O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 13 a 19/10, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo do período, três temas foram abordados: i) meios de informação seguros para o caso da adulteração de bebidas; ii) percepções sobre novos modelos de trabalho e precarização; iii) reunião entre ministros do Brasil e secretário de Estado dos Estados Unidos .
Ao todo, foram analisadas 185 interações, que totalizaram 10.422 palavras
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
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Adulteração de bebidas | Predominou a desconfiança em relação ao governo, à mídia e até à Anvisa, vista como “aparelhada”. O grupo valorizou fontes de redes socais - de lideranças que admiravam - e a prudência individual, interpretando o episódio mais como alerta moral do que questão de saúde pública. | Os participantes demostraram confiança em órgãos oficiais e veículos de imprensa reconhecidos, associada à busca racional por informações verificadas. O grupo enfatizou a importância da transparência das empresas e da fiscalização estatal para garantir segurança ao consumidor. | As respostas do grupo expressaram uma preocupação coletiva com a confiabilidade das informações e uma percepção de vulnerabilidade diante da desinformação. Embora houvesse reconhecimento da importância de órgãos oficiais e da imprensa profissional, muitos participantes manifestaram insegurança em relação a todas as fontes disponíveis. | O grupo valorizou o uso de fontes institucionais e de comunicação tradicionais, associadas à checagem pessoal da procedência das bebidas. Também reivindicou mais transparência, fiscalização e punição dos responsáveis, combinando vigilância crítica com prudência prática. | Predominou a confiança nas fontes oficiais e na capacidade do Estado de fiscalizar e informar a população. Os participantes defenderam medidas concretas do governo para garantir segurança e mostraram postura preventiva, evitando o consumo até que houvesse esclarecimentos. | Os participantes formularam seus argumentos de acordo com seus grupos de participação, sem fundamentação religiosa ou moral nítida. |
Precarização do Trabalho | As opiniões se dividiram entre quem via a precarização como exploração que retira direitos e quem a considerava uma oportunidade de autonomia e liberdade de escolha. Prevaleceu a valorização do esforço individual e relativização das condições precárias de trabalho. | O grupo diferenciou precarização e escravidão, mas reconheceu que ambas se aproximam quando há ausência de direitos e liberdade. Predominou a visão de que a precarização é um reflexo do enfraquecimento das leis trabalhistas e da falta de proteção estatal. | As falas mostraram duas posições principais: uma crítica à precarização e à pejotização como formas de exploração disfarçada e outra – majoritária - que enxergou nos modelos flexibilidade e adaptação ao mercado. O grupo oscilou entre defender estabilidade e valorizar autonomia. | O grupo compreendeu a precarização como perda parcial de direitos e o trabalho escravo como sua forma extrema, marcada pela coerção e pela ausência total de liberdade. As falas enfatizaram a submissão por necessidade e a importância de políticas públicas de proteção. | As respostas trouxeram uma crítica política contundente à desigualdade e à exploração nas relações de trabalho. O grupo associou a precarização e a escravidão moderna a políticas neoliberais e à concentração de poder, defendendo o reconhecimento e a dignidade do trabalhador. | Os participantes formularam seus argumentos de acordo com seus grupos de pertencimento. |
Reunião Diplomática Brasil e EUA | Unanimemente o grupo rejeitou a legitimidade da reunião e tratou o episódio como farsa midiática, reafirmando a lealdade a Bolsonaro e a crença em teorias conspiratórias sobre perseguição política. | Os participantes avaliaram o encontro de forma majoritariamente positiva, reconhecendo seu valor diplomático e econômico, mas alguns mantiveram desconfiança sobre o suposto afastamento entre Trump e Bolsonaro. | O grupo interpretou a reunião como gesto diplomático construtivo, com ênfase na importância do diálogo e da cooperação econômica, sem carga emocional ou politicamente condicionada. | Os participantes expressaram uma visão equilibrada e racional, reconhecendo o valor do diálogo entre países e a necessidade de negociações pragmáticas, sem idealizações ideológicas. | Todos os participantes avaliaram o encontro com otimismo, valorizando a diplomacia de Lula, a possibilidade de acordos benéficos ao Brasil e aos EUA e o fim do apoio de Trump a Bolsonaro. | Os participantes formularam seus argumentos de acordo com seus grupos de pertencimento. |
Os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) revelaram uma postura predominantemente desconfiada em relação às instituições públicas e à mídia tradicional. A maioria demonstrou preferência por informações oficiais apenas quando associadas a órgãos técnicos, como a Anvisa, mas mesmo essas fontes foram frequentemente questionadas quanto à sua credibilidade. Houve uma percepção generalizada de que o governo e os meios de comunicação poderiam omitir ou distorcer informações, o que reforçou a sensação de insegurança e incerteza diante do caso. Essa desconfiança também se estendeu ao sistema político de forma mais ampla, sendo comum a ideia de que o poder público estava “aparelhado” ou agia contra os interesses da população.
Além da desconfiança institucional, as falas evidenciaram um afastamento moral e prático do consumo de bebidas alcoólicas, o que levou muitos participantes a relativizarem a gravidade do problema a partir de sua própria abstinência. O episódio foi interpretado mais como um alerta ético e religioso do que como uma crise de saúde pública, reforçando a noção de punição e correção moral associada ao consumo. A confiança foi depositada em fontes percebidas como neutras ou científicas, como médicos e laboratórios, embora ainda sob cautela. Em geral, o grupo expressou medo, desconfiança e uma tendência a buscar segurança em medidas individuais — como evitar o consumo — em vez de confiar em ações coletivas ou institucionais.
"Eu não confiaria na Anvisa não, está tudo aparelhado, já vi reportagem falando que a contaminação é muito maior e não estão divulgando." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)
"Boa tarde bem eu n̈ bebo nenhum tipo de álcool eu n̈ esperaria nada de governo acho q nesse caso é melhor esperar a Anvisa se manifestar." (G1, 57 anos, confeiteira, PE)
"Boa tarde! Eu não faço uso de bebidas alcoólicas mas estou achando muito triste essa situação. Muitas pessoas morrendo e até ficando com sequelas. Tem que ser investigado a fundo essa situação. Mas é difícil porque as bebidas alcoólicas são legalizadas e serão muitos estabelecimentos para fiscalizar." (G1, 38 anos, assistente administrativo, AM)
"Boa tarde! Não bebo bebidas alcoólicas, porém, de qualquer forma, uma nota da Anvisa seria ótimo para esclarecer tudo. Porém, mesmo após toda a repercussão e diante da quantidade de vítimas, ainda assim, mesmo com nota, acredito que muitos vão ficar com receio de ingerir. Eu, se bebesse, também ficaria com medo e acredito que nem beberia mais." (G1, 27 anos, microempreendedora, MG)
Os demais grupos (2, 3, 4 e 5 - bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) compartilharam uma percepção de que, diante de uma crise de saúde pública e de circulação de informações contraditórias, o caminho mais seguro era recorrer a fontes oficiais, técnicas e verificáveis. Esses participantes demonstraram uma confiança estruturada na autoridade científica e institucional, reconhecendo em órgãos como a Anvisa, o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais de saúde os principais mediadores entre o conhecimento especializado e a sociedade. Também atribuíram credibilidade a veículos tradicionais de imprensa, considerados capazes de apurar e traduzir as informações de forma mais responsável que as redes sociais. Essa confiança, no entanto, não foi cega: veio acompanhada de uma expectativa por transparência, clareza e eficiência na comunicação e na fiscalização. Assim, o vínculo de credibilidade com o Estado e com a mídia formal apareceu condicionado à capacidade dessas instâncias de agir com coerência e de proteger efetivamente o cidadão.
Além da valorização das fontes oficiais, esses grupos manifestaram uma compreensão mais institucionalizada da segurança do consumo, na qual a proteção coletiva e a regulação estatal ocuparam papel central. Os grupos defederam que a resposta ao problema do metanol não dependia apenas de decisões individuais, mas de ações públicas coordenadas, como investigações, divulgação de listas de marcas adulteradas e punição exemplar dos responsáveis. Essa orientação denotou uma visão baseada na confiança na estrutura pública e na expectativa de que o Estado cumprisse sua função de fiscalização e garantia do bem-estar.
"Em situações como essa, eu confio apenas em fontes oficiais e verificadas, como o Ministério da Saúde, a Anvisa, as Secretarias Estaduais de Saúde e veículos de imprensa reconhecidos pela credibilidade. Procuro evitar acreditar em mensagens de redes sociais ou aplicativos de conversa sem comprovação." (G2, 43 anos, dona de casa, AM)
"Boa tarde. Os jornais mainstream pelo menos para mim não utilizo como fonte de 100% credibilidade. Há muito viés em quase tudo. As informações descentralizadas tem relatos (embora muitos fake também ne). Tanto nesse caso como nos outros busco informações mais descentralizadas. Me faria se sentir mais seguro se as empresas viessem a público expor sua segurança e seus produtos também." (G2, 38 anos, professor, SP)
"Acredito que para decidir em qual informação confiar, é necessário buscar fontes confiáveis, como autoridades do Ministério da Saúde especificamente a Anvisa. Programas de imprensa de grande credibilidade como o jornal nacional e de órgãos de fiscalização! É crucial evitar essas informações que circulam apenas de redes sociais sem verificação que normalmente são sensacionalistas." (G3, 41 anos, funcionária pública, GO)
"Antes de qualquer coisas eu sempre procuro a veracidade de notícias pelo sites oficias do governo se tem alguma notícia sobre. Também busco em jornais de grande repercussão como nacional e o globo. Não confio em mensagem repassada com teor de sensacionalismo em grupos de WhatsApp por exemplo. Acho que no momento como ja foi encontrado casos em lugares de boa procedência evitaria consumir bebidas alcoólicas em geral." (G4, 29 anos, profissional de T.I., MG)
"Nessas situações eu procuro confiar em fontes sérias, tipo notícias de sites conhecidos, ou informações que venham de órgãos oficiais como Anvisa, Ministério da Saúde, etc. Redes sociais costumam espalhar muitos boatos, então evito acreditar logo de cara em tudo que vejo por lá. O que me deixaria mais tranquila como consumidora seria ver os órgãos de saúde dando notícias claras divulgando as marcas envolvidas, mostrando que estão fiscalizando e que quem fez coisa errada vai pagar." (G5, 61 anos, aposentada, PR)
"Ah, numa situação dessas eu só confiaria em informações de fontes oficiais mesmo, tipo Anvisa, Ministério da Saúde ou notícias de portais grandes. Na internet aparece muita coisa errada e boato, então eu esperaria algum comunicado oficial. Pra me sentir mais segura, eu só compraria bebida de lugar conhecido e evitaria qualquer coisa sem rótulo ou muito barata." (G5, 30 anos, analista comercial, BA)
Os participantes do grupo 1 e parte do grupo 3 (bolsonaristas convictos e eleitores flutuantes) expressaram percepções que relativizavam o caráter negativo da precarização, entendendo-a como consequência natural das transformações econômicas e das novas formas de trabalho. Para eles, a flexibilização das relações laborais não representava necessariamente perda de dignidade, mas sim uma possibilidade de autonomia, de adaptação às condições do mercado e de liberdade para organizar a própria rotina. Essa visão associou o valor do trabalho à responsabilidade individual e ao mérito, sugerindo que o esforço pessoal poderia compensar a ausência de garantias formais.
Ao mesmo tempo, esses participantes revelaram um olhar pragmático sobre a realidade trabalhista, reconhecendo que manter vínculos formais era cada vez mais difícil e que a sobrevivência exigia estratégias de adequação. A precarização, portanto, foi interpretada menos como uma forma de exploração e mais como um efeito inevitável de um sistema que oferece liberdade com riscos.
Além disso, no grupo 1 (bolsonaristas convictos) apareceram críticas explícitas ao atual governo, especialmente ao PT, associando a perda de direitos e a estagnação das políticas trabalhistas à corrupção e à má gestão pública. Essa insatisfação foi articulada à ideia de que os altos impostos não se traduzem em benefícios reais para os trabalhadores, reforçando o sentimento de descrença institucional e a percepção de que o poder público está distante das necessidades de quem vive do próprio trabalho.
“Essa escala 6x1 é muito puxada, o trabalhador não tem qualidade de vida porque não tem tempo para cuidar da saúde e ter convívio com a família, eu acho que deveria sim, ser revista e mudada para o bem estar físico e emocionalmente do trabalhador, eu duvido um político aceitar trabalhar numa escala 6x1, esse é um caso de trabalho precarizado na minha opinião. Trabalho escravo é aquele que o trabalhador não tem o mínimo possível de condições salubres, trabalha e dorme no mesmo lugar sujo e sem condições básicas de higiene, se alimenta mal e não tem os direitos trabalhistas garantidos e ainda está numa situação de devedor ao ‘patrão’, essa é uma característica análoga a escravidão na minha opinião. Muita coisa tem que ser feita para que o trabalhador brasileiro possa ter dignidade do tamanho dos impostos que pagam, não vejo empenho nessa área em melhorar essa causa a favor do trabalhador. Esse PT é uma piada, só é a favor do trabalho deles próprios, como roubar, nisso são muito eficientes, os trabalhadores têm que abrir os olhos e ver em quem andam votando.” (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)
“A situação de trabalho do brasileiro vem mudando ao longo dos anos. Hj tem muito mais trabalhadores autônomos e trabalho terceirizado. O autônomo não reclama de dia ou horário, pq trabalha para si mesmo. Qualquer outro, tem que ser bem remunerado e com condições boas de trabalho.” (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
“Para mim CLT é o melhor exemplo de precarização e escravidão. Precarizada pq há anos se fala em se rever as leis trabalhistas, mas nada é feito. E escraviza pq mantém o trabalhador e o empregador presos a um sistema que não dá nenhuma liberdade para negociarem entre si. Tudo tem que passar por sindicatos e Estado, pois estes não produzem nada, mas querem sua fatia da produção dos outros.” (G1, 54 anos, músico, RS)
“O trabalho precarizado é basicamente o que vem acontecendo atualmente e isso não significa ser ruim de certo modo, dependendo do que a pessoa achar mais benéfico a ela. Antigamente era mais empregada doméstica, mas hoje com a evolução tecnológica entrou tantos empregos assim informais sem relação de trabalho, como exemplo os app de comida e carro. [...] Só penso mesmo que esses dois termos se misturam no sentido quando alguém trabalha demais, ou é explorado dentro do CLT sem receber horas extras, ou diversas funções em uma só e a pessoa diz no sentido figurado ‘trabalho escravo esse que estou’.” (G3, 36 anos, autônoma, SP)
“Bom dia. Trata-se de um tema bem delicado, pois infelizmente ainda vemos notícias de pessoas mantidas em situações degradantes, obrigadas a trabalhar, sem nem mesmo a comida, casos assim muito comuns em fazendas e lavouras. Por outro lado temos também a escravidão moderna, onde querem que as pessoas trabalhem 6 dias, coloquem quando quer, acham que um salário mínimo que desconta passagens e outros tributos é suficiente enquanto os célebres deputados e demais políticos ganham ramas e mais ramos de dinheiro que saem das nossas costas. Acho sim que muitas coisas nas leis trabalhistas têm que mudar. Se tem dinheiro para ficar alimentando políticos e fazendo programas sociais, tem que ter também para favorecer quem trabalha e banca esse povo todo.” (G3, 37 anos, assistente administrativa, MG)
Os grupos 2, 4 e 5 (bolsonaristas moderados, lulodescontentes e lulistas) compartilharam uma compreensão crítica e socialmente sensível sobre o tema, reconhecendo que tanto o trabalho precarizado quanto o análogo à escravidão decorrem da desigualdade estrutural e da fragilidade das políticas de proteção ao trabalhador. Em todos, predominou a percepção de que a precarização representa um processo gradual de perda de direitos, intensificado por reformas trabalhistas e pela desresponsabilização do Estado. Os participantes valorizaram o papel das leis e da fiscalização, destacando que a falta de garantias básicas — como salário justo, descanso e segurança — compromete a dignidade humana e aproxima o trabalho precarizado de formas de exploração extrema.
Esses grupos também convergiram ao enfatizar que muitos trabalhadores aceitam condições degradantes não por escolha, mas por necessidade, evidenciando o caráter compulsório e estrutural da exploração. Alguns realizaram uma distinção entre precarização e escravidão: o primeiro termo foi definido como uma vulnerabilidade legal e econômica, enquanto o segundo como a expressão máxima dessa lógica, marcado pela coerção e pela perda da liberdade. Muitos ainda manifestaram indignação com a desigualdade social e com a naturalização de práticas abusivas, defendendo a urgência de políticas públicas e de um Estado protetor.
O grupo 5 (lulistas) se diferenciou pelo tom mais politizado e combativo, associando diretamente a precarização ao avanço do neoliberalismo e às reformas implementadas por governos recentes. Suas falas expressaram crítica aberta às elites econômicas e à direita política, vistas como responsáveis por legitimar a exploração sob o discurso da meritocracia e da “liberdade de escolha”. Além da denúncia moral, o grupo articulou um discurso ideológico de resistência, questionando a estrutura que sustenta a desigualdade e reivindicando o reconhecimento do trabalho como dimensão central da cidadania e da dignidade humana.
“Acredito que o trabalho precarizado não dá condições ao trabalhador de ter um mínimo de garantias financeiras, por exemplo dando oportunidade de prever uma reserva como férias, décimo terceiro, fgts etc...por outro lado há também a questão de empreender o que eu também acho viável. Mas continuo acreditando que por mais que tenha flexibilização e nem todas sao ruins é preciso respeito e manter o mínimo de direitos” (G2, 38 anos, professor, SP)
"Entendo que trabalho precarizado e escravo são diferentes. O precarizado o trabalhador recebe seu salário e direitos, porém o ambiente de trabalho é precário, com poucos recursos, máquinas ruins ou manuais, ambiente sujo. Já o trabalho escravo a pessoa trabalha igual ao que descrevi acima e o qu piora é que não recebe nada de salário, ou recebe uma miséria.” (G2, 35 anos, contadora, RS)
"eu acho que trabalho precarizado e quando a pessoa trabalha muito e nao tem os direitos que deveria ter, tipo recebe pouco, nao tem descanso e vive sob pressao. ja o trabalho escravo e quando a pessoa e forçada a ficar naquele servico, sem liberdade nenhuma. hoje em dia tem muita gente passando por situacao dificil, e as vezes o jeito que tratam o trabalhador chega perto disso. pra mim, os dois mostram o quanto falta valor e respeito com quem trabalha." (G4, 25 anos, cabeleireira, MA)
“Infelizmente ainda existe trabalhos sub-humanos, empresários que se aproveitam a necessidade do povo pra tirar vantagens com lugares insalubres e até falta de salário, praticamente um lá situação análoga a escravidão. Eu acredito que muitos se aproveitam da fragilizada social pra tirar direitos do cidadão e quem precisa se sujeita a aceitar.” (G4, 49 anos, artesã, CE)
“Ninguém deveria ser obrigado a trabalhar seis vezes por semana, ninguém. Isso acaba com o bem-estar físico e emocional de qualquer pessoa, além de prejudicar as relações familiares e conjugais. A deforma trabalhista feita pelo Micher Temer precarizou as relações de trabalho e isso não sou eu quem falo não, há vários estudos que comprovam esse fato. Sobre o trabalho análogo a escravidão, existe e existe muito por aí! Infelizmente alguns setores do agro ainda pensam com a cabeça do século 19 e deixam os trabalhadores em uma situação extramamente frágil e vulnerável. Por fim, gostaria de dizer que ninguém trabalha mais de 13 horas por dia porque gosta ou porque quer, muitas vezes trabalha porque necessita e aí vem outro ponto. O salário médio do Brasil não acompanha o custo de vida das grandes cidades.” (G5, 33 anos, tradutor, SP)
“Quando ouço “trabalho precarizado” Ou 'trabalho escravo “ Penso logo em pessoas que trabalham muito, ganham pouco e vivem com medo de perder o emprego. São trabalhadores que não têm direitos garantidos, fazem jornadas longas e, às vezes trabalham em lugares perigosos ou sem condições mínimas.(...) No fim, o importante é garantir condições de trabalho justas, dignas e com direitos básicos. Trabalhar muito e ainda passar necessidades não é liberdade, é exploração disfarçada. A escala 6x1, por exemplo, pode até ser legal, mas pra quem trabalha só pra comer, sem tempo pra descansar, estudar ou viver, isso se parece muito com uma forma moderna de escravidão, principalmente quando a pessoa nem gosta do que faz, mas não tem outra oportunidade. Por isso é fundamental discutir esses termos com seriedade, pra que a sociedade reconheça quando o trabalho, mesmo legalizado, está explorando ou adoecendo o trabalhador.” (G5, 61 anos, aposentada, PR)
As opiniões expressas no grupo 1 (bolsonaristas convictos) revelaram uma descrença generalizada em relação à possibilidade de aproximação entre os governos de Lula e Trump. Os participantes interpretaram a reunião como uma manobra política ou uma farsa midiática, reafirmando a convicção de que o ex-presidente norte-americano continuava alinhado a Jair Bolsonaro. De modo predominante, o tom foi de desconfiança e ironia, sustentado por uma visão fortemente polarizada em que o atual governo brasileiro foi retratado como ilegítimo, incompetente ou manipulado pela mídia.
O discurso também demonstrou uma adesão quase unânime a narrativas conspiratórias, nas quais a mídia tradicional e o sistema de justiça foram apresentados como agentes de perseguição política. A reunião diplomática foi reinterpretada como um episódio de resistência simbólica da direita internacional, reafirmando valores anticomunistas e de defesa de Bolsonaro. Assim, o debate não se estruturou em torno de temas diplomáticos ou econômicos, mas em torno da reafirmação de identidades políticas e da oposição ao governo vigente.
“Esses apoiadores do desgoverno do descondenado são uns lunáticos, deixa eles pensarem o que quiserem essa gente não tem cura, deliram o tempo todo a favor da corrupção. Não acredito que o Trump deixou de apoiar Jair Bolsonaro, isso deve ser estratégia para pegar o molusco na teia, Trump jamais vai se aliar com ditadores. Lula foge do Trump igual o 😈 da cruz. Vamos aguardar para ver o desenrolar dessa estratégia Trumpista.” (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)
“Sobre Trump virar as costas para Bolsonaro, é só mais uma fake news, pois inclusive Marco Rúbio falou sobre isso na reunião, para Alexandre de Moraes parar de persseguir Bolsonaro” (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
“Essa foi a piada do ano, desse desgoverno, Mauro Vieira saiu com o rabo entre as pernas. Kkkk Eu gostaria de ver a cara do Lulinha ao saber disso. 😂😂 Foi apenas um diálogo "amigável" entre as partes, Marco Rúbio deixou bem claro que se não pararem com essa ditadura que estão fazendo contra Bolsonaro e os irmãos patriotas, não terá acordo nenhum! E o encontro com o jumento do Lula, só vai piorar as coisas, Trump é um jogador astuto nato! Temos que tirar esse comunismo do poder em 2026! Com a glória de Deus! 🇧🇷🇧🇷🇧🇷” (G1, 64 anos, empresário, PR)
“🤣🤣🤣🤣 trump é o mestre das estratégias e das negociações.. Este governo Lula 2 é tão despreparado e ingênuo a ponto de achar que tudo se resolveu com uma postagem em redes sociais... 😂😂😂😂 sabe de nada inocenti ... a espera dos próximos capítulos e preservando as gargalhadas pq o tombo vai ser grande ...” (G1, 54 anos, músico, RS)
As opiniões expressas pelo grupo 2 (bolsonaristas moderados) revelaram uma postura mais ponderada em relação ao encontro diplomático entre Brasil e Estados Unidos. A maioria dos participantes avaliou a reunião de maneira positiva, destacando a importância de manter o diálogo e de buscar acordos comerciais que possam beneficiar ambos os países. As menções à revisão de tarifas e à cooperação econômica surgiram como sinal de avanço diplomático, enquanto a possibilidade de um encontro entre Lula e Trump foi tratada com ceticismo e vista mais como especulação política do que como fato concreto. Ainda que houvesse referências a preferências ideológicas, o tom predominante foi de valorização das relações internacionais e do interesse econômico nacional.
Parte das respostas, assim como no grupo 1 (bolsonaristas convictos), também expressou desconfiança quanto à veracidade das informações divulgadas pela mídia e manteve a crença de que Trump não teria rompido sua relação com Bolsonaro. Esse segmento do grupo interpretou as negociações em curso como um jogo estratégico em que prevaleceriam interesses econômicos e disputas políticas internas. De modo geral, o grupo demonstrou reconhecer a importância da diplomacia e da cooperação entre países, mas ainda filtrou as interpretações sob o prisma das lealdades políticas domésticas, revelando uma tensão entre o desejo de estabilidade e a persistência de vínculos simbólicos com o bolsonarismo.
“Bom dia. Vejo de maneira muito positiva essa reunião em os ministros do Brasil e Estados Unidos. Entendo que as taxas impostas precisam ser revistas/revogadas para facilitar o livre comércio, já que somos grandes produtores alimentícios. Acredito que Lula e Trump não se encontrarão para tratar deste assunto, somente especulação deste possível encontro.” (G2, 32 anos, analista de sistemas, SP)
"Tudo que venha para melhorar a situação financeira do povo brasileiro é bom, acho que tem que haver flexibilidade dos dois lados para o melhor do Brasil,quanto ao apoio a Bolsonaro eu penso que haverá negociações relacionadas a isso,Trump não é homem de covardia e jamais iria deixar Bolsonaro na mão.” (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"Tenho certeza que o apoio de Trump ao Bolsonaro não acabou, porém é preciso saber separar amizades de relações econômicas.
É uma questão muito complexa e, infelizmente acredito que não avançará as negociações pois, a exigência principal que os Estados Unidos faz é que acabe as perseguições políticas no Brasil e isso acredito que não seja de interesse do atual governo. A população, e principalmente os mais pobres é que sai perdendo nessa disputa de queda de braço, onde o Brasil não tem condições favoráveis para o enfrentamento com os Estados Unidos.” (G2, 35 anos, coordenadora, DF)
“Bom dia, Duvido que o apoio do trump ao bolsonaro acabou, porém é excelente justamente para a gente a questão das taxas já estamos com aumento grande repassado por eles em vários setores, e querendo ou não essa briga com o bolsonaro e o governo é de maneira geral é bem complicado uma vez que a família bolsonaro impacta praticamente um país inteiro, praticamente o que o governo tá fazendo é tentando limpar a cagada do lula é tipo assim passa um tempo o Lula fala mal aí vai o governo e fica naquela " volta o cão arrependido " para tentar negociar o comércio.” (G2, 24 anos, suporte TI, DF)
As respostas dos grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) apresentaram uma leitura predominantemente conciliatória e positiva sobre o encontro diplomático, marcada pela valorização do diálogo e pela ênfase nos possíveis benefícios econômicos da aproximação entre Brasil e Estados Unidos. Em contraste com os grupos mais à direita, esses participantes interpretaram o evento como sinal de maturidade política e normalização das relações internacionais, priorizando os efeitos práticos — como revisão de tarifas e fortalecimento do comércio exterior — em vez de disputas ideológicas. O tom geral foi de moderação e racionalidade: reconheceu-se que diferenças entre os países são naturais, mas que o caminho do entendimento e da negociação é o que melhor serve aos interesses da população.
Esses grupos também demonstraram confiança maior na diplomacia brasileira e na capacidade de Lula de conduzir as relações externas com equilíbrio e respeito mútuo. As falas dos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes) destacaram a importância do diálogo e da cooperação como pilares da política internacional, enquanto o grupo 5 (lulistas) foi além, expressando entusiasmo e orgulho pela atuação do governo, visto como assertivo e respeitado no cenário global. Houve, portanto, uma aproximação discursiva entre o ideal de soberania nacional e a crença em uma diplomacia autônoma, capaz de reposicionar o Brasil no mundo após períodos de instabilidade política.
“Boa tarde, acho que esse tipo de encontro é super importante para estreitar as relações e permitir bons acordos entre os dois países. Acredito que o Trump está vendo que o Bolsonaro vai se dar mal, e está querendo se aproximar do Lula. Pra nós isso é ótimo!” (G3, 37 anos, médica veterinária, PR)
“Acredito que essa reunião entre Rubio e Vieira seja muito positiva, embora tenha durado pouco tempo, tem como objetivo discutir a revisão de tarifas e a negociação de novos acordos comerciais! Ambos concordaram em manter o diálogo e trabalhar para agendar um possível encontro presencial entre os presidentes Lula e Trump na primeira oportunidade. E esse encontro só ocorreu 10 dias após uma conversa por telefone entre Lula e Trump tendo em vista que apoiadores do governo brasileiro interpretaram a reunião como um sinal do fim do apoio de Trump a Jair Bolsonaro. Tomara que realmente um novo acordo comercial aconteça de fato, pois aí todos sairemos ganhando.” (G3, 41 anos, funcionária pública, GO)
"Acho um encontro muito diplomático e muito importante, acima de tudo pra nós brasileiros , pois se tratam de países com soberanias e economias diferentes que em muito se parecem e tem que se manter respeito entre suas histórias politicas e econômicas....”(G4, 41 anos, farmacêutico, PE)
“Para o País é muito bom pois já estávamos sofrendo demais com as taxas impostas. Acredito que essa mudança do nada de opinião de Trump pode ter a ver com a alta de alguns produtos que o Brasil exportava e os americanos deviam ter começado a reclamar, e como o presidente é muito instável essa "paz" com Lula pode mudar do nada. Espero que tenhamos um período de tranquilidade finalmente.” (G4, 32 anos, engenheiro mecânico, BA)
“Mais uma vez ficou provado como ninguém faz política internacional como o Lula. Ele não abaixou a cabeça, segurou as consequências duras das suas ações quando não se intimidou pelo tarifaço e agora está com as cartas nas mãos para fazer um acordo ótimo para o Brasil, já que as tarifas, no final das contas, foram piores para os Estados Unidos, que viu o preço do café e da carne dispararem. Outro ponto positivo dessa agenda é reafirmar a soberania nacional e que ninguém irá interferir nas nossas decisões internas, nem mesmo com ameaças do país mais poderoso do mundo. Isso só demonstra como o Brasil, apesar dos seus muitos problemas, tem muita força e é admirado por muitos dos países europeus. Por fim, queria dizer que o Bolsonarismo deixou o Lula na cara do gol para a eleição do ano que vem, antes desse bafafa todo, o Governo andava meio perdido, sem saber o que fazer, mas ganhou força ao mostrar como a soberania nacional é a coisa mais importante que temos.” (G5, 33 anos, tradutor, SP)
“Acho benéfico para o Brasil, independente de partido políticos, os presidentes têm que estarem de acordo um com outro. Assim como o EUA dependente de produtos brasileiros, também dependemos de dos EUA. Isso trás benefícios para o povo de cada país, então espero um acordo favorável, que esse encontro seja marcado quanto antes para botar o fim nessa taxação absurda.” (G5, 28 anos, gerente comercial, AM)
Ao longo do debate sobre a questão 92, que abordou o encontro entre o chanceler brasileiro Mauro Vieira e Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, foram enviados três vídeos, todos provenientes do grupo 1 (bolsonaristas convictos). Predominaram conteúdos que reagiam à repercussão do encontro na mídia. Todos os vídeos seguiram a mesma estrutura: partiram do pressuposto de que o governo e a imprensa brasileiros estariam mentindo — ou, ao menos, enquadrando de forma tendenciosa os fatos relacionados à reunião com os EUA — quanto ao tom do encontro. Procuraram, assim, descredibilizar os esforços diplomáticos do governo brasileiro, retratando-o como parte “submissa” nos acordos. Essa suposta submissão, segundo a narrativa dos autores, decorreria de pressões dos EUA para que o Brasil encerrasse o que chamavam de “ditadura da toga”, expressão usada para se referir à alegada perseguição política a figuras da direita por parte do judiciário, especialmente do STF e, em particular, de Alexandre de Moraes. Os três vídeos combinaram trechos de reportagens da CNN e da Jovem Pan com comentários sem base factual, marcados por especulações sobre o “verdadeiro” tom do encontro e sobre a posição geopolítica do Brasil após o episódio.
O primeiro vídeo, produzido por Paulo Melo, presidente da Juventude do Partido Liberal (PL) em Curitiba, adotou um tom especulativo e depreciativo, com caráter de denúncia: apresentou citações sem fonte e usou essas referências como apoio para extrapolações não verificáveis.
O segundo vídeo, publicado pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), manteve a mesma lógica, mas com tom irônico. Ao final, Gayer afirmou que os EUA detinham o controle sobre as tarifas impostas aos produtos brasileiros e que essas só seriam suspensas com o fim da “ditadura do judiciário”. Também sugeriu que o governo brasileiro teria oferecido algo em troca para tentar encerrar as sanções sem alterar a situação interna.
Por fim, Allan dos Santos e outros três participantes conduziram um podcast reagindo à cobertura midiática do encontro. O tom predominante foi de ironias e insultos, seguido de acusações de cinismo dirigidas à imprensa, que, segundo eles, tentaria ocultar o “verdadeiro tema” da reunião — as relações do judiciário com políticos de direita.
Em síntese, os três conteúdos apresentaram fatos básicos ancorados em reportagens reais, mas a partir daí desenvolveram narrativas especulativas e não verificáveis. A alegação de que Rubio teria “condicionado” avanços nas relações bilaterais ao fim de uma suposta “opressão judicial” ou exigindo sanções contra Alexandre de Moraes não encontrou respaldo em comunicados oficiais nem em coberturas jornalísticas de referência.
Trechos do Vídeo 1 - “Reunião tensa, Itamaraty ‘mentiu’ e EUA deram ‘puxão de orelha’”:
“E teve mais, assessor americano teria dito, 'ninguém em Washington quer arriscar pra defender o Brasil hoje'. É uma vergonha internacional. Os Estados Unidos deixaram claro que não vão cair na conversa do governo Lula. O Trump tem enfrentado ditadores como Maduro e agora o mundo começa a perceber a ditadura da toga e a perseguição política dentro do Brasil.”
“Itamaraty mentiu sobre o que aconteceu. Os EUA disseram que o Brasil está do lado errado (Israel–Hamas, Ucrânia–Rússia, Venezuela) e que ‘ninguém em Washington quer arriscar para defender o Brasil’.”
Trechos do Vídeo 2 - “Rubio condicionou avanços ao fim da ‘opressão judicial’ e a sanções (Lei Magnitsky)”:
“A imprensa vendeu a ideia de que os dois vão casar e ter filhos. Né? Que a química entre o Lula e Bolsonaro [Trump] não era nem química, era uma indústria de petroquímica, era uma coisa impressionante. Eles são apaixonados um no outro. Será que foi assim? Vamos ver o que que o jornalista diz em relação a reunião destas duas pessoas.”
“O Mauro Vieira chegou lá com um bando de mané, né? Funcionários aí do PT, achando que iam chegar lá e apresentar as fake news deles, as narrativas, as mentiras e o Marco Rubio ia acreditar como a imprensa brasileira acredita. O que que aconteceu? Marco Rubio falou olha é o seguinte pra ter algum relacionamento entre Brasil e Estados Unidos de novo vocês tem que parar com essa ditadura do judiciário; Parar de prender pessoas pelo crime de opinião; parar de perseguir a direita; parar de perseguir o Bolsonaro porque vocês estão indo pro rumo da Venezuela e da China e nós vamos ter que abandonar vocês e vai ter mais sanções. Mauro Vieira escutou exatamente oposto do que ele achou que ele conseguiria. Saiu chorando praticamente, né? Saiu triste. Por quê? Não vai conseguir dobrar. Achou que chega lá provavelmente foi oferecer a Amazônia, terras raras. Com certeza foi oferecer alguma coisa.”
"Rubio teria condicionado qualquer avanço ao fim da ‘opressão judicial’ no Brasil e a sanções (Lei Magnitsky) contra figuras como Alexandre de Moraes.”
Trechos do Vídeo 3 - Foi fiasco; só ‘espuma’; Lula e Trump se encontram já em outubro na Malásia:
“Porque o Marco Rubio não chegou e não deu um tapão de mão aberta na cara do Mauro Vieira. Mas você viu as fotos da cara do Marco Rubio? Se ele não deu [tapa], na cabeça dele ele estava dando. [...] O Amauri Bonfim [internauta] descobriu o que que estava pensando. Ah é, o quê? ‘Uma testa dessa não dá pra errar nem de olho fechado [falando de um tiro hipotético]’.”
“Ele dá a entender que a reunião era só sobre a questão do comércio, aí ele: “fora isso eles também falaram a relação do Brasil com as ditaduras Cuba Venezuela.” ‘Fora isso’ ele também mencionou ali que o Brasil está se relacionando com ditaduras’. ‘Fora isso’. Meu irmão, calma que piora. [...] Falou de comércio aí ‘fora isso’ o Marco Lula condicionou a porra toda: a ditadura do judiciário. Caso esse cara pensa que eu sou a anta? Os cara pensam que eu sou um jumento? Como assim? Ele condiciona tudo o que foi falado: a ditadura do judiciário. E ele quer narrar, como um puta repórter, que o ponto principal foi comércio. Comércio. Que até então, né? O Lula sabe que é só comércio. Tem nada a ver com Bolsonaro. Tem nada a ver com as vítimas do 08 de Janeiro. Não tem nada a ver com os inquéritos. Não tem nada a ver com Alexandre de Moraes roubando dinheiro de uma empresa do Elon Musk pra poder punir outra. Não tem nada com o fato deles terem detido um americano em solo é conselheiro do Trump. Tipo nada disso aqui, nada disso aqui foi o assunto.”
As respostas da primeira questão da semana evidenciaram que, em contextos de crise sanitária e desinformação, os cidadãos tenderam a adotar posturas distintas de confiança e autoproteção conforme suas preferências políticas. Enquanto parte expressiva dos participantes (bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) demonstrou confiança relativa nas autoridades públicas e científicas, o grupo de bolsonaristas convictos se destacou pela descrença generalizada, traduzindo o episódio em termos de crítica política e moral. A desinformação foi reconhecida como uma ameaça concreta à segurança, reforçando a necessidade de políticas de informação claras, acessíveis e amparadas em evidências científicas. A percepção momentânea de falta de coordenação comunicacional entre governo, mídia e órgãos técnicos ampliou a sensação de caos informacional, evidenciando a importância de posicionamentos coesos, ágeis e dotados de credibilidade. Essa articulação comunicacional mostrou-se tão relevante quanto a própria resposta sanitária. Em suma, todos os grupos perceberam que o excesso de conteúdos contraditórios nas redes sociais agravou a insegurança e dificultou a distinção entre fatos e boatos, gerando ansiedade e desconfiança. A divergência, contudo, concentrou-se nos conteúdos considerados verdadeiros ou falsos: os grupos bolsonaristas desconfiaram das informações oficiais, enquanto os demais mostraram-se mais confiantes nas fontes institucionais e nas orientações divulgadas pelas autoridades públicas.
O debate realizado sobre o trabalho no Brasil ultrapassou a esfera econômica e expressou visões morais, políticas e ideológicas sobre o papel do Estado, do mercado e do próprio trabalhador. Enquanto os bolsonaristas convictos e parte dos eleitores flutuantes legitimaram a flexibilização e a informalidade como formas de autonomia e sobrevivência em um contexto de escassez de oportunidades, os demais enxergaram nessas mesmas práticas a reprodução de desigualdades históricas e a violação de direitos fundamentais. É importante frisar que o grupo de bolsonaristas moderados, geralmente alinhado a discursos de inspiração liberal, nesta discussão se posicionou a favor de uma atuação estatal mais presente, voltada a garantir condições mínimas de trabalho e a proteção dos direitos básicos dos trabalhadores. Em perspectiva mais ampla, os discursos também evidenciaram como a experiência concreta do trabalho foi mediada por pertencimentos ideológicos e pela desconfiança nas instituições públicas: entre os bolsonaristas convictos, o Estado foi visto como entrave e fonte de corrupção, enquanto, para os demais, apareceu como o único agente capaz de restaurar a dignidade e recompor as relações de poder entre empregadores e trabalhadores.
Por fim, as respostas sobre o encontro diplomático entre representantes do Brasil e dos Estados Unidos evidenciaram diferenças marcantes entre os blocos em termos de tom, foco e interpretação do episódio. Enquanto os grupos bolsonaristas adotaram uma leitura pautada pela desconfiança, interpretando a reunião como manobra política ou como ameaça ao campo com o qual se identificavam, os demais grupos se concentraram nos potenciais ganhos diplomáticos e econômicos, avaliando o diálogo como um passo construtivo. Nos dois primeiros grupos, prevaleceu a ideia de que o episódio estava inserido em uma disputa moral e estratégica, ao passo que, entre nos demais, predominou a compreensão de que a diplomacia deveria transcender interesses políticos imediatos. Ao longo da discussão dessa questão, houve o compartilhamento de conteúdos de desinformação entre participantes bolsonaristas convictos, que buscavam reforçar a narrativa de que o encontro não havia ocorrido em condições de igualdade diplomática, mas sob uma relação assimétrica em que o Brasil teria se comportado de maneira submissa.
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.
Mestrando em Ciência Política na Universidade Federal do Paraná, pesquisador do INCT ReDem e dos Grupos de Pesquisa NUSP e Observatório das Elites, vinculados à UFPR. Tem como interesses de pesquisa representação política parlamentar e metodologia científica. Possui experiência com a utilização de Inteligência Artificial na pesquisa cientifica, bem como na estruturação e análise de bancos de dados prosopográficos.
O Instituto Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação Representação e Legitimidade Democrática (INCT ReDem) é um centro de pesquisa sediado no Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), financiado pelo CNPq e pela Fundação Araucária.
Reunindo mais de 50 pesquisadoras(es) de mais de 25 universidades no Brasil e no exterior, o ReDem investiga, a partir de três eixos de pesquisa (Comportamento Político, Instituições Políticas e Elites Políticas) as causas e consequências da crise das democracias representativas, com ênfase no Brasil.
Sua atuação combina metodologias quantitativas e qualitativas, como surveys, experimentos, grupos focais, análise de perfis biográficos e modelagem estatística, produzindo indicadores e ferramentas públicas sobre representação política, qualidade da democracia e comportamento legislativo.
O objetivo central do ReDem é gerar conhecimento científico de alto impacto e produzir recursos técnicos que auxiliem cidadãos, jornalistas, formuladores de políticas e a comunidade acadêmica a compreender, monitorar e aperfeiçoar a representação política democrática no Brasil.
Declarações de Flávio Bolsonaro; Reforma da estabilidade dos servidores públicos; Críticas ao governo Lula.
Manifestações anti-PEC da Blindagem; Decisões prioritárias do Congresso; Declarações de Trump
Assassinato de Charlie Kirk; Novo programa do governo: Vale-gás; Confiança nos meios de comunicação
Declarações de Tarcísio de Freitas; Reações às falas dos Ministros; Condenação de Jair Bolsonaro
Expectativas sobre Julgamento de Bolsonaro; Pauta da Anistia no Congresso; Percepções sobre o Julgamento
Fiscalização das emendas parlamentares; PEC da blindagem; Megaoperação
Prisão de Hytalo Santos; Saída do país da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto; Áudios de Silas Malafaia
Mudanças na CNH; Vídeo de Felca; Sanções dos EUA ao Mais Médicos.
Manifestações pró-Bolsonaro; Prisão de Bolsonaro; Motim de Deputados Bolsonaristas
Denúncia contra Nikolas Ferreira; Medida de ajuda a refugiados; Imposição de Lei Magnitsky
Revogação dos vistos americanos de ministros do STF; Atitudes de Eduardo Bolsonaro; Alckmin e negociações sobre taxação
Entrevista de Lula; Veto de Lula ao aumento de deputados; Medidas cautelares contra Bolsonaro
Percepção de pobres x ricos; Implanon no SUS; Taxação de Trump
Vídeo sobre Imposto; Substituto de Bolsonaro; Comunicação da Direita e Esquerda
Infraestrutura e falhas governamentais; Resgate de Juliana Marins; Anulação de Decreto (IOF)
Ataques de Israel; Atuação do governo na economia; Papel social do governo
CLT; Interrogatório de Bolsonaro; Audiências de Ministros no Congresso
Política migratória dos EUA; Câmeras corporais nas fardas; Condenação de humorista.
Imagem de Janja; Ataques a Marina Silva; Programa Mais Especialistas
Responsabilidade pela Segurança Pública; Programa SuperAção SP; Anistia a Dilma Rousseff
Número de Deputados Federais; Mídia e INSS; CPI das BETS
Fraude no INSS; Papa Francisco; Viagem de Lula à Rússia
Prisão de Collor; Terapias hormonais em adolescentes; Camisa vermelha da seleção
Bolsa Família como Inclusão Social; Minha Casa, Minha Vida para Moradores de Rua
Ampliação da Isenção para Igrejas; Código Brasileiro de Inclusão
Governadores em Ato pró-Anistia; Percepções sobre os EUA; Percepção sobre Donald Trump
Identidades políticas adversárias; Autoidentificação de grupo; Percepções sobre crimes de abuso sexual
Aumento da Faixa de Isenção do IR.; Condenação de Carla Zambelli.; Bolsonaro Réu por Ataques à Democracia.
Passeata de Bolsonaro por anistia; Licenciamento de Eduardo Bolsonaro; Avaliação do Governo Federal.
Prisão de Braga Netto;Aprovação do do pacote de cortes de gastos;Concessão de benefícios extras
Tarcísio de Freitas e o uso de câmeras;Regulamentação de IA;Declarações de Moro e a Cassação de Caiado.
Isenção do IR; PEC dos Gastos Públicos; Divergências entre Mercado e Governo.
Tentativa de Golpe: informações gerais; Indiciamento de Jair Bolsonaro; Pedido de Anistia
Especial G20: Falas de Janja; Percepeções gerais; Avaliação de pautas
Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an