O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 22 a 28/9, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo do período, três temas foram abordados: i) manifestações nacionais contra a PEC da Blindagem; ii) avaliações sobre a atuação do Congresso; iii) reações a declarações de Trump sobre Lula, na ONU .
Ao todo, foram analisadas 198 interações, que totalizaram 7.584 palavras
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
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Manifestações Anti-PEC | Por unanimidade, o grupo rejeitou a legitimidade dos atos, interpretando-os como shows financiados pela esquerda e por artistas ligados à Lei Rouanet. Houve defesa da anistia aos presos de 8 de janeiro e questionamentos à PEC da Blindagem. | O grupo considerou as manifestações fracas e pouco relevantes, incentivadas pela presença dos artistas. Houve rejeição a PEC da Blindagem e divisão quanto à anistia. | A maioria apoiou as manifestações contra a PEC da Blindagem, vistas como legítimas e necessárias. Alguns criticaram o formato de show, enxergando manipulação e perda de seriedade. | O grupo reconheceu a validade dos protestos pacíficos, sobretudo contra a PEC da Blindagem. Entre alguns participantes surgiram críticas aos shows e desconfiança sobre a eficácia prática das mobilizações. | Os participantes demonstraram forte apoio às manifestações, vistas como expressão da democracia e sinal de despertar popular. Todos rejeitaram as pautas da anistia e PEC da Blindagem. | Os participantes deram suas respostas de acordo com seus grupos de pertencimento. |
Atuação do Congresso | O grupo defendeu a prioridade da PEC da Blindagem como forma de conter o STF e a esquerda, mesmo que isso adiasse pautas sociais, entendendo-a como uma necessidade institucional urgente. | Os participantes criticaram o Congresso por priorizar seus próprios interesses e negligenciar a população. Muitos destacaram ainda a importância do voto consciente e da cobrança popular. | O grupo considerou que a PEC reafirmava um padrão histórico de descaso com pautas sociais, reforçando a percepção de autopreservação e distanciamento dos parlamentares em relação ao povo. | Houve muita indignação e revolta entre os participantes, apontando a PEC como símbolo de impunidade e autoproteção. O grupo valorizou a pressão popular como única forma de barrar abusos. | O grupo reafirmou que o Congresso sempre priorizava interesses próprios e desprezava as demandas sociais. Houve ampla defesa de mobilizações populares e do voto legislativo consciente como caminhos de mudança. | Os participantes formularam seus argumentos de acordo com seus grupos de participação, sem fundamentação religiosa ou moral nítida. |
Declarações de Trump | Predominou uma leitura de que o discurso de Trump não representava uma aproximação genuína, mas sim uma estratégia calculada para desestabilizar Lula ou expô-lo em uma posição desconfortável. As falas sugeriram que havia uma percepção de cinismo em Trump, que teria utilizado uma retórica de cordialidade apenas como recurso tático. | Houve uma percepção de cautela diante do discurso de Trump, marcada pela dificuldade em compreender suas intenções. As falas indicaram desconfiança quanto à autenticidade da aproximação, sendo interpretada mais como um movimento estratégico do que como sinal de reconciliação. | A aproximação foi vista como incoerente com sua postura anterior e, por isso, interpretada como um movimento político calculado. As opiniões destacaram a dificuldade em compreender o real objetivo por trás do elogio, sugerindo que poderia haver interesses ocultos ou uma estratégia de manipulação. | Predominou a interpretação de que as falas não representavam uma aproximação sincera, mas sim um movimento voltado a satisfazer agendas internas e preservar sua imagem diante de diferentes públicos. O discurso de Trump foi percebido como excessivamente estratégico e marcado por interesses próprios. | As opiniões mostraram uma divisão entre percepções mais otimistas e um olhar desconfiado em relação a Trump. Parte das falas ressaltou que o gesto poderia abrir caminhos para acordos mais equilibrados e trazer benefícios ao Brasil. Outros interpretaram suas palavras como voláteis, fruto de cálculo político e sem garantia de continuidade. | Os participantes articularam suas respostas de acordo com seus grupos de pertencimento. |
Os grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados) compartilharam uma leitura crítica sobre a legitimidade e a eficácia das manifestações. Ambos atribuíram baixa relevância aos atos, interpretando-os como fracos, esvaziados ou artificialmente impulsionados pela presença de artistas e por estratégias de mobilização da esquerda. A imagem de espetáculo, de circo ou de evento manipulado esteve presente nos argumentos, reforçando a percepção de que se tratava menos de engajamento cívico e mais de encenação midiática.
Outro ponto de convergência foi a maneira como ambos se posicionaram frente às pautas centrais. A rejeição à PEC da Blindagem apareceu como consenso, compreendida como medida que aumentaria a impunidade e os privilégios de parlamentares. Ao mesmo tempo, a defesa da anistia para os envolvidos no 8 de janeiro teve força nos dois grupos, que argumentaram que os presos não seriam os verdadeiros responsáveis pelos atos de vandalismo. Além disso, muitos avaliaram os artistas como hipócritas, comparando a defesa da anistia no passado (período da ditadura) com a rejeição à anistia nesse momento.
“Bom dia! Isso não foi manifestação, foi show dos artistas comunistas falidos que vivem às custas da lei Rouanet. Isso foi uma palhaçada, com apoio dos velhos artistas caquéticos que no passado cometeram crimes e foram exilados e depois foram anistiados e hoje recebem gordas pensões que a esquerda no poder lhes concedeu, e que não querem que pessoas inocentes que não cometeram nenhum crime fiquem presos e morram na cadeia. Isso foi tudo menos manifestação, nem pagando lotaram o show de horrores.” (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)
“Absurdo, a esquerda faz o que quer e não acontece nada com eles, nosso país só tem um lado esquerdo e a justiça que tinha que ser cega só enxerga a direita pra punir.” (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)
“Boa noite .. Sobre os atos da esquerda no final de semana só tenho uma coisa a dizer ... Bando de Hipócritas a maioria destes artistas e políticos da esquerda foram anistiados na década de 70 e agora são contra anistia? Se eu fosse político criaria um projeto para se caso o STF, declarar inconstitucional a anistia atual, revogar a de todos que receberam e que hoje são contra.” (G1, 54 anos, músico, RS)
“Bom dia. Atos que não deram certo, por que pouquíssimas pessoas compareceram. Quanto a blindagem tem o lado bom e o lado ruim, o bom é por que os deputados não ficaram com receio de tomar decisões ou fazerem críticas e serem punidos pelo STF, por outro lado é ruim por que, eles ficaram livres para fazerem arbitrariedades e não serem punidos por isso. Quanto a anistia sou totalmente a favor, por que como os vídeos mostram, as pessoas que que estão presas não são as mesmas que praticaram os delitos e nos vídeos mostra claramente o rosto e até fala dos verdadeiros vândalos.” (G2, 54 anos, aposentado, PB)
“Boa noite. Foi fraco os atos de ontem, é engraçado que muitos votam e defendem a esquerda só por causa dos benefícios que ganham, agora pra outras situações como ontem ninguém aparece. Os atos contra a PEC da blindagem é válido, porém não concordo atos contra a anistia, e sim atos a favor da anistia, pois quem está preso não praticou o vandalismo daquele dia 08 janeiro.” (G2, 35 anos, contadora, RS)
Nos grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) predominou uma percepção positiva em relação às manifestações, vistas como expressão legítima do direito à participação política e como reação necessária diante de medidas consideradas abusivas, sobretudo a PEC da Blindagem. Em todos eles houve a valorização do ato como forma de mostrar insatisfação popular, pressionar os parlamentares e defender princípios associados à democracia. Mesmo quando surgiram críticas ao formato — principalmente no grupo 4 (lulodescontentes) — o direito de se manifestar pacificamente foi reconhecido, sendo ressaltada a importância de a sociedade não permanecer em silêncio diante de propostas que ampliariam privilégios ou reforçariam a impunidade política.
Outro ponto de convergência entre os três grupos foi a rejeição à anistia dos envolvidos no 8 de janeiro, interpretada como um retrocesso e como a institucionalização da impunidade. Essa proposta foi associada à defesa de interesses de uma parcela política específica e contraposta ao desejo de justiça e responsabilização. Nesse contexto, os protestos foram lidos não apenas como mobilizações momentâneas, mas como parte de um processo mais amplo de fortalecimento democrático e de vigilância social sobre os rumos da política nacional.
"Bom dia, acho super válidos esses atos, o povo está mostrando que não vai aceitar tudo de cabeça baixa. Querem mostrar no que acreditam, acho correto. Essa PEC da blindagem é um completo absurdo.” (G3, 37 anos, médica veterinária, PR)
“Boa Noite! Foi muito importante os atos que aconteceram ontem em todo Brasil, pois mostra que estamos atentos e descontentes com tantos absurdos que está acontecendo com o andamento político do nosso país.” (G3, 45 anos, professora, MT)
“Eu acompanhei parcialmente os protestos de ontem, até porque não vi nenhuma violência, manifestações pacíficas são válidas para que talvez prevaleça a justiça e interesses do povo, sou totalmente a favor, se fosse um cidadão pobre ou preto já estaria sendo condenado agora vem com esta palhaçada de anistia e blindagem é um tapa na cara da sociedade, acorda Brasil, pátria amada...” (G4, 51 anos, professora, RS)
“Não acompanhei esses protestos. Mas acompanhei algumas notícias. Protestos pacíficos são válidos em precisam ser respeitados. Mas alguns desses protestos usaram de artifícios de shows culturais para atrair mais pessoas que não necessariamente estejam a favor ou contra as pautas dos protestos. Quanto aos protestos contra a PEC da Blindagem sou a favor e é uma pauta que vai mobilizar tanto pessoas da direita quanto da esquerda.” (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
“bom dia! acho ótimo, o povo tem que se posicionar, não podemos nos calar e permitir que ‘esse povo’ cometa crimes e queiram se safar, pq se fosse um pobre e preto já estava morto há muito tempo. a população unida e com posicionamento vai muito longe. senti orgulho de ver várias manifestações lotadas ontem, muito diferente das manifestações da extrema direita que além de ser flopada, estão em busca de não pagarem pelo o que fizeram, muito diferente de quem estava nas ruas ontem, lutando pelo o que realmente importa.” (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
“Eu acho maravilhoso a esquerda voltar para as ruas, inclusive aqui na minha cidade fui protestar também e estava um clima lindo, totalmente familiar e com música, com cultura, uma mostra que não iremos aceitar os desmandos desses deputados que não nos representam e só querem legislar em causa própria. (...) a tentativa de golpe ainda não acabou e eles vão tentar até o final livrar a cara do inelegível e dos seus comparsas.” (G5, 33 anos, tradutor, SP)
Entre os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos), ficou evidente uma forte convergência em torno da defesa da PEC da Blindagem como prioridade absoluta diante de outras pautas sociais. A interpretação predominante foi a de que o Congresso precisava urgentemente impor limites ao Supremo Tribunal Federal, percebido como um ator que teria ultrapassado suas atribuições constitucionais e que exercia perseguição sistemática contra políticos e movimentos ligados à direita. Nesse sentido, a PEC foi tratada como um mecanismo de proteção institucional, capaz de garantir a autonomia do Legislativo e restabelecer o equilíbrio entre os poderes, algo considerado condição indispensável para que qualquer agenda social pudesse ser debatida e implementada de forma legítima. A lógica apresentada não negou a importância de propostas sociais, mas essas foram vistas como secundárias diante da necessidade de barrar o avanço do Judiciário sobre a esfera política. Para os participantes, a chamada “ditadura da toga” representava um risco mais imediato à democracia e às liberdades individuais do que a demora em atender demandas sociais. Assim, a defesa da PEC foi sustentada em termos de urgência e de sobrevivência política, em uma narrativa que vinculava diretamente a preservação da direita ao funcionamento adequado das instituições.
“Na atual situação do país a PEC da blindagem se faz necessária para que o congresso tenha autonomia sobre as decisões tomadas, se o STF estivesse fazendo o papel deles e não se metendo e sobrepondo os outros poderes essa PEC não seria necessária. As pautas sociais momento podem esperar até a aprovação da blindagem, alguém tem que pôr um freio no STF que se mete com tudo, esse absurdo tem que acabar.” (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)
“Eu acho que primeiro tem que ter prioridade a PEC da blindagem, para posteriormente outras propostas para causas sociais. Temos que dar um basta ao STF, eles não tem limites, e dão prioridade sempre para benefício da esquerda. Um governo corrupto, que para encher os bolsos, tiram até dos aposentados, esqueceram do INSS? Tenho vergonha de ser brasileiro.” (G1, 64 anos, empresário, PR)
“Mesmo diante de tantas propostas que trazem benefícios a população eu acho justo que agilizem esse pec da blindagem, pois acredito que é algo que vai trazer no momento, benefícios mais urgentes para a população, que não aguenta mais essa ditadura da toga!” (G1, 45 anos, padeiro, PB)
“Foi necessário devido o momento, o STF está casando os políticos de direita, eles acertaram com essa decisão.” (G1, 36 anos, assistente jurídico, BA)
Nos demais grupos (2, 3, 4 e 5 - bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) houve uma convergência crítica em relação à atuação do Congresso diante da PEC da Blindagem. A percepção predominante foi a de que os parlamentares priorizaram sistematicamente seus próprios interesses e a autopreservação política, deixando as pautas sociais em segundo plano. A votação da PEC foi interpretada como um símbolo de impunidade e de distanciamento entre representantes e representados, reforçando o sentimento de descrença sobre o compromisso da classe política com as necessidades reais da população.
Além disso, consolidou-se a leitura de que os direitos e demandas sociais não avançaram por iniciativa espontânea do Congresso, mas somente sob forte pressão popular. A indignação generalizada se expressou tanto pela crítica à negligência com o povo quanto pela percepção de que promessas só foram retomadas em períodos eleitorais. Nesse contexto, os grupos reforçaram a importância de maior consciência política, seja por meio do voto mais criterioso ou da mobilização social, como únicas estratégias capazes de limitar práticas de autopreservação e impor atenção às causas coletivas.
“O Congresso não está preocupado com questões do povo, é vergonhoso, essas demandas sempre vão ficar em segundo plano, pois são assuntos que não afetam eles, mas quando é algo que tem ligação com eles será prioridade pra resolver e buscar solução que os beneficiem.” (G2, 35 anos, contadora, RS)
“Boa noite, só demonstra que devemos ter um cuidado maior com o nosso voto, e tentar votar em alguém que pense no povo como prioridade, nosso voto, geralmente é pautado na emoção e temos que ser um pouco mais racionais com algo tão importante. E devemos cobrar mais desses políticos.” (G2, 26 anos, autônomo, DF)
“Com certeza muda de todas as formas nossos direitos e demandas! A população é sempre deixada por último, ou para nunca, pois tem projetos para nós que está parado por anos no congresso e simplesmente não votam, não dão andamento. Sempre tem algo mais importante que beneficiem eles mesmos. Ou propostas que irá prejudicar a população, essas são aprovadas rapidamente também.” (G3, 36 anos, autônoma, SP)
“Boa Noite! A população nunca foi, e talvez nunca seja a prioridade deles, a não ser em época de campanha para eleição, nesse momento lembram, abraçam, prometem... mas depois a população fica a Deus dará, uns poucos que se importam não têm força suficiente para mover a máquina que deveria servir à população. Pec da blindagem não faz a menor diferença pra nós, mas pra eles é essencial. Vergonhoso.” (G3, 45 anos, turismóloga, RJ)
“Com toda certeza, eles queriam priorizar os interesses deles, mas que bom que não deu continuidade, pois foi barrado essa Pec sem vergonha. O povo brasileiro são negligenciados pelos políticos desse país, só servimos pra eles na hora de votar, infelizmente!” (G4, 49 anos, artesã, CE)
“Tenho a opinião que essa prioridade dada às pautas de interesse do próprio Congresso Nacional demonstra o total desinteresse pela sociedade, que os elegem e que deveriam representar e defender, da imensa maioria dos parlamentares nacionais. Eles priorizam seus próprios interesses e interesses políticos em detrimento de pautas sociais. Somente com pressão popular e mobilização nas grandes mídias que se consegue tentar fazer pautas sociais terem a prioridade necessária.” (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
“Que o Congresso não legisla para o povo e sim em interesse próprio há muito tempo já é sabido, o que me deixou estarrecido foi que dessa vez não houve nenhum pudor em dizer na cara da sociedade: não estamos nem aí para vocês e faremos o que bem entendermos, criaremos nossas próprias leis. Só que eles não esperavam que o povo já estava fulo da vida e não iria deixar isso barato.” (G5, 33 anos, tradutor, SP)
“Apesar de absurdo não é algo que me causa espanto, pois é de se esperar, difícil é achar deputados que se importem de verdade com o povo. Na minha visão, basicamente todos eles estão lá por interesse próprio e irão continuar demonstrando isso sempre que tiverem oportunidade. Isso claramente muda como as demandas da população são tratadas, tendo em vista que nunca se importaram.” (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
Entre os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) houve uma interpretação predominantemente negativa e categórica sobre o discurso de Trump. O gesto não foi lido como sinal de aproximação diplomática, mas como uma armadilha cuidadosamente planejada para fragilizar Lula e expor contradições de seu governo. A cordialidade aparente foi percebida como fachada estratégica, um recurso retórico para desestabilizar e colocar o presidente brasileiro em situação de constrangimento diante da opinião pública internacional. Nesse sentido, o tom do grupo refletiu rejeição absoluta à ideia de que houvesse sinceridade ou ganhos potenciais no movimento, insistindo que se tratava apenas de cálculo político.
O conteúdo das falas indicou também uma visão mais ampla de descrédito quanto à capacidade do Brasil de sair fortalecido desse episódio. Havia uma expectativa negativa de que qualquer interação terminaria em prejuízo para a imagem nacional, reforçando a percepção de vulnerabilidade do governo brasileiro frente a líderes estrangeiros.
"Trump sabe o que faz. Jogou a isca. Ele jogou as verdades na cara de outros governantes e assim fará com Lula. Lula tentou fugir, mas aceitou o encontro, portanto que fosse com público, do jeitinho que Trump gosta. Trump abomina Lula, mas é inteligente. Lula espere para ver o que vai dar."(G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"O discurso do Trump foi apenas uma armadilha para pegar o Lula de jeito, assim como fez com o Zelenski e Cyril Ramaphosa, os esquerdistas foram à loucura depois dessa “suposta química”, mas ele não é bobo e sabe que esse encontro pode ser justamente para desmascarar ele, o resultado é que, com certeza, Lula não vai para esse encontro pessoalmente." (G1, 45 anos, padeiro , PB)
""Donald Trump é um estrategista e usou da política da boa vizinhança para não espantar a presa. Se ele parte para o discurso de abate, o descondenado já teria o que queria, razão para falar que o presidente Trump não quer diálogo, do jeito que ele fez, quem ficou desmoralizado diante do mundo foi o Luladrão, agora todos sabem que ele mentiu várias vezes ao afirmar que o presidente dos Estados Unidos não queria diálogo." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
" Eu vi esse discurso do PR Trump,confesso que na hr que vi fiquei preocupada achando que o cachaceiro encantador de serpentes 🐍 ja estava encantando o Trump tbm,mas meu filho falou exatamente o que meus colegas falaram ,que era uma estratégia do Trump" (G1, 57 anos, confeiteira, PE)
Nos Grupos 2, 3 e 4 (bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes e lulodescontentes) o discurso de Trump foi interpretado sob a chave da desconfiança, ainda que com nuances no tom. As falas evidenciaram perplexidade e dificuldade em compreender a mudança repentina de postura, sugerindo que havia interesses ocultos e cálculos políticos por trás da retórica amigável. No grupo 2 (bolsonaristas moderados) predominou um olhar cauteloso, mais aberto à dúvida do que à rejeição, enquanto o grupo 3 (eleitores flutuantes) reforçou a percepção de incoerência, descrevendo o gesto como manipulação política e não como sinal de cooperação real. Já no grupo 4 (lulodescontentes), o cinismo e a conveniência estratégica ganharam centralidade, destacando que a fala atendia a objetivos próprios de Trump, especialmente relacionados à sua imagem interna.
No conjunto, esse eixo se caracterizou por uma avaliação que, embora não descartasse completamente a possibilidade de efeitos positivos, insistia em que tais ganhos seriam superficiais ou frágeis, já que não havia consistência no gesto. A percepção predominante foi a de que o episódio fazia parte de um jogo maior de interesses, no qual o Brasil ocupava posição instrumental e vulnerável. Os três grupos, portanto, convergiram em ver na fala de Trump um movimento tático, mais voltado ao seu público e às suas necessidades políticas do que a uma relação sincera com o governo brasileiro.
"O Trump é um economista , e sempre vai pensar no lucro e creio que ele tentaram essa boa relação pra obter um acordo com o Brasil" (G2, 26 anos, autônomo, DF)
"Pelo o que eu entendi ele usou sarcasmo quando falou isso,na verdade ele não tá nem aí para o Presidente."" (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"Trump é esperto e está dando sinal que quer reconciliar com o Brasil,pois sabe que perde muito ficando contra o país." (G3, 41 anos, funcionária pública , GO)
"Ele está sendo político. Tá vendo o endurecimento do Brasil e tá tentando manipular o jogo. Ele dizer que achou o Lula legal, pode ser uma demonstração pessoal e não profissional. Vamos ver qual vai ser o teor da conversa deles, para que possamos ter noção do que de fato ele está armando." (G3, 25 anos, contador, RJ)
"A fala contrastada parece ser reflexo das intenções de ser político, afinal ele estava em um evento da ONU, não era o local pra ele atacar e ainda sim ele parece ter feito esse discurso tbm para parecer que ele é menos ruim, pois dá a entender que ele quer dialogar, coisa que até o momento não aconteceu" (G4, 36 anos, instrutor de informática , SP)
"Acho que Trump é extremamente inteligente e tudo que ele faz tem um plano por trás. Tomara que desse encontro apareça alguma notícia boa para nós brasileiros, pq até agora só foi problema e aumento do custo de vida." (G4, 32 anos, engenheiro mecânico , BA)
O grupo 5 (lulistas) destoou dos demais ao adotar uma posição mais ambivalente, equilibrando desconfiança e reconhecimento de potenciais benefícios. Embora o ceticismo em relação a Trump também estivesse presente, parte das falas considerou que o gesto poderia abrir espaço para avanços diplomáticos e comerciais relevantes. Houve valorização da postura do presidente brasileiro, descrita como diplomática e positiva, sugerindo que a interação poderia, em alguma medida, favorecer a imagem do país. Nesse sentido, o grupo apresentou um olhar menos rígido e mais disposto a admitir que a aproximação, mesmo marcada por oportunismo, poderia trazer efeitos concretos.
Apesar dessa abertura, a desconfiança não deixou de ser central. As falas alertaram que a instabilidade de Trump e sua postura volátil impediam qualquer confiança duradoura, o que limitava as expectativas de longo prazo. O tom foi, portanto, de cautela otimista: reconhecia-se a oportunidade, mas sem ilusão quanto à sinceridade do gesto.
"Eu vi o discurso inteiro do Lula(foi um espetáculo) e assim a cortes do discurso do Trump, me recuso a gastar uma hora com alguém que fala para os seus próprios eleitores em uma Assembleia Geral da ONU, na qual deve-se discutir assuntos internacionais e globais. Sobre a fala dele em si, pode ser uma armadilha: ele adora humilhar e demonstrar poder, basta ver o que ele fez com o Zelensky. Mas, tenho certeza que o Itamaraty vai preparar o Lula super bem para esse encontro e que consiga a revogação das taxas para o Brasil, além de outros aspectos comerciais." (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Não consigo confiar em trump, por mais que use esse discurso, ele pode voltar atrás a qualquer momento como fez com outros países. Reconheço que esse diálogo foi benéfico para nossas relações internacionais, principalmente comercial. Vejo com bons olhos riso que foi dito ao nosso presidente, que é um excelente diplomata. Ninguém pode negar." (G5, 26 anos, fisioterapeuta , PE)
"Boa noite vi a notícia pelas redes sociais achei a atitude dele bem bacana apesar de tudo que vem acontecendo isso pode ser um caminho muito bom pro Brasil vamos ver no que vai dar" (G5, 28 anos, autônoma, MT)
"Bom dia Eu particularmente gostei muito do posionamento e discurso do atual presidente, achei b coerente. Sobre Trump não confio nesse cara,porém achei a atitude dele bem legal mesmo não confiando ." (G5, 38 anos, chefe de RH, BA)
Foram compartilhados 12 vídeos e 15 imagens em meio às respostas dos bolsonaristas convictos sobre as PECs da Blindagem e da Anistia. Onze dessas imagens formavam um carrossel que tratava da anistia de 1979 e destacava Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque, apresentados como hipócritas por criticarem a PEC da Anistia, sendo que haviam se beneficiado da "mesma" medida no passado. Esse material também associava os protestos a George Soros e à Open Society Foundations, acusados erroneamente de financiar manifestações por meio do Fora do Eixo e da Mídia Ninja. As demais imagens traziam alegações não verificáveis, e provavelmente falsas, como a de que “não tinha NENHUMA bandeira do BRASIL” na manifestação de Belo Horizonte ou que os atos estavam vazios.
Os vídeos repetiram esse enquadramento. Artistas como Caetano, Gil, Chico e Wagner Moura foram criticados e ligados à Lei Rouanet, citada como suposto meio de financiar os protestos. As manifestações foram descritas como eventos festivos, anunciados apenas como shows gratuitos, sem informações sobre o caráter político. Dessa maneira, o público teria sido enganado, pois foi atraído pela promessa de entretenimento e não para realmente protestar.
Também circularam acusações contra políticos. Zé Dirceu foi chamado de “o maior corrupto da história do Brasil” e falsamente acusado de terrorismo, roubo a banco, extorsão e assassinato. Dilma Rousseff e Miriam Leitão foram associadas a ataques armados da ditadura, incluindo a atribuição incorreta do ataque ao QG do II Exército em 1968 à ex-presidente.
Em suma, as críticas realizadas nos vídeos continham teor irônico e buscavam evidenciar uma suposta hipocrisia por parte da esquerda ao se manifestarem contra a PEC da Anistia.
Trechos do vídeo de Gustavo Gayer:
"Tem que ouvir essa frase de uma das pessoas mais corruptas que já caminhou em território brasileiro. Ele [Zé Dirceu] deveria estar preso. Ele só não está porque o Lula deu perdão pra ele, tá? Que fique claro isso." / "Esta foi a manifestação deles na Paulista. E aí a esquerda está falando e a imprensa que foi a maior cara, me desculpa, mas foi mais um gigantesco fiasco e financiado com o nosso dinheiro pago com artistas: Lei Rouanet, lembrando, a Lei Rouanet comeu solta né?"
Trechos do vídeo de Eduardo Matos (@theblacksmithadv) sobre Zé Dirceu:
"Gente esse cara aí é o José Dirceu. Anistiado por terrorismo, roubo a banco, sequestro, extorsão e assassinato."
Trechos do vídeo “Supostos crimes de pessoas de esquerda durante a ditadura militar”
"[Eles] Assaltavam banco. A Dilma era assaltante de banco, a Miriam Leitão assaltava banco com a Dilma. Não foram presos porque eram perseguidos como os do oito de janeiro. Eles de fato cometiam crimes." / "O Gabeira ajudou a sequestrar o embaixador americano pra trocar, usar como moeda de troca uma vida humana, um civil, estrangeiro, que estava trabalhando no país, representando a sua república democrática sequestrar só usar como moeda de troca pra libertar Zé Dirceu da prisão."
Trechos do vídeo "Inconstitucionalidade da anistia":
"Olha só, se a anistia é inconstitucional, e os crimes que agora estão sendo não anistiados porque é inconstitucional, a anistia anterior, a de 1979, também é inconstitucional e, se é inconstitucional, os crimes de lá de trás, que são imprescritíveis, portanto, ou seja, aqueles que não prescrevem, ou seja, aqueles que a sua punibilidade, a condenação sobre eles, não pode ser simplesmente apagada. Então aquela também é inconstitucional, então a gente precisa, o STF precisa ser coerente, se essa é aquela também é, então ela não foi recepcionada pela Constituição de 1988." / "Conceder ou não anistia é um ato político, é um ato moral, reservado ao Congresso Nacional ou ao Poder Executivo. É um instrumento histórico e democrático para a pacificação social. O judiciário não pode invadir essa esfera."
Trecho do vídeo de Gustavo Gayer quanto a PEC da Blindagem:
"Pra reforçar esse contexto, vamos agora ver uma outra pesquisa [Latam Pulse junho 2025]: Na sua opinião, quais são as principais ameaças à democracia no Brasil? Isso aqui é da Atlas Intel, tá? Para 42,8%, a principal ameaça à democracia do Brasil se chama judiciário. Entenda-se STF. Em segundo lugar o governo Lula com 38,8%. Então o primeiro e o segundo colocado, olha só, Judiciário e governo. E aí, então, é que vem o congresso." / "Você ficou sabendo de algum inquérito aberto pra investigar essa emenda do Boulos na ONG de Marmitas Fantasma, que ele enviou dinheiro pra uma ONG que não tinha nada, nunca foi distribuído marmita nenhuma? Ou você ficou sabendo de alguma investigação pra investigar a Érika Hilton pra mandar emendas pra uma associação que faz o trabalho jurídico dela. Eu não fiquei sabendo disso também não." / "Agora vamos lá. O STF não só institucionalizou a corrupção no Brasil, como ele também facilita pros traficantes. Você está sabendo de algum traficante que foi preso aí nos últimos anos? Porque o que eu é que todos os traficantes estão sendo liberados." / "O STF cria, ele fabrica, supostas investigações por corrupção. Pra criar um inquérito e colocar uma coleira no pescoço dos deputados e dos senadores e impedir que esses deputados e senadores votem de acordo com povo, mas sim de acordo com a vontade do STF. Caso contrário, receberão busca e apreensão, caso contrário terão suas contas bancárias bloqueadas. O que nós estamos vivendo hoje no Brasil é a ‘dissolvição’, o Congresso foi dissolvido e os mandatários, os parlamentares estão sendo transformados em reféns de inquéritos ilegais criados pela nossa Suprema Corte pra controlarem a representatividade democrática do Brasil."
Ao longo do debate sobre a questão sobre a avaliação da atuação dos parlamentares em relação às prioridades das pautas do Congresso, dois vídeos foram compartilhados no grupo de bolsonaristas convictos, mas somente um continha desinformação. Tratou-se de um vídeo de 12 minutos do deputado federal Gustavo Gayer, no qual ele justificou a PEC como necessária para enfrentar o que chamou de “ditadura do judiciário”. Ao longo do vídeo, o deputado utilizou uma série de conteúdos enganosos e acusações sem comprovação. Ele afirmou que nenhum corrupto da Lava Jato ou do Mensalão permanecia preso e que apenas pessoas detidas por opiniões estavam no sistema prisional, o que não corresponde à realidade. Gayer também associou nomes como Guilherme Boulos e Érika Hilton a supostos esquemas de desvio de emendas e recursos de ONGs, sem qualquer evidência concreta.
O deputado também fez a acusação geral de que o STF protegeria parlamentares de esquerda, apresentados como os “mais corruptos do Brasil”, ao mesmo tempo em que fabricava inquéritos para pressionar deputados a votarem contra a vontade popular. Esse argumento se apoiou em uma pesquisa descontextualizada para sustentar a ideia de que a população vivia em uma “ditadura do judiciário”.
Por fim, ele afirmou ter realizado um levantamento sobre processos de deputados federais no STF, no qual a maioria seria, segundo ele, referente apenas a opiniões, e não à corrupção. Tal afirmação não teve comprovação e foi utilizada para reforçar a tese de que o tribunal perseguia opositores políticos. O vídeo também empregou recursos retóricos de autopromoção, como a alegação de não usar emendas parlamentares, apresentada como prova de superioridade moral.
Sobre corrupção e prisões:
“Quantos corruptos estão presos no Brasil hoje? Me fala. Deixa aqui nos comentários quantos corruptos da Lava Jato, dos do Mensalão, de todos esquemas de corrupção ao longo das últimas décadas. Quantos estão presos hoje por corrupção? Não falam? Nenhum, né? Quem está preso hoje está preso por fala, por opinião, por discurso, não por corrupção.”
Acusações contra Guilherme Boulos e Érika Hilton:
“Você ficou sabendo de algum inquérito aberto pra investigar essa emenda do Boulos na ONG de Marmitas Fantasma, que ele enviou dinheiro pra uma ONG que não tinha nada, nunca foi distribuído marmita nenhuma? Ou você ficou sabendo de alguma investigação pra investigar a Érika Hilton pra mandar emendas pra uma associação que faz o trabalho jurídico dela. Eu não fiquei sabendo disso também não.”
Suposta proteção a partidos de esquerda:
“Tanto é se a gente for pegar os partidos que votaram contra essa PEC [PT, PSOL] são os mais corruptos do Brasil, os que mais tem casos de corrupção saindo na imprensa, mas são todos blindados. Eles, sim, são blindados. A situação do Brasil hoje blinda os partidos do governo, os partidos de esquerda.”
Alegação de perseguição política pelo STF:
“O STF cria, ele fabrica, supostas investigações por corrupção. Pra criar um inquérito e colocar uma coleira no pescoço dos deputados e dos senadores e impedir que esses deputados e senadores votem de acordo com povo, mas sim de acordo com a vontade do STF. [...] O STF fabrica inquéritos para dar um golpe a nossa democracia e tentar nos controlar. Por exemplo, vários projetos são apresentados e depreciados não porque os congressistas querem, mas é porque senão o STF vai começar a fazer as ligações, ameaças, intimidações, ó. Então inquérito seu aqui, se você não votar do jeito que eu quero, vai dar problema.”
Levantamento supostamente feito pelo deputado:
“A gente fez um levantamento, está aqui ó. Esse aqui é um levantamento que eu fiz com todos os processos dos deputados federais, ações penais de deputados no STF, está bom? São 61 no total que temos hoje. Desses 61, 39 são deputados do PL. Corrupção? Não. Por falas, por discursos, por opinião. O STF não está mais preocupado com corrupção. O STF está preocupado em condenar deputados pelas suas opiniões, pelos seus posicionamentos. Aqui embaixo eu separei os que são só pra opinião. Olha isso aqui. 41 desses 61 processos, ações penais são por opinião única e exclusivamente opinião.”
Recurso retórico de autopromoção:
“Você está ouvindo de mim o único deputado do Brasil que não usa emendas. Eu sou o único que talvez tenha autoridade pra falar isso porque eu não uso emendas. Ou seja, não existe a menor possibilidade deu participar de nenhum esquema de corrupção.”
Os temas da semana evidenciaram muitas divergências interpretativas entre os grupos.
Os cinco grupos revelaram percepções distintas em relação às manifestações contra a PEC da Anistia, com alguns pontos de interseção entre os lados. Enquanto os grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados) deslegitimaram os atos, classificando-os como artificiais, esvaziados ou manipulados por artistas e partidos de esquerda, os grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) reconheceram nas manifestações um espaço legítimo de contestação política, ressaltando sua importância para a defesa da democracia e para a pressão sobre os parlamentares. Essa clivagem ficou especialmente evidente na forma como cada campo interpretou a presença de shows culturais: de um lado, símbolo de manipulação e encenação, de outro, elemento que reforçava o caráter pacífico, democrático e plural dos eventos. A divergência também se acentuou em relação à anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, reforçando os posicionamentos já expressos em outros momentos dessa pesquisa. Os grupos bolsonaristas defenderam o perdão como uma medida de justiça para inocentes, reforçando a ideia de seletividade da punição, enquanto os grupos mais progressistas a rejeitaram, interpretando-a como impunidade e afronta à sociedade.
Na segunda questão, de forma geral, os posicionamentos revelaram um consenso majoritário de desconfiança e indignação em relação ao Congresso Nacional. A decisão de priorizar a PEC da Blindagem foi lida como parte de um padrão recorrente de distanciamento entre representantes e representados, no qual os direitos da sociedade foram sistematicamente relegados a segundo plano em nome da autopreservação política. As falas também apontaram que mudanças concretas só ocorreriam mediante pressão popular ou escolhas eleitorais mais criteriosas. A ideia de que conquistas sociais dependeriam de mobilização coletiva e de voto consciente foi reforçada, ao lado de um sentimento de ceticismo sobre a capacidade do sistema político de se autorregular. O grupo 1 (bolsonaristas convictos), entretanto, destoou dos demais ao defender a prioridade da PEC da Blindagem como medida necessária para conter o STF e garantir autonomia ao Congresso, ainda que isso implicasse adiar pautas sociais.
Na última questão, que abordou a declaração de Trump sobre Lula, as percepções foram amplamente marcadas pela desconfiança em relação ao ex-presidente norte-americano, ainda que expressas de formas diferentes. No panorama geral, prevaleceu a leitura de que a aproximação não representava um gesto autêntico, mas sim parte de um jogo político de conveniência. O que variou entre os grupos foi o grau de abertura à ideia de que, mesmo como manobra, esse movimento pudesse gerar benefícios para o Brasil. Assim, delinearam-se três níveis de resposta: a rejeição absoluta dos bolsonaristas convictos, a cautela desconfiada dos bolsonaristas moderados, flutuantes e lulodescontentes, e a postura ambivalente dos lulistas, que, mesmo descrentes, admitiram possíveis ganhos diplomáticos.
Importante ressaltar que, mais uma vez, observou-se um silenciamento parcial entre os bolsonaristas convictos: nem todos os participantes se dispuseram a responder à questão, o que repete um padrão já registrado em outros momentos em que o tema se mostrou incompatível ou inoportuno para as crenças do grupo. Esse comportamento indica a necessidade de acompanhamento mais atento, pois o silêncio, tanto quanto a fala, pode revelar mecanismos de defesa discursiva e estratégias de preservação identitária frente a narrativas que desafiam convicções consolidadas.
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.
Mestrando em Ciência Política na Universidade Federal do Paraná, pesquisador do INCT ReDem e dos Grupos de Pesquisa NUSP e Observatório das Elites, vinculados à UFPR. Tem como interesses de pesquisa representação política parlamentar e metodologia científica. Possui experiência com a utilização de Inteligência Artificial na pesquisa cientifica, bem como na estruturação e análise de bancos de dados prosopográficos.
O Instituto Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação Representação e Legitimidade Democrática (INCT ReDem) é um centro de pesquisa sediado no Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), financiado pelo CNPq e pela Fundação Araucária.
Reunindo mais de 50 pesquisadoras(es) de mais de 25 universidades no Brasil e no exterior, o ReDem investiga, a partir de três eixos de pesquisa (Comportamento Político, Instituições Políticas e Elites Políticas) as causas e consequências da crise das democracias representativas, com ênfase no Brasil.
Sua atuação combina metodologias quantitativas e qualitativas, como surveys, experimentos, grupos focais, análise de perfis biográficos e modelagem estatística, produzindo indicadores e ferramentas públicas sobre representação política, qualidade da democracia e comportamento legislativo.
O objetivo central do ReDem é gerar conhecimento científico de alto impacto e produzir recursos técnicos que auxiliem cidadãos, jornalistas, formuladores de políticas e a comunidade acadêmica a compreender, monitorar e aperfeiçoar a representação política democrática no Brasil.
Declarações de Flávio Bolsonaro; Reforma da estabilidade dos servidores públicos; Críticas ao governo Lula.
Assassinato de Charlie Kirk; Novo programa do governo: Vale-gás; Confiança nos meios de comunicação
Declarações de Tarcísio de Freitas; Reações às falas dos Ministros; Condenação de Jair Bolsonaro
Expectativas sobre Julgamento de Bolsonaro; Pauta da Anistia no Congresso; Percepções sobre o Julgamento
Fiscalização das emendas parlamentares; PEC da blindagem; Megaoperação
Prisão de Hytalo Santos; Saída do país da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto; Áudios de Silas Malafaia
Mudanças na CNH; Vídeo de Felca; Sanções dos EUA ao Mais Médicos.
Manifestações pró-Bolsonaro; Prisão de Bolsonaro; Motim de Deputados Bolsonaristas
Denúncia contra Nikolas Ferreira; Medida de ajuda a refugiados; Imposição de Lei Magnitsky
Revogação dos vistos americanos de ministros do STF; Atitudes de Eduardo Bolsonaro; Alckmin e negociações sobre taxação
Entrevista de Lula; Veto de Lula ao aumento de deputados; Medidas cautelares contra Bolsonaro
Percepção de pobres x ricos; Implanon no SUS; Taxação de Trump
Vídeo sobre Imposto; Substituto de Bolsonaro; Comunicação da Direita e Esquerda
Infraestrutura e falhas governamentais; Resgate de Juliana Marins; Anulação de Decreto (IOF)
Ataques de Israel; Atuação do governo na economia; Papel social do governo
CLT; Interrogatório de Bolsonaro; Audiências de Ministros no Congresso
Política migratória dos EUA; Câmeras corporais nas fardas; Condenação de humorista.
Imagem de Janja; Ataques a Marina Silva; Programa Mais Especialistas
Responsabilidade pela Segurança Pública; Programa SuperAção SP; Anistia a Dilma Rousseff
Número de Deputados Federais; Mídia e INSS; CPI das BETS
Fraude no INSS; Papa Francisco; Viagem de Lula à Rússia
Prisão de Collor; Terapias hormonais em adolescentes; Camisa vermelha da seleção
Bolsa Família como Inclusão Social; Minha Casa, Minha Vida para Moradores de Rua
Ampliação da Isenção para Igrejas; Código Brasileiro de Inclusão
Governadores em Ato pró-Anistia; Percepções sobre os EUA; Percepção sobre Donald Trump
Identidades políticas adversárias; Autoidentificação de grupo; Percepções sobre crimes de abuso sexual
Aumento da Faixa de Isenção do IR.; Condenação de Carla Zambelli.; Bolsonaro Réu por Ataques à Democracia.
Passeata de Bolsonaro por anistia; Licenciamento de Eduardo Bolsonaro; Avaliação do Governo Federal.
Prisão de Braga Netto;Aprovação do do pacote de cortes de gastos;Concessão de benefícios extras
Tarcísio de Freitas e o uso de câmeras;Regulamentação de IA;Declarações de Moro e a Cassação de Caiado.
Isenção do IR; PEC dos Gastos Públicos; Divergências entre Mercado e Governo.
Tentativa de Golpe: informações gerais; Indiciamento de Jair Bolsonaro; Pedido de Anistia
Especial G20: Falas de Janja; Percepeções gerais; Avaliação de pautas
Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an