grupos políticos fracamente institucionalizados que derivam suas motivações e identidade política diretamente da figura do líder.

Distribuição de Participação
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As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.

O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.

O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.

Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.

O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.

Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.

O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.

Equipe MDP

Carolina de Paula – Diretora geral

Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.

João Feres Jr. – Diretor científico

Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).

Francieli Manginelli – Coordenadora de recrutamento

Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.

André Felix – Coordenador de TI

Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.