Relatório 110

De 29/9 a 5/10

Temas:

  • Declarações de Flávio Bolsonaro
  • Reforma da estabilidade dos servidores públicos
  • Críticas ao governo Lula.
Realização:
Apoio:
Metodologia

O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:

G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.

G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.

G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.

G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.

G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.

Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.

Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.

É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.

O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.

Síntese dos Principais Resultados

Entre os dias 29/9 a 5/10, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.

Ao longo do período, três temas foram abordados: i) declarações de Flávio Bolsonaro sobre seu irmão, Eduardo Bolsonaro; ii) proposição de Haddad para reorganização de critérios sobre a estabilidade de carreira dos servidores públicos; iii) reações a declarações e críticas sobre o governo Lula .

Ao todo, foram analisadas 153 interações, que totalizaram 7.813 palavras

Bolsonaristas Convictos Bolsonaristas Moderados Eleitores Flutuantes Lulodescontentes Lulistas Evangélicos
Irmãos Bolsonaro As falas exaltaram a união e a lealdade entre os filhos de Bolsonaro, vistos como patriotas que lutavam pela liberdade e pela anistia dos “presos políticos”, enfrentando injustiças do STF e do governo atual. Predominou a leitura de que as diferenças entre Flávio e Eduardo eram estratégicas e complementares, parte de uma atuação coordenada para alcançar a anistia e proteger o ex-presidente, com poucas críticas pontuais. O grupo expressou forte rejeição à família Bolsonaro, descrevendo-a como arrogante, desorganizada e movida por interesses próprios, sem preparo político ou coerência entre si. As opiniões foram majoritariamente céticas, apontando que as divergências entre os irmãos eram encenações eleitorais e estratégias de autopreservação, sem compromisso real com o país ou a população. As falas revelaram repúdio absoluto à família Bolsonaro, vista como desonesta, manipuladora e desunida, movida apenas por interesses pessoais e desesperada para evitar condenações. Os participantes elaboraram suas respostas de acordo com seus grupos de pertencimento.
Reforma da Estabilidade no Serviço Público O grupo defendeu a manutenção da estabilidade, mas com avaliações rigorosas de desempenho e punições para servidores ineficientes, associando a proposta à necessidade de justiça e eficiência no serviço público. O grupo apoiou majoritariamente o fim da estabilidade, vista como fonte de acomodação e má qualidade dos serviços, embora parte tenha alertado para riscos de injustiça e perseguição política. Os participantes concordaram com a ideia de avaliação e corte de privilégios, mas demonstraram forte desconfiança nas intenções do governo, defendendo que a medida deveria atingir também políticos e altos cargos. Houve ceticismo generalizado quanto à efetividade da proposta, interpretando-a como discurso político, ainda que alguns tenham defendido avaliações e correções de distorções salariais no funcionalismo. Todos defenderam a estabilidade como proteção necessária em áreas estratégicas, mas reconheceram a urgência de maior fiscalização, meritocracia e punição para servidores negligentes. Os participantes elaboraram suas respostas de acordo com seus grupos de pertencimento.
Críticas ao Governo O grupo demonstrou adesão total às críticas de Flávio Bolsonaro, interpretando-as como verdades incontestáveis e necessárias para expor a corrupção e a incompetência do governo Lula, sem reconhecer qualquer traço de tendenciosidade na fonte. Predominou a concordância com as críticas, embora com maior moderação. Alguns participantes admitiram que as postagens tinham caráter político e poderiam ser tendenciosas, mas ainda as consideraram baseadas em fatos reais e relevantes. As opiniões foram mais equilibradas: reconheceram problemas reais no governo Lula, mas destacaram que a postagem era seletiva e tendenciosa, pois práticas semelhantes ocorreram em gestões anteriores, inclusive na de Bolsonaro. O grupo concordou parcialmente com as críticas, mas a maioria apontou exageros, manipulação e continuidade dos problemas entre governos, adotando um olhar mais distanciado e desconfiado da retórica bolsonarista. As respostas enfatizaram a manipulação e o recorte político das postagens, vistas como típica estratégia de desinformação; alguns admitiram críticas pontuais válidas, mas defenderam a necessidade de contexto e verificação dos fatos. Os participantes elaboraram suas respostas de acordo com seus grupos de pertencimento.
Pergunta 84
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tem se articulado com políticos do Centrão nos últimos dias, pedindo votos para o projeto de redução de penas dos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na trama golpista e nos atos de 8 de janeiro de 2023, a chamada dosimetria. Em uma dessas conversas, o parlamentar se referiu ao irmão, Eduardo Bolsonaro, de uma maneira particular. ""O maluco do meu irmão"", teria dito Flávio a um dos interlocutores. O senador Flávio Bolsonaro tem demonstrado ser contra a estratégia de Eduardo de ir para o tudo ou nada em defesa da anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O que vocês pensam sobre os filhos de Bolsonaro e suas diferentes atuações dentro do contexto político brasileiro?
Coisa de irmãos e verdadeiros patriotas

As percepções dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e bolsonaristas moderados) convergiram na ideia de que as diferenças entre os filhos de Jair Bolsonaro não representavam rupturas reais, mas sim parte de uma estratégia política coordenada. Ambos os grupos interpretaram as posturas distintas de Flávio e Eduardo como complementares, voltadas a um mesmo objetivo: proteger o ex-presidente e garantir a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. As falas valorizaram a união familiar, a lealdade e o compromisso com o que consideravam a defesa da liberdade e da democracia, contrapondo esses ideais a um contexto político visto como injusto e autoritário, dominado pelo STF e pelo atual governo. Assim, as divergências foram enquadradas como uma divisão de papéis necessária para fortalecer o movimento bolsonarista diante de um ambiente hostil.

Nos dois grupos, a presença de sentimentos de admiração e confiança foi evidente. Os participantes ressaltaram a coragem e a persistência dos filhos de Bolsonaro, descritos como patriotas que enfrentavam perseguições e mantinham viva a luta do pai. As diferenças de tom entre os irmãos foram vistas como uma forma de equilíbrio: o radicalismo de Eduardo permitiria mobilizar a base mais combativa, enquanto a moderação de Flávio seria útil para garantir diálogo e avanço político institucional. Essa leitura reforçou a imagem de uma família coesa e estrategicamente organizada, unida pela convicção de que combatia uma injustiça.

"Os filhos do Bolsonaro estão mostrando garra em cada frente, cada um com seu jeito, mas sempre defendendo o Brasil , é importante ter quem lute pelo povo e não se cale diante das injustiças que estamos sofrendo desse governo corrupto e desse STF que tem usado ditadura de forma explícita no nosso Brasil." (G1, 45 anos, padeiro , PB)

"Eu penso que cada filho, cada irmão tem um pensamento diferente do outro mas no fundo todos querem ajudar de alguma forma e quanto a chamar o irmão de maluco, não vejo nada demais, eu amo meus irmãos e chamo até de animal, animalzinho, doido, maluco, tudo no respeito e carinho, não é pra ofender, pelo menos entre eu e meus 8 irmãos é assim e nós somos muito unidos. Não vejo mal nisso, o mundo tá mimizento demais. Espero que tanto Eduardo, quanto Flávio consigam a anistia, Eduardo como está nos Estados Unidos tem mais liberdade de ser mais radical, quanto ao Flávio tem que ter cuidado porque não vivemos mais em uma democracia e ele pode ser preso e perder o mandato por qualquer motivo, creio que seja por isso que está mais contido, mas no final todos tem o mesmo objetivo, liberdade para todos os presos políticos." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Penso que cada um está lutando em uma frente diferente, isso é uma ótima estratégia. Já que no senado não há maioria de direita, então é prudente que Flavio mantenha uma postura mais conciliadora. Já Eduardo foi pro tudo ou nada como dito, e lá deve continuar, não há mais volta, e aparentemente já estão aparecendo frutos de sua atuação, já que Moraes pressionado pela sanção americana que agora também atua sobre as pessoas a sua volta começa a dar leves acenos de recuo, como devolver as redes sociais da Deputada Zambelli e da filha do jornalista Osvaldo Eustáquio, já falar na redução de pena para os condenados e até mesmo a não prisão de Bolsonaro em presídio mas sim na prisão domiciliar. Vamos ver quem alcança seus objetivos primeiro." (G2, 43 anos, administradora, GO)

"Eu estou vendo cada um com uma estratégia, isso me parece bem orquestrado já que uma das teses tem que dar certo.

A questão de se referir ao irmão como "maluco", é algo natural, como se eles tivessem ideias contrárias, só que não." (G2, 43 anos, professora , SP)

Encenação e oportunismo

Nos grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas), predominou uma leitura amplamente negativa sobre a família Bolsonaro e sobre as supostas divergências entre os irmãos. As falas expressaram forte desconfiança quanto às motivações políticas de Flávio e Eduardo, interpretando suas diferenças não como sinal de pluralidade ou estratégia legítima, mas como encenação, oportunismo e disputa por poder. A percepção comum foi a de que ambos buscavam proteger os próprios interesses e o do pai, reproduzindo comportamentos autoritários, arrogantes e moralmente questionáveis. Essa rejeição se estendeu à própria legitimidade da atuação política da família, vista como desprovida de competência, coerência e compromisso com a população. A imagem construída foi de desordem, egocentrismo e autopreservação, opondo-se frontalmente à ideia de defesa da pátria exaltada nos grupos favoráveis.

Embora os três grupos compartilhassem o ceticismo e a crítica, nuances internas puderam ser observadas. O grupo 3 (eleitores flutuantes) concentrou-se na desorganização e arrogância dos filhos de Bolsonaro, enfatizando a falta de preparo e o comportamento grosseiro herdado do pai. O grupo 4 (lulodescontentes) apresentou um tom mais analítico e pragmático, descrevendo as diferenças como jogadas eleitorais e estratégias de marketing para preservar influência política e votos futuros. Já o grupo 5 (lulistas) foi o mais radical em sua rejeição, manifestando repúdio moral e político absoluto à família, associando-a à corrupção, manipulação e falsidade, e expressando satisfação diante da possibilidade de punições e enfraquecimento do bolsonarismo.

"Boa tarde, pelo que vejo nem eles mesmos conseguem entrar em um acordo. Brigam, dão indiretas,... Acho essa família toda de muita grosseria." (G3, 37 anos, médica veterinária, PR)

"Eles são muito desconexos entre si mesmo. O Eduardo é mais explosivo e falastrão e por muitas vezes mete os pés pelas mãos, em desespero. O Flávio é mais estratégico e o Carlos desapareceu desde as repercussões negativas sobre o pai." (G3, 25 anos, contador, RJ)

"Na minha opinião isso é jogada de marketing pois os dois são safados como o pai estão fingindo que pensam diferente para enganar a população, medo do povo não votar neles no futuro bem próximo, mas são farinha do mesmo saco." (G4, 53 anos, dona de casa, BA)

"Para mim essa mudança de estratégia de Flávio Bolsonaro é uma estratégia política para ele tentar melhorar seu relacionamento político com os parlamentares. É uma estratégia para não ser tido como muito radical. Flávio Bolsonaro está tentando manter apoio político para construir um nome da ala mais extremada da direita para as eleições de 2026 sem que se tenha a possibilidade de Jair Bolsonaro ser candidato." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)

"Eu não espero nada dessa família e quanto mais eles brigarem, mais feliz eu fico! Que eles se xinguem, se maltrapalhem e se enrosquem na justiça por conta própria. Eu só ficarei de camarote acompanhando e vibrando por cada nova condenação. Que paguem e sofram as consequências de tudo de ruim que fizeram para o Brasil, tanto o pai, quanto os filhos e que o bolsonarismo seja enterrado junto deles.

Por fim, só poderia dizer que a anistia não irá passar, seja branda ou ampla, e que iremos para as ruas quantas vezes forem necessárias para defender a nossa autonomia e a nossa democracia." (G5, 33 anos, tradutor, SP)

"Boa tarde, eu só queria que essa família saísse de foco, tudo que vejo sobre os Bolsonaros é contra minha vontade e torço para que eles não tenham forças políticas ano que vem." (G5, 25 anos, estudante, AL)

Pergunta 85
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a urgente adoção de alguns critérios para avaliar o servidor público brasileiro, colocando como principais métricas a eficiência e o desempenho. ""Regras claras de eficiência e qualidade são importantes para o serviço público. Eles são custeados por todos nós e a gente tem que ter cada vez mais transparência sobre essas questões"", afirmou o ministro no Podcast 3 Irmãos, no último sábado (27). Há anos, entretanto, essa estabilidade entra em discussão no Congresso. A mais recente é a reforma administrativa. Entre as principais mudanças, ela prevê o fim das férias de 60 dias para algumas categorias, o estabelecimento de salário inicial de, no máximo, 50% do salário final da carreira e a criação de um programa de avaliação de desempenho. O que você pensa sobre o fim da estabilidade a servidores públicos?
Reformistas Moderados

Os participantes dos grupos 1, 2 e 5 (bolsonaristas convictos, bolsonaristas moderados e lulistas) demonstraram uma compreensão equilibrada do papel da estabilidade no serviço público, reconhecendo sua importância institucional, mas também a necessidade urgente de modernização e responsabilização. Para esses participantes, a estabilidade deveria continuar existindo como uma salvaguarda contra perseguições políticas e interferências indevidas, especialmente em áreas sensíveis do Estado. No entanto, ela não poderia servir de escudo para o mau desempenho ou a negligência. As falas refletiram a defesa de um modelo de gestão mais transparente e meritocrático, no qual o servidor público fosse avaliado periodicamente, submetido a treinamentos e sujeito a consequências proporcionais à sua atuação. A ideia central foi a de que a estabilidade deve coexistir com a eficiência, e não substituí-la, representando um equilíbrio entre proteção e dever funcional.

Ao mesmo tempo, os participantes expressaram insatisfação com o tratamento desigual dado a diferentes categorias e cargos, manifestando o desejo de que eventuais reformas fossem amplas e justas, abrangendo também políticos e altos funcionários.

O grupo 1 (bolsonaristas convictos) expressou um certo tom de desconfiança sobre as intenções do governo, mas esse ceticismo não se traduziu em rejeição à proposta — apenas em uma cobrança por coerência e aplicação igualitária das regras.

“Acho que a estabilidade não deve acabar, mas precisa mudar em alguns aspectos, o servidor deve continuar protegido de perseguição política, mas também precisa ser avaliado de verdade, com metas e consequências se não cumprir bem o trabalho, assim, o serviço público fica mais justo e eficiente, porque em muitos setores, como nos hospitais, a população é tratada como pedinte, quando na verdade tem o direito de ser bem atendida.” (G1, 45 anos, padeiro, PB)

“Boa noite! Acredito que a estabilidade não deve acabar. Mas os funcionários têm que ser submetidos a treinamento, principalmente como atender ao público. Pq aqui na minha cidade só faltam bater na gente. Se aproveitam desta estabilidade pra tratar mal as pessoas.” (G1, 38 anos, assistente administrativo, AM)

"Finalmente Haddad tendo uma boa ideia para economia e desburocratização do país. Já passou da hora de funcionário público de todas as áreas serem cobrados por não prestarem bons serviços. Não generalizando mas na sua grande maioria parece que estão no serviço público apenas pelos benefícios . Preocupados apenas com suas estabilidade , deixando a desejar na questão de atendimento ao público. Pagamos autos impostos para sustentar está máquina que em troca nos trata com descaso e soberba."" (G1, 54 anos, músico, RS)

“Bem válida essa iniciativa aos funcionários do setor público, precisa sim de mudanças pra tirar as regalias que só eles têm. O gasto público com folha de pagamento diminuirá cortando a estabilidade, pois só continua com o emprego se for bom o desempenho. Trabalho numa empresa de porte grande e temos esse processo de avaliação de desempenho a cada 6 meses.” (G2, 35 anos, contadora, RS)

“Eu acho que não pode generalizar e tirar a estabilidade de todo mundo, já que existem áreas estratégicas que dependem dessa estabilidade para conseguir exercer o melhor da sua atividade sem sofrer pressão. A Receita Federal, por exemplo, tem que ter a garantia de que não irá sofrer pressão política quando der uma multa por evasão de divisas ou ainda por sonegação fiscal.” (G5, 33 anos, tradutor, SP)

“Bom dia. Acho que deve sim ter uma fiscalização mais rígida em cima de funcionários públicos, pois o que mais vemos são funcionários arrogantes somente por ser efetivo. Mas tirar a estabilidade vai acabar prejudicando aqueles que se esforçam para passar no concurso público e ter uma vida estável.” (G5, 27 anos, enfermeira, PE)

Críticos e Céticos

Os grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes) apresentaram uma visão mais crítica e cética sobre a estabilidade no serviço público, associando-a diretamente à ineficiência, ao descompromisso e à desigualdade entre o funcionalismo e os trabalhadores da iniciativa privada. Entre os participantes, prevaleceu a percepção de que a estabilidade havia se transformado em um privilégio injustificado, que protegia maus profissionais e estimulava o desleixo no atendimento à população. Assim, o fim da estabilidade ou a implementação de regras mais rigorosas de desempenho foram vistos como medidas necessárias para restabelecer a meritocracia, premiando quem trabalha e punindo quem não cumpre suas funções. Essa postura foi marcada por um discurso moralizante, que contrastou o servidor público acomodado com o trabalhador privado produtivo, e expressou um desejo de correção ética e eficiência administrativa.

Ao mesmo tempo, a confiança nas instituições e nas promessas de reforma foi baixa, avaliando as propostas do governo como mero discurso político. Para esses grupos, a ideia de avaliação e responsabilização era válida em tese, mas dificilmente seria aplicada de modo imparcial e efetivo, devido à persistência de privilégios, brechas legais e corrupção dentro do Estado. Parte dos respondentes também manifestou preocupação com o risco de perseguições e com a injustiça de punir os servidores de base sem tocar nos altos escalões.

“Boa noite! Eu penso que esta reforma tem que acontecer logo. Pois muitos servidores se apropriam da estabilidade, e não trabalham com agilidade e eficiência em prol dos cidadãos que às vezes precisam de um simples documento e não conseguem. Fim da estabilidade vai melhorar os serviços e atendimento para quem precisa!” (G3, 45 anos, professora, MT)

“Na verdade hoje a estabilidade é uma vergonha, quando precisamos do serviço público parece que sinto que eles estão fazendo um favor em atender a gente, pois não tem hoje uma auditoria ou algo que faça ser eficiente, então sempre é esse lixo de atendimento.” (G3, 39 anos, analista financeiro, SP)

“Acho ótimo, já era pra ter ocorrido, porém eu tenho certeza que irá ter brechas e no fim não vai ter mudança.” (G4, 27 anos, analista de sistemas, SP)

“Eu acho que já era hora, demorou, mas vai ficar tudo na mesma. Isso é mais um blá-blá-blá em que os ricos e poderosos saem em vantagem e o povo carente acredita. Vamos nos antenar, as eleições vêm aí... acorda, povo.” (G4, 51 anos, professora, RS)

Pergunta 86
O senador Flávio Bolsonaro (PL) postou em suas redes sociais algumas imagens com prints de manchetes e críticas aos 1000 dias do governo Lula. Leiam as manchetes e respondam: Vocês concordam com as críticas realizadas? Em relação à postagem em si, vocês acham que ela pode ser tendenciosa por não abordar profundamente os conteúdos ou consideram que somente os títulos são suficientes?"
Adesão integral às críticas

Nos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e bolsonaristas moderados), prevaleceu uma leitura fortemente alinhada à direita e marcada pela adesão integral às críticas feitas por Flávio Bolsonaro. As postagens foram vistas como manifestações legítimas e necessárias para denunciar o que os participantes perceberam como corrupção, desgoverno e manipulação midiática no atual governo. O tom das falas foi de convicção moral e política, sustentado pela crença de que as manchetes bastavam para revelar a “verdade” que a grande imprensa esconderia. Essa confiança na veracidade do conteúdo e na autoridade do emissor configurou uma postura de defesa da direita e de rejeição automática ao governo Lula, entendido como símbolo do retrocesso e da impunidade.

As falas também revelaram uma percepção de injustiça em relação ao tratamento dado ao bolsonarismo pela mídia e pelas instituições, o que reforçou o sentimento de pertencimento e resistência entre os participantes. A crítica à imprensa, vista como cúmplice do governo, foi um dos eixos unificadores do discurso, expressando a crença de que a direita fala “as verdades que ninguém quer ouvir”. Assim, as postagens não foram interpretadas como tendenciosas, mas como atos de coragem e de revelação.

Apesar da forte homogeneidade ideológica, houve nuances pontuais no grupo 2 (bolsonaristas mdoerados), onde alguns participantes reconheceram que as críticas possuíam um caráter político e poderiam exagerar determinados pontos. Ainda assim, essas observações não enfraqueceram o apoio geral às mensagens do senador.

“Eu concordo com todas as críticas feitas ao governo e ainda falta críticas. Enquanto a esquerda mente e manipula, a direita vai direto nas verdades. As postagens não são tendenciosas, são apenas verdades que a esquerda esconde e mente, então é preciso mostrar as verdades. A imprensa trabalha para o governo e espalha mentiras, encobrem verdades.” (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)

“Pra mim isso não é crítica, é só a verdade mesmo, são fatos que estão acontecendo desde que o cachaceiro assumiu a presidência, não tem nada de tendencioso aí.” (G1, 45 anos, padeiro, PB)

“Eu concordo com todas as postagens,talves ele deve até deixado passar alguma coisa ainda se procurar acho que encontra ➕️ coisas ainda.” (G1, 57 anos, confeiteira, PE)

“Concordo com as críticas e postagens do senador. E acho até que são poucas as postagens. Quanto às postagens serem tendenciosas, eu não vi está mesma preocupação quando o governo anterior passou 4 anos sendo acusado e perseguido pela dita imprensa profissional e isenta que hoje passa pano para o atual governo.” (G2, 54 anos, músico, RS)

“Concordo com as críticas , realmente pode ter ocorrido tudo isso, mas como vemos é uma crítica fundamentada na rivalidade política e não por que realmente está preocupado com a situação do País. Bom , a matéria tá tendenciosa seria bom ele ter deixado as matérias com um link pra quem está do outro lado no caso o leitor , possa ver as notícias na íntegra e tirar suas próprias conclusões.” (G2, 26 anos, autônomo, DF)

“Eu concordo com essas críticas, não tem nada de mentiras. Para confirmar é só pesquisar cada uma para comprovar a veracidade. O incrível é que não acontece nada, o povo brasileiro está em Nárnia.” (G2, 43 anos, professora, SP)

Caráter tendencioso, seletivo e politico

Entre os os grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas), prevaleceu uma postura mais crítica, reflexiva e distante da adesão automática às postagens. Embora muitos participantes reconhecessem que algumas críticas ao governo Lula tinham fundamento — especialmente em relação à economia, inflação e gastos públicos —, a maioria destacou o caráter tendencioso, seletivo e politicamente motivado das publicações. O discurso dominante expressou desconfiança tanto em relação ao conteúdo quanto à intenção das postagens, percebidas como instrumentos de disputa política e manipulação da opinião pública. Em vez de reproduzirem narrativas prontas, os participantes valorizaram o contexto, a checagem e a comparação com gestões anteriores, evidenciando uma percepção mais complexa da comunicação política.

As falas desse bloco também demonstraram fadiga e desencanto com o sistema político, marcada pela percepção de que “todos os governos são iguais” e de que as práticas de corrupção e má gestão se repetem independentemente do partido. Essa leitura rompeu com o dualismo observado nos grupos mais à direita, ao relativizar as responsabilidades e reconhecer continuidades históricas.

"Mas isso já vem acontecendo com outros presidente anteriores inclusive com o pai dele, Bolsonaro.Isso é má gestão desses políticos que só pensam em ganhar, e tirar do povo não governam para o povo governam pra si em próprio benefício.As críticas deveria ocorrer em todo governo que abusam do povo em ralação ao aumento dos preços e salário mínimo baixo,falta de cuidado com a saúde , educação ,segurança que vem ocorrendo a anos.Sai um governo entra outro independente do partido o descaso com a população continua.As postagens do filho do Bolsonaro são afrontas ao Lula mas que no governo de seu pai também teve problemas principalmente no combate a COVID." (G3, 41 anos, funcionária pública , GO)

"Eles postam o que convém a eles a favor deles. Agora quem não acompanha os noticiários vão acreditar . Por isso que sempre falo a gente precisa está sempre bem informados para saber o que é real e o que é enganação. Isso vem acontecendo muito do passado muitas gestões do passado não é agora . O sujo sempre falando do mal lavado.""" (G3, 39 anos, analista financeiro , SP)

"Essa postagem, mesmo vinda de Flávio Bolsonaro, dessa vez não é tão exagerada. É óbvio que não deixa de ser tendenciosa como todas as postagens vindas da família Bolsonaro e em especial de Flávio Bolsonaro. Mas ele (ou a assessoria dele) foi muito inteligente na seleção das manchetes. Com exceção da alta do preço dos ovos o restante das críticas ao Governo Lula estão condizentes e não são exageradas. Quanto a alta dos preços dos ovos foi uma conjunção de fatores: aumento dos custos de insumos, queda de produção por motivos climáticos, aumento de demanda; fatos esses que não têm relação com o Governo Lula. Mas essa postagem só é "mais do mesmo" vindo da família Bolsonaro." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)

"As críticas são reais, estamos realmente passando por todos esses problemas em um Governo que prometeu a Picanha a preço baixo e conseguiu subir até o preço do Ovo. A grande questão aí é que no governo do pai dele também tínhamos centenas de problemas e eles fechavam os olhos. A realidade é que tanto Lula quanto Bolsonaro estão preocupados é com poder e com suas estabilidades financeiras, enquanto nós continuamos sem ter um norte de quando nossa situação pode realmente melhorar. Cada dia aumentam as contas e o salário diminui." (G4, 32 anos, engenheiro mecânico , BA)

"Eu discordo veementemente de cada umas das críticas abordadas nessa postagem:

1- sobre as viagens, são gastos sem contexto nenhum. Muitas das vezes, essas viagens diplomáticas fecham acordos com valores muito maiores do que os gastos.

2- sobre os impostos, o título do Globo está totalmente tendencioso, sem mostrar que muitos desses aumentos já estavam previstos mesmo antes do Governo Lula.

3- sobre o preço da gasolina, o valor nas refinarias abaixou, se isso não chega na bomba, não é culpa do Governo.

Agora, sobre ele criticar apenas com títulos, sem contexto ou nenhum tipo de aprofundamento é uma tática típica bolsonarista.""" (G5, 33 anos, tradutor, SP)

"primeiramente eu jamais concordaria com algo vindo de um bolsonarista, se um dele acham/falam algo, pode ter certeza que algo tem.

eu não concordo com nenhuma manchete, pois jornalistas e o pessoal do marketing estudaram anos para que apenas uma frase te cause impacto e te faça ler um conteúdo completo, pois a manchete não terá as informações devidas. bolsonaristas se apropriam de noticias exatamente desta forma, com pequenas frases de um trabalho completo.

1 - o preço do ovo aqui onde moro teve o menor valor em sei lá quantos anos. eu to comprando ovo por 9,80, 13,00. entendo que pode ter tido alta em outros lugares, mas aqui não.

2 - a gasolina aqui chegou a 5,77, teve um aumento, e segue caindo novamente. repito, entendo que pode ter tido aumento em outros estados, mas aqui está consideravelmente ok. Não discordo de nenhum conteúdo desde que ele seja verdadeiro e possua as informações completas.""" (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)

Considerações Finais

As respostas da primeira questão reforçaram percepções antagônicas já recorrentes entre os grupos. Os grupos de bolsonaristas interpretaram as diferenças entre Flávio e Eduardo como parte de uma estratégia legítima e complementar, voltada à defesa do ex-presidente e de sua base política. Para esses participantes, a família Bolsonaro permaneceu como símbolo de coragem e resistência diante de uma suposta perseguição institucional, sem que houvesse percepção de racha entre os irmãos. Os demais grupos, por sua vez, viram nessas divergências sinais de desorganização, falsidade e autopreservação. Esses grupos enquadraram os filhos de Bolsonaro como atores oportunistas, desprovidos de ética e comprometimento público, cuja atuação se voltava à manutenção do próprio poder e à constante busca por proteção familiar.

O tema da segunda questão, a estabilidade no serviço público, despertou forte engajamento e senso de justiça entre os participantes. Os cinco grupos convergiram na percepção de que o serviço público carecia de maior eficiência, fiscalização e responsabilização. Todos defenderam algum tipo de avaliação de desempenho como mecanismo para melhorar a qualidade do atendimento e punir servidores negligentes. Também apareceu, de forma recorrente, a crítica à desigualdade entre servidores e políticos, com a cobrança de que qualquer reforma administrativa atingisse igualmente todas as categorias. A grande maioria – incluindo os dois grupos extremos, bolsonaristas convictos e lulistas – reconheceu que o modelo vigente precisava ser reformulado para garantir maior eficiência, transparência e comprometimento dos servidores. Entre os grupos centrais, comumente desconfiados do bom funcionamento das instituições, ficou evidente um sentimento generalizado de descrença nas possibilidades de implementação de reformas concretas, o que indicou uma percepção de distância entre o discurso político e a prática administrativa. É relevante observar que o grupo de bolsonaristas convictos não politizou o debate: suas falas mantiveram um tom pragmático e centrado na qualidade do serviço público, sem manifestações explícitas de apoio ou rejeição a Fernando Haddad ou ao governo Lula.

A última questão da semana, referente à avaliação do governo e à confiabilidade das informações, novamente dividiu os grupos entre bolsonaristas e não bolsonaristas, evidenciando percepções distintas da realidade, moldadas por suas preferências políticas. Os primeiros aderiram integralmente às críticas ao governo e reforçaram narrativas de oposição a Lula e ao seu “desgoverno”. Já os demais apresentaram perspectivas mais críticas em relação às informações, reconhecendo a existência de problemas reais na gestão, mas enfatizando o viés seletivo, o uso político dos dados e a necessidade de contextualização.

As discussões revelaram que os temas de maior adesão entre os participantes foram os relacionados à economia e ao custo de vida — especialmente o aumento de preços, impostos e gastos públicos. Independentemente da posição ideológica, houve consenso de que o país atravessava um período de dificuldades econômicas, marcado pela sensação de perda do poder de compra e pelo descontrole nos gastos estatais. Para os bolsonaristas, esses problemas confirmavam o fracasso e a corrupção do governo Lula; para os demais grupos, tratava-se de efeitos de um processo mais amplo de crise econômica e política que atravessava sucessivas gestões.

No que se refere à comunicação política, as interpretações novamente variaram de forma nítida entre os blocos. Nos grupos mais alinhados à direita, as postagens de Flávio Bolsonaro foram percebidas como verdadeiras e necessárias — expressões legítimas de denúncia que expunham fatos supostamente ocultados pela mídia. Entre os grupos mais críticos, porém, prevaleceu a leitura de que as postagens eram seletivas, descontextualizadas e politicamente instrumentalizadas, representando uma estratégia característica do bolsonarismo de produzir e difundir desinformação.

Por fim, resta informar que essa semana não produzimos o “Monitor da Desinformação”, pois nenhum participante compartilhou materiais externos extras, seja em imagens ou vídeos.

Distribuição da Participação

As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.

O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.

O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.

Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.

O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.

Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.

O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.

Equipe MDP

Carolina de Paula – Diretora geral

Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.

João Feres Jr. – Diretor científico

Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).

Francieli Manginelli – Coordenadora de recrutamento

Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.

André Felix – Coordenador de TI

Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.

Vittorio Dalicani – Analista Jr.

Mestrando em Ciência Política na Universidade Federal do Paraná, pesquisador do INCT ReDem e dos Grupos de Pesquisa NUSP e Observatório das Elites, vinculados à UFPR. Tem como interesses de pesquisa representação política parlamentar e metodologia científica. Possui experiência com a utilização de Inteligência Artificial na pesquisa cientifica, bem como na estruturação e análise de bancos de dados prosopográficos.

INCT ReDem

O Instituto Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação Representação e Legitimidade Democrática (INCT ReDem) é um centro de pesquisa sediado no Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), financiado pelo CNPq e pela Fundação Araucária.

Reunindo mais de 50 pesquisadoras(es) de mais de 25 universidades no Brasil e no exterior, o ReDem investiga, a partir de três eixos de pesquisa (Comportamento Político, Instituições Políticas e Elites Políticas) as causas e consequências da crise das democracias representativas, com ênfase no Brasil.

Sua atuação combina metodologias quantitativas e qualitativas, como surveys, experimentos, grupos focais, análise de perfis biográficos e modelagem estatística, produzindo indicadores e ferramentas públicas sobre representação política, qualidade da democracia e comportamento legislativo.

O objetivo central do ReDem é gerar conhecimento científico de alto impacto e produzir recursos técnicos que auxiliem cidadãos, jornalistas, formuladores de políticas e a comunidade acadêmica a compreender, monitorar e aperfeiçoar a representação política democrática no Brasil.


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Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.

Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.

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Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer

Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares

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Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos

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Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF

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Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto

#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM

Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro

Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro

GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança

Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio

Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar

Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno

Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo

Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS

O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF

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Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista

Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro

Julgamento, Cid e políticas sociais

Valores: Marcha, Parada e Aborto

Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro

Monitor da Extrema Direita